Já não era surpresa para ninguém quando Lily Evans negava mais uma vez o pedido de James para darem uma volta em Hogsmeade, ele já teve até a cara de pau para pedir que ela o acompanhasse para uma das suas famosas marotagens... Mas esse não é o ponto dessa pauta. Talvez eu volte aqui para contar essas ocasiões, em outra hora, outro dia, outra semana, ou, talvez, hoje mais tarde, mas são só talvez e como diz o mais sábio dos mendigos, você não deve se apegar no talvez.

Mas me desculpe querido leitor! Eu enrolei, enrolei e nada nas minhas doces palavras fúteis você estava interessado em saber... Bom, onde eu parei? Ah! É mesmo! Nem comecei direito para parar em algum lugar...

Já não era surpresa para ninguém quando Lily dizia não ao James, mas mesmo assim as pessoas paravam nos corredores como a espera do show que muito ansiava. Dizendo assim parece até fútil que todos esperassem ansiosamente por algo que sabia que iria acontecer regulamente, não posso julgar ninguém pois fazia igual e faria de novo se me perguntasse meu desejo, tenho alguns palpites pouco concretas sobre o porquê:

1º Pelo fato de todos, sem exceção se juntarem para ver aquele espetáculo, juntos, adolescentes que se achavam adultos, até as crianças tímidas do primeiro ano, puro sangues da “raça” mais pura encontrada, aos nascidos trouxas sem um pingo de magia na família antes, é claro, deles, as mais ricas pessoas até aquelas com situações um pouco complicadas. Acho essa a opção menos favorável para andar junto com a verdade, pelo simples fato do egoísmo se sobressair naquela época, não sou hipócrita, admito que já coloquei sim, meus desejos na frente de outras pessoas, mas sentia vergonha disso, hoje em dia as pessoas acham até... como posso dizer... comum? Por falta de palavra melhor será essa que utilizarei agora... Mas é melhor não me prolongar nesse assunto senão esse humilde depoimento será algo longo e cansativo... se já não é.

2º Entenda querido leitor, eram épocas de terror e de medo, épocas de guerra, Aquele-que-não-deve-ser-nomeado ou V-Volde-Voldemort, devo me desculpar novamente, é o habito, mas acho que já entendeu pela minha breve amostra de fraqueza que eram tempos nebulosos, e que não vão ser e nem devem ser esquecidas, mas o que esse fato tem a ver com o segundo palpite é o que irei explicar a seguir: Era algo certo, ver algo que nunca mudava, não importa o que acontecia fora das seguras paredes de Hogwarts, e ter algo certo na guerra era algo que acalmava. Essa alternativa com certeza é algo mais provável que a anterior, mas mesmo assim, não deve ser a correta por causa, que até alguns que adoravam a guerra parava para assistir, acho que era para fazer deboche, entretanto paravam.

 3º Terceira e última alternativa é a que eu mais acredito, todas aquelas pessoas tão diferentes paravam para ver aquela cena comum nos corredores, pelo NÃO de Lilian Potter, naquela época Evans. Deixa eu explicar melhor essa resposta tão... inesperada? Lilian Evans fazia o simples ato de falar não, uma arte, foram tantas vezes repetidas e do mesmo jeito que foi pronunciada na primeira vez continuou chamando atenção. Ela inventava e reinventava a palavra, não, de um jeito tão encantador que quase, ouça bem, eu disse quase, pois não tive coragem suficiente, fiz uma pergunta boba a ela, esperando somente o não tão diferente e único que somente ela sabe dar, somente encontrei outra garota que quase chegou ao seu nível de perfeição em uma só palavra, deve ter ouvido falar, ela é famosa... Luna Scamander. Mas é melhor eu não mudar de assunto senão eu perco o fio da picada... acho que não está certo, mas é alguma coisa por aí.

Acho que ela e James Potter discutia e guerreava naquela disputa tão particular e publica ao mesmo tempo, sempre que a chamava para sair ele inventava algo deslumbrante e ela sempre o superava. Acreditem ou não, mas existia o boato que ela aprendeu a falar não em mais de 360 línguas diferentes, se isso é verdade ou não, nunca saberemos. Esse segredo morreu com ela.

         Mas olha a hora! Estava mergulhado em tantas lembranças que nem percebi o tempo passar, e se você também não percebeu, então meu trabalho de te entreter foi bem feito. Realmente foi bastante agradável conversar com você, deveríamos fazer isso de novo qualquer dia desse, mas o que esse pobre velhinho de dinheiro e rico de alma sabe?

Ass: O mendigo mais sábio do mundo (humildemente, é claro).