Meados de 1941 escrita por Onni


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Hello my peoples ヽ(・∀・)ノ

Cá estou aki hj para celebrar o amor que é o dia dos namorados e nada melhor que escrever fics fluffy sobre :3
Pretendo fazer uma longfic de GerIta e, bom, esta é apenas um partícula do que ainda está por vir (eu n sei vcs, mas GerIta é meu shipp supremo e nada me impede de fazer várias fanfics deles).

Bom. a princípio, eu quis aproveitar o desafio que está tendo na página do facebook Ficwriter Facts e postar algo bem fofo em comemoração do dia dos namorados (*≧ω≦*) Vou deixar link nas notas finais pra quem quiser dar uma olhada.

Espero que vcs gostem e se divirtam lendo. Se eu puder e tiver tempo, gostaria de escrever muito mais fanfics desses dois.

Até breve e boa leitura.



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Era tudo o que se ouvia. Zunidos melódicos e de ritmo tranquilo de uma música já esquecida pelo tempo que está sempre correndo. Momento este de reflexão onde notamos que séculos passam-se num segundo excluso, seja porque reviramos nossas tralhas velhas de casa, ou por uma breve lembrança de uma música de um comercial qualquer. Viste? Num estalar de dedos. Momento este que usamos para refletir: quando fora a última vez em que medira a altura de teu filho? Enquanto pensava, ele já pode ter crescido mais um centímetro. Ah, mas o tempo não perdoa nem os nossos pequeninos.

Ali jazia um, residindo em sono profundo sob a guarda quentinha do pai, que, não pestanejou em selá-lo a testa num ato de amor enquanto ainda em sonho. Era impressionante em como dormia folgado, bem de leve o mais velho sentia uma pontada de inveja, passou a mão por aqueles cabelos lisinhos e tão castanhos quanto os seus, puxara ele a genética forte da mãe, assim como seus olhos cor oliva, tão distintos dos seus. Agora, oferecendo uma deleitosa carícia no couro cabeludo de sua cria adormecida, continuou com a velha música a qual nem se dava ao esforço de abrir os lábios, seu zunir já bastava. Mirou a lareira a sua frente sentindo seu calor aconchegante em plena noite fria. Noite. Seu olhar imediatamente se direcionou para a janela vendo que os ventos mandavam ares gélidos e meio fortes impactando contra o vidro. Suspirou carregado. Estava demorando e em seu peito já era presente a preocupação.

No mesmo instante em que levantara com a criança no colo a fim de checar a rua, a porta do casebre é aberta revelando um militar de porte forte com uma expressão fatigada; ele retirou a boina e com os olhos verificou a casa ao seu redor, um singelo sorriso desenhou-se em seus lábios por avistar a figura tão familiar ali, em pé com um pequenino dormente entre os braços. Feliciano adquiriu uma expressão amena, seus lábios fizeram um gracioso contorno ao ditar num sussurro quase inaudível o nome do intruso e de maneira serena para não acordar o dorminhoco. Cauteloso, o pôs sobre a poltrona cuja estava sentado há pouco e deixou um casto beijo em sua testa, logo, voltou sua atenção ao loiro e, mantendo o sorriso, fora em sua direção, abraçando-o. Ludwig envolveu o corpo delgado de Feliciano e o escondeu dentre seu corpo forte num abraço saudoso. Feliciano sentiu um leve choque térmico pelo loiro estar gelado por conta do frio que estava lá fora, enquanto o seu corpo estava aquecido por ficar em frente a lareira, mas nada que incomodasse muito, estava feliz por tê-lo de volta.

Ciao, ciao~! Ludwig! Ciao, ciao~! – saudou com sua costumeira animação entre pequenos sussurros, para que caso não acordasse sua cria.

Ludwig, porém, limitou-se em somente envolver mais o corpo do outro e sentir seu calor emanado, aproveitando também para cheirar o topo de sua cabeça, de relance, depositou um singelo beijo ali. O italiano afastou o rosto para dar-lhe aquele seu termo sorriso. Agora sim, estava em casa.

As mãos finas e meio calejadas do italiano acariciaram seu rosto de forma carinhosa e aquelas íris cor mel lhe fitaram com amor. Ah… tão revigorante. Agarrou o menor pela parte de trás das pernas e o ergueu até a bancada mais próxima – sendo esta o balcão da cozinha – e tomou os lábios do outro. A troca de beijos foi singela e totalmente livre de malícia, o que arrancava certos sorrisinhos bobos por parte de ambos.

— Deixaste-me preocupado – queixou-se o italiano com um traço de mágoa enquanto deslizava sua mão até a nuca de Ludwig e fazia leves carícias.

— Desculpe… – iniciou serenamente. – Não achei que me esperaria. Houveram algumas complicações e eu fui o encarregado para ajudar – encarou aqueles olhos cúmplices com sinceridade, apesar de não transparecer irritação em sua face, Ludwig sabia que Feliciano ficara levemente aborrecido por sua demora. Claro, Feliciano era incapaz de se irritar com alguém, concretizando seu pensamento, ele sorriu doce para si e suas leves mãos deslizaram até pararem em seu rosto.

— Sei que és um homem muito gentil, Ludwig… não o culpo por isso – suspirou. – Para todos os efeitos, Lovino não queria dormir… – e virou o rosto para ver claramente as feições serenas do pequeno enquanto ainda em sonho, um sútil orgulho invadira-lhe peito, afinal, Lovino havia aberto um berreiro danado e recusou por muito tempo a se entregar ao sono, e quando havia o feito, mirou a hora tardia e sua preocupação o impediu que embarcasse junto ao filho no mundo dos sonhos por um certo alemão ainda não ter retornado. Os olhos pesados denunciavam sua fatiga.

O outro, porém, limitou-se a encará-lo com compreensão. Feliciano ficava vidrado na cor dos olhos de Ludwig, sendo de um azul claríssimo assim como o azul do céu ao meio-dia, num tom tão limpo e vivaz, por vezes se viu pego no flagra a observá-los tão fixamente. Podia até não admitir que fazia isso com tanta frequência, mas admitia dizer que sempre preferia quando os admirava como agora: bem de perto, quase colados ao seu rosto. Plenitude esta que pertencia somente ao italiano. Somente a ele. Abrindo mais um sorriso meigo, inclinou com subtileza a nuca do alemão para capturá-lo os lábios, prontamente correspondido, sorriu contente com o resultado.

Momentos como aqueles já não eram tão incomuns: ficarem somente se encarando por bons minutos sem sequer dizer uma única palavra pois os olhares já conversavam entre si; algumas básicas trocas de carinho com pudor; ou até mesmo um simples ato de incentivo de dividir as tarefas rotineiras; era-se algo já costumeiro e tão natural que ambos nem se deram conta de que já agiam assim. O que não era de menos, a estadia do italiano de pelo menos um ano na casa do alemão fez com o que fizesse-o ficar totalmente à vontade, e, sua presença totalmente presente quando abria-se a porta de entrada, sendo recebido com um caloroso sorriso, o que era talvez a sua parte favorita do dia que por muitos anos só encontrava o silêncio tenebroso daquele casebre. Ludwig estava acostumado a ter sua casa tão parada, com algumas tarefas a mais para serem realizadas em seus dias de folga ou senão nos finais de semana – casos raros, já que era o comandante de uma das tropas alemãs e o peso da responsabilidade em si era enorme  –, todavia, parece que Feliciano arruinou todo aquele ar sólido de solitude com sua ardorosa presença e seu carisma, dando uma sensação harmoniosa tanto para sua casa, quanto para seu coração. Nem notara quando um sorriso pequeno escapou de seus lábios.

Feliciano estagnou com a osculação para rir nasalmente e encará-lo com um traço de graça.

Veh~… No que tanto pensa? – indagou com um sorriso ingênuo enquanto passava a mão por seu bem arrumado penteado com o cabelo posto para trás, desalinhando-o de leve.

— Riria de mim se eu dissesse… – e de fato, Feliciano riu singelo.

Novamente substituindo ações por palavras, Ludwig enfiou o rosto na curva do pescoço do italiano a fim de fugir de qualquer pergunta que seria feita, embora funcionasse, permitiu que a mão do outro pudesse desalinhar mais ainda seus fios de cabelo tão finos e loirinhos, revelando sua graciosa franja, não se importou. Aquela atenção, aquele carinho, aquela apreciação… unicamente seriam tão bem proporcionadas pelo italiano para consigo, exclusivamente para si. Aquilo sim poderia chamar de compaixão. Uma grande compaixão.

Entre mais troca de carinhos e carícias, um choro engasgado pôde ser ouvido nitidamente, atrapalhando a ambos. Ludwig afastou-se em reflexo para que Feliciano pudesse ir ao socorro da criança, não antes de notá-lo fazer uma cara derrotada.

— Ele notou que eu saí, estava demorando – e riu fraco. – Ele precisava de mim.

Seus lábios por uma última vezes se encontraram num ósculo estalado antes do castanho atender ao choro incessante de sua cria.

Veh~, meu amor… – ditou enquanto acolhia a criança entre os braços e a chacoalhava mansamente, de leve distribuía tapinhas em suas costas. – Papai está aqui, está tudo bem… guardare, Lovino, sono aqui.

A criança aos poucos fora amenizando o choro, acabando em pequenos suspiros por cima do ombro aconchegante do pai, ainda mantinha o rosto rechonchudo vermelho e com vestígios de suas lágrimas, vistas de relance por causa da luz que emanava da lareira. Ai, Deus… que pecado. As mãozinhas gordinhas pousaram sobre a nuca do mais velho e o pequeno recostou sua cabeça melhor no ombro do pai, voltando a cair no sono.

Se italianos tinham um defeito, eram em ser zelosos demais com os seus filhos; refletia Ludwig consigo enquanto passava a mão em sua nuca. Era absurdamente impossível não notar o quanto Feliciano morria de amores para com seu precioso bebê, céus, os dois eram um grude só. Nem gostaria de imaginar o que aconteceria com o felizardo que encostasse um dedo em Lovino. Não culpava Feliciano por isso, compreendia perfeitamente sua intenção de cobrir a ausência da mãe uma vez que ela abandonara uma criança consigo. Por vezes encontrava o italiano tirando breves cochilos durante o dia, se não, quando o próprio Lovino dormia, tirando proveito dos poucos momentos de descanso, exausto por até demais. Compreendia seu cansaço, sabia que criar um rebento não era trabalho fácil, via isso em seu dia-a-dia desde quando o italiano se mudara para sua casa. Que Deus guardasse aquele homem de tão bom coração… batia palmas para ele, que, mesmo a mulher tendo lhe abandonado com um filho desmamado e deficiente em mãos, cuidava-o com todo amor do mundo.

Se bem que ela era uma rapariga… anuiu em pensamento. Lembara das poucas vezes em que Feliciano comentava sobre o acontecido, ainda receoso, porém já não muito abalado, por mais que ele descrevesse que a amava e que ainda lhe considerava e que a perdoava, os atos daquela mulher a contradiziam e muito. Sabia que Feliciano até então não havia superado sua perda, sabia que ele não guardava mágoa e que muito menos era um homem rancoroso… não, Feliciano estava longe disso. Por tal, ainda vivia num mundo de ilusões achando que as pessoas eram santas e que não iriam lhe causar nenhum mal, se já, iriam se redimir. Suspirou deixando a mão escorregar até pendurar ao lado do corpo. Não podia fazer nada em relação àquilo, pessoas crescem formando junto uma ideologia, ideologia esta que anda ligada ao orgulho, e orgulho era algo que os homens tendiam a ter e o valorizavam muito. Era-se complicado em pensar nessas complexidades.

Ao dar-se conta da realidade, notara um par de olhos fixados à sua figura, eram de tom oliva claríssimo e expressavam ingenuidade, Lovino, pela primeira vez em muito tempo, o encarava brando. De início, estranhou a ação tão inconveniente, afinal, sempre recebia uma cara emburrada do pequeno toda vez que o encarava, por aquele ato podia constatar que ele não gostava de si. Por qual motivo? Sabê-se lá Deus. Esperava ele que não tivesse feito algo ao pequeno, seria um homem morto e Feliciano não o perdoaria de nada, podia até imaginar seu túmulo sete palmos debaixo da terra até lá.

Ali permaneceu, a encará-lo com aqueles olhinhos tão entretidos em sua figura enquanto tinha o rosto relaxado sobre o ombro do pai com a bochecha levemente amassada. Se viu estático, era-se como se aquelas íris cor oliva o analisassem desde o seu físico até a sua alma. Viu o italiano mexer a boca e o rosto fazendo alguma pergunta ao pequeno em sua língua materna, só aí, Lovino teve o ato de desviar o olhar e ter de volta sua costumeira cara emburrada para o alemão com um leve biquinho, agarrou ao pescoço do pai de forma protetora e inflou as bochechas para o alemão. Ludwig quase riu com tamanha fofura, mas não deixou de ficar encantado. No fim, Lovino apenas tinha um leve ciúmes pelo seu papà.


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Notas finais do capítulo

Link da página: https://www.facebook.com/FicwriterFacts/

Espero que vcs tenham gostado ^^. Eu ficaria realmente feliz se me dessem algum feedback e saber quais são as suas opiniões, eu ficaria muito grata (´ ε ` )♡

Aliás, enquanto estiverem lendo essa one, eu estarei fazendo outra fic de hetalia |・ω・)ノ (dando uma de mc lan, uau)

Beijos e até breve :*



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