Vent Letters escrita por Dark Lieutnight


Capítulo 1
Aliviado. Porém o destino resolveu brincar com ele


Notas iniciais do capítulo

Yo! Mais outra fic com esse crackship >.<' Enfim,é sobre desabafo, só isso que falo :P

Enjoy!

Título: Cartas de Desabafo.



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Eu, Chi-yun sou o tipo de garoto que aparentava não ter muitas emoções e muito menos se importar com elas. Minha altura claramente baixa não combinava com minhas expressões e atitudes. Sempre levo as coisas à sério e ao se tratar de meus objetivos ajo com determinação e força, jamais demonstrando fraquezas.

Quero dizer, eu ERA assim. Até aquelas sensações estranhas surgirem junto com o turbilhão de sentimentos. Bom, posso descrever estas sensações como um frio na barriga ao ver uma certa pessoa, a temperatura corporal subindo em um segundo; o rosto ficando mais vermelho que um tomate; dificuldade em pronunciar qualquer palavra na frente dela, sem falar do coração que resolve bater desesperadamente. Sim, exatamente o que está pensando, estou apaixonado. Completamente apaixonado e não foi nada fácil admitir isso para mim mesmo.

Pior ainda foi saber que era uma amiga, a qual vejo e falo todos os dias com ela, o nome é Mei-Mei. Eu não faço a mínima ideia de como aconteceu, apenas sei que me sentia estranho em sua presença. Sem perceber, ela passou a ocupar todos os meus pensamentos vinte e quatro horas por dia. Meus olhos ansiavam vê-la a cada segundo, se encarregando de decorar todos os mínimos traços da garota chinesa. Ficar distante dela podia ser um alívio para minha saúde mental ao mesmo tempo que era doloroso.

Sem mencionar os doces sonhos que me assolam. Em absolutamente todos Mei-Mei estava presente é claro. Em alguns eu simplesmente me imaginava em seus braços sentindo seu agradável perfume e tocando sua pele macia...

Droga... Desde quando fiquei tão romântico e meloso? Até isso ela fez comigo.

Essa garota simplesmente decidiu dominar meu ser e não parece sair nunca apenas dominá-lo mais e mais. Assim se tornou o drama da minha vida.

Bem, acho que chega de falar da Mei-Mei, estou atrasado para treinar no Templo Beylin.

Eu subia lentamente a grande escada de pedra que levava ao templo. Faltava apenas alguns poucos degraus para chegar mas decidi parar para respirar fundo duas vezes e me preparar para a enxurrada de emoções que eu sentiria.

— Certo, Chi-yun controle-se. — Disse a mim mesmo e subi os degraus restantes.

A primeira coisa que vi foram os vários alunos do templo treinando duro. Adentrei mais o local e avistei meus amigos que haviam começado os treinos sem mim.

— Chi-yun! — Dashan me chama vindo até mim. — Está bem atrasado, até Chao Xin chegou antes de você.

— Eu sei, me desculpe. — Pedi desculpas e torci para que ele não me perguntasse o motivo do atraso.

— Tudo bem. O importante é que você está aqui, agora vamos treinar. — Agradeci internamente e o segui, entretanto, meu alívio foi curto pois Mei-Mei se aproximava de mim.

— Bom dia Chi-yun! — Dizia radiante e com seu sorriso de sempre.

— B-bom d-dia... — Não consegui falar sem gaguejar e tentei disfarçar meu rosto provavelmente corado.

— O que você fez pra chegar tão tarde assim? — Paralisei com a pergunta.

— Ah... B-bem eu... Não d-dormi muito b-bem. — Tentei arrumar uma desculpa às pressas.

— Foi mal Chi-yun, mas não acredito nisso, você quase nunca se atrasa. — Paralisei novamente e agora? — Eu sinto que está escondendo alguma coisa não? Mas bem, se quiser falar com alguém pode contar comigo. — Ela piscou e apertou minha bochecha levemente, meu coração deu um pulo de surpresa pelo toque.

Terminado nosso treino fizemos uma pausa. Descansei o suficiente e logo em seguida subi em um dos telhados do templo, procurei com os olhos uma cabeleira esverdeada e consegui achar. Estava sentada na escada de pedra, mas... Chao Xin se encontrava à seu lado. Ambos conversavam animadamente dando risadas, de repente ele rodeou um braço segurando o ombro dela.

“Não gosto disso.”

Vê-lo tocando a MINHA Mei-Mei deixa o Chi-yun furioso, mas ao mesmo tempo com inveja, afinal os sorrisos dela agora eram pra ele. Não era nada justo! Chao Xin não merecia nada disso, Chi-yun gosta da Mei-Mei mais do que qualquer pessoa. Ela é MINHA e somente MINHA.

“Chi-yun queria estar no lugar dele.”

Sim, no momento um sentimento chato dominava a minha mente, o ciúmes. E como eu odeio sentir isso porque depois dele vem a tristeza, e aí rapidamente percebo que estou sentindo ciúmes de algo que não é meu. E isso machuca. Apesar de estar curioso para saber o que conversavam, desci dos telhados não querendo mais observar aquela cena.

Mais tarde em meu quarto, aquilo não saía de minha mente e eu já não sabia o que fazer. Não tem chance do Chi-yun namorar alguém como a Mei-Mei, ainda mais com um rival. Chao Xin mesmo sendo quem é, sempre acaba com todas as garotas à seus pés. Ele tem charme, personalidade e tudo o que elas querem, acho que não pode ser diferente com Mei-Mei. Enquanto Chi-yun é baixinho e sério.

Chega! Ficar se lamentando não vai resolver nada, preciso descontrair, desabafar. Mas com quem? Mei-Mei nem pensar! Chao Xin muito menos, minha melhor e talvez única opção seria Dashan, mas não acredito que ele entenda alguma coisa sobre esses assuntos, sem falar que vou me sentir um idiota contando tudo.

“Já sei!” Pego uma folha de papel e caneta e simplesmente começo a escrever meus pensamentos.

“Me sinto bem melhor...”

Acabei de escrever uma carta desabafando tudo. Não li, apenas guardei-a, ninguém pode saber dela.

...

— Chi-yun! — Eu chamei, procurando o menor pelo templo. Ultimamente ele agia de modo estranho comigo, sempre se afastava de mim o mais rápido possível, não conversava normalmente e parecia esconder algo. Eu preciso saber o porquê. Mas não o encontrava em lugar nenhum. O último canto que faltava era o quarto dele, sendo assim fui até lá e bati na porta. — Chi-yun, você tá aí? — Silêncio. Bati novamente e não ouvi nada.

Girando a maçaneta, descobri que estava aberta e entrei. Não queria invadir sua privacidade assim, mas minha curiosidade falou mais alto. Olhei sua cama, em seguida debaixo dela e nada. Sem esperança de encontrá-lo decidi sair.

— Ai! — Tropecei no tapete. Analisando melhor, percebi que havia algo debaixo. — Tem uma madeira solta e uma espécie de portinha. Parece um... Esconderijo!? — Com a ponta de minhas unhas consegui puxar até abrir e qual não foi minha surpresa ao encontrar... — Cartas? — E tinham muitas.

— Não. Não é adequado fazer isso, ele pode ficar bravo. Mas... — Estava lutando contra minha vontade de ler com o que é certo. —Talvez, se eu ler só um pouquinho... — Minha mão instintivamente se moveu e pegou uma delas. — Não Mei-Mei! Não é certo. — Deixei-a no lugar novamente. — Mas... Acho que não pode ser algo tão importante assim. Mas e se for? Ah! Eu não sei o que faço. — Enquanto brigava comigo mesma, pude ouvir passos. — Droga! E agora? — Sem tempo pra raciocinar peguei a carta e guardei no bolso, ajeitei o esconderijo e o tapete. Ainda a tempo de sair do quarto e encontrar Chi-yun.

— Mei-Mei? — Disse ele desconfiado em me achar perto da porta.

— Eu estava te procurando! — Falei desviando sua atenção a isso.

— Me... Procurando?

— É, você anda meio estranho comigo. — Ele fica surpreso. — Parece até que tá fugindo de mim! — Conclui num tom brincalhão.

— ... — Ele fica em silêncio encarando o chão. Percebendo seu estado, me agacho até sua altura e tento olhar em seus olhos.

— Chi-yun, tem algo que você quer me dizer? — Minha aproximação causa certo nervosismo nele. O garoto abre a boca algumas vezes pra falar, mas muda de ideia.

— Não. E-eu tenho que ir. — Ele sai correndo em outra direção.

...

Morta de curiosidade, abro finalmente a tal carta e leio com calma em meu quarto.

“Eu simplesmente não sei o que faço. Esse sentimento brotou em mim como uma semente e criou raízes pelo meu corpo inteiro. Agora já é tarde demais, não dá mais pra arrancar ou evitar. Tenho que admitir, estou apaixonado.”

— Não acredito, Chi-yun apaixonado? Fiz bem em pegar a carta então, quero saber quem é a felizarda.

“Quem é ela? Não sei como começo a dizer. Uma pessoa incrível seria o mínimo pra falar dela. O que chama mais minha atenção é que é muito linda, mas tem alguns pretendentes que me deixam com ciúmes, sem dúvida não tenho chances.”

— Ah não! Pobre Chi-yun, preciso ajudá-lo o mais rápido. Imagino o quanto não vai ficar com vergonha de saber que li isto, mas vai ser pro bem dele.

“Meu consolo é saber que pelo menos a tenho como amiga, mesmo não tendo chance, tenho a esperança de um dia poder ser amado pela minha, somente minha linda...”

— O quê? Ah que pena! O nome dela deve estar na outra parte da folha. Eu tenho que pegar!

...

Depois do inesperado encontro com Mei-Mei, voltei a meu quarto, iria escrever outra vez, afinal já virou rotina. Foi então que percebi algo anormal, o tapete estava fora de lugar! Alguém entrou aqui?

Retirei ele e abri o esconderijo de cartas, só pra descobrir que estavam remexidas, e para meu desespero faltava uma. Sem pensar, tirei todas dali e arrumei outro esconderijo, quem quer que tenha pegado não vai pegar as outras. Minha preocupação se foi, a única carta que tem o nome dela está aqui e não tem como ninguém saber.

...

— Eh? Não tem nada aqui! Onde foi parar tudo aquilo? — Frustrada, procurei cada canto daquele esconderijo em vão. — Será que ele sabe que fui eu? Mas não importa! Vou fuçar cantinho por cantinho desse quarto até descobrir, senão vou obrigá-lo a me dizer! Se prepare Chi-yun, não adianta esconder! Algum dia eu vou saber o nome dela.


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Notas finais do capítulo

❣ ✿ ❣



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