Rotineiramente, Byun Baekhyun chutava as cobertas para o lado e acordava às três da manhã, o corpo encharcado de suor, a respiração ofegante, o coração em batidas descompassadas. Ele virava para o lado direito, e depois para o esquerdo, até sair frustrado da cama e ir ao banheiro.

O loiro parava em frente ao espelho grande, acendendo a luz e fechando a porta. Seus cabelos sempre ficavam úmidos, e olhando para os seus próprios olhos castanho escuro, esperava sua respiração voltar à normalidade, para poder lavar seu rosto com a água fria que saía da torneira recém-aberta.

Ele juntava suas duas mãos magras, fazendo uma conchinha, deixando que caísse o líquido ali até encher, e, então, jogava toda a água em seu rosto, sentindo o efeito gélido contra sua epiderme quente. A sensação de alívio e o breve momento de felicidade em que se refrescava, não perdurava por muito tempo, e logo Baekhyun voltava a se encarar, como se pedisse explicações para o reflexo cansado do espelho.

Sabia bem o motivo de despertar uniformemente às três da matina, ainda que demorasse um pouco para voltar a dormir. Sem broncas para si, ou para alguém, Baekhyun desistia de olhar feio para o reflexo, pesarosamente retornando à sua cama.

Sua cama parecia vazia, assim como o apartamento deles. Agarrado ao seu travesseiro, o loiro escondia o rosto embaixo das cobertas, pensando no chinês.

Ele aparecia todos os dias nos sonhos de Baekhyun, e por mais que o loiro ficasse feliz com a visita do amado, a solidão que sentia em seu peito por estar longe de Yixing fazia com que ele derramasse lágrimas em seu travesseiro, até conseguir dormir.

Rotineiramente, Byun Baekhyun chorava por Zhang Yixing às três e pouco da manhã.