De Quantos Acasos Coincidentes é Feito o Destino? escrita por Nay Beckett


Capítulo 29
Capítulo 29 - A Flor da Pele


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos! Como estão? Eis que trago mais um capítulo com a temática dos episódios da série. No próximo capítulo teremos finalmente o HOT kkkkkk. Não desistam, está quase lá, estamos em 99% para chegar! Gostaria de compartilhar minha mera opinião sobre o filme Annabelle 2, achei ele bem estruturado, bem produzido, a época representada no filme bem real. Enfim, o filme e o elenco são excelentes, mas vale lembrar que é mais voltado para o suspense e não para o famoso "terrorzão". Um dica para quem ainda for assistir: escolham bem os personagens que vocês escolherão amar! Ah, antes que eu não me esqueça, se acham que nesse filme encontraram a Vera Farmiga e o Patrick Wilson interpretando Ed e Lorraine Warren, estão completamente enganados, eles não aparecem. Apesar de grande parte dos fãs achar que eles deveriam, aliás, o caso foi deles ora bolas. Então é isso, vamos a leitura!

Obs1: Esperando ansiosamente por Invocação do Mal 3!
Obs2: Para quem ainda não conhece os Warren's e tem interesse pelo assunto é interessante buscar conhece-los. Inclusive o Canal Assombrado tem um vídeo ótimo sobre eles.



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No dia seguinte Emily estava mais calma do que de costume, o que David lhe dissera a acalmara. Chegou ao estúdio e cumprimentou a todos.
— Bom dia pessoal! - sorriu com um bolo em mãos.
— Olha só, Emily Deschanel mostrando seus dotes culinários, estou louco para provar. - Thyne disse contente.
— Vou advinhar! É vegano? - Michaela perguntou sorridente.
— É sim! Mas vocês não irão nem notar. - pôs sobre a mesa. Logo David apareceu.
— Olha só quem chegou! E trouxe uma torta! - Thyne implicou.
— Também sei cozinhar! - soltou um sorriso malandro.
— É o que vamos ver. - provocou o amigo.
— Tá duvidando de mim Thyne? Quero só ver o que você trouxe. - pôs as mãos na cintura indignado.
— Está vendo aquele pão dos deuses ali? Aquele que já está quase acabando de tão bom? Fui eu que fiz. - cruzou os braços.
— Está bem então.
Hart apareceu na porta.
— Pessoal, daqui a meia hora vamos começar a gravar. Mas antes vim aqui tomar um café com vocês. - sorriu.
O tempo passou e em seguida eles foram gravar. Nesse episódio o coveiro atacava novamente e suas vítimas eram mais inesperadas do que nunca.
Uma cápsula havia sido encontrada com dois garotos mortos, certamente por falta de ar. Aquela cena se tratava de um sequestro em que o coveiro estava envolvido.
Ao entrar em seu carro Brennan foi atacada, Hodgins correu ao seu encontro e acabou sendo atropelado. O automóvel foi enterrado com ambos.
— Eu estava indo a aula de caratê, então temos muita água. 
— O que houve? Onde estamos? - Hodgins acabara de recobrar a consciência.
— A última coisa de que me lembro é estar no laboratório.
— Eu estou confuso. O que houve com minhas pernas? Onde estamos? - seu semblante mudava de confuso para quase que assustado.
— Sob a terra. Enterrados. - a voz de Brennan chegava a falhar. - Eu tenho uma queimadura. - jogou os cabelos para o lado. 
— Zack estava procurando um tipo de paralisador. 
— Só pode ser o Coveiro. Acho que ele o atropelou depois o dopou com drogas para memória recente. Como Ryan Kent.
— Há quanto tempo estamos aqui? - se desesperou.
— Talvez duas horas, acho. - olhou seu relógio de pulso.
— Bem. Se este veículo tiver, digamos, dois metros cúbicos de ar, 20% disso são de oxigênio. Somos duas pessoas... Meu cérebro não funciona. - levou a mão a cabeça, cobrindo os olhos.
— O Coveiro é muito coerente. Se nós começamos com 12 horas de ar, estaremos inconscientes em dez. Depois disso... Se ninguém pagar um resgate... 
— Estaremos mortos. - Hodgins arregalou os olhos. Brennan apenas acenou com a cabeça, era o mínimo de bondade que poderia demonstrar nesse momento.
No laboratório os membros restantes da equipe começavam a procurar formas para obter os parceiros de volta. 
— Nossa. Algo... Minha perna. - Hodgins se contorcia aos poucos de dor.
— Tome aqui. - Brennan ofereceu-lhe um remédio para controlar a dor. - Receio que você tenha necroses locais. 
— Isso é terminal? Quer dizer, em poucas horas? 
— Não. 
— Mas?
— Vão começar a doer.
— Mais do que já dói?
— Sim. Vai doer a ponto de você entrar em choque. - seus olhos se perdiam, não queria dar aquela notícia.
— E não há nada a fazer. - a essa altura, Jack estava começando a se conformar.
— Na verdade, há. - o encarou.
— Eu não vou gostar disso, vou? - se assustou.
A equipe corria contra o tempo, analisando todas as evidências que já tinham do caso. 
— Muito bem. Estou pronto. - colocou uma página do romance de Temperence dentro da jaqueta.
— É um bilhete para Angela?
— Sim. Se for preciso. Se o que você fizer me deixar em choque, posso morrer. Vantagem? Se eu não respirar você terá mais tempo. - ele já não contia a sua emoção, o desespero vinha seguido de lágrimas. 
— Não quero sobreviver desse jeito. - ela não queria demonstrar, mas aquela situação mexia profundamente com si. Conseguia se ver próxima ao perigo e ainda assim aquele momento a deixara mais próxima de um amigo, que viria a ser um de seus grandes amigos. - Farei uma longa incisão na membrana muscular para aliviar a pressão. 
— Quão longa será essa incisão? Sabe de uma coisa? Não me conte.
— Será melhor se eu for rápida e sem piedade. - essa última palavra a fez querer sair correndo. Tudo dependia dela, mas lidar com pessoas vivas não era o mesmo que lidar com elas mortas. - Tome. Agarre-se a algo. - lhe deu uma toalha. - Não tema desmaiar. - Hodgins levou o tecido a boca e o mordeu. - Pronto? - balançou a cabeça positivamente. 
— Espere! O que é isso?
— Uma prova do que lhe aconteceu. Pensaremos nisso depois. 
— Tome. Ponha nas páginas do seu livro. Darei uma olhada depois. - ela assim o fez. 
— Melhor você não falar agora.
— Estou louco por Angela. Nas nuvens. Perdidamente apaixonado. Por isso comprei o perfume estupidamente caro para ela. Se um homem lhe dá um perfume desses, quer dizer... Quer dizer "eu te amo". Pronto. Eu disse em voz alta. 
Brennan respirou fundo e começou a fazer a incisão, Hodgins gritava desesperadamente. 
O tempo corria e estava cada vez mais curto, os progressos levavam mil anos, estavam decepcionados.
— Graças a Deus não o matei. - Brennan tocou a buzina o que fez Hodgins despertar. 
— Quanto tempo fiquei inconsciente?
— Por um tempo. Como está a perna?
— Bem melhor. O que você está fazendo?
— Ligando o telefone a buzina, para mandar uma mensagem.
— De baixo da terra?
— Há recepção de rádio.
— A corrente direta de 12 volts queimará o celular em um microssegundo. Melhor improvisar um resistor.
— Esperto.
— Deve funcionar o tempo de mandar uma transmissão. 
— Uma mensagem de texto curta. Booth pode rastrea-la de uma torre.
— E que mensagem mandaremos? "Adeus, foi um prazer?"
— Estamos cercados de quê?
— De dor. De desespero. E de um composto de arenito aglutinado no subsolo.
— Terra.
— Não gosto da palavra "terra".
— Então, está bem... - pegou um pouco do cascalho que estava no chão do carro. - Diga-me algo que eu não saiba. - entregou na mão dele.
— Cinza. Traços de nitrogênio e enxofre. 
— Então? Onde estamos?
— Em área de carvão. Área de carvão betuminoso. Basicamente, Virgínia.
— Precisamos de mais. 
— O laser. - ela o entregou. - Precisamos de benzofenona.
— Usada em sabões, em embalagens plásticas. Em protetor solar... Não temos protetor solar. O perfume de Angela!
— Ele custou três mil.
— Hodgins, dividirei o custo quando sairmos daqui.
— Há algo que você não sabe sobre mim. Sou rico.
— Eu também.
— Não. Você está bem de vida. Minha família é dona do Grupo Cantilever e não há muitos de nós vivos. Um para ser exato. Eu.
— Eu não dividirei o custo. - despejou o conteúdo do frasco sobre a terra. - Cheira bem. 
— Preciso da câmera. Eu sei onde estamos. 
Booth já não conseguia se segurar, estava por um fio. O escritor especializado no Coveiro veio até si, acabou batendo no sujeito e o ameaçando. 
— Quatro a seis segundos para entrar uma mensagem e enviá-la.
— Imaginei um texto com oito toques.
— Você digita bem?
— Meus dedos são raios. Eu consigo.
— Bom. Pronto?
— Sim. - apertou a buzina até Jack digitar e enviar a mensagem, em seguida o aparelho queimou. 
Booth recebeu a mensagem, eram números que tinham algum significado. 
O tempo havia acabado, precisaram furar o estepe para que continuassem conscientes. 
— Quanto tempo mais? - os olhos de Hodgins estavam perdidos.
— Pouco. Há quatro outros pneus, mas fora de alcance. Há algo mais?
— Se eles pagarem, sairemos já. Por que prolongar o inevitável?
— Booth nos encontrará.
— Você acredita muito em Booth. - nesse momento pensava se tanta crença pudesse ser amor.
— Não. Fé é uma crença irracional em algo logicamente impossível. Eu já vi do que Booth é capaz. Não é fé. - ainda que negasse, o que ela tinha nesse exato momento era fé. Em meio a inúmeras possibilidades, acreditava que tudo terminaria bem.
— Sem ofensa. Eu disse isso porque você me cortou a faca... Estamos sem ar, não sabemos se a mensagem chegou e se alguém a entendeu, e estamos sob a terra. O que você tem é fé, querida. - ele apenas disse o mais lógico, o que faria toda pessoa em situação extrema acreditar em Deus. 
No laboratório os ânimos estavam exaltados, os atores não sabiam, mas aquele se tratava de David em ação. O personagem havia chegado no seu próprio eu e era dele o desespero.
— Você quer desistir? Tratam-se de Bones e Hodgins. - explodiu com Zack. - Você acha que eles não conseguiram ar extra? Eles conseguiram mandar um S.O.S e você quer desistir pelos cálculos!?
— Carbonato e lítio reagem com altas concentrações de dióxido de carbono, gerando oxigênio. - eles riam enquanto conseguiam respirar, já haviam chegado tantas vezes ao extremo e se preocupado que isso era apenas o que lhes restava. 
— Isso nos dá tempo suficiente.
— Suficiente para o quê?
— A próxima ideia. Que nos matará. Air bags.
— Não são sacos de ar, realmente.
— Não quero mais ganhar tempo. Quero nos explodir para fora daqui.
— Usando o explosivo dos air bags? Isso pode mesmo nos matar. 
— Não fazer nada também.
— Há alguém de quem você queira se despedir? - arrancou uma folha do romance e a entregou. Temperence prontamente aceitou. 
Após algum tempo analisando Zack descobre onde eles estão enterrados. Booth chega ao local e salta do carro, ao longe vê uma pequena explosão, a explosão causada por Brennan. Corre até eles e começa a cavar, puxa Brennan para si, enquanto Angela e Zack puxam Hodgins. A emoção nos olhos de Booth podia ser sentida a quilômetros ao olhar novamente para o par de olhos azuis. Essa emoção não era só dele, mas dela também, seu desespero havia sido verdadeiro. Prometeu a si mesmo que assim como Booth, sempre estaria por perto.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Estamos na contagem regressiva para o hot, está chegando pessoal!



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