Rony se afasta da comemoração ao sentir o celular vibrar no bolso da calça, no visor ele vê que é Lilá o ligando.

— Lilá, ei…

— Oi roniquinho, meu amor, tenho uma surpresa de aniversário para você! – Lilá fala toda melosa do outro lado da ligação.

— Surpresa de aniversário? – Rony não sabia se gostava ou não daquilo.

— Abre a porta da frente. – Lilá pediu, confuso, Rony se dirige para a porta e a abre, encontrando Lilá ali em sua frente.

— Feliz aniversário, uon-uon! – Lilá se joga nos braços dele, mesmo atônito ele corresponde.

— Lilá, o que…?

— Eu sou sua surpresa. – Lilá explica. – Simas me disse que estava tendo uma festa aqui na sua casa, primeiro não acreditei, pois como você não me chamaria pra uma festa em sua casa? Decidi tirar a prova e vi que estava errada quando vi um monte de carro aqui do lado de fora.

“Eu vou matar o Simas.”

Rony iria abrir a boca para falar algo, mas foi interrompido por outra voz vinda de dentro da casa.

— Ronald, onde você estava? Estávamos te procurando por todos os lados… ah, oi, Lilá. – Hermione apareceu atrás de Rony com um enorme sorriso no rosto, que vacila um pouco ao avistar a outra do lado de fora da casa, que ao ver Hermione começara a ficar com o rosto vermelho de raiva.

— Lilá veio para a festa. – Rony se pronuncia.

— Oh, está bem, vou dizer aos outros que te achei. – Hermione declarou e rapidamente saiu dali.

— Você não me chamou para sua festa de aniversário mais a esquisita da Granger sim? – Lilá o confrontou.

— O aniversario não é só meu, Granger é amiga da minha irmã. – Rony respondeu impaciente, fazendo sinal para que Lilá entrasse, e ela o fez meio bufando, mas decidiu que não iria retrucar pois percebeu que havia ganhado uma pequena trégua de Rony.

Ele chegou à sala onde ocorria a festa junto a namorada e todos a olham, cada grupo de pessoas com reações diferentes ao ver a garota.

Seus irmãos a olharam com cara de tedio e derrota por ela estar ali, os Potter ficaram neutros, afinal não conheciam a garota, mas sentiram a tensão no ar, seus pais olharam-na receptivos como sempre, já Harry, Hermione e Luna fuzilaram eles com o olhar, mais a pior reação foi de Gina.

Ela arregalou os olhos em surpresa, mas rapidamente seu olhar mudara para pura raiva quando seus olhos bateram em Rony. Furiosa ela caminhou até ele e o pegou pela mão, puxando-o para o escritório do pai. Rony estava tão atônito pela reação dela que se deixou levar. Ao entrarem, ela ainda lhe encarou furiosa por alguns minutos em silêncio.

— O que ela está fazendo aqui? – Gina finalmente se fez ouvir.

— Ela é minha namorada, Gina. – Rony disse simplesmente, em um tom de voz como se explicasse tudo. Gina o olhou incrédula.

— Se você me devolveu isso aqui… – Gina começa mostrando a pulseira que não havia saído mais de pulso. – Você sabe muito bem o que ela me fez.

— É, eu sei…

— Me desculpe, Rony, mas eu quero que ela vá embora. – Gina fala respirando fundo para não surtar e tirar lilá dali pelos cabelos. – É um dia importante para nós dois… eu não a quero aqui.

— Gina… será que você só pensa em você? Por que acha que não tivemos o dia do jeito que sempre sonhamos? Por que acha que não tem nenhum amigo meu nessa casa? – Rony começou a questioná-la frustrado, ele estava começando a ficar irritado. – Era para ser nosso dia e está sendo apenas seu.

— Eu não queria nada disso, você ouviu nessa mesma sala eu dizer para o papai e a mamãe que não queria nada disso… – Gina se defende e completa – E eu não tenho culpa que seus “amigos” de merda me faz tão mal, eu não tenho culpa.

Os olhos de Gina lagrimejaram.

— Eu não tenho culpa. – Gina repete num sussurro, Rony ver o estado dela e tenta se aproximar.

— Gina… - Ela se afasta.

— Eu preciso sair daqui. Avise papai e mamãe que eu vou sair, que vou sumir por um tempo. – Gina decidiu e sai dali sem mais nada e Rony não impede.

Sem realmente perceber, Gina acabou indo para o lado de fora da casa. Já ofegante, os olhos dela acabam caindo sob o carro que ela acabara de ganhar, sem pensar muito ela volta para dentro de casa, pega a chave e, rápida como um jato, volta para seu carro, entra nele e sai dali. Tudo sem perceber que Harry a notara e agora montava em sua moto para segui-la.

Pelo estado que a viu, estava com medo de que pudesse causar algum acidente. Felizmente, nada acontecera e ele a viu parar em frente ao abrigo de Carlinhos e se aproximar da porta e então foi até ela rapidamente.

— Gina! – Ele se fez ouvir.

Ela vira-se pra ele atordoada.

— Harry? O que está fazendo aqui? Você me seguiu? – Gina o indagou, mais surpresa que qualquer coisa.

— Sim, você não me parecia nada bem, fiquei com medo de que causasse um acidente quando a vi saindo com o carro. – Harry se explicou.

— Eu agradeço sua preocupação, mas quero ficar sozinha. – Gina o dispensou, virando-se novamente para a porta de entrada.

— Gina, eu não vou embora, você não me parece bem. – Harry insistiu.

— E por que isso te importa!? – Gina explode furiosa.

— Eu me importo com você. – Harry responde calmamente. – Pensei que já estivesse percebido isso.

Gina o encara em silêncio por um momento.

— Entra. – Gina suspira ainda emburrada e com um sorriso de canto Harry a acompanha para dentro. – Você é insuportável as vezes.

Ela se vira novamente para ele, que ostentava um sorriso de lado.

— É muitas pessoas me dizem isso. – Harry diz ainda sorrindo e então olha ao redor. – Gosto do trabalho que Carlinhos faz aqui.

Gina suavizou o olhar com a menção do irmão e de seu trabalho.

— É, ele realmente faz coisas incríveis aqui. – Gina concorda. Harry a olha intensamente.

— Também sei que ele não é o único que faz coisas incríveis aqui. – Ele comenta.

De alguma forma, Gina sabia que Harry não estava falando do trabalho dela no abrigo, o olhar dele ficando mais intenso à medida que se aproximava dela era a prova disso.

— Harry, o que pensa que está fazendo? – Gina pergunta, com a voz meio baixa, começando a se inebriar cada vez mais dele.

— O que? Estamos apenas conversando. – Harry diz dando de ombros, já de frente para ela, Gina serra o olhar para ele.

— Por que eu não acredito no que está me dizendo? – Ela insistiu e Harry soltou uma risada.

— Eu não sei… – Dessa vez, agora ele já estava com a sua testa colada na dela. Os olhares dos dois estavam grudados um ao outro, Gina estava começando a ficar ofegante com aquela aproximação toda. – O que você quer Gin?

— Está tentando me distrair para não focar no meu problema? – Gina ela pergunta de forma sagaz, Harry abre um grande sorriso.

— Sim, está funcionando? – Harry confirma, delicadamente passando a ponta do nariz pelo pescoço dela, sentindo o cheiro floral que ela emanava invadir suas narinas, em determinado ponto ele depositou um beijo que desmoronou Gina por completo. Ele se volta para o ouvido dela e sussurra. – O que você quer Gin?

— Se eu disser vai me dar o que quero?

— Com todo o prazer.

Gina se afasta um pouco e o lança um olhar que Harry nunca havia visto nela. Ele gostou do que viu.

— Eu quero você. – Ela diz confiante e se aproxima novamente, o dá um curto beijo, mordendo seu lábio inferior antes de se afastar novamente. – E você, Harry… o que quer?

Ele se volta para ela, se aproxima de seu ouvido.

— Quero beija-la e ouvir seus gemidos e suspiros sob nosso beijo como fizemos aquele dia na boate. – Harry a responde no mesmo tom de voz.

Gina se afasta um pouco dele e o olha com falsa indignação, deixaria para ficar indignada depois.

— Então você lembra? – Ela o indaga.

— Cada toque…, cada sensação, cada som…, cada gosto que senti naquele momento fica se repetindo na minha cabeça em vários momentos, alguns até inoportunos. – Harry confessa.

Gina sorri marota.

— Vai pagar por ter me feito achar que esqueceu daquele dia, Potter. – Gina decide se aproximando novamente dele, enlaçando seus braços ao redor do pescoço dele.

— E como vai me fazer pagar, Weasley? – Harry a desafia, retribuindo o toque segurando-a pela cintura.

Sem dizer mais nada, Gina junta seus lábios aos dele em um beijo um pouco faminto e ao mesmo tempo carinhoso. Durante o beijo, uma das mãos de Harry voou para o cabelo ruivo de Gina o puxando de leve e fazendo um carinho agradável ali.

A cada momento que passava o beijo ficava mais intenso e as mãos, tanto dele quanto dela, exploravam o corpo um do outro. Depois de algum tempo, nenhum dos dois saberia dizer se foram minutos, segundos, ou até horas, ambas as mãos de Harry pararam sob a coxa de Gina e com um pequeno impulso ele a ergue e ela entrelaçou as pernas em sua cintura, Harry imediatamente a prensa na parede mais próxima e continua a beijando.

Quando o ar se fez necessário, ele começou a distribuir beijos e mordidas pelo pescoço da ruiva que suspirava e retribuía bagunçando ainda mais os cabelos de Harry.

— Você tem camisinha? – Gina arqueja totalmente inebriada por ele.

— Tenho na carteira. – Harry para por um momento e a olha, analisando-a, Gina sorri marota.

— Ótimo, porque iremos precisar dela. – Gina declara, Harry a olha surpreso e o sorriso de Gina aumenta ainda mais com isso. – Você me perguntou o que eu queria, é isso que eu quero… você por inteiro.

Diante daquilo os olhos verdes ganharam uma intensidade que Gina nunca viu ali.

— Se é isso mesmo que deseja. – Harry a segura e começa a andar com ela pelo local.

— Me coloca no chão atrás do balcão. – Gina o instrui entre beijos e Harry caminhou até onde ela o disse.

— Tem certeza? Não vai ficar desconfortável? – Harry preocupou-se.

— Espero que você faça eu não me importar com desconforto algum. – Gina diz malandra, e Harry, com uma pequena risada a coloca com cuidado no chão. Ela só sentiria desconforto no dia seguinte.

Os beijos voltaram a ser selvagens tanto quanto antes, entre caricias Gina consegue tirar a camiseta de Harry, o arranhando de leve com as unhas, alisando e apertando aonde quer que suas mãos alcançavam, Harry suspirava e soltava gemidos baixos com as caricias e a correspondia apertando deliciosamente a coxa direita dela ao mesmo tempo que fazia o movimento de levantar o vestido dela para tira-lo, o beijo foi interrompido por segundos para que ele obtivesse sucesso, distribuindo-os agora pelo busto dela, até  alcançar os seus seios, com um pouco de dificuldade ele tira o sutiã, jogando-o em algum lugar que não tinha importância agora e depositou beijos e leves chupadas fazendo com que Gina suspirasse em deleite.

Harry foi descendo seus beijos até chegar à sua calcinha, não demorando para dá-la o mesmo destino do sutiã. Harry a acariciou e foi como apertar um botão em Gina, pois ela começou a gemer alto e a arfar, Harry estava gostando de vê-la daquele jeito. Com um sorriso sacana, ele tirou os dedos e o substituiu por sua boca, Gina engasga com o ato.

— H-Harry… – E de modo instintivo levou uma das mãos aos cabelos revoltos de Harry, apertando e os puxando à medida que a intensidade dos movimentos da língua de Harry em sua vagina aumentava.

Gina estava em delírio e estava quase gozando, mas Harry tirou a boca dali e ouviu um muxoxo frustrado dela, ele solta uma risadinha e se aproxima do rosto dela.

— Calma, eu vou te dar o que você quer. – Harry a beijou antes de se afastar o suficiente apenas para tirar o que lhe restava de roupas, pegar a camisinha na carteira e a colocar no pênis que já implorava a muito tempo por atenção.

Antes de penetra-la, Harry a acariciou novamente, dessa vez introduzindo os dedos dentro dela, a alargando. Os gemidos de Gina só aumentavam à medida que ele ia colocando os dedos e estocava, foi quando viu que não aguentaria muito mais a tentação de como Gina estava em sua frente lhe querendo e lhe chamando.

— Vamos, Potter, não demore mais com isso. – Gina rosnou, novamente ele soltou uma risada e se aproximou dela.

— Você não é virgem, não é?

— Não, mas também não sou muito experiente…, fiz só uma vez na minha vida. – Gina confessou.

— Ótimo, então você quer delicadeza ou intensidade? – Harry a consultou, já se posicionando em cima dela, seu olhar pairando sob o dela, o castanho do olhar de Gina escurece em desejo.

— Intensidade. – Gina sussurra manhosa.

— Como quiser, meu amor. – Harry a beija na testa e em seguida, aos poucos, ele a penetra.

Ao senti-la, Harry geme alto junto a Gina, aquela era uma sensação maravilhosa. Gina não precisou de muito tempo para se acostumar com seu membro, ela já estava suficientemente molhada para uma penetração, então ele realiza o seu desejo e a estoca com intensidade, aumentando o ritmo a cada investida, Gina entrelaça as pernas no quadril de Harry e ele vai mais fundo dentro dela.

 Os gemidos ali eram altos e eróticos, Gina estava em delírio e não sabia direito o que fazer com as mãos, mas tinha que descontar sua excitação em algo que não fosse seus movimentos acompanhando os de Harry, então ela arranhava as costas dele e vez ou outra o puxava pelos cabelos para um beijo.

Quando chegou ao orgasmo, a intensidade daquilo foi tamanha que ela desfere uma mordida no ombro de Harry, que de tão inebriado quanto ela, mal sentiu dor alguma, somente prazer, e foi apenas dois minutos depois dela que Harry atingiu o seu limite e gozou também, caindo para o lado não querendo machuca-la com seu peso. Os dois estavam ofegantes e felizes, muito felizes.

— O que a gente acabou de fazer? – Harry falou com um enorme sorriso.

— Nós transamos. – Gina o olha com um enorme sorriso – E foi maravilhoso.

Harry lhe dá um selinho e se levanta para jogar a camisinha no lixeiro mais próximo e volta para ela que já estava se vestindo novamente.

— Infelizmente não temos chuveiros aqui para tomarmos um banho, mas podemos ficar aqui mais um tempo? Ainda não estou preparada para voltar para casa. – Gina sugere e Harry se aproxima dela e beija sua testa carinhosamente.

— Podemos ficar aqui mais um pouco, você ainda tem que me explicar o que aconteceu – Harry se afasta e começa a se vestir também, Gina concorda com a cabeça.

— Vem, eu quero te mostrar um gatinho que Hermione está tentando convencer seus pais a adotar. – Gina mudou de assunto por um momento.

Quando ele terminou de se vestir, ela o pegou pela mão e o levou para a área dos gatos, até uma cabine onde um gato gordo e ruivo dormia tranquilamente.

— Esse é bichento.

— Ele é fofo. – Harry comenta observando o gato. – Não vai ser difícil convencer mamãe, ela ama gatos, já o papai acaba acatando tudo que mamãe decide.

Gina solta uma risada.

— Espero que sim, bichento precisa de uma família. – Gina conversa, Harry sorri e se senta no chão próximo a cabine de bichento encostando-se na parede.

Gina se aproxima dele e senta ao seu lado, ele a puxa para um abraço e os dois ficam ali por um momento.

Até que Gina suspira e começa a falar o que aconteceu e o que sentiu para estar naquele estado que estava quando saiu de casa.

— Rony é uma babaca, mas está se esforçando para mudar acredite nisso. – Harry tentou defender o amigo. Gina ficou calada, ela não sabia se acreditava nisso.

Eles ficam em silêncio novamente.

— Gin? – Harry chamou sua atenção e ela o olha. – E nós? O que acabamos de fazer…

— Foi maravilhoso…

— Sim, foi, mas o que significou para você? – Harry perguntou, aparentando insegurança e incerteza.

Gina ficou em silêncio, apenas olhando para Harry pelo que pareceu, para ele, uma eternidade, mas que foram apenas minutos sem falar nada.

— Quer sair comigo na sexta? – Gina decidiu-se. – Em um encontro?

Harry abre um grande sorriso.

— Com todo o prazer.