Blossoming Heart escrita por Alyssa


Capítulo 3
Nunca julgue um livro pela capa


Notas iniciais do capítulo

Buenas :B

Pois é, esse capitulo deveria ter saído a um tempinho já. Desculpe pelo atraso, mas como ocorreram coisas, ficou difícil aparecer aqui x:
Espero que não tenham desistido dela, viu ~o próximo capítulo está quase ok.

Boa leitura. :3



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Capítulo 2 — Nunca julgue um livro pela capa

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— O direito dela começa onde acaba o seu…

— O direito dela começa onde acaba o seu…

— Hã?! — Kagome e o homem dos olhos âmbar apenas se entreolharam confusos.

“De onde raios saiu essa mulher?” — o homem dos olhos azuis pensou.

“Quem é esse ser?!” — a morena dos fios chocolates encarou o moreno seriamente.

— Miroku? — Kagome foi a primeira a se pronunciar — O que faz aqui?

— Bom dia para você também, Kagome — Miroku suspirou.

— Bom dia… — murmurou a morena acanhada.

— Muito bem — sorriu — Agora respondendo a sua pergunta: me transferi pra cá.

— Eh?! Isso quer dizer que você voltou pra cidade mesmo… — murmurou pensativa — Vovó Kaede ficará muito feliz em saber disso.

— Meus cumprimentos aos seus avôs, Kagome — o moreno voltou a sorrir nostálgico — Ah, avise também que em breve meu pai e eu estaremos indo lá.

— Avisarei com certeza.

— Ei, Sango!

— O que foi, InuYasha? — a mulher olhou de canto para o amigo, enquanto continuava de olho no moreno de longe.

— Por acaso conhece ele? — um dos péssimos defeitos de InuYasha era ser curioso.

— Hm, não — murmurou pensativa — Realmente não, mas ele me lembra alguém de relance.

— Ah! — InuYasha parecia ter entendido — Algum ex-namorado né. Sango, Sango... Não achei que fosse disso — ou talvez não.

— Você tem certeza que nasceu com todos os neurônios necessários? — a morena perguntou arqueando levemente a sobrancelha.

Hunf! — o homem dos fios prateados resmungou — Estou percebendo que o seu humor não está dos melhores hoje.

— Então não me enche, ok?

— Fica de boa, Sango — disse, dando um tapinha de leve no ombro da amiga. No entanto, logo se afastou ao ver uma aura negra emergindo.

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Sala 402…

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Rin ainda estava com a cena do que houvera mais cedo na mente. O encontro poderia ter sido lindo e, acontecido como nos conto de fadas e ainda tudo que tivesse direito, no entanto não foi bem assim. A morena logo fechou a cara ao lembrar do homem que estaria fazendo o papel de príncipe — e na opinião de Rin não combinava nada. Estava tão irritada com o acontecimento ainda, que a sua vontade era de descobrir qual era a sala dele, correr lá e o xingar de cretino até que não tivesse mais voz. Mas não, teria que ficar ali sentada na cadeira mais dura da história fazendo seu semblante de sempre, a de paisagem. Observava a porta entediada, enquanto esperava sua prima chegar toda desesperada pelo atraso.

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— Cadê ela, hein? — suspirou.

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Não teve nem tempo de olhar no relógio para ver quantos segundos haviam se passado depois do sinal e, ali estava ela entrando toda ofegante e desesperada. Rin nem se espantava mais com cenas assim, afinal sua prima sempre teve a fama de ser a última a entrar em sala, mesmo que viessem juntas para a aula. Todavia, nem todos estavam acostumados com a fama da caçula dos Higurashis e, logo viu olhares assustados para a mesma. Kagome que não estava nem aí como sempre, começou a se ajeitar toda na frente da turma. Rin abria calmamente seu caderno, enquanto revirava os olhos para cochichos alheios.

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— E o que houve dessa vez? — começou Rin — Alguém te assediou?

— Não! — Kagome respondeu rapidamente.

— Então, o professor parou para conversar sobre seu fim de semana de amor desastroso? — Rin realmente tentava.

— Com certeza não — Kagome sentou ao lado da prima.

— Oh! Se esbarrou com alguém…

Isso! — Kagome cerrou os punhos — Aquele garoto insolente.

— Nossa, ninguém nunca tinha lhe deixado assim — comentou pensativa — Nem mesmo o Kouga conseguiu tal efeito no verão passado.

— Por favor, né Rin — Kagome suspirou — O Kouga é uma grande exceção.

— É claro que ele é — sorriu sapeca.

— Bom dia, vamos começar um novo semestre — a professora Ayumi entrou na sala em passos largos.

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xXx

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Sala 506…

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Sango olhou para trás sobre o ombro, mesmo de longe conseguiu identificar o moreno que rapidamente se enturmou com os outros colegas de classe. Seus olhos chocolate se espremeram ao observar tal cena, no entanto sabia que era normal isso, desde que ele tinha pose de ser bom na lábia — com certeza havia escolhido o curso certo.

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— Sango? Está me ouvindo? — Houjo chamava pela quinta vez já.

— Desculpa — Sango encarou o amigo perdida — Eu estava um pouco distraída.

— Um pouco é? — murmurou — Percebi que estava — Houjo olhou na mesma direção que a amiga olhava alguns minutos atrás — E esse ‘distraída’ aí tem a ver com o Miroku, por acaso?

— Hm, não — Sango desconversou na hora — Ah, você disse que é amigo de infância dele né… — comentou pensativa — Ele foi sempre assim…

— Carismático? — corta Houjo.

— Não! — Sango revira os olhos — Metido mesmo.

— O Miroku?! — Houjo pareceu confuso naquele momento — Não mesmo. Ele sempre foi esse garoto com um coração de ouro. Sempre disposto a ajudar os outros sem querer nada em troca. Um verdadeiro amigo.

— Hunf, sabe que não confio nesse ‘tipinho’ ai — gesticulou Sango — Não são nem um pouco confiáveis. Talvez você devesse começar a olhar melhor os seus amigos.

— Ou talvez você devesse parar de julgar sem realmente conhecer — Houjo sorriu triste.

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Sango baixou a cabeça pensativa com a última frase do amigo e, só talvez ele tivesse razão nisso, mas e como esquecer por tudo que já passou na vida?! Todas as dores e mentiras que teve que conviver todo esse tempo. Como simplesmente iria deixar para trás. A morena suspirou em meio a tantos pensamentos. Miroku disfarçadamente estava de olho em cada movimento e expressão dela, algo nela o chamava.

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xXx

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Finalmente o último sinal do dia havia tocado e, assim uma onda de alívio e liberdade se espalhava por onde os alunos passavam. Mal havia começado o semestre e todos já sentiam a carga pesada que estava por vir. Era um ano importante para alguns, desde que estavam para concluir o curso. Kikyou era uma que não via a hora de concluir seu curso de Design de Moda, estava já a 3 anos cursando-o e finalmente via o escape. Kagome e Rin que juntas optaram por Marketing estavam na mesma e, juntas iriam concluir com Kikyou. Muitas turmas haviam iniciados, assim como boa parte estaria se formando em breve.

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Rin junto das gêmeas seguiram até a secretaria para falar sobre alguns documentos faltando. A morena gostaria e muito de poder ir logo para casa e, assim se agarrar aos seus lindos romances policiais. Porém, como não seria possível no momento, se apegou a uma revista de jardins que havia ali e, se pôs a ler. Hora ou outra espiava as primas conversando, havia avisado sobre os documentos, mas as mesmas não lhe deram ouvido. Rin se orgulhava em ter arrumado toda a papelada antes do início letivo, agora poderia relaxar sobre o assunto. Sorriu ao ver a cara de emburrada de ambas, oh teriam muito o que aprender consigo.

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“Bobas” — riu, virando mais um pagina.

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De repente sua paz logo se foi como mágica, ao ver quem mais aguardava por ser atendido. O homem cretino de mais cedo estava lá diante dela com cara de poucos amigos — apesar de ter certeza que essa era uma expressão normal. Ah, e dele não ter amigos também. Levantou a revista na altura do rosto na falha tentativa de disfarçar a sua presença, porém isso só serviu para denunciá-la de vez. O mesmo lhe encarou com uma sobrancelha arqueada, enquanto Rin tentava não atacar a revista que tinha em mãos.

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“Cretino!”  — pensou, mais vermelha do que já estava — “Droga! Não vai parar de me encarar então?!” — Rin olhou entediada.

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Como se o mesmo pudesse ler pensamentos, a encarou mais abertamente como se fosse algo normal no seu dia a dia. No entanto, sabia que para ele deveria ser um tipo de desafio infantil. Nenhum dos dois ousava piscar naquele momento, a coisa realmente ficava séria agora. E estava cada vez pior, mas claro, alguém tinha que interromper a batalha de olhares.

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— Sesshoumaru?

— Hm… — o homem acordou do transe ao ouvir seu nome ser chamado — Sim.

— Você trouxe o documento, certo? — a mulher sorriu abertamente.

— Claro, senão porque estaria aqui — murmurou simplesmente.

“Céus, como ele é seco! E até mesmo com uma simples secretária” — Rin revirou os olhos.

— Claro, claro — a mulher sorriu sem graça — Você nem deve se lembrar de mim também.

— E eu deveria conhecê-la? — perguntou diretamente.

“Beleza, alguém trás um caminhão pipa aqui, porque a seca chegou até na Shikon!” — a morena suspirou.

— Eu trabalhei para o seu pai quando você estava no ensino médio — explicou — Fiz meu estágio lá.

— Senhora Yura?! — Sesshoumaru perguntou confuso — Irmã mais velha de Kagura, não é?

— Exato — a morena sorriu — Parece que se lembra muito bem de minha irmanzinha — piscou.

— Oh sim, eu tive mais contato com ela na verdade — lembrou.

— Por favor, somente Yura — pediu — Nem sou casada...ainda.

— Uso como educação apenas — disse sem emoção.

Cof cof! — Rin começou a ter uma pequena crise de tosse ao ouvir tal barbaridade — “Educação, é?!”

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Kagome e Kikyou logo olharam para a prima assustadas, sabiam das crises de alergia da mesma, no entanto, o local era bem limpo e arejado. Respiraram aliviadas diante do caso. Diferente de Sesshoumaru que tinha total certeza que havia sido um tipo de sarcasmo para o seu lado. Apenas a encarou de canto e, no mesmo segundo viu a morena baixar a cabeça vermelha. Bingo.

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— Um cavalheiro como sempre — Yura terminou a papelada — Está tudo ok agora.

— Obrigado — agradeceu e, saiu dali sem olhar para a morena novamente. E com isso perdeu o olhar insatisfatório de Yura para a garota.

“De repente me senti tensa aqui” — pensa Rin se afundando mais ainda no sofá.

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xXx

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Metro…

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O resto do dia havia passado finalmente e, com isso Sango sentia que poderia ir para casa com a mente leve, afinal mais uma vez havia dado o seu melhor. Praticamente todos os dias da semana era a mesma coisa, de segunda à sexta na parte da manhã corria com a sua faculdade de Direito. Entretanto, na parte da tarde e um pouco da noite — mais o sábado —, corria com seu trabalho de meio período numa casa de lanches. Apenas no domingo é que sabia que teria um pouco de tempo para relaxar, mas ainda assim não podia deixar de ficar atenta a tudo ao seu redor. Nos últimos meses sua mãe estava com a saúde debilitada, essa que era a única pessoa com que a morena podia contar, todos da sua família já haviam partido. O coração fraco da velha mulher precisava aguentar por mais tempo, ou Sango realmente não saberia o que fazer. Todo cuidado e amor com ela era pouco, afinal não poderia perdê-la de jeito nenhum. Não antes de realizar o sonho de ambas.

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Caminhava por entre as pessoas com calma, enquanto tentava não desmaiar com mais um dia de cansaço. Sentia com se as suas pernas fosse descolar do corpo a qualquer segundo. Respirou fundo ao chegar em frente ao local onde parava o vagão que sempre pegava para ir para casa. Sua mente rodava a cada vez que a lâmpada perto de si piscava — pronta para queimar.

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— Sango?

— O que? — a morena olhou para o lado ao ouvir alguém lhe chamar — Miroku?

— Precisamos conversar — ele disse sem rodeios.

— Não quero — resmungou, tentou sair dali, mas sua pernas vacilaram junto de sua mente.

— Sango! — Miroku correu para segurá-la ao ver que cairia.

— Me...solta — falou devagar.

— Nunca!

— … — tudo sumiu da vista da morena.


 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Ok, confesso que gostei de escrever esse capítulo xD Aposto que até já descobriram por que né >

Vejo vocês em breve?! ♥

Feliz natal atrasado e um próspero ano novo ♥



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