Guardians escrita por Araimi


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Eles haviam se mudado para Leadworth há algumas semanas. Amelia estava mal humorada. Mais mal humorada do que o normal. Não que John a culpasse, ela estava passando por um período difícil; sua vida havia dado uma guinada inesperada. A perda dos pais, a mudança para a nova cidade, a convivência um tanto tumultuada com tia Sharon.

John não gostava muito de tia Sharon. E ele não tinha certeza do quanto aquele sentimento vinha dele mesmo e quanto vinha de Amelia.

Ela estavana escola nova, odiando cada momento daquilo. John também não estava se divertindo muito. Os outros Guardiões não pareciam gostar muito dele.

Então Rory apareceu, magricela, quieto e disposto a encarar o humor azedo de sua protegida. John fez gosto da amizade entre os dois, em parte por que Rory era um bom menino e parecia bastante digno de Amelia, em parte porque a Guardiã dele o encantava.

Seu nome era River Song e ela fazia o estômago de John dar três voltas sempre que dava uma de suas risadas roucas. Ela era inteligente e engraçada e corajosa e gentil. Também havia algo nos seus olhos, algo de loucura, que o encantava e atordoava ao mesmo tempo. E aquele cabelo... Simplesmente não terminava nunca.

Naquele primeiro dia, Amelia e Rory passaram o intervalo juntos. River o cutucou no braço magricela e disse.

— Por que não oferece um dos bolinhos que a sua mãe fez para ela? Como boas vindas.

Os olhos de Rory se iluminaram e logo ele estava oferendo um dos bolinhos para Amy. Ela relutou, olhando-o como se ele a estivesse oferecendo uma bomba, ao invés de um doce. John cutucou Amy também, mas ela remexeu o braço como se quisesse espantá-lo. Protegidos não podiam realmente sentir ou escutar ou ver seus Guardiões, mas eles tentavam influenciá-los de qualquer maneira. John tinha bastante trabalho em influenciar Amelia.

Amy bufou, mas aceitou o bolinho. Por cima da cabeça de Rory, River sorria convencida. John sorriu de volta e suas sobrancelhas estavam se mexendo, ele sabia, gostaria que elas parassem. River riu.

 

—***-***-***-

 

— Sua protegida está causando muitos problemas para o Rory.

John franziu o cenho, virando-se em direção a voz com um floreio.

Era outra Guardiã e, apesar de que todos os Guardiões fossem belos, John sempre achou que River Song fosse particularmente de tirar o fôlego. Ela tinha uma das mãos na cintura, seus olhos brilhavam com algo entre afeição e irritação. Havia um sorriso em seus lábios que deixava John confuso e com o estômago revirado de uma maneira que não acontecia desde... Bem, desde que ele morrera.

— River! – Ele exclamou, ligeiramente sem fôlego. – Você não deveria estar com o Rory?

River deu de ombros, caminhando para mais perto dele. John engoliu em seco.

— Ele está dormindo. E, diferente da sua Amelia, ele é um bom menino. Rory não precisa de supervisão constante.

John tirou seus olhos dela, quebrando o encanto que River Song colocava sobre ele e soltou uma exclamação indignada, apontando um dedo para ela.

— Ei! Amy é uma boa menina também. Ela não precisa de supervisão constante.

Como sempre, as palavras escaparam de sua boca antes que ele tivesse tempo de realmente pensar sobre elas e River ergueu uma sobrancelha de maneira desafiadora, olhando por cima do ombro de John para a janela a alguns metros deles. Ele virou-se para lá, observando a menina adormecida dentro do quarto. Amy remexia-se de um lado para o outro, seus lábios movendo-se de vez em quando. Provavelmente estava tendo grandes aventuras em seus sonhos.
John encolheu os ombros e voltou a encarar River.

— Apenas por precaução. – Ele disse. – Como está Roraricus?

Ele sorriu, lembrando-se do último Halloween e da fantasia de centurião romano de Rory. Amy havia ido de policial e, um pouco antes de voltar para casa, ela tinha dito algumas coisas nada agradáveis para alguns meninos mais velhos, para o horror e desespero de Rory e John. River havia rido o tempo inteiro, mas foi a primeira a perceber o que iria acontecer.

Bastou apenas um leve empurrão no ombro de seu protegido e Rory estava em movimento, puxando Amy com ele, enquanto os meninos começavam uma corrida atrás deles que durou por várias quadras.

Amy pulou uma cerca para cortar caminho de volta para casa, Rory tentou imitá-la, mas Amy tinha pernas mais longas e não tinha uma capa que pudesse ficar presa.

— Está dormindo. – Respondeu River, de repente furiosa.

— Você já disse isso, quis dizer como ele está depois...

— É isso. – Ela o cortou, rolando os olhos. – O braço estava doendo, Brian deu alguns analgésicos e agora ele está dopado.

— Oh.

— É, oh.

— Sinto muito. Amy não faz por mal, ela gosta do Rory. Mesmo.

River o olhou pelo canto do olho e sorriu. Ela moveu-se para acertar o seu ombro com o dela.

— Acho que tudo o que ela precisa é de outro Guardião. – Ela disse com uma falsa seriedade. – Alguém que tivesse um pulso mais firme e não a deixasse escalar árvores suspeitas ao invés de encorajar suas atitudes inconsequentes.

John sorriu.

— Alguém como você talvez? - River deu de ombros e John riu alto. - Se Rory te escutasse, ele estaria roubando carros e puxando brigas até o final do ano.

— Talvez quando o braço ficar melhor.

Eles riram, porque Rory tinha um temperamento tranquilo demais para fazer qualquer uma dessas coisas. John não sabia exatamente como alguém como River Song se tornou uma Guardiã, afinal de contas, se tratando dela mesma, ela era inconsequente e respondona e até mesmo um pouco perigosa. Uma parte dele, claro, sabia que ela foi escolhida porque era leal e justa e terrivelmente protetora com seus protegidos. Fazia sentido que ela tivesse sido escalada para Rory. Ela não conseguiria desvia-lo mesmo que realmente tentasse. Provavelmente.

Ele olhou para ela e jurou jamais ter visto algo tão bonito assim. Ficou encantado quando Amy e Rory viraram amigos, porque isso significou mais tempo com River Song.

E River o estava encarando de volta, com seu sorriso enigmático e seus olhos verdes claros. Ele estava quase se perdendo nela quando ouviu o farfalhar de cortinas, a janela se abrindo. Foi apenas quando ele escutou o baque surdo na grama atrás de si que seu cérebro realmente processou o que estava acontecendo.

River sorriu. John suspirou.

— Ela saiu pela janela, não é?

River assentiu, uma risada saindo de seus lábios enquanto seus olhos acompanhavam o trajeto da fuga de Amy.

— Ah, ela saiu, sim. Ela é bastante espirituosa, sua Amelia.

John soltou um muxoxo misturado a uma risada nervosa. Espirituosa. Aquilo nem começava a descrever Amelia Pond.

Ele virou-se em direção a rua, vendo a menina correndo pela calçada por alguns segundos antes de começar a correr atrás de Amy, reconfortado que River estava logo ao lado dele. Ela tinha um sorriso diabólico nos lábios e seus olhos pareciam muito despertos. Bom, talvez não muito reconfortado. Talvez um pouco assustado.

 

—***-***-***-

 

Ele e River e todos os outros Guardiões que John havia encontrado achavam que Amelia Pond era uma protegida problemática. Ele ainda se lembrava da cara horrorizada dos Guardiões na sala de espera do consultório do terceiro psicólogo que Amy mordera.

Mas isso tudo, é claro, era porque eles não sabiam que em algum lugar do mundo havia ela. Melody Zucker. Mels.

E John gostava de Mels, havia algo na menina que o lembrava de River. E ela encaixava perfeitamente no trio, como se todo aquele tempo Amy e Rory estivessem esperando pela chegada de Melody. Mas ele também tinha que reconhecer que Mels colocava os amigos no triplo de problemas que Amy já havia causado. Alguns realmente, verdadeiramente perigosos. Ela era impulsiva e descuidada e insolente. Tinha um péssimo temperamento e era rápida para puxar brigas. Era terrível até mesmo com adultos e pelo menos em uma coisa Amy nunca o dera trabalho: desacato a autoridade.

Mels era uma protegida problemática e não era de se surpreender que seu Guardião também fosse problemático.

Ele era mais velho, ao menos em aparência, e era em muitas coisas mais parecido com River Song. Os dois ficaram amigos rapidamente e logo estavam de conversinhas e sorrisinhos e aventuras particulares, porque Rory não precisava de supervisão constante e o outro John deixava sua protegida solta demais para o bem de qualquer um na cidade.

Ah, sim. O Guardião de Mels também se chamava John. River começou a chama-los de Eleven e Twelve e quando foi questionada por ele, apenas deu o seu melhor sorriso devasso e explicou:

— Vocês não acham que são os únicos Johns que eu conheci no mundo dos Guardiões, não é?

Então ela mexeu uma sobrancelha de uma maneira que a deixava ainda mais bonita, não como John, que só conseguia parecer ainda mais bobo, e ele corou até a raiz dos cabelos. Outro John sorriu para River, os olhos escondidos atrás de óculos escuros, e dedilhou a guitarra que havia surgido do nada.

John o detestava.

 

—***-***-***-

 

Eles estavam correndo de novo. John e Amy riam, porque eles gostavam de correr, especialmente se estivessem correndo de algo. River também parecia estar se divertindo e, vez ou outra, John lançava olhares em sua direção. Ela tinha um sorriso satisfeito no rosto. Rory, diferente de sua Guardiã, parecia mortificado. Seu peito subia e descia descompassado e, não, mesmo depois de todas as encrencas que suas melhores amigas o haviam colocado, ele ainda não aprendera a correr e respirar ao mesmo tempo.

Ele parecia que iria desabar a qualquer momento, então River diminuiu o passo e ficou ao lado dele, uma mão em suas costas para dá-lo forças e faze-lo correr mais rápido.

Há quase dois metros na frente dos quatro, Mels e Twelve corriam com uma determinação assustadora. Eles corriam em direção a uma cerca relativamente alta. John sabia que era o caminho mais rápido até a casa mais próxima de um dos três, Rory, mas pular cercas e invadir propriedades parecia ser “a coisa” de Mels.

— Ótimo. – Ele disse, correndo ligeiramente a frente de Amy. – Quem liga para a propriedade privada?

River, atrás de si, soltou uma gargalhada e ele se virou para sorrir para ela, tropeçando em seus próprios pés, e ela riu mais ainda. Ela não ligava, ele sabia. Verdade seja dita, John também não, mas ele estava tentando ensinar Amy sobre respeito. Ele não queria que sua protegida virasse uma jovem delinquente, especialmente quando a protegida de alguém parecia estar seguindo nesse caminho.

Bem, se o Guardião de Mels não colocava qualquer juízo na cabeça dela, talvez Amy pudesse.

Twelve correu mais rápido até alcançar a cerca e abaixou-se para fazer uma escadinha com as mãos para Mels. Ele impulsionou-a para cima e ela facilmente passou por cima da cerca. Ele ainda teve o descaro de lançar um olhar para trás antes de seguir sua protegida.

Era sobre isso que John falava. Twelve nunca repreendia Mels por suas atitudes, pelo contrário, encorajava e ajudava a menina.
Atrás de si, River começou a preparar Rory para o que estava por vir.

— Lembre-se, você não consegue pular, Rory. Escale. Escale.

Amy já estava saltando, ela conseguia pular mais alto que os outros dois, segurando-se na cerca e passando para o outro lado graciosamente. John não foi tão gracioso e caiu de peito no chão, levantando-se o mais rápido que pode para seguir a menina, que continuava a correr ao lado de Mels.

— Espere pelo Rory! – John a lembrou.

Amy olhou para trás e parou.

— O que você está esperando? – Perguntou Mels impaciente, diminuindo o passo, mas sem parar. – Eles vão nos alcançar.

— Rory! – Amy respondeu, igualmente impaciente.
Rory apareceu meio segundo depois, passando as pernas cuidadosamente para o outro lado. River pulou a cerca facilmente e logo estava sussurrando instruções para seu protegido.

— Ok, agora pula. – Mas Rory passou alguns segundos desconcertantes preso à cerca. – Pula, Rory, não é tão alto quanto parece.

— Rory! – Amy chamou.

O menino soltou a cerca e River segurou-o como pode. Claro que ela não poderia tocá-lo, então ele passou por seus braços e caiu de joelhos no chão. Sem o auxílio de River, poderia ter sido bem pior. Talvez algo como a queda de John.

River sorriu para o menino com afeição, instigando-o a voltar a correr e logo eles estavam de volta em sua corrida maluca. John riu e Amy acabou imitando-o e logo todos estavam rindo também.

Na casa de Rory, havia biscoitos recém-saídos do forno.

 

—***-***-***-

 

— Você está roubando! – Amy exclamou indignada.

Mels sorriu de canto, contando suas notas de Banco Imobiliário calmamente. Rory olhava de uma para outra com certa apreensão.

— Não estou não. – Mels respondeu, olhando brevemente para a amiga.

— Mas você não tem o mínimo de vergonha na cara? – John perguntou, tão furioso quanto sua protegida.

Twelve deu de ombros, dando palmadinhas no ombro de Mels e sorrindo como um pai bobo e orgulhoso.

— Você realmente precisa perguntar, Queixudo?

John ficou vermelho, em parte por causa da raiva, em parte por causa da vergonha.

— Ora, seu...

— Vamos, Rory. – River insistiu mais uma vez. – As duas estão roubando. Você é o banco! Ou você coloca ordem na situação ou pega umas notas a mais também.

 

—***-***-***-

 

— Vocês acham... – River perguntou, enrolando um de seus muitos cachos no indicador distraidamente. – Que algum dia Amy vai perceber?

Twelve inclinou a cabeça, avaliando as crianças tomarem sorvetes sentados na calçada do outro lado da rua. Aparentemente estava quente demais para eles aprontarem qualquer coisa.

— Provavelmente. – Ele disse, daquela maneira brusca que parecia com Amy. – O garoto é bastante óbvio.

John olhou para os meninos, depois para seus companheiros de guarda, de volta para as crianças e finalmente parou em River.

— Perceber o que?

Twelve olhou para ele com uma sobrancelha erguida e, sinceramente, já havia passado o tempo em que John quisera sobrancelhas mais expressivas. River lhe lançou um olhar entre exasperação e afeição.

— É sobre isso que estou falando, querido. – Ela disse quase para si mesma.

Do outro lado de River, Twelve soltou uma risada rouca e ela logo o acompanhou. John fechou a cara e voltou a observar os meninos.

Ele observou durante um bom tempo, mas não conseguiu distinguir seja lá o que Rory fazia de tão óbvio.

 

—***-***-***-

 

14 anos era idade em que os Guardiões tinham de deixar seus protegidos e partirem para seus próximos encargos.

Seus protegidos eram muito próximos em idade, então eles combinaram em partir ao mesmo tempo.

Os meninos estavam acampando no quintal da casa dos Zucker, na noite em que eles se despediram. Claro, cada um deles já havia se despedido propriamente de seus protegidos, mas se pegaram querendo dizer umas últimas palavras, dar um último conselho, influenciá-los uma última vez. A partir daquele momento, eles estariam por sua própria conta e risco no mundo.
River passava os dedos pelos cabelos de Rory, olhando-o com carinho.

— Seja um bom menino, Rory. Ser bom é sexy. Seja um cavalheiro, seja sempre leal. Mas nunca deixe que ninguém passe por cima de você. Você é importante. – Ela encostou sua cabeça a de Rory, sussurrando em seu ouvido. – Tão importante.

Rory fechou os olhos, inclinando-se ligeiramente para onde River estava.

John sorriu, sentado ao lado de Amy. Os meninos tinham os olhos fixos no fogo, seus marshmellows derretendo até o ponto que eles gostavam. Os cabelos de Amy pareciam com o fogo. Ele já havia dito tanto ontem a noite para ela, quando ela estava dormindo e mais aberta a sua influência.

— Os tempos mudam, Amy, e nós todos também devemos. Coisas incríveis vão acontecer com você. Apenas espere. Você verá.

John não conseguiu escutar o que Twelve disse para Mels. Algo sobre caos e liberdade e desacato a autoridade.

— Não deixe a escola. – Ele disse mais alto, cutucando o lado da cabeça de Mels. – Tenha cultura.

Mels balançou a cabeça, soltando o ar com força, e Twelve sorriu com carinho.

— Tente guiar seus amigos ali. – Twelve acrescentou. – Eles são um pouco burros para conseguirem ficar juntos sozinhos.

Mels ergueu os olhos, olhando de Amy para Rory com um sorriso malicioso que crescia aos poucos e assustou John com o tanto que parecia a River.

John a imitou, olhando para os dois. Rory olhava para Amy como se ela fosse o próprio sol, Amy estava absorta com seu marshmellow no fogo. Com um clique, tudo fez sentido e ele se pegou dizendo com incredulidade:

— Amy e Rory?

River riu, Twelve revirou os olhos enquanto levantava.

— Talvez ainda haja esperança. – Ele disse ligeiramente mal humorado.

Os três caminharam para longe de seus protegidos, o laço que os unia cada vez mais fraco. Eles caminharam pela rua vazia durante horas, até não sentirem mais a conexão entre Guardião e protegido.

— Bem. – Disse River, virando-se para os dois na rua deserta, a lua iluminava seu cabelo de uma maneira angelical. – Acho que é isso. Vocês já têm seus novos encargos?

Twelve procurou no bolso interno de seu casaco e tirou um pedaço de papel de lá. John o imitou, olhando o nome no papel psíquico.

— Clara. – Ele disse, já sentindo o início de uma conexão se formar. – Clara Oswald.

— Bill. – Twelve declarou com as sobrancelhas franzidas.

— Nardole. – River apertou os olhos, suspirou e disse: - O garoto vai precisar de ajuda com um nome desses.

Eles riram, mas foi sem emoção verdadeira. Uma separação na noite já era o suficiente, mas, até aquele momento, os três formando um círculo fechado em uma rua deserta, nenhum havia pensado que eles teriam de encarar duas separações. John sentiria falta de River como sentiria de um membro. Talvez até de Twelve.

— Espero que a gente possa se encontrar de novo. – Disse River, sempre a mais corajosa deles.

— Sim. – Twelve concordou, mas não disse mais nada.

John concordou, engoliu o choro que ameaçava o sufocar.

River inclinou-se na sua direção e John ergueu os braços para abraça-la instintivamente, mas ela ergueu a cabeça e o beijou na boca. Com língua. Seus braços talvez tivessem se soltado dela e voado em todas as direções enquanto ele dava o beijo com que mais havia sonhado em toda a sua vida. Ele estava beijando River Song!

Ela se afastou dele com um sorriso devasso, piscando um olho em sua direção, então voltou-se para Twelve, segurou o rosto dele entre suas mãos e beijou-o também. Pareceu durar uma eternidade e John poderia ter facilmente caído no meio da rua e morrido de revolta, mas ela soltou o farsante antes disso.

— Bem, até mais, senhores. – Ela disse, como se não tivesse acabado de beijar os dois.

Ela caminhou para longe deles, movendo os quadris de uma maneira pecaminosa, até desaparecer.

John e John se encararam longamente.

— Adeus. – Twelve disse.

— Adeus. – John respondeu.

— Espero nunca mais te ver.

— Ha! Eu espero nunca mais te ver.

Mas era mentira e os dois sabiam.

Twelve ergueu uma mão em sua direção e houve um momento totalmente constrangedor em que John, por algum motivo, abriu os braços e tentou abraça-lo. Eles voltaram para a posição inicial e então John ergueu uma mão e Twelve tentou levantar os braços para um abraço, mas acabou desistindo no meio do caminho, pois ele não gostava de abraços mesmo.

— Só... – Twelve disse impaciente, pegando sua mão bruscamente e apertando-a com mais força do que precisava. – Pronto. Adeus.

— Até mais.

E os dois começaram a caminhar em direções opostas.

— Boa sorte com sua nova protegida! – John gritou.

— Para você também!

— Não vá transformar a Bill em uma delinquente!

— Tenha algum pulso com a Clara!

As “dicas” continuaram até os dois desaparecerem.

Claro, ninguém escutou ou viu nada.


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