Bad Night's Sleep escrita por Saturn


Capítulo 1
Obras da Madrugada


Notas iniciais do capítulo

Hello peoples.
Eu deveria estar estudando, mas eu seja lá como, arranjei tempo para terminar esta onde maravilinda que mora no meu coração.
Porém, alguns podem achar romantica e melosa de mais.


E É MESMO, ME PROCESSA.
Brincadeira pessoal, não tenho mais advogado (Ignorem)

ENJOY IT!



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Era noite, a lua nova brilhava, prateada, impotente e inalcançável no céu escuro, e os sons baixos e abafados que vinham da misteriosa e tão temida Floresta Proibida eram agradáveis e relaxantes, mas eu ainda não conseguira dormir, algo estava me incomodando, e eu teria que descobrir o que era, ou seria mais uma noite perdida olhando pela janela.

A lua descera desde que eu começara a observá-la, fazendo a luz prateada entrar pela janela e ficar em um contraste gritante com o vermelho escuro dos cortinados da minha cama, e a dos outros garotos também.

Eu tentava me distrair, mas meus pensamentos sempre se voltavam para uma certa morena que provavelmente deveria estar dormindo agora, tranquilamente e sem preocupações, sem nem imaginar que o melhor amigo dela, estava sem sono, apenas por imaginá-la dormindo, serena e feliz, depois de uma longa noite comendo sorvete e jogando conversa fora com as meninas.

Eu gostava dela desde os meus treze anos, mas só percebera que meus sentimentos iam muito além disso, no ano passado, aos dezesseis. Cada ano ela me fascinava mais, como no quarto ano, quando começou a passar uma leve maquiagem toda manhã, ou depois, quando ela aparecera com o cabelo azul e ficara com aquela cor vibrante por um mês, só para depois trocar para verde, e depois laranja, e ainda um tempo depois, roxo. Ou quando ela largou as sapatilhas baixinhas e sem graça no fundo do armário, e passou a usar saltos altos, e deixar alguns botões da camisa branca do uniforme abertos.

Mas eu era apenas eu que percebia as mudanças, e quão linda ela ficava com o passar dos anos, os outros garotos também percebiam o quanto ela ficava deslumbrante, e isso me incomodava, porque entre um cara loiro, popular, e que fazia metade de Hogwarts cais aos seus pés com uma simples piscadela, como Amus Diggory, quem iria preferir um cara com cabelos castanhos cortados curtos, olhos marrons comuns, e só o amigo dos populares? Eu sabia que era um caso perdido, mas eu não ia desistir dela. Nunca.

Eu percebo que fiquei muito tempo divagando na janela, quando o horizonte começa a clarear, e eu dou um suspiro frustrado e passo a mão por meus cabelos curtos arrepiados, ótimo, mais uma noite mal dormida. Três batidinhas suaves e rápidas soam na porta de madeira escura e antiga do dormitório, me fazendo dar um pulo e olhar de testa franzida para a porta. Quem poderia ser? Lene estava brava com Sirius, então ela não era, Lily está em um “caso não definido” com James, mas ela não viria... Ou será que viria? Nós não temos muito contato com garotos de outros anos, então eles não teriam motivo para bater na porta do nosso quarto as quatro e quarenta e cinco da madrugada.

Eu resolvo parar de tentar adivinhar quem é que está batendo na porta a essa hora, e vou abrir a mesma. E me surpreendo.

É Alice.

Alice Clinton.

Minha Alice.

E ela está chorando, com os olhos vermelhos e inchados, com os cabelos ondulados totalmente embaraçados e a capa da Grifinória jogada por cima de um calção claro, uma blusa preta de mangas compridas com uns detalhes na frete, e deixava sua cintura fina e barriga lisa aparecendo, e uma sapatilha simples nos pés. Ela provavelmente tinha ido se encontrar com o namorado, Amus, nestas horas da madrugada, mas porque ela estava aqui? Chorando ainda por cima?

Ela se joga no meu pescoço, molhando com as lagrimas o meu peito, que era para estar vestida com uma camiseta, mas bom... Não estava. Eu acaricio os cabelos, agora castanhos, dela enquanto ela chora e soluça em meu ombro, e sussurro perto do seu rosto:

— Shh, acalme-se Lice. Respire fundo.

Ela para de soluçar aos poucos, e lentamente ergue os olhos cinza azulados, inchados por causa do choro recente, na minha direção. Então respira fundo mais uma vez, controlando os soluços que insistem em nascer na sua garganta, e deixa mais algumas lágrimas silenciosas correrem dos seus olhos de maquiagem borrada, para as suas bochechas coradas, e então eu faço a pergunta que está na minha boca desde que a garota aparecera na minha porta:

— O que aconteceu Lice?

— Na...Nada demais.

Eu seguro o queixo dela, erguendo levemente seu rosto molhado de lágrimas e fazendo aqueles olhos maravilhosos que invadiam meus sonhos toda noite, encontrarem os meus, e então eu digo a ela:

— Lice, eu te conheço desde sempre, não adianta fingir para mim. E você sabe que sempre pode confiar em mim.

Ela suspira, assente levemente com a cabeça e fala, com a voz falhando:

— E....Eu sei, desculpe Frankie – Ela usa o apelido que me dera quando erámos apenas crianças que sonhavam em ir para Hogwarts, então ela continua, voltando a chorar – Amus...Terminou comigo e..Beijou a..Argh...Grey.

   Cinthia Grey era uma lufana, de quem Alice sempre desgostara, ela era a típica garota perfeitinha, e provavelmente era a pessoa que mais odiava Lice em toda Hogwarts, e o sentimento era reciproco. Então, beijar Cinthia na frente de Alice, tinha sido golpe baixo, que deve ter feito a mesma sentir como se tivesse levado um soco no estomago, que era mais ou menos o que eu sentia, quando via a minha garota com outros caras por ai.

Eu a puxo delicadamente para dentro do dormitório, fecho a porta e lhe dou um copo de agua, para que ela se acalme antes que acorde todo mundo, visto que os soluços voltaram com mais força que antes, ela bebe o liquido rapidamente e pousa o copo com sua mão trêmula sobre a mesa, ao lado da jarra de vidro vermelho, que tinha a forma de uma cabeça de leão, um tanto quanto exagerada na minha opinião, mas quem sou eu para discordar das compras extravagantes de Sirius Black?

Lice enlaça as mãos geladas no meu pescoço, e eu puxo sua cintura, a abraçando com força, e nós desabamos na cama, com ela por cima de mim. Ainda abraçados. Para muitos, essa seria uma cena romântica, mas não para nós, era natural. Nós nos conhecíamos desde sempre, e dividimos uma cama centenas de vezes, e por mais que eu quisesse qualquer coisa a mais, eu sempre seria apenas o melhor amigo dela. Quando ela se acalma, ainda agarrada ao meu pescoço, eu pergunto:

— O que você fez Lice?

Ela dá uma risadinha fraca, soluça uma vez e então responde:

— O que você acha que eu fiz? Estuporei a vadia e a deixei pendurada de cabeça para baixo no meio do corredor norte, quando eu estava vindo, Pirraça estava indo para lá com umas canetas, acho que a cara dela vai dar uma bela tela para uma linda obra de arte. E quanto ao Diggory, bom, eu chutei os países baixos dele, e digamos que vão precisar de um pouco de esforço para reconhecê-lo amanhã, ele está levemente desfigurado.

Eu arregalo meus olhos na penumbra, realmente, de frágil, aquela garota agarrada ao meu pescoço tinha apenas a aparência, por dentro ela era uma pessoa independente e extremamente vingativa, e que me daria muito medo se fosse eu a apanhar dela. Posso dizer, infelizmente por experiência própria, que aquela pequena mão era muito pesada. Eu não queria estar na pele do Diggory alguns momentos atrás.

— Você o ama Lice?

Ela fica surpresa com a firmeza e a forma como foi feita a pergunta, abruptamente, ela se afasta alguns centímetros de mim e fala, ainda espantada:

— Frank! Eu...

Então eu percebo que essa é uma pergunta péssima e extremamente idiota a ser feita para uma garota que a poucos minutos atrás, entrou no meu dormitório porque tinha terminado com o namorado otário, panaca e retardado.

— Desculpe Lice, é que...

Ela me interrompe, pousando um dedo longo, pálido e com uma unha azul nos meus lábios.

— Frankie, cale essa boca e me deixe falar. Eu não o amo. Nunca amei.

Eu fico boquiaberto com a resposta, e com a segurança com que ela fala, sua voz não tinha mais nem um leve tremor. Então eu faço a pergunta mais óbvia e previsível que qualquer pessoa poderia pensar em uma situação assim:

— Então, por que exatamente você estava com aquele mongol?

Ela ri, uma risada fraca e sarcástica, do estilo vilã de novela das nove, e diz sem pestanejar:

— Eu queria simplesmente esquecer por quem eu sou apaixonada, por quem meu coração bate. Sabe Frankie? Quando você ama alguém a tal ponto que chega a doer? As mãos suam, borboletas voam no estomago, dá aquele friozinho na barriga quando vê a pessoa? Então, eu queria esquecer a pessoa que faz eu me sentir assim.

Meu peito parece murchar, como se aquele pequeno balãozinho de felicidade que surgira quando ela dissera que tinha terminado com Amus, tivesse sido estourado. O leve sorrisinho que brincava no lado esquerdo da minha boca desaparece. Mas no fundo, bem no fundo, uma faísca de esperança recusa-se a apagar.

— Lice, agora você não tem mais o que a prenda, deveria ir atrás de quem você ama.

Ela me larga, levanta-se da cama em um salto, colocando as sapatilhas nos pés, os quais eu não tinha percebido estarem descalços, ela sorri largamente e fala:

— Você tem razão! Vou procurá-lo agora mesmo!

— Mas agora é madruga...

E ela sai. Simples assim.

A única e pequenina faísca quase insignificante de esperança que teimava em arder no meu peito, é apagada pelo violento furacão de suas palavras.

Levantando-me, eu me apoio no baú que há ao lado da cama para ficar em pé, e vou novamente até a janela, o lugar onde estava antes desta conturbada e inquieta madrugada começar. Mas antes que eu consiga me afastar da cama, eu vejo um borrão preto e cinza atravessar a porta ainda aberta do dormitório e se atirar em mim, me fazendo fechar os olhos com o susto e cair de volta na colcha amarrotada em que eu estava deitado dois segundos atrás.

Eu sinto uma boca doce e macia na minha, e quando abro meus olhos, é Alice que está ali.

Alice.

Eu estou beijando Lice.

A minha Alice!

A chama que tinha se apagado, incendeia meu corpo com força total, ainda deitados na cama, eu viro Alice para ficar embaixo do meu corpo, e aprofundo o beijo, ela se agarra mais no meu corpo e entrelaça as pernas ao redor da minha cintura.

Quando a falta de ar se faz presente, ela se separa milimetricamente de mim e diz as palavras que eu queria ouvir a séculos:

— Eu te amo Frank.

Eu não tinha palavras que descrevessem aquele momento, então eu só a beijo de novo, com mais força, mais paixão, mais vontade. E de novo.

E de novo.

E desta vez, eu não me arrependi de ter ficado acordado a noite toda.


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Notas finais do capítulo

ENTÃÃÃO? Gostaram?
Deixem comentários, favoritem, mostrem para os amiguinhos, manda como indireta pro crush já que tá chegando o dia dos namorados como quem não quer nada, tipo "Olha essa fanfic que legal, NÃO SERIA MUITO LOUCO SE ACONTECESSE HEIN?"
(Aliás, se isso funcionar, me avisem)
Beijos!



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