Olhos cor de Mell escrita por MailyCullen


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

OLHA QUEM ESTÁ COM UMA NOVA HIST?“RIAAAAA

Eu mesma haha

Quero mostrar representatividade, o que está faltando em muitas histórias. Terão vários personagens "incomuns" em livros. Irei abordar os tipos de preconceito, não todos.( creio eu)

Espero que aproveitem, reflitam e se divirtam com a história! Estou aqui para mostrar que estamos todos com você que sofre algum tipo de preconceito. Caso sofra algum tipo de preconceito. Tweet com a Tag #AosOlhosDeMell ou mandem sua história pelo PV do meu perfil do twiter que está disponível na minha Bio aqui. Mellanie está aqui para ajudar vocês.

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Boa Leitura!



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P.D.V Brian

Era horrível ver um monte de pessoas se divertindo e você não poder. As garotas não te viam mais.Você se tornava um nada perante as outras centenas de pessoas ao seu redor. Aquela havia sido a ideia mais maluca que alguém havia me feito fazer. Onde já se viu? Levar alguém como eu para uma boate?

Era uma idiotice!

Saí imediatamente do local antes que eu me entediasse ainda mais. Segui pelo calçada até que alguém esbarrou em mim me fazendo cair no chão. Coloquei a mão na cabeça assim que a senti latejar. Deveria ter sido um homem bem bruto para conseguir fazer aquela façanha. Abri os olhos e uma pessoa de óculos escuro me encarava.

— Me desculpe. — uma garota de longos cabelos cacheados pediu se abaixando desesperada. Desastrada! — Eu te ajudo. — ergueu a mão e eu me sentei no chão.— Vamos. — me puxava com toda sua força.

Olhei para ela que me puxava do chão. Será que ela não havia percebido nada demais?

— Você se machucou? — perguntou a mim enquanto pegava seu telefone que havia caído no chão e tirava seus óculos.

Peguei o meu e após conferir que estava inteiro o pus em meu bolso.

A fitei novamente enquanto punha o telefone dentro de uma bolsa. A garota tinha um longo cabelo castanho chocolate com delicados cachinhos até o meio das costas, o rosto redondo bem típico de uma mulher africana, lábios carnudos, nariz não tão largo e um tom de pele chocolate. Estava vestida com um vestido justo azul que valorizava bem as curvas de seu corpo. Calçava um salto preto, no qual ela tentava se equilibrar, já que cambaleava bastante. Possuía olhos no qual não consegui distinguir a cor, já que haviam várias cores, mas o que mais predominava era o azul e o púrpura.Por um minuto me perguntei se aquilo eram lentes, e caso não fossem, seria um belo erro genético.

— Ei garoto. — me chamou. — Vamos.

— Eu não sinto minhas pernas. — avisei a ela que se desesperou mais ainda.

Eu deveria ter me mantido calado.

— Ai, meu Deus. Eu te fiz quebrar as pernas? — Começou a chorar. — Olha eu sou bem desastrada, mas sei que isso não é uma desculpa aceitável. Olha... — olhou para todos os lados desesperada. — Eu vou chamar uma ambulância e vai ficar tudo bem. Vamos deitar aqui no chão e vai ficar tudo bem. — se enrolou com as palavras.

A mesma respirou fundo e após andar quatro vezes de um lado para o outro, se deitou ao meu lado bem no meio da calçada. A encarei sem entender.

Qual era o problema dela?

Estava bêbada?

Drogada?

Ela havia se jogado literalmente no meio da calçada.

— Eu não sinto minhas pernas pois me tornei deficiente físico há alguns anos. — expliquei a ela apontando para minha cadeira de rodas que estava jogada no chão um pouco longe de mim.

A menina encarou a cadeira e depois me encarou, depois de alguns segundos foi até ela e a levantou.

— Realmente sou um ser humano horrível!— disse com a voz embargada enquanto algumas lágrimas escorriam do seu rosto. — Posso tentar te ajudar. — propôs levando a cadeira até mim.

— Tudo bem. Eu espero meu irmão chegar.

— É tudo culpa minha. — se sentou ao meu lado e abraçou seus joelhos.

— Você está bem? — ela negou chorando como uma criança.

Em todos esses anos, ela havia sido a primeira garota a conversar comigo após o acidente. Nesses quase dois anos eu havia perdido minha melhor amiga, no qual eu mantinha uma quase amizade colorida, perdi alguns amigos, perdi quase minha vida toda pois eles não sabiam lidar com minha atual situação.

— Meu namorado terminou comigo. — Retire o que eu disse. Agora eu iria ter que suportar uma tagarela maluca se lamentando. — Disse que eu era perturbada e que não me suportava mais. Estava cansada dos meus xiliques e que eu não era madura. — disse entre meio soluços. — Não quero voltar para casa.

— Fácil! Não volte. — sugeri sarcasticamente a ela.

— Não posso voltar. — voltou a chorar.

— BRIAN! — meu irmão apareceu como um louco correndo entre meio a alguns adolescentes que saiam da boate.

Assim que me avistou correu até mim.

— Olha foi sem querer, eu não o vi e esbarrei nele. — A garota tentou se explicar a meu irmão na tentativa de acalmá-lo sendo que ela estava mais desesperada do que tudo.

— Aprenda a ser mais atenta então. — sugeriu a ela enquanto me ajudava a sentar na minha cadeira.

— Ei. Eu tentei ajudar ok? Ele só preferiu esperar você chegar. — avisou a ele que a encarou.

— Perturbada. — a xingou.

A garota lhe encarou com os olhos pegando fogo. Mais uma vez me intimidei com a cor de seus olhos que pareciam estar com uma grande chama lilás o rodeando.

— EU NÃO SOU PERTURBADA. — o avisou. — Bem que me disseram que essa cidade tem pessoas horríveis! — se levantou e saiu pela calçada ainda cambaleando.

— Está bem? — Sebastian perguntou a mim e concordei.

— Por incrível que pareça sim. — ri.

— Garota maluca! Vamos embora. — me guiou até o carro.

Até que enfim sairíamos daquele inferno! Obviamente em outra época ou em outra dimensão eu acharia aquele local um paraíso, mas depois do que havia acontecido... talvez eu jamais acharia aquilo novamente.

Com a ajuda do meu irmão entrei no carro e após passar o cinto de segurança meu irmão deu partida. Enquanto viajamos encarei a janela do carro e de longe pude ver a garota correr pela calçada enquanto chorava aos montes, esbarrando em várias pessoas que logo depois a encarava com caras nada boa.

Ela realmente era uma maluca!

— Não devia ter saído. — meu irmão me advertiu.

— Acredite ou não, mas a conversa com aquela garota foi menos entediante do que ficar lá dentro vendo um monte de pessoas dançando enquanto eu estava sentado apenas as observando. — assumi a ele enquanto eu ainda encarava a garota que segundos depois virou em um beco escuro e desapareceu do meu campo de visão.

— Me desculpe, eu queria apenas que você se divertisse.

— Eu sei. A culpa não é sua. — tentei acalmá-lo.

— Temos que chegar sem a mamãe perceber. — concordei. — Sabe o que ela irá dizer não é mesmo?

— "Sebastian você sabe que seu irmão não pode sair muito tarde. " — fiz a voz de resmungona da mamãe.

Ela era uma piada!

— Exatamente. — respondeu rindo.

Permanecemos calados até chegarmos em casa. Esperei meu irmão abrir a porta e sai da minivan. Segui até a entrada e ao passar pela sala e cozinha, cheguei em meu kitnet que ficava a uns metros atrás da casa. Minha família acabou respeitando minha escolha de que apesar das minhas barreiras eu precisava de um local apenas para mim.

Após entrar fechei a porta e acendi as luzes encarando os troféus em uma estante acima da cabeceira da cama. Havia sido bons tempos!

Fui até minha cama e me joguei nela. Me virei e puxei minhas pernas as pondo em cima dela. Encostei minha cadeira ao lado e suspirei encarando o teto onde haviam várias fotos de quando eu ainda era uma pessoa normal. Quando eu ainda possuía amigos e uma vida. Procurei meu telefone em meu bolso e após o encontrar encaixei o fone de ouvido. Apertei o botão do mesmo e deixei a música me acalmar e expressar tudo que eu sentia e não conseguia dizer.

" Work, work, work, work, work, work
You see me I be work, work, work, work, work, work
You see me do me dirt, dirt, dirt, dirt, dirt, dirt
There's something 'bout that work, work, work, work, work, work..."

Puxei os fones e encarei o telefone em minha mão, liguei a tela e resmunguei. Droga! Meu telefone não tinha o papel parede da Beyoncé.

Grande merda! Eu estava sem meu telefone. 


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Notas finais do capítulo

PROVADO? HAHA ♥



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