Starco - O Ataque dos Pugs Malditos escrita por TopsyKreets


Capítulo 3
Capítulo 3 de 5




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Starco – O Ataque dos Pugs Malditos

 

Próximos de chegar na barreira, A rainha Star liderava o grupo, indo mais a frente.

 

Isso deu uma oportunidade única para que a princesa Star conversasse com Marco.

 

— Então, diz aí Marco. O que eu te falei para que você desistisse da faculdade e viesse morar comigo em Mewni?

 

O conselheiro riu da pergunta.

— Não lembro, faz tanto tempo. Mas você sempre encontrou um jeito de me convencer a fazer o que você queria. Até hoje, mesmo depois de tudo, você ainda me surpreende.

— E isso é bom?

— Às vezes.

 

....

 

A barreira era um domo rosado enorme, feito de energia pura, que separava o território dos monstros de todo o resto do reino.

O grupo e suas montarias atravessaram sem problemas.

 

Em seguida, foram abordados por criaturas.

 

Orcs, elfos e fadas traidoras empunhavam espadas enferrujadas, dentro de velhas armaduras.

Considerando tudo, as criaturas estavam bem.

Em grande número. Só que mal armadas.

 

— Exigimos a atenção do seu líder – Afirmou a rainha – Temos um acordo a propor.

 

....

 

Sem demora, foram levados até a residência de Toffee.

Era uma casa enorme e imponente, ainda que desgastada pela idade. O piso de madeira rangia à medida que os três viajantes eram acompanhados até o interior do local.

 

Assim que atravessaram o saguão mal – iluminado e alcançaram um dos quartos, a porta atrás deles fora fechada.

Marco tateou pelas paredes até encontrar um velho interruptor.

 

....

 

Quando as luzes se acenderam, o trio ficou pasmo.

 

Não se tratava de um escritório. Tampouco de uma masmorra, ou cela de prisão.

Era um quarto de uma adolescente. Havia uma cama de solteira cor de rosa, envolta em milhares de retratos da líder da resistência aos Pugs, retirados de cartazes de procurados.

 

Definitivamente (e inesperadamente) uma fã de Star.

 

— Eu não acredito, é mesma você! Senhorita Buterfly, é uma honra!

 

A menina cruzou a sala e foi de imediato cumprimentar a rainha.

 

Era uma jovem lagarto, de cabelos brancos e cintilantes. Usava um vestido negro muito parecido com o da princesa.

 

Em fato, parecia que toda sua aparência havia sido moldada como um reflexo da jovem Star Buterfly. Só que em um etilo mais gótico.

— Você tem uma clone?! Que fofa!!! – Disse a adolescente.

— Eu não sou um clone! – Bradou a princesa – Eu sou....

— Minha sobrinha – Respondeu a líder – E você é?

— Sou sua maior fã! De todo o reino!

 

E antes de continuar, a jovem coçou o queixo.

 

— Bom, pelo menos desse lado da barreira. Mas enfim, é uma honra recebe-la em minha casa, rainha! Você pode me dar seu autógrafo?! Diz que sim, as outras meninas do fã-clube vão à loucura!

 

....

 

— FILHA! Quantas vezes eu disse para não trazer prisioneiros para o seu quarto?!

 

A veia da testa de Toffee estava prestes a explodir de raiva.

O que é raro na raça dele, mas comum em pais com filhas adolescentes.

 

— Mas pai, é ela! A Star Buterfly! Em pessoa!

— Filha....

— Eu preciso de um autógrafo. Talvez, mais de um....

— Filha....

— Umas fotos. Mecha de cabelo também seria legal....

— FULL MOON!!!!!

 

E sendo chamada pelo nome completo, a jovem reconheceu a intensidade na voz do pai.

— Quer, por gentileza, sair do seu quarto para que eu possa torturar os convidados em paz?!

 

A menina fez um muxoxo e bateu o pé, em sinal de desgosto.

— Só mais dez minutos, pai, por favor.

— Full Moon, agora.

— Tá bem....

 

Afastando – se na direção da porta, ela deu uma piscada para a rainha.

— Eu volto depois. Com limonada.

 

....

 

Sem segurar o riso, as duas Star e Marco só podiam se deleitar com a situação. Ao menos, de início.

 

— Você deu o nome da minha mãe pra sua filha?! Que meigo, Toffee.

 

O lagarto ficou vermelho, mesclando embaraço e fúria.

— Veio aqui julgar minhas escolhas de vida, ou o quê? E pra quê você trouxe um clone?

 

Star do passado jogou as mãos aos céus.

— Pela última vez, eu não sou um clone! Eu sou....

— Minha sobrinha – complementou novamente a rainha.

Mas isso não importa. Viemos aqui porque queremos sua ajuda.

— É mesmo? E porque eu deveria te ajudar?

— Sei que você não é o maior fã dos Pugs, tanto quanto nós.

 

A expressão de Toffee mudou mais uma vez. Revelando um semblante de fúria completa.

Mas foi só depois de falar, que o trio compreendeu que a raiva dele estava atrelada a depressão.

 

— Eles atravessam a barreira quando bem entendem.

Vem até aqui, saqueiam, roubam. Mataram minha esposa. Minha filha é tudo que me resta. E estamos presos, nesse inferno, pela sua barreira, rainha.

É tudo culpa sua.

— Eu sei – Ela respondeu.

Errei com você. Com todos aqui. Mas vim pra mudar isso.

 

E com as palavras dela, Marco ergueu um pergaminho ao Lagarto.

— Declaração de trégua – Ele disse – De uma trégua permanente.

Vamos destruir a barreira. Libertaremos todos os monstros. E quando a hora chegar, queremos vocês do nosso lado, para massacrar os Pugs.

— E depois? Quem me garante que não virão atrás de nós?

— Porque governaremos juntos – Respondeu a rainha – Sem muros.

Sem reis. Eu e você. Lado a lado. O que me diz?

 

.....

 

Toffee analisou o documento minunciosamente, antes de tomar uma decisão.

— Parece ser confiável. E sei que você não é do tipo que volta com a palavra.

— Não volto.

— Tudo bem, querem minha ajuda? Querem meu povo?

É todo de vocês.

 

Um olhar malicioso surgiu no semblante do lagarto. Aquele mesmo olhar que normalmente leva a torturas e/ou despedidas de solteiros com strippers.

 

— Contudo, tem uma pequena condição.

— Que seria?

— Eu quero sua cabeça, numa badeja de prata.

 

Assim que as palavras atravessaram o quarto e chegaram aos ouvidos de Marco, ele se adiantou e sacou sua espada. Toffee empunhou suas garras ao alto.

 

— Vá pro inferno, homem – lagarto!

 

Ele riu tenebrosamente. O espelho da filha chegou a balançar com a frequência ressonante.

— Quer dividir o reino? Quer governar em igualdade? Ótimo. Mas não farei isso do lado da mulher que me trancou nesse buraco.

Eu matarei Corn Flakes com as minhas próprias mãos. Mas você morre junto.

Começaremos Mewni do zero. E o seu sangue é o meu preço.

Esse são termos. É pegar ou largar.

 

— Quer saber, Toffee, vá se foder, seu babaca....

— Eu topo.

 

....

 

Todos foram pegos de surpresa com a resposta curta e simples da líder.

Até mesmo Toffee. Ele não imaginava que seria tão fácil.

 

— Lutamos juntos. Matamos os Pugs juntos.

Depois disso, pode me matar. Mas tem que manter sua palavra. Humanos e monstros em paz. A guerra acaba aqui. De acordo?

 

A contragosto de Marco e da princesa, eles selaram o pacto com um aperto de mãos.

A cena só foi interrompida por um flash da máquina fotográfica de Full Moon.

 

— Desculpa, não queria perder a oportunidade – Disse a adolescente.

Aceitam chá com mel? Não tenho açúcar para a limonada....

 

....

 

Castelo de Mewni, núcleo da Resistência ao Pugs

 

A princesa queria demonstrar preocupação com a decisão de sua futura versão, mas deixou que Marco transpassasse toda a sua aflição, por ambos.

 

— Você está de sacanagem?! Então o preço da vitória vem com a sua morte?!

— Marco, calma....

— Tá de brincadeira?! Acha que foi pra isso que eu te segui todos esses anos?!

Sua maluca! Se acha que eu vou deixar que ele te mate, pode tirar o cavalinho....

 

Colocando seus braços em volta da cintura do conselheiro, a rainha calou a boca dele, com a dela.

Ela precisou de alguns minutos e o beijo mais suave do mundo para acalma-lo.

 

Depois, ela passou as mãos pelo rosto dele.

 

— Eu vou dar um jeito. Tudo bem? Eu sempre dou. E sempre te surpreendo, não é?

— É, mas....

— Não se preocupem. Vamos vencer essa.

E quando terminar, Senhor Diaz, seremos só nós dois. Sexo selvagem e nachos, como nos velhos tempos. Tá?

 

Marco beijou mais uma vez sua noiva.

— Esquece, você não sabe cozinhar. Sempre queima os nachos.

Eu quero uma família. Com você.

 

Star esquecia que, de vez em quando, era Marco que a surpreendia.

Ela queria responder. Dizer o “Eu te amo” preso no fundo da garganta. Ali, mesmo, acabando com qualquer dúvida que sobrara em sua versão viajante do tempo.

 

Mas não foi dessa vez.

 

Um estrondo fez com que o trio quase fosse ao chão.

Em seguida, Glossaryck entrou na sala de reuniões.

 

— Acho que vocês deveriam olhar pela janela.

 

....

 

À frente, Marco olhou para baixo. Em seguida, as duas Star também o fizeram.

 

— Não há palavras para definir essa visão – Disse Marco.

— Puta que pariu – Respondeu a rainha.

— Essas definem bem – Confirmou a princesa.

 

Em frente ao castelo, milhares de Pugs se acumulavam.

Era todo o exército dos cães, em peso. Liderados pelo próprio Rei Pug Corn Flakes.

 

Ele podia ser enxergado com destaque, sendo carregado em uma cadeira por outros quatro pequenos cães.

Sentando confortavelmente, ele esbanjava glamour, com sua pequena coroa e se deleitando com jujubas.

 

— Rainha! Esse é o seu fim. Se entregue e pouparemos todos de uma morte lenta e dolorosa!

 

Cuidadosamente, a rainha Star colocou o rosto para fora.

— Então, não vai matar ninguém, Corn Flakes?

— Ah, não. Não me entenda mal. Mataremos todos. Mas será rápido e limpo.

— Mas o que vocês querem, afinal?!

— Queremos poder! Queremos o castelo. Queremos....

 

Um dos Pugs tomou a dianteira e interrompeu seu próprio rei.

— Queremos sorvete!

Star e Marco se entreolharam.

— Serve se for de baunilha?

 

Com uma raja intensa de raios laser, o trio se jogou para dentro, lacrando a janela.

Do lado de fora, só podiam ouvir os urros dos Pugs:

 

“DE CHOCOLATE, VADIA!!!!”

 

....

 

— É, eles são bem exigentes, né? – Indagou a princesa.

— Temos que fazer alguma coisa! Eles já estão forçando a entrada! Star, o que faremos?

Star...?

 

Em desespero, a rainha foi ao chão.

— Levaríamos semanas para quebrar a barreira e libertar Toffee.

Temos armas, mas não exército. Não podemos lutar. Não podemos fugir.

Condenei a todos. Falhei com todos. Eu.... Eu....

 

Antes que começasse a chorar, prontamente seu noivo a acolheu nos braços e a carregou para que se sentasse em uma das cadeiras.

— Ei, me escuta. Você é a rainha, okay? A verdadeira, por direito. Vamos dar um jeito.

Como sempre demos. Não desista agora.

 

As batidas aumentaram a intensidade, na medida que Marco consolava a noiva.

Mas, para a sorte dos Mewnianos, havia uma segunda Star na casa.

 

— Glossaryck, rápido! Têm que haver algo que possamos fazer! Um feitiço, sei lá!

Qualquer coisa!

— Estoques quase vazios, se lembra? Só feitiços básicos, como levitação.

Nada que possa matar um exército!

— Temos que pensar em algo! Estamos dentro de um castelo milenar, forjado a magia!

Tem que haver algo útil, aqui!

Quer saber, eu vou achar. Nem que eu tenha que mover pedra sobre pedra desse lugar!

 

....

 

E com a determinação da princesa, uma faísca na mente da rainha surgiu.

 

Fugaz. Louco. Um pensamento verdadeiramente suicida.

 

Com a cara de Star Buterfly, seja do passado, presente ou futuro.

 

Num salto, Star mais velha se pôs de pé para abraçar a mais jovem.

 

— Você é um gênio, princesa!

— Ah, tá vendo? Um pouco de reconhecimento!

Mas porquê?

— Me deu uma ideia. Podemos vencer. Aqui e agora.

— Maravilha! – Disse Marco – Mas espero que sua ideia leve em consideração não deixar os Pugs entrarem no castelo!

— E leva.

— Tudo bem. Qual o plano?

— Vamos deixá-los entrar no castelo....

 

 


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