Tudo ou nada - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 27
Capitulo 27


Notas iniciais do capítulo

♥ desfrutem...



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Depois que Ana saiu da sala, Victória olhou para o delegado que tinha os olhos presos nela. Ele suspirou e descruzou os braços.

— Você sabe que não posso deixar essa mulher presa não é mesmo? - Victória suspirou e levantou da cadeira se apoiando em sua bengala.

— Mas ela é uma usurpadora! - falava mais para que ela acreditar nisso do que para ele.

— Ela não é e você sabe disso! - ele levantou. - Não faça algo que possa se arrepender depois minha senhora! - ele a deixou na sala e saiu.

Victória o viu sair e suspirou, seu maior desafio estava atrás daquela porta e ela sabia que ver os filhos novamente seria uma emoção em que ela não poderia passar, mas ela estava ali e iria enfrentá-los e correr o risco de ser rejeitada por ele. O advogado que estava ali olhando para ela parecia não acreditar no que via e sabia que as coisas seriam mais difíceis do que ele imaginava.

Ele levantou e saiu deixando que ela ficasse ali na sala, ao sair deu de cara com Max, Maria e Heriberto que queria que aquela situação acabasse de logo de uma vez. O encheram de perguntas e sem conseguir mais segurar a vontade de ver Ana, Maria foi em direção a sala e entrou indo até Victória que estava de costas.

— Ana, você está bem? - Victória sentiu o coração acelerar sua menina estava ali a confundindo com a outra. - Quem te deu essa roupa Ana?

Victória virou lentamente para ela, era a sua menina. Victória sentiu o ar faltar e levou a mão ao peito, Maria percebeu que ela não estava bem e se aproximou segurando a mão dela e ao olhar para ela se confundiu e um momento se afastou e passou as mãos no cabelo um tanto nervosa.

— Ana... você é a Ana certo? - a voz saiu tremula.

Victória tentou falar, mas não conseguiu e apenas tocou o rosto de sua filha e uma lagrima rolou por sua face e ela sentiu que perdia o ar. Maria ficou nervosa e a viu desfalecer ali no chão sem conseguir se quer segurá-la, ela correu ate a porta e chamou pelo pai que veio correndo achando que era Ana e ao chegar perto e sentir aquele perfume que nunca tinha saído de sua memória se afastou depois de tocar nela para ver os batimentos cardíacos. 

Olhou aquela mulher ali no chão e sentiu que o mundo girava, estava tudo errado e ele se afastou ainda mais, Max chegou perto e sem conseguir se conter falou...

— Que porra é essa? - o advogado que estava ali logo atrás dele suspirou.

— Quem é ela pai? - Maria se agarrou a Max que a amparou em seus braços. - Pai... - chamou de novo vendo que Heriberto estava perdido num mundo que era somente dele.

Ele passou a mão no rosto e lembrou-se das palavras de Ana "Você vai me deixar?" e sem conseguir ficar ali, ele levantou e esqueceu que era medico e saiu daquela sala e pediu para ver Ana, pediu que o advogado conseguisse que ele estivesse dentro da cela junto a ela e ele conseguiu. Heriberto foi ate ela enquanto o advogado cuidava para que ela fosse solta, chamou alguém para acudir Victória tudo sobre os olhares dos filhos que não sabiam o que falar ou fazer diante daquela imagem assustadora.

Ana viu a cela ser aberta e levantou, Heriberto entrou e foi ate ela beijando em seus lábios quase que a suspendendo em seus braços, queria ela queria que Ana estivesse segura naquele momento e ele estava ali mostrando a ela que era ela quem ele queria. Mas no momento em que Ana o viu entrar sabia que ele já tinha visto Victória, ela se agarrou a ele e o beijou com todo seu amor, sabia que as coisas seriam mais que complicadas e que mais cedo ou mais tarde o seu amor iria ficar confuso e se fosse o caso ela o deixaria para viver a vida dele ao lado de sua mulher e seus filhos, sabia que do mesmo jeito que entrou na vida deles, agora com Victória viva ela sairia de cena do mesmo modo como entrou. 

— Você a viu? - falou assim que cessaram o beijo e tocou o rosto dele. - As crianças também a viram? - ela via no rosto dele como ele estava mexido com aquele primeiro momento.

— Me deixa ficar aqui com você ate que o advogado consiga que você fique livre, eu não quero te deixar Ana e não quero que você sinta que eu vou te deixar! - beijou os lábios dela novamente. - Eu quero só você, amor! - a beijou mais uma vez e se agarrou ao corpo dela em um abraço.

Ana nada mais falou e apenas ficou ali com seu amor, ele sentou e fez sentar em seu colo queria ela tranquila e tendo a segurança de que ele não iria deixá-la por Victória, mas essa certeza nenhum dos dois mais tinha e ela sabia sim que a qualquer momento poderia perde-lo e que não seria fácil ter que deixar o pai de seu bebê. Mas também não iria contar a ele naquele momento e correr o risco de ter Heriberto ao lado dela somente pelo bebê.

Heriberto ficou ali agarrado a ela por uma hora e meia ate que o delegado veio e disse que ela estava livre, Ana agradeceu ao advogado e saiu junto a Heriberto de mãos dadas e procurou por Maria e Max, mas foram informados que os dois tinham ido embora e que estavam esperando por eles em casa. Heriberto parou em um restaurante e mesmo ela não querendo comer, ele pediu um arroz branco com sala e peixe, Ana comeu e só ai percebeu a fome que tinha, ele riu e deixou que ela comesse ate estar satisfeita e logo foram embora.

Ana sentiu que quando chegasse em casa teria uma bela surpresa, mas ficou ali quietinha e mesmo Heriberto puxando assunto ela o respondia e logo ficava quietinha. Ao parar o carro ela viu ainda a casa decorada para a festa de casamento e sentiu vontade de chorar o seu momento tinha sido arruinado por uma mulher que somente a queria ver sofrer e isso estava claro para Ana no momento em que ela bateu os olhos em Victória, ele desceu e abriu a porta do carro para ela e a beijou nos lábios sorrindo e pegando na mão dela entraram.

Maria que tinha os visto chegar foi ate eles e abraçou forte Ana sentindo que o coração saltava pela boca e ela ficou ali por alguns segundos sendo acolhida por Ana. Heriberto olhou para a entrada da sala e viu Max parado e com uma cara que não dava para saber o que ele pensava, sabia que com o filho as coisas eram tudo a flor da pele e que se aquela mulher fosse mesmo a mãe deles as coisas não seriam fáceis.

Maria soltou Ana e deu um sorriso lindo para ela, mas logo virou para o pai e ele soube ali que não estavam sozinhos e que Victória estava ali pra falar com eles...

— Eu vou subir... - Ana falou indo para a escada depois de beijar Maria.

Heriberto a segurou pela mão e beijou seu rosto.

— Eu já vou ficar com você amor! - ela sorriu de leve e subiu.

Heriberto suspirou e depois que ela subiu e ele foi ate a sala junto à filha e ali estava ela sentada com um olhar que ele não mais conhecia e antes que ela pudesse dizer algo ele falou.

— Eu quero que me diga onde esteve todos esses anos e o porquê só apareceu agora e no dia do meu casamento! 


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