Operation Swan escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 30
Epilogue


Notas iniciais do capítulo

Swan é a palavra utilizada para nomear o que conhecemos como Cisne.

Os cisnes são aves aquáticas primeiramente reconhecidas pela sua beleza esplendora. No entanto, sabe-se que esses animais também possuem como característica a sua lealdade constante. Quando os cisnes escolhem um par, eles formam casais para vida toda (salvo raras exceções).

São animais monogâmicos por natureza.


A "Operation Swan" teve um propósito desde o nome. A Rose sempre soube o que queria.

Nós também.



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Rye,

May 11, 2026.

 

 

Ronald Weasley andava de um lado para o outro, ansioso, a beira do altar.

— Ron, pelo amor de Deus, pare com isso! – Ginny pediu ao seu lado, levemente  irritada. – Você está me deixando zonza!

O ruivo suspirou, fazendo o cunhado a sua frente rir.

— Você precisa se acalmar, cara. – Harry disse, plácido.

— Você fala como se fosse fácil. – Ron resmungou.

— E é. – Harry rebateu. – Você já esteve aqui outras vezes.

De fato, ele estivera, mas Ronald Weasley era uma figura insistente em contestar seus sentimentos, principalmente o medo. Porém, suas inseguranças caíram por terra quando viu uma figura se adiantar pelo tapete vermelho. Hermione sorrira para o ruivo, linda, esplêndida, dentro do seu vestido rosado. Seu semblante era decidido, de alguém que tinha plena certeza do que estava acontecendo ao seu redor e de que esperava por isso com ampla convicção.

Ron se perguntou, mais uma vez, qual foi a loucura que um dia o fizera achar que deixara de amar aquela mulher encantadora. Mione se adiantou, indo de encontro ao marido. Antes mesmo que ela chegasse até o altar, Ronald foi até ela, diminuindo a distância.

Hermione sorriu mais uma vez e o beijou com ternura.

— Chegou a hora. – a mulher disse, quando se afastaram.

O ruivo apenas assentiu com a cabeça. Mais um beijo foi trocado e Ron partiu para a entrada do jardim.

 

 

...

 

 

Era fim de tarde. O sol descia alaranjado em direção ao poente, amornando a cidade e iluminando as construções de pedra crua. No entanto, alguém brilhava mais do que o grande astro. Rose Weasley desceu do Rolls-Royce azulado, envolta em um amplo véu e um vestido branco rendado. Ela trazia um buquê de flores vermelhas nas mãos.

A ruiva sorriu para o pai, emocionada, e Ronald sentiu os seus olhos marejarem também. Ele caminhou alguns passos em sua direção.

— Você está linda, meu amor. – disse, a admirando com cuidado.

— Eu estou com medo, papai. – Rose admitiu, chorosa.

— Eu também. – ele concordou de imediato. – Não achei que aquele loiro atrevido fosse resistir por tanto tempo até tirar minha princesinha de mim.

Rose riu com gosto, em meio as lágrimas. Ela abraçou o pai em seguida.

— Nada vai me tirar de você, papai. – sussurrou. – Você sempre será meu número um.

As lágrimas enfim caíram dos olhos azuis de Ron.

 

 

...

 

 

O som da marcha nupcial ecoou, numa versão lenta. Os convidados, até então dispersos, se organizaram rapidamente. Os que estavam sentados, se levantaram para contemplar a noiva que estava por vir. No altar, Scorpius tremia, nervoso. Astoria sorriu para o filho, condescendente, e Draco deu batidinhas de leve em seu ombro em apoio.

Os casais de padrinhos começaram a vir. Primeiro James e Amy, depois, Lily e Albus. Os quatro cumprimentaram Scorpius, e os dois amigos, em particular, fizeram questão de sussurrar brincadeirinhas mesmo naquele momento. Outros dois casais, amigos mais novos de jornada, também se assomaram em seguida ao lugar dos padrinhos.

Após vieram as crianças. Uma garotinha de um pouco mais de dois anos, de cabelos loiros ondulados e de olhos cor de mel, caminhava com uma cesta de palha adornada. A menina jogava pétalas de rosa branca enquanto avançava. De vez em quando ela se confundia pelo percurso e encarava o altar, um pouco perdida. Amy, como uma típica mãe orgulhosa, a encorajava a continuar com sorrisos e acenos de cabeça.

Mais atrás, Hugo Weasley trazia as alianças, também sorridente. Scorpius achou engraçado o modo como o ruivinho andava, exatamente da forma que a irmã ensinara nos ensaios. Rose, muito antes dele nascer, prometera que protegeria e se dedicaria a aquele garoto mais do que qualquer um. Ela nunca, ao longo de todos aqueles anos, se afastara da promessa que fizera. O reflexo disso era nítido no quanto Hugo a amava e lhe era devoto.

Ao fim do seu trabalho, a pequena correu para os braços da avó paterna, na primeira fileira dos convidados. Hugo parou próximo a Scorpius, ainda com as alianças. O noivo bagunçou de leve os cabelos vermelhos do menino, que sorriu para ele, com os olhos castanhos brilhantes e contraindo a as sardas alaranjadas da face.

A marcha nupcial continuou ao fundo, ainda lenta, e então viera quem tanto o loiro estava esperando: Rose. A sua Rose. Scorpius sentiu um arrepio profundo pela sua espinha e percebeu que tremia muito mais que antes. A ruiva avançou de mãos dadas com o pai, devagar. Estava visivelmente emocionada, com os olhos pesados de lágrima.

Ao ver Rose se aproximar cada vez mais, o loiro não conseguiu mais guardar os sentimentos dentro de si, que também se explodiu a superfície em forma de choro.

Quando enfim chegara ao altar, Ron se aproximou e apertou a mão de Scorpius.

— Cuide bem da minha menina. – pediu.

— Sempre.

A resposta do loiro fizera Ronald sorrir de maneira suntuosa. Os dois trocaram um abraço de confiança, maturado ao longo todos os anos que se passaram desde quando aquele adolescente marrento e de nariz em pé aparecera as portas do ruivo. Os tempos haviam mudado, e, os sentimentos também.

Ron se virou na direção da filha e deu-lhe um espaçado beijo na testa, antes de seguir a tradição, e a entregar nos braços de Scorpius. O ruivo retornou em seguida para o outro lado do altar, junto a Hermione.

Os pais da noiva enlaçaram as mãos carinhosamente. Mione chorava de maneira copiosa, mexida pelo momento, sendo acalentada pelo marido, que alisava o seu rosto com a mão livre.

Defronte ao altar, Scorpius, ignorando a tudo e a todos, beijou a sua futura esposa de maneira plácida. Ela o correspondeu com toda vontade possível dentro de si. 

— Eu amo você... – Rose disse, com lagrimas rolando pela bochecha.

O loiro as enxugou, embora ele mesmo também chorasse.

— Eu também te amo.

Mais um beijo apaixonado se seguiu. O celebrante sorriu com a cena, e não os interrompeu. Quando ambos enfim se afastaram, o homem se manifestou.

— Bom, acho que agora sim podemos dar início a essa cerimônia tão esperada! – ele disse, com animação.

Todos sorriram, dos convidados aos noivos. O casamento deu início, mas ali, internamente, todos sabiam que não era apenas uma cerimônia que começava e sim uma vida. Uma nova vida para aqueles que se amavam. A concretização de uma nova família.


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Notas finais do capítulo

Oie bbs,

Sim, agora realmente acabou. Espero que vocês tenham gostado desse último capitulo, o nosso epílogo. Ele já estava escrito há alguns meses, antes mesmo dos últimos capítulos do enredo. Fico feliz em saber que pude mantê-lo exatamente assim, desse jeitinho.

Gostaria de agradecer mais a todos que acompanharam OS até aqui. É a primeira história que concluo e recebi muitos feedbacks ao longo de todo esse caminho, que me ajudaram a melhorar sempre mais.

Nos vemos nas outras histórias. Sejam nas que já existem, sejam nas próximas que virão.

Beijos! ♥



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