Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo escrita por Karina Lima


Capítulo 35
Are the Cullens, dããã




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734468/chapter/35

— Um lanche cairia bem. – Nessie concordou com seu noivo.

— Estou morrendo de fome. – ri.

Jacob passeava conosco pelo shopping. Mantinha um braço ao redor do meu pescoço - mesmo eu fazendo questão de mostrar minha linda aliança a cada marmanjo que me lançava um olhar repugnante - e a outra mão segurava a da minha amiga.

Anos se passaram desde o incidente. Desde que eu esclareci as coisas com Jackson.

Meses desde que eu aceitei me casar com Clearwater. Fiquei noiva no meu aniversário de dezoito. A família de Ness insistiu para me fazer uma festa surpresa. Alguns amigos da escola foram, e Steven deixou Edward nos nervos com seus pensamentos. Nem ousei perguntar. Seth chamou a atenção de todos, e bem, fez um belo discurso antes de pedir minha mão. Charlie e Billy aceitaram de boa. Sue, Esme, Bella, Alice e Rose adoraram.

Leah arrumou um canto para ela. Em La Push também, perto de Jaiden. Nada mais importava para ela. Camila e Embry também se arrumaram. Ela ia morar na reserva com ele. Trabalha como babá de Emma no momento, levando e trazendo-a da escola, balé, futebol e francês. Sim, meu emprego me dá dinheiro suficiente para não nos preocupar com despesas mensais. Seth também.

Dani e Collin estão mais fortes do que nunca, também noivos. Foram viajar, mas estarão de volta para me casarem.

— Com licença. – Renesmee disse. – Queremos...

E pedimos. Eles dois fizeram um tipo de acordo. Toda vez que ela convidasse, ela arcaria com o prejuízo. E vice-versa. Desta vez quem convidou fui eu, mas ele não precisava saber.

— Uau, cara, logo as duas! Você tem sorte.

Isso não foi uma interrogação. O babaca do atendente achou que Jacob estava com Renesmee e eu.

— Estou com uma. – Jacob rosnou, pegando os pedidos. – Uma é minha irmã, imbecil. Eu me contento com a minha mulher. Não preciso de duas.

— Idiota. – o xinguei, ajudando meu irmão e indo para a nossa mesa. – Fala sério, as pessoas têm a mente tão suja que me dá nojo.

Comemos nos divertindo, as vezes eu reclamava de presenciar a melação, mas me sentia feliz pelos dois.

— Então, Lav, como se sente dirigindo seu próprio carro?

Antes de ela terminar, eu já balançava a cabeça.

— Vocês dois são loucos. Quando pedi que fossem meus padrinhos de casamento, achei que estaria chamando pessoas normais. Quem diabos dá um Jaguar F-Type de presente de casamento?

— Foi só uma lembrancinha. – Jacob entrou na dela. Nem parece que, quando me deram, ele estava tão chocado quanto eu.

— Claro. Assim como metade da minha mobília, que eu trabalhei justamente para comprar e vocês nos deram, e Alice me implorando para me deixá-la planejar meu casamento. Quero dizer, isso só não é com quem é da família?

— Você é próxima o suficiente. – ela pegou na minha mão. – Quero dizer, mamãe é meia irmã de Seth e Leah, e você é filha de Charlie e Sue, e irmã de Jake. Então quer dizer, por Charlie, você é da nossa família.

— Ainda é loucura. – revirei os olhos, porém com um sorriso no rosto. Quando eles me faziam sentir-me parte da família, meu coração se aquecia. – Alice me deu a dica de investir nas ações, e estou crescendo financeiramente com a ajuda dela. Vocês não precisam ficar me enchendo com presentes milionários.

Toda vez que eu falava isso, eu era ignorada. Óbvio que meu bom dinheiro jamais se compararia com a fortuna dos Cullen, mas ainda era algo que eu nunca imaginei, e estava contente com isso. Porém Ness é uma amiga muito boa, e deu também uma moto para Seth. Bella e Edward deram um novo carro a Sue e Charlie, após o acidente. Tentaram recusar, mas vai tentar recusar algo dos Cullen. Eles voltam a situação contra você até ser irrecusável.

— As senhoritas já terminaram? O caminhão deve estar chegando a qualquer momento na casa de Lavine. Temos que ir.

— Minha mãe disse que quer te ver hoje lá na casa grande. – Ness comentou, entrando no carro ao que Jake abriu a porta para ela.

— Ah, ok. – franzi o cenho. – Deve ser para acertar algum detalhe do casamento.

— Não sei. – ela deu de ombros, parecendo tão confusa quanto eu. – Elas também não me falaram nada.

— Será que não vai dar mais para fazer o nosso casamento duplo? Quero dizer, isso era para ser tradição e eu estou interferindo, já que vai ser no quintal da sua avó...

— Não, elas não fariam isso. – ela sorriu, me tranquilizando. Se Ness estava tranquila assim, não devia ser nada desesperador. – Foi minha decisão. Além de que nossas madrinhas e padrinhos já estão escolhidos.

— E as pequenas Emma e Claire como as daminhas de honra. – soltei um riso.

Chegamos um minuto adiantado do caminhão. Pedimos que deixassem as coisas no quintal, e depois levamos para dentro. Eram nossas roupas, pertences pessoais e alguns objetos bonitinhos. Não tinha muito o que decorar com a compulsiva da Alice tomando a rédea da situação.

Seth:

Apareceu um cliente importante na oficina, e eu vou precisar ficar um pouco mais. Desculpe não poder ajudar na chegada das coisas.

Estou com saudades.

Te amo.

Sorri, e escrevi de volta.

Lavine:

Não se preocupe. Jake e Nessie vieram comigo. Já está tudo dentro. Quando você chegar, vamos arrumar tudo.

Vou estar nos Cullen. Deve ter algum detalhe que as meninas querem acertar comigo do casamento. Emma estará em casa no horário de sempre.

Te amo.

Suspirei.

— Estou pronta. – falei, descendo a escada num ritmo apressado para me deparar com os dois no maior amasso no sofá. – É para isso que vocês compraram esse super sofá para mim? – gritei, brava.

— Foi mal, maninha. – Jake riu, enquanto Renesmee saia de seu colo. – Você demorou um pouco lá em cima.

— Podemos ir?

Rosnei em como ela parecia divertida com minha fúria.

— Padrinhos mais folgados de todos os tempos. – andei para fora, indo em direção ao meu carro.

Ahhh, que carro maravilhoso.

— Quem te viu relutante no dia que ganhou, nem imaginaria que você ia babar por ele toda vez que o visse.

— Cale a boca. – resmunguei.

Chegando lá, Alice estava tão eufórica que aliviou meus pensamentos negativos.

— Por favor, não enrolem porque até eu estou curiosa. – Nessie disse.

— Não vou enrolar. – prometeu a vampira. Ela quase pulava no mesmo lugar. Bella e Rosalie também estavam quase assim. Só que normais.

Edward riu de mim.

— Arrumem suas malas, pois estamos indo para Paris!

Senti meu queixo ir ao chão, enquanto a sala era preenchida por gritinhos de Ness.

Paris?

— Não acharam que teriam pouca coisa, não é?

— Ainda mais com ela planejando. – Emmett concordou, pegando em seu pé.

Me sentei, incrédula.

— Paris? E-eu não posso, Alice.

Ela me lançou um olhar exasperado, e estava prestes a abrir a boca para protestar. Entretanto fui mais rápida.

— Alice, eu não posso arcar com uma viagem para Paris! Eu estou mimando um pouco demais Charlie e Sue, e isso sai dos investimentos que você me ajuda. Eu ganho bem na empresa, mas não para gastar com algo extravagante dessa forma, é dinheiro demais. Tenho despesas mensais, tem os cursos da minha irmã, eu pago Camila para ser babá dela, e isso fora as contas de casa. Seth me ajuda, claro, e mesmo assim não...

— Será que em anos sendo irmã de Bella, e frequentando nossa casa, não aprendeu nada?— ela me interrompeu, de repente frustrada. – Nós estamos arcando com as despesas.

Se meu queixo caiu naquela hora, desta vez ele abriu uma cratera no chão.

— E-eu não posso aceitar isso, Alice. – balancei a cabeça. – Isso já é demais. Fazer o que lá, aliás?

— Os seus vestidos de casamento, bobinha.

— Eu não acredito! – a híbrida comemorava, abraçando cada uma delas.

V-vestido? Não posso, sinto muito. – recusei. – É simplesmente demais. Eu estive guardando com Seth para isso, se lembra? Vai ser simples, o que o dinheiro me permitir...

— Lavine. – seus ombros caíram, e ela puxou seu lábio inferior para formar um biquinho. Aquilo partiu meu coração. – Já comprei as passagens e reservei os hotéis. Eu gastei dinheiro em vão?

Arregalei os olhos. Eu não queria nem saber quanto ela tinha gastado com tudo isso.  Quero dizer, isso era outro continente. E conhecendo os Cullen e sua fortuna, ela tinha reservado o melhor dos hotéis.

Engasguei, imaginando quão caro estava saindo isso tudo.

Olhei para Edward, querendo uma salvação, mas de repente o cabelo de Bella em seus dedos era muito mais interessante. Traidor.

O canto de seus lábios esticou um pouco.

— Alice, por que faz isso comigo? – gemi, frustrada e derrotada.

Ela soltou um gritinho, batendo palmas e me abraçou. Não pude deixar de ficar contente.

— Estamos partindo amanhã. Nem arrume demais suas coisas. Mesmo que não tenha muita coisa para arrumar...

— Como assim? – a cortei. – Minhas roupas chegaram hoje.

— Sim. – sorriu inocente.

A olhei, desconfiada.

— Alice Marie Cullen, o que você fez com minhas roupas? – exigi.

Olhei para Jasper, a procura de respostas.

— Não ouse me manipular. – Apontei-lhe o dedo. Levantou as mãos, se rendendo.

— Digamos que, a esta hora, muitas pessoas estão felizes com o bom gosto da Alice. – Edward respondeu a confusão em minha mente.

— Você doou minhas roupas? – grunhi.

— E comprou outras. – Jasper confirmou. – Ness ajudou.

Me larguei no sofá, desistindo de ir contra algum deles.

— Você demorou um pouco mais do que o necessário. – Edward sorriu torto.

Revirei os olhos. E o meu emprego lampejou na minha cabeça. Pelo olhar do leitor de mentes, era uma preocupação a toa. Mas resolvi tentar.

— E meu emprego. – objetivei.

— Está tudo arrumado. – ela sorriu. – Sua chefe é um amor de pessoa. Disse que você é uma excelente funcionária.

— Eu tenho que entregar vários desenhos customizados. – apontei. – Não posso ficar fora por uma semana e não fazer nad-

— Esme e eu cuidamos disso. – ela me interrompeu, os primeiros sinais de sua impaciência começando a aparecer. – Desenhamos alguns modelos e colocamos em seu nome.

— Alice! – exclamei, com um argumento em minha mente. Talvez sua falta de paciência pudesse me dar uma salvação e ela pararia de loucura.

Vi pelo canto do olho Edward balançar a cabeça negativamente.

Suspirei.

— Apenas aceite. – ela falou, firme. – Presente de casamento. Não importa como você já está bem de vida. Eu te ajudei nisso, não? Então aqui está meu agradecimento por você não ter sido uma cabeça dura sobre moda durante tanto tempo, como Bella.

Arregalei os olhos. Eu sou louca por ficar reclamando desses presentes absurdos, ou estou certa? E não achei que ela poderia jogar na minha cara que eu ficaria muito, muito bem de vida em alguns anos por causa dela.

Gemi, encostando a nuca no sofá e tampando meu rosto com as mãos.

— Preciso arrumar minhas malas. – minha voz foi abafada pelas mãos.

— É assim que se fala! – Bella comemorou.

— Vocês são loucos. – enfatizei, os fazendo rir.

— Na volta, vamos passar o fim de semana nos cassinos de Las Vegas. Faz tempo que não uso meu dom por lá.

Senti meus olhos quererem saltar para fora de sua órbita. Elas devem falir o lugar quando vão lá.

— Você não tem ideia. – Edward falou. – Alice sempre exagera. Vai ser a primeira vez de Bella. Esme vai desta vez, talvez ela consiga conter a baixinha.

Alice rosnou para ele. Ela odiava ser chamada assim.

Eu não ia poder jogar, já que Alice não podia ver meu futuro. Então nada de algumas centenas de dólares para mim quando passarmos lá. Que pena, Seth ficaria feliz de poder comprar algumas roupas a mais...

Balancei a cabeça, me dando conta dos meus pensamentos. Alice definitivamente tinha entrado com tudo em meu cérebro.

Mas quando olhei para Edward, – era um hábito, para eu saber sobre o rumo dos meus pensamentos inquietos – ele tinha um pequeno sorriso em seus lábios, agora observando Renesmee não realmente a vendo. Tive uma desagradável sensação de que o sorriso não era divertimento do meu pensamento maníaco de compras, e sim por...

Gemi por dentro, me perguntando quanto mais eu seria sempre burlada por eles para me darem tudo o que eu secretamente – não para Edward – quero.

Sobretudo, uma pequena parte de mim era eufórica por ter uma irmã tão, tão, tão rica, e em como isso me acarretava em presentes maravilhosos. Eu não podia verdadeiramente reclamar.

Não me restou muita coisa a não ser ir para casa dar a notícia a Seth.

— Emma, meu amor. – beijei sua testa com sua recepção calorosa. – Obrigada, Cam. Ei, Embry.

— Ei, Collin mandou dizer que logo eles estarão de volta.

— Aquele cabeça oca só se transforma quando eu não posso. – revirei os olhos, ainda sorrindo. – Se você se comunicar com ele primeiro, diga que estou com saudades.

— Direi. Boa noite.

— Boa noite. – sorri.

— Se divirta em Paris. – ela sussurrou para mim no abraço, e eu retesei por um momento de frustração. Até ela sabia primeiro do que eu?

Suspirei, assistindo os dois irem embora.

— Você ficou a tarde fora. – ela acusou, seus olhos se estreitando em minha direção. – Seth foi tomar banho para ficar cheiroso para você.

Conforme ela foi ficando mais velha, zombava com cada coisa do meu relacionamento.

— Engraçada você, hein. – belisquei seu nariz, e subi as escadas com ela no meu encalço. – Vou ter que aumentar o salário de Camila por uma semana.

— Por quê?

Não consegui evitar de rir do espanto de sua voz.

— Ganhei outro presente de casamento. – resmunguei, pegando uma muda de roupa em meu quarto e tirando minha bota de salto. – Estou indo para Paris.

— Paris?

Um conjunto de vozes falou, e eu quase sorri.

— Como você pode resmungar de uma passagem para outro continente? Você é bizarra.

— Claro, você é bajulada desde que os viu pela primeira vez, e toda vez que vai lá. Aceita presentes sem hesitar.

— São os Cullen. – ela falou como se eu fosse uma retardada, e ainda como se tivesse dito algo muito óbvio. Na verdade, ela disse.

— Emma, vai para o seu quarto. – acariciei seu cabelo. – Brady logo estará aqui para ficar com você.

— Não entendo porque não deixou ele de babá. – ela revirou os olhos. Seus atos de birra já haviam ido conforme ela amadurecia para sua idade, porém acho que a mimei demais. – Meu melhor amigo. O melhor adulto de...

— Todos os tempos, blábláblá. – agora eu revirei os olhos. – Não vou deixar nenhum marmanjo ficar de olho em você assim.

— Marmanjo! – ela riu alto com meu termo. – Brady não faria nada comigo.

— Vá logo, Emma. - pedi, sabendo que o chuveiro havia sido desligado há um tempo. E se ele não apareceu ainda, não levou uma troca de roupas.

— Não vá sem se despedir de mim. - implorou, seus olhos castanhos brilhando para mim. - Vou sentir sua falta.

— Querida, nem ao menos discuti isso com Seth. - ri.

— Você não precisa da permissão dele. - franziu o cenho. - Você apenas vai conversar.

Sorri, orgulhosa. De tudo o que eu tinha orgulho nessa vida, era como eu a ensinei a não deixar que ninguém decidisse algo por ela. Se um homem dissesse que ela não podia usar batom vermelho, ou um vestido ousado, que se dane a opinião. Apenas ela mandava em seu corpo e suas decisões.

— Claro, claro. - acariciei seu cabelo. - Vá esquentar a lasanha? Estou com fome.

O lanche de Esme não supriu meu estômago constantemente faminto.

— Gorda. - riu de mim, e saiu correndo antes que eu puxasse sua orelha, batendo a porta atrás de si.

— Paris?

Me virei para a voz, e suspirei. Seu musculoso corpo estava coberto por apenas uma toalha que estava enrolada em sua cintura. Algumas gotas de seu recente banho ainda estavam em seu corpo, descendo lentamente por seu peitoral, abdômen, e desaparecendo no pano.

Grunhi, com uma necessidade repentina de seu corpo perto do meu.

Puxei sua toalha, e colei seu corpo ao meu. Beijei rápido sua boca, antes de afundar meu rosto em seu pescoço, aspirando seu delicioso cheiro amadeirado.

— Está pretendendo ficar quanto tempo longe de mim? - brincou, mas suas mãos agarraram firme meu quadril, me grudando nele.

Ignorei sua provocação, e o joguei na cama, tirando tudo de minha sanidade que restava para não arrancar sua toalha e tirar minha própria roupa. Pulei em seu colo, de frente para ele, capturando seus lábios nos meus. Seth correspondeu na mesma hora, sem pudor ao passear com as mãos em meu corpo.

— Não. - protestei contra a minha vontade, ao que meu vestido era puxada para fora do meu corpo.

Com o passar do tempo, fui ficando mais segura de mim mesma, ao que minha vida era encaixada aos poucos de forma perfeita em mim. Alice me deu aulas de design, - insisti em pagar, mas ela me assegurou que faria de tão bom grado, e seus olhos não negaram isso, que me fez feliz por sua vontade - e com isso, desenhava (ou tentava) minhas próprias peças, o que me permite trabalhar e ganhar tão bem. Com isso, superei minha aversão momentânea por moda - já que Emma estava novamente em minha vida, voltei a ter vontade de viver, ao invés de sobreviver -, e recomecei a ligar para peças de roupas que eu adoro.

— Brady vai chegar a qualquer momento.

— Então, - suspirou, passando as mãos para minhas coxas conforme eu me sentava. Parte de minha mente ainda ciente de que ele não estava propriamente vestido debaixo de mim. - vai para Paris? Quando?

Encolhi meus ombros.

— Alice disse que partiremos amanhã. Temos um pouco da noite pela frente, ainda. Vou arrumar minha mala. Pelo menos economizamos uma bela quantia de grana.

Me olhou confuso.

— Estou ganhando meu vestido francês.

Arregalou os olhos.

— Uau, isso é... uau.

— Eu sei. - sussurrei, constrangida. - É demais. Ainda estou com o pé atrás para aceitar.

— Não fique tanto. - falou, agora com a voz firme. Tocou a ponta do meu nariz com seu dedo. - Bella é sua irmã. Mais irmã de você do que de mim. - riu. - Claro que sua família iria te dar do bom e do melhor. Como o casamento.

— Verdade. - concordei com um riso. - Agora, temos algo a mais salvo para a lua de mel. Podemos abusar um pouco mais, não? - arrisquei.

— Claro. - sorriu amplo, o que durou um segundo, substituído por sua feição pensativa. - A não ser que...

Deixou a frase morrer no ar, e me olhou nos olhos. Com choque, entendi.

— Eles não fariam! - arfei. - Não podem gastar tanto dinheiro conosco dessa forma. Não sou Renesmee!

— É irmã da Bella. - relembrou. - Bella pode estar arcando com tudo para vocês duas, mas deixando Alice tomar de conta do planejamento e das notícias.

— Mas é claro. - rolei os olhos. A vidente não se importaria de receber só um pouco da minha fúria em troca de ter a honra de dar comunicados desse porte. - Os Cullen fazem tanto por nós, não é? Serei eternamente grata por aquela família.

— Seremos. - corrigiu, passando as costas da mão em minha bochecha.

— Vamos descer? - perguntei, assim que o gosto da comida encheu minha boca. Beijei seus lábios por demorados segundos antes de descer de seu colo e sair do quarto para deixá-lo se vestir. - Não demore.

Corri escada abaixo, e senti o cheiro de Brady.

— ... Eu te juro, você está mais alta.

— Queria ver isso. - Emma suspirou. - Eu me sinto a menor da turma. Até Claire é mais alta do que eu.

— Ninguém é igual, meu anjo. - estreitei os olhos ao ouvir isso. - E eu posso afirmar que você é especial, e está na medida perfeita para a sua idade.

— Acha mesmo?

— É claro que acho.

— Obrigada, Brady. - sua voz abafou minimamente, e eu deduzi que era um abraço.

— Espero que esse falatório não esteja atrasando o jantar. - anunciei minha entrada, lançando um olhar frio para Brady.

— Ei, Lav! - falou animado, ignorando meu olhar. Me abraçou, me amolecendo sem intenção. - Vai para Paris? Que chique.

— Até você sabia? - gritei, sem conseguir evitar a indignação me atravessar.

— Oh, não. - falou rápido. - Emma acabou de me contar.

— Ah, claro. – revirei os olhos.

Nos sentamos a mesa para comer, logo Seth apareceu.

Tivemos um agradável jantar, logo fomos para a cama. Me troquei e me aconcheguei no meu lugar.

— Eu estava pensando... sobre o imprinting. – comecei, deitada em seu peitoral nu.

— O que tem? – murmurou baixinho, mexendo no meu cabelo.

— Sobre como é o amor do imprinting. Vocês nos amam com todas as forças, e as vezes é nossa vez de retribuir. De mostrar como eu amo você.

— O que quer dizer, amor? – eu podia ouvir o tom confuso em sua voz.

— Eu vou parar de me transformar.

— O que? – sua voz se elevou, assustado. –  Não! Por quê? Nós estamos bem ass-

— Hey, calma. – o interrompi, rindo. Me inclinei e lhe dei um selinho. –  Seth. Não é para sempre. É temporário.

— Por quê? – parecia mais confuso ainda. – Como assim?

De repente acanhada com meus pensamentos, me encolhi em meu canto, repensando sobre a minha proposta. Seth esperava com paciência eu começar a falar.

— Lembra de quando você acordou do coma e falou "quem sabe quatro"?

— Sim...

— Que tal termos esse quarto? Afinal, temos que continuar nossa linhagem. E eu sei o quanto você quer um filho.

— Como você sabe? – de repente sua voz estava acanhada.

— Seth, o tanto de dicas que você deu ao longo dos anos. Era sempre brincadeira, mas eu te conheço. Sei que é isso que falta para nós dois.

— Você faria isso por mim?

— Seth Clearwater! Você ainda tem alguma dúvida de que eu te amo com todas as minhas forças e faria qualquer coisa por você?

Ele se aproximou de mim e beijou meu cabelo, sua mão quente me fazendo um cafuné.

— Você é a mulher mais incrível desse mundo. – sussurrou.

— Já estou a uns dias sem me transformar. – dei de ombros. – Quando eu voltar, vamos procurar Carlisle. Qual médico é melhor do que ele para isso, uh? Eu acho que desde que paramos de nos transformar e tornamos a envelhecer, Leah e eu conseguiremos ter filhos. Só temos que nos esforçar para não nos alterarmos, ainda mais na hora do parto.

— Vamos conversar com Carlisle. – concordou. – Sabe o que é o melhor disso? Alice não pode ver nossa decisão. E podemos pensar em algo enquanto estivermos perto de Edward.

— Vai ser moleza fazer essa surpresa. – sorri.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.