Sarcasm escrita por Lady Luna Riddle


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoinhas, feliz dia dos namorados!! O// e em homenagem ao dia, venho com a inspiração do dia para fic Drastoria claro está!

Se tiver erros me avisem, por favor, queria postar antes da meia noite dai...i.i nao corrigi direito!

Espero que gostem! ♥



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"_Sarcasmo realmente ajuda?—Perguntara River Song a 12th Doctor.

Não acha que melhoraria o Mundo?— Respondera Doctor, exasperado. "

Trecho de uma conversa em "The husband of River Song" Doctor Who

~*~*~*~

Se pudesse-se morrer de vergonha e desolação, Astoria sabia que com certeza ela já estaria bem peso morto no chão, com os olhos abertos e vidrados.

Ela tinha que fazer algo quanto ao que havia acontecido e deveria seriamente repensar se sarcasmo era mesmo um modo de melhorar o mundo.

Sua respiração estava bem descompassada, seu coração queria sair pela boca, mas ela achara que seria a atitude mais plausível a se tomar, correr de onde estava como se a vida dependesse disso, olhara seus trajes pensando seriamente se sairia daquele beco escuro onde se metera, ou ficaria ali até o dia amanhecer o que duraria horas ainda ou arriscaria.

Analisara-se, estava até que bem, calça jeans, blusa, peep toe que lhe estavam matando, depois da maratona que correra.

Ela realmente poderia ter aparatado, mas notariam, mas também quem disse que ela pensara nisso e tudo porque ela sentira naquela hora uma vontade incontrolável de sair dali, daquele local.

Para explicar que havia acontecido com ela, tinha-se que voltar atrás um pouco naquele dia.

Nessa manhã, Astoria acordara bem- disposta e humorada, que não era o seu normal, levantara-se, tratara de sua higiene pessoal e fora até á sala da Mansão Greengrass, vira as últimas no Profeta Diário, ouvia o barulho ensurdecedor que fazia lá fora, até que recordara ao ver corações de confetti voando no ar, balãozinho de plástico em formato coração, anjinhos com fralda e seta que na sua opinião, mais usavam fraldinha porque o Cupido só fazia era cagada, por isso necessitava.

Subitamente recordara-se do porque, hoje era dia dos namorados, a muito contragosto seu, um dos dias que mais odiava do ano, fazia sentir-se qual os melhores termos, desajustada, sem rumo e desencalhada, sim as palavras podiam ser essas, já que sua própria mãe e agora, sua irmã casada, o dizia.

Irmã trairá, casara e passara para o time mamãe, que todas as festas, aniversários, eventos beneficentes e outros eventos da alta sociedade, inventava de tentar coloca-la a falar com todos os solteiros disponíveis, era altamente embaraçoso.

Sempre ouvia depois, que não gostava de nenhum, “você é muito exigente…”, “você vai acabar sozinha…”, ou a que sua irmã criou especialmente para ela, “ Irmã, está começando a parecer Bridget Jones com essa atitude…”, essa última deixara consternada, desde que vira o filme trouxa que Daphne lhe emprestou para ver.

Só seu pai que dizia “Deixa a nossa filha, meu amor…ela tem tempo…” , ao que ela agradecia a Merlin, ao menos ter uma frente de oposição perante sua mãe e irmã.

E nesse dia seria a festa na Mansão, então ela já estava preparando mentalmente para a nova tortura.

Sairá do seu quarto, abandonando as suas reflexões deprimentes e enfrentara as feras, subentenda-se, mãe e irmã, com o marido do lado, seu cunhado Theodore Nott, seu pai também encontrava-se já a mesa.

—Bom dia…

—Bom dia, querida…- Responderam seu pai e mãe.

—Bom dia, Asty…- Respondera a sua irmã e seu cunhado dera um sorriso, ao que ela retribuira, Theo nunca fora mesmo muito de falar, devia de ser por isso que era óptimo com sua irmã, já que ela falava sem fim.- Sabe da festa hoje a noite?

Ela contivera o impulso que sempre tinha de revirara os olhos para coisas óbvias, claro que ela sabia, morava na Mansão, certo? Suspirara e limitara-se a assentir, mas sua irmã continuara olhando-a com expectativa , ao que ela decidira dizer algo.

—Sim...que tem?

—Quem vai trazer?

E ela deveria ter controlado seu sarcasmo nessa hora, ela realmente deveria.

—Meu namorado, talvez…

Todos os rostos espantados, foram na sua direcção ao que ela que encontrava-se no momento, jogando leite nos seus cereais, erguera o rosto para cima e olhava todos um a um, como questionando que tinha sido.

—Ahh, não posso…nem para me contar, mana?

—Como?- Certo, ela não havia entendido que era um sarcasmo, porque esse é o problema das pessoas que não entendem sarcasmo, pensam que o que a pessoa fala é uma verdade, quando ia rectificar para ela entender, sua mãe ficara emocionada, limpando o seu rosto com lencinho, sério, ela realmente tinha os olhos marejados, não podia ser. Ficara chocada com isso.

—Eu…

—Que orgulho…minha Astoria desencalhou, meu amor…meu orgulho…- Ela levantara-se, correndo até abraçar a filha, que sentira-se sufocada na hora e sua irmã cochichava com o marido, enquanto seu pai sorria discretamente e erguera seu jornal na hora, como assim?- Tenho que contar para as minhas amigas…que você irá trazer seu namorado…que bom…Daph querida, venha como está de licença de parto do trabalho, pode muito bem ajudar sua mãe…temos que causar boa impressão para o noivo de sua irmã, minha filha…

—Mas…

—Não se preocupe, mana…vamos arrasar…Theo não me espere para o almoço hoje…- Seu marido limitara-se a sorrir para ela, assentindo, enquanto tornava ao seu café da manhã e sua irmã e mãe saiam falando animadas e especulando sobre quem teria arrebatado seu coração.

Astoria somente olhara para a sua taça do café da manhã, sem saber que dizer e fazer, olhara para o pai e Theo que estavam compenetrados nos seus jornais e nada diziam.

Ela limitara-se a levantar e sair, pensando em como tinha acontecido tudo isso. E estava com um problema novo, como arranjar um namorado para aquela noite? Por Merlin, ela estava perdida.

Hoje era seu dia de folga, ao que não precisava de ir trabalhar, decidira aparatar e ir para o melhor local que existia quando queria reflectir, Doce dos Duques em Hogsmeade, abrira a porta e a sineta tocara.

Ao vê-la a senhora do caixa já sorria, como era presença habitual, ela chamara-a com sua mão.

—Srta. Greengrass…

—Como vai, sra.Duque?

—Muito bem e você?

—Indo…

—Oh, está com cara de quem precisa provar a nossa novidade de hoje…- Puxara de uma caixa vermelha aveludada que continha bombons dos mais variados, esta arquejara a sobrancelha e a senhora passara a explicar.- É chamado de bombom da boa sorte…

—Porque da boa sorte…?

—Você escolhe e dentro terá uma mensagem só para você…que normalmente lhe dá boa sorte…

Quando Astoria pegara seu bombom e puxara de seus nuques para pagar, uma mão pousara-lhe sob o ombro mas parecia-lhe familiar e quando olhara para trás.

—Mas não acho que vá ter, Srta. Greengrass…- Notara com surpresa, já que não via a uns aninhos, a professora Trelawney, se bem que não tivera essa matéria, havia preferido Runas Antigas, por achar mais útil que Adivinhação, mas sua irmã sim e sabia da fama desta.- Tenha cuidado esta noite, puderas perder teu coração…não olhe para baixo…

—Hm…olá, Professora…mas porque?

Quando ia -lhe responder, foram interrompidas por um saco cheio de docinhos de alcaçuz e pequenos queques de cenoura com abobora, ficara vendo como a professora ficara feliz e pagava o respectivo.

—Sibila, querida…aqui tem…

—Obrigada, Emília…bons ventos hoje virão á tua loja…

—Que sempre venham…

 E sairá sem despedir-se com seus óculos engarrafados e cabelos turvos, Astoria ficara meio sem saber que dizer, abrindo a boca e fechando em seguida.

—Não ligues para Sibila, querida só quis- te assustar…sempre vai levar o bombom?

Ela limitara-se a assentir, abrindo o bombom, vendo que tinha de facto uma mensagem e ficara com um calafrio, era irónico e era estranho demais.

” Olhe para baixo!”

Mas, normalmente o que a intuição diz normalmente ignoramos, ela olhara para baixo, vendo um papel sob seu sapato, abaixara-se e vira algo curioso.

“ Procura um par para o dia dos namorados? Deseja conhecer o nosso catálogo de solteiros e solteiras disponíveis? Venha na Miss Selwyn, Agente Casamenteira. Localização: ao lado da Madame Puddifoot, Hogsmeade “

Aquilo era…pegadinha? Brincadeira? Zoação com ela? Guardara o papel no fundo de sua bolsa, comendo o seu bombom que de facto, era maravilhoso, melhorara um pouco seu ânimo, mas chocolate sempre tinha esse efeito.

Sorrindo frouxamente para a Sra. Duque, sairá da loja, pensando em que fazer da sua situação desastrosa, depois de muito andar e pensar, acabara indo mesmo na ideia que pensara não ir inicialmente.

Dera por si, na frente de Miss Selwyn, Agente Casamenteira, abrira a porta do local, indo na recepção, vira que a recepcionista estava com fone de ouvido, abanando a cabeça e limando as unhas, que nem dera por ela, precisara colocar a mão na frente dela que virara para si, arquejando a sobrancelha, olhando-a detalhadamente.

—Bom dia…- Dissera quando não aguentara mais sentir-se desconfortável.

—Sério? Se você está aqui…não há esperança para nenhuma de nós, colega…

Ela não soubera que responder, só limitara-se a olhar, parecendo um sapo abrindo e fechando a boca, até que aparecera uma mulher alta, elegante de cabelos presos num elegante coque, com um sorriso calculista e avaliador, notara a morena ao ver que esta a olhava e por fim, indicara gestualmente a sua sala para ela entrar, ao que esta o fizera.

—Boa manhã…

—Boa manhã, Miss Selwyn…

—Como se chama?- Esta tinha a mão sob um formulário que Astoria não soube identificar que seria, porque o olhar da mulher sob o seu, era intenso demais.

—Astoria Greengrass…

—Uma Greengrass e tão bonita assim, sem namorado? Realmente, veio no sítio certo…

—Não é bem isso, eu preciso de um par…

—Hm…- Mas Astoria ficara com dúvidas, se ela realmente teria escutado.

Ela assentira, rabiscando algo nos seus papéis, que deixava Astoria ainda mais desconfortável com a situação e perguntando-se porque tinha feito aquilo, porque tinha ido ali? Aquela mulher conhecia a sua família, era embaraçoso demais por Merlin.

—Venha, Srta. Greengrass…- Ela fora com a Sra.Selwyn, até uma sala adjacente e lá dentro, por amor de Merlin, como era possível, esta abrira e fechara a boca.

Era toda uma sala cheia de mesas e cadeiras circulares de madeira simples e clara, com decoração alusiva ao dia dos namorados, tinha muitas pessoas ali conversando e algo curioso era que algumas mudarão para a mesa ao lado e vice-versa.

—Este é o sistema rotativo de conhecimento…tem cerca de quinze minutos para falar com a outra pessoa, sobre o que têm em comum …se gostarem um do outro, saem da mesa indo para a sala do lado e continuam a conversar, se não gostar, pode trocar de parceiro de mesa ao final desse tempo…

—Entendi…

—Sente-se aqui, srta. Greengrass…espero que goste…no final , acordamos o pagamento…

Ela concordara, sentando-se sem olhar para quem estava na sua frente, talvez tivesse sido o mais prudente, mas ela olhara dentro de sua bolsa, sem notar até que um leve risinho adentrara seu ouvido, esta olhara na direcção e fora ai que ficara aterrada.

—Ora, ora de todas as mulheres que pensei que não iria ver hoje, você ,Greengrass me surpreendeu…

—D-Draco Malfoy…

—Em carne e osso…mas como vai Greengrass?

Ela sentia-se com vontade de enterrar chão a dentro, não podia ser possível…ao ver que ela continuava muda, este sorrira mais de canto, alisando seu cabelo aloirado, até que estralara os dedos no seu rosto e ela assustando-se, respondera.

—Qu-Que faz aqui?

—Bem…é meio que uma ajuda…- A Astoria pelo tom que ele usara, achava que tinha sido imposição.- á Sra.Selwyn…é minha prima por parte de mãe…e ela pediu a minha mãe, ajuda para erguer seu negócio no Mundo Bruxo, baseado num modelo trouxa de relacionamentos…eu estou aqui, meio que como incentivo…

—Incentivo?

—Á auto estima, Greengrass…se te trouxe aqui, acha que precisas de auto-estima…- Fora quando ela batera literalmente com a cabeça na mesa, sob o olhar divertido de Malfoy que não podia mentir que achava totalmente engraçado.

—Porque raios, precisaria eu de auto estima?

—Se estás a fazer essa pergunta…é porque, realmente precisas…

—Oras…eu só queria um par…

—Oh, que terna…tens um aqui…

—Não estas a entender, Malfoy…

Ela realmente estava sem paciência para ele e sua expressão zuadora, ao que levantou mas a voz dele alertara-a.

—Acho melhor continuares sentada , porque não vais querer que te vejam…

—Porque?

—Ora, Greengrass… porque tua mãe , melhor amiga da minha, vem com tua irmã e com a minha mãe reforçar umas coisas para a festa, por causa do noivo da filha mais nova…- Essas ultimas palavras ele empregara um sarcasmo bem vincado, arrastando propositalmente as palavras, ela não podia dizer que não era merecido, contivera a vontade de responder, porque ele continuara.- Pois a Sra. Selwyn tem além deste negócio, outro de decoradora de eventos, então sugiro que não te levantes…

Fora ai que ela entrara em pânico, escondendo mais na mesa, ao que ele não aguentara e gargalhara e ela só queria calar aquele desgraçado, ela olhara de relance para uma porta de vidro que dava visão para a recepção e vira sua mãe, sua irmã e a Sra. Malfoy falando com a Sra.Selwyn, aquilo era muito para ela, que dia horrível!

—Que faço, que faço…

—Há uma saída de emergência bem atrás de mim…

Ela nem pensara duas vezes, correra dali de dentro o mais rápido que pode, somente ouvindo de fundo, o riso de Malfoy.

E fora assim que acabara naquele beco, envergonhada, com dores e sem pernas, sem par e no desespero, já que faltava cerca de uma hora para a festa em sua casa e ela nem tinha- se preparado ainda.

Desistindo, optara por aparatar para casa e enfrentar o inevitável, mentalizara directamente seu quarto, para seu desgosto sua irmã estava lá com expressão enfadada e mexendo em seu ventre avolumado.

—Onde estiveste, fiquei preocupada…distrai a mamãe, mas não dava muito mais…

—Desculpa, Daph…

—Tudo bem…

—Que te aconteceu?

Astoria via a expressão brava e curiosa de sua irmã de onde ela estaria toda a manhã e tarde, mas esta não mentira, mas também não revelara toda a verdade, achava que seria meio embaraçoso e constrangedor demais.

Com um suspiro de resignação, vestira seu vestido longo, fluido de uma cor salmão, com um batom bem vermelho, demarcando o tom pálido de sua pele, fizera um lápis preto bem marcado, delineando seus olhos esverdeados, prendera seu cabelo num coque bem amarrado com o auxílio da varinha, mais uns retoques e estava pronta.

—Porque está havendo essa festa mesmo?

—Oh, sabes como mamãe é...ela quer animar-se, depois de toda a situação do pós-Guerra e nunca fez mais do que isso na vida...não podemos deixa-la triste, Astoria...- Toneladas de culpa começaram a assolá-la, com as últimas palavras de sua irmã, a culpa pela mentira não fora dela, fora da irmã e da mãe, mas ela que deixara arrastar por tempo demais.

Era adulta e resolvida, mas nesse assunto e com sua mãe, parecia toda uma criança de cinco de anos, era exasperante.

Resolvera acompanhar a sua irmã para fora de seu quarto, fingindo que ouvia as tagarelices que ela falava, assentindo esporadicamente, sua mente estava bem longe na gargalhada monumental que Draco Malfoy lhe deitara antes de sair pela saída dos fundos.

A raiva estava-lhe subindo, mas ela tinha que se controlar, estava descendo para uma festa. Daphne soltara-se de seu braço, indo ter com o marido que fora atencioso e ajudara a descer, naquela altura viera sua mãe na sua direção e ela já estava preparando um discurso todo apressado e infeliz, de que não tinha namorado algum.

—Minha filha...- O ânimo dela era algo incrível, era até crueldade o que ela iria fazer, somente limitara-se a sorrir, olhando a mãe.- Porque não me disseste?

—Dizer o que, minha mãe?

—Que ele era teu namorado...será um rico marido...seu pai torceu o nariz, mas é irrelevante...- Sua mãe continuava a falar, mas já não escutava. Fora a vez de ela ficar com os olhos arregalados e com expressão de que sua baba caiu no vestido, porque não entendeu em nada do que a mãe queria dizer.

Como assim, namorado? Não havia namorado algum! E como assim, futuro marido? Ela começara a assustar-se. Que proporções, estava tomando aquela situação!

 Mas primeiramente, quem era o ”ele”?

Sem dizer nada, deixara-se arrastar pela mãe, que parecia brilhar de tão feliz e deixara-se ser encaminhada até onde estavam sendo recepcionados os convidados e qual não foi seu susto e espanto, quando se deparara com Narcisa e Lucius Malfoy, do lado estava Draco Malfoy que olhava para ela com um sorriso bem maroto, como dizendo “Olá Greengrass, novamente nós...”.

—Malfoy...

— Oh, querida não precisas dizer pelo sobrenome, podes dizer o nome dele, afinal são noivos...

—Que eu saiba minha querida esposa, ainda são namorados...- Astoria contivera um grito embaraçoso ao ouvir atrás de si a voz muitíssimo enfadada do seu pai, que ela nem precisara voltar-se para saber que era com ela.

Lentamente, voltara-se para o pai que simplesmente esticara a sua sobrancelha, repreensoramente como lhe dizendo, onde ela tinha a cabeça, suspirara longamente e continuará a ser puxada pela mãe, até estarem de frente a frente com os Malfoy.

Narcisa parecia que nem sua mãe toda radiante, olhando para ela como aprovando a escolha, o sr.Malfoy só olhava entediado a situação, conforme seu pai ia ter com ele, convidando um Whisky no escritório de ambos, que este aceitou prontamente.

Já o Malfoy filho, esse continuava com expressão de diversão no rosto, mesmo que em nada transparecesse, mas ela conseguia ver o brilho maroto nos olhos, vendo a expressão de desespero e raiva que ela devia de estar transmitindo na sua direção.

—Boa noite, Sra.Greengrass, Astoria...- Falara Draco, inclinando qual cavalheiro e beijando o dorso da mão direita da Sra. Greengrass, ao que está corara com os modos dele, olhando furtivamente para a filha que fingira categoricamente não ver o brilho de adoração e aprovação nos olhos dela.

Astoria estava mais concentrada na audácia do Malfoy, que já lhe ia chamando pelo nome e porque demónios, mentira em nome dela, não fazia sentido algum.

—Boa noite, querido...Narcisa...Lucius já foi com meu marido, esses dois...

—Boa noite...-Falara ela por fim, olhando primeiramente a Sra.Malfoy, dando-lhe um abraço já que se conhecia de há muito e quando chegara perto de Draco , seu olhar poderia queimar se fosse possível aquele loiro maldito e arrancar-lhe o sorriso, mas ele fizera pior, ao ver que ela aproximara-se, puxara-a da cintura, mantendo o braço esquerdo, segurando-a para que não escapasse e segurando a sua nuca entre os dedos longos e suaves da sua mão livre, beijara-a ao que ela com a surpresa, entreabrira os lábios e ele aproveitara para a instigar ao que ela não conseguira conter, correspondendo e com a raiva que lhe ressurgirá, apertara os cabelos loiros e sedosos entre as suas mãos.

Um pigarreio terminara o beijo dos dois, mas ele ainda tivera tempo de sussurrar ao ouvido dele “ Como imaginei...” , ela não poderá não corar, ao ver o sorriso intenso que ele tinha no rosto .

—Bem queridos, sei que querem namorar a vontade, mas estamos numa festa contenham-se...-Dissera Narcisa, soltando risinhos por detrás da ponchet elegante que portava, ao que sua mãe acompanhara o passo.

—De qualquer forma, estamos muito felizes com o vosso namoro...esperemos que logo casem, queremos netinhos...- Astoria sentia-se sufocada, subitamente ao que Draco notara a sua inquietude, falara.

—Bem, ficamos nós felizes por gostarem tanto, queridas mães...-Como era possível, ele encantá-las desse jeito não era normal, pensara com exaspero, Astoria olhando-o e vendo sua naturalidade.- mas, vou buscar uma bebida para minha noiva, ela não parece estar bem...

Noiva? Ahh, maldito Draco Malfoy...

No entanto, deixara-se guiar por ele até a mesa de bebidas, á medida que deixavam suas respetivas mães aos risinhos e conversando, Astoria nem queria saber do que se tratava.

Ao lá chegarem, ela pega diretamente na bebida pesada, ou seja, Firewhisky ao que Draco sorria maliciosamente.

—Linda, beija bem e ainda sabe beber...és um tesouro, Greengrass...como perdi contato contigo estes anos todos? - Ela contivera-se para não manda-lo pelos ares por fazê-la corar ainda mais.

—Que está a acontecer? Qual a parte que pulei em que começamos a namorar? Como chegou nesta situação? E porque demónios, me beijaste? - Ela falara num tom controladamente baixo, engolindo a vontade de gritar, abana-lo até que a alma lhe saísse do corpo.

—Uma pergunta de cada vez, Greengrass...bem em teoria, estamos num namoro de mentira, começamos a namorar, desde o momento que sua irmã e mãe tem uma boa visão e viram-te sair pela porta dos fundos e minha mãe viu-me ficando confusa, então como tive pena da tua situação, Greengrass, disse que tinhas vindo ali para me ver, minha prima ficou bem confusa, mas logo achou plausível...depois, quanto ao como chegou nesta situação, bem convenhamos Greengrass, és muito má mentirosa, honestamente...- Ela fechara a cara, bebendo mais um gole de sua bebida, ele tinha razão, não que ela gostasse disso.- E por último, bem...queria beijar-te simples e ajudaria a manter a história...- Nesse final, ele fora invasivo, mas não era momento de alongar essa parte.

—Como vou resolver esta situação? – Ela sentia que ia explodir a qualquer momento, ao que ele aproximara-se, abraçando-a pela cintura ao que ela olhara sobre o ombro para os olhos azuis acinzentados que ele possuía e lá via a segurança que estava a precisar, ao que ele sorrira mais calmamente.

—Aproveita a tua noite, depois eu digo que eventualmente “terminamos”...

—Ahm...- Ela conseguira ficar sem fala, oras, ela ainda era humana, solteira a muito e não saia com ninguém á muito e ele era ...um sonho em forma de humano.

Ao ver o quão, ela tinha abobado, ele dera um sorriso bem arrogante, mas ela não ficara ofendida, ele tinha aquela beleza e elegância necessárias que lhe permitia e tinha permissão de ser assim. Ele puxara-a para seus braços, beijando-a novamente e ela não se queixara, retribuira, porque ele beijava imensamente bem.

E assim, fora prosseguindo a noite, entre beijos, amassos ousados e muitas danças, ele realmente dançava muito bem, era incrível, girava-a no tempo certo, não lhe pisava os pés, sabia de cor, um minueto, uma valsa, uma valsa vienense, uma contradança. Ele era a personificação de cavalheiro, que era isso?

Nesse momento, a noite já ia alta e a madrugada avançava sob o céu, orvalhando todas as plantas do extenso jardim e estufa dos Greengrass, e os dois estavam ali sozinhos, Astoria os havia levado para lá para estarem mais a vontade e longe de holofotes e câmaras dos jornalistas que abundavam ali.

—Porque, Malfoy? Porque me ajudaste e porque me estas a ajudar?

Ele sorrira de leve, olhando a varanda e o copo de hidromel, bebendo um longo gole em silêncio, para a morena não era de todo um silêncio ela gostava particularmente.

—Honestamente…- Ele começara lentamente num sussurro bem baixo e velado, olhando de canto para ela.- porque entendo o que é não querer decepcionar quem nos quer bem… não sei como meteste nessa situação mas…és naturalmente boa, Greengrass, sempre o foste por isso porque não ajudar-te…

Ela podia estar a espera de mil motivações ou até outros menos nobres, saindo da boca de Malfoy, mas nunca isso, ficara estranhamente em silêncio, num ato de clara brincadeira, arrancara-lhe o copo da mão, bebendo o conteúdo do mesmo, que este rira com sua travessura.

—Bem, meti-me nesta situação á conta de um sarcasmo muito mal calculado…

—Sarcasmo é um modo muito inteligente, Greengrass de escarnecer dos outros ,que feio…tem que se ter habilidade…

—Estávamos indo tão bem…- Dera um suspiro dramático, arrancando mais uma gargalhada do loiro que ela amara ouvir.

E assim, a noite ia tomando o seu compasso á medida que os convidados iam despedindo-se, e Narcisa e Lucius Malfoy viera despedir-se dela, chamando o filho.

—Amanhã nos vemos, Astoria?

Ela pensara em inventar uma desculpa por um mero segundo, afinal a farsa terminava e precisava terminar, mas…

—Claro, porque não?

E o sorriso que ele lhe dera, fizera que um estranho frio percorresse sua barriga, ao que ele aproveitara e arrancara-lhe mais um beijo que lhe arrancara até seu folego.

—Até amanhã…e aos dias que virão…?

—Esperarei ansiosa…- Fora a resposta espontânea que lhe sairá, á medida que o via afastar-se de si com o seu sorriso ainda mais expandido.

Astoria já não ouvia a mãe e nem irmã, muito menos os resmungos ciumentos do pai, só olhava o porte elegante do loiro a sair e o olhar que ele lhe deitara para trás antes de sair, derretera-lhe o coração.

Ela reconhecia no olhar dele , o que ela própria vinha querendo sentir á anos, o inicio de uma paixão, estranhamente ela não queria dar para trás como sempre, ela desejava aquilo.

Afinal, o seu sarcasmo não havia corrido tão mal, havia-lhe servido até bastante bem, no final de contas, entrara novamente, rindo-se gostosamente de como a sua vida dera uma reviravolta e ela estava feliz com isso.


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Notas finais do capítulo



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