The First Day of the End escrita por Lady Luna Riddle


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Eis-me aqui com uma one-shot que já tinha na gaveta ao tempo e hoje deu-me inspiração para escrever.
*=*Digam que acharam, porque sobre este shippe é meio que primeira vez,porque sempre menciono por alto nas minhas outras fics.#LucissaForevis
Enjoy it!



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~*~*~

O barulho ensurdecedor do portão de aço dos Malfoy era escutado as costas do seus regulares moradores, que encaminhavam-se em silêncio na direcção da sombria e escura mansão que erguia-se imponentemente no horizonte, tendo o Sol começado a pôr-se contribuindo e muito para o visual que fantasmagórico e bizarro que tomara conta do lugar.

O silêncio devia-se principalmente aos acontecimentos recentes, a Guerra havia terminado, muita gente havia morrido, o Lord das Trevas havia perecido e Harry Potter havia ganhado, houvera perdido primos e sua irmã, numa única tarde sangrenta que ficaria para sempre na sua memória.

Narcisa segurava firmemente a mão do filho ao longo do caminho, sem soltar por um segundo, vez ou outra olhava-o e com esse gesto, sentira-se devastada e dilacerada.

Seu único filho era a imagem viva do pavor, terror e desgosto consigo mesmo e ela somente observava impávida e frustrada, porque sabia que não podia fazer mais nada por ele, além do que fizera. Talvez á muito tempo atrás, ela devesse ter sido menos passiva e agido mais, mas já não era tempo de lamentos, esse chegaria,nesse momento,  era tempo de decisões.

Olhara para trás, olhando para seu marido, que tinha um olhar cansado, cheio de olheiras e macilento, parecia doente, nada restara do seu antigo orgulho e arrogância, era um homem cheio de medos e incertezas.

Com esse pensamento firme, abrira as portas da mansão , deparando-se ainda com vestígios de coisas de comensais espalhados por ali, seu olhar recairá sob um colete de couro preto, que ela sabia a quem pertencia e um nó formara-se em sua garganta.

Ela ainda tinha muito que processar, mas precisava decidir que fazer em diante. Tudo havia mudado em pouco tempo.

—Draco,suba que já irei ter com você, meu filho…preciso…ter uma conversa com seu pai…

Draco limitara-se a assentir, soltando a mão da mãe, subindo em silêncio, para seu quarto, Lucius e Narcisa olhavam o trajeto do seu primogénito, com um nó dobrado na garganta. O que eles haviam feito?

—Cissy…

—O que nos aconteceu, Lucius?

—Não sei o que dizer…

—Primeira vez na vida que não sabes o que dizer…- Ela engolira em seco, contendo a sua vontade de chorar, não era tempo disso, era tempo de reagir.- Eu confiei que estavas fazendo o certo…o nosso filho quase morre…nosso único filho, Lucius…

Lucius ouvia as palavras de sua esposa e a cada palavra pronunciada com tamanha angústia e sofrimento, ele sentia-se ainda mais dilacerado de lhe causar tamanha dor.  Deslocara-se perto da sua mesa que continha whisky do mais variado e pegara uma bebida, não realmente bebendo-a, somente tinha-a em suas mãos.

Ele não tinha resposta, ele não tinha explicação, simplesmente tudo fugira-lhe de controle, somente ouvia-a e isso doía e fazia sangrar cada vez mais.

—Deixamos a nossa casa…entregue aos comensais, fomos capachos, Lucius…morri de medo que o Lord das Trevas te matasse a cada minuto e segundo… fui teu suporte, única coisa que eu queria este dia, era ver o nosso filho bem…no meio daquela batalha infernal…pensei muita coisa, e cheguei a uma decisão…

Fora quando sentira o cristal ser apertado conforme sua mão ia perdendo a sensibilidade, tamanha era a força que empregava segurando, ao ouvir aquelas últimas palavras.

—Preciso de distância de ti, Lucius…por um tempo…preciso respirar, pensar somente em nosso filho…- Ela aproximara-se devagar, chegando bem perto dele, mexendo em seus cabelos longos e aloirados, que estavam emaranhados e alisara-os, vendo a expressão de choque e os olhos marejados de seu amado.- E quando reencontrares o homem por quem me apaixonei e casei…volta a vir falar comigo…

E acabando de dar essa sentença, Lucius observava sem reacção, sua esposa subir as escadas na direcção dos aposentos, ele simplesmente sentira-se sem chão e sem rumo. Como ele iria viver sem Narcisa e sem seu filho? Como se reerguer novamente?

Sairá de sua mansão, aparatando para um local conhecido seu, uma ilha que não era detetada nem pelos muggles e nem pelos feiticeiros, era conhecida somente por ele e por sua família sendo que passara de gerações em gerações na família, ai ficara em silêncio, pensando no que poderia fazer para reencontrar o homem que ela orgulhava-se. E surgira-lhe uma ideia.

E os tempos passaram, Narcisa comprovara que Lucius mantivera-se fiel á sua promessa, somente mandando cartas para o filho, que primeiramente não respondia, mas convencera-o a responder com o tempo e estava encaminhando bem, os dois.

Quanto a ela, estava-lhe fazendo bem, apesar de que ela sentia saudades dele, mas realmente ela necessitava esse tempo, precisava pensar em si e em como se reerguer das cinzas.

Havia sido muito o que perdera naquela guerra, bem mais do que seu orgulho e dignidade. Havia perdido sua irmã, podia ser louca, cruel e sanguinária, mas ainda era sua irmã. Sua sobrinha Nymphadora, que nem havia conhecido, mas que sentira sua morte…e entre tantos outros que só de lembrar encolhia-lhe o coração.

Seu filho havia-o convencido a pelo menos fazer as provas necessárias respeitantes ao seu sétimo ano de Hogwarts, mesmo que não tenha voltado á escola por muito que ela e a directora McGonagall tenham insistido.

Ele revelara enorme gosto pela Medibruxaria, ao que agradecia aos céus que ele tenha encontrado um rumo na vida e não tenha ficado na recriminação, na inércia tão jovem. E mais feliz estava de que Draco havia conhecido uma jovem que fora um dos casos que ele estudava no seu curso, conforme ficava de plantão no Hospital, Astoria Greengrass. Estava apaixonado e isso a deixava imensamente feliz.

Mas ainda faltava algo, que ela não soubera ainda identificar, ou talvez ela ignora-se veemente para não sofrer, era uma possibilidade. Ela sentia muitas saudades dele.

Um característico som de aparatar fora escutado por si, quando ela virara, com um leve sorriso melancólico.

—Filho…és..- Mas ao ver quem era, o espanto fizera-se presente, seguido de um olhar triste. – Lucius…

—Cissy…

Ela não pudera evitar um suspiro, ao olhá-lo, impecável, bem vestido, com seu longo cabelo bem arrumado e amarrado com uma leve fita preta, seu sorriso era deveras triste e esticara-lhe a mão, ao que ela olhara para a sua mão e voltara seu olhar para seu rosto.

—Que estas a fazer aqui, Lucius?

—Cumprindo minha promessa…

—Como?

—Reencontrando o homem por quem te apaixonaste, Cissy…vem comigo…- Ela sentira-se inclinada a recusar, mas ao olhar nos olhos azulados de seu marido, que com aquele sorriso e com o Sol batendo em seus olhos, fazia seu olhar ter reflexos cristalinos. Ela simplesmente segurara a sua mão sem pensar muito mais, ao que ele alargara seu sorriso, aparatando com ela.

E quando vira o lugar que havia chegado, abrira a boca, tapando-a em seguida com a sua mão, engolindo em seco, voltando seu olhar a Lucius.

—Como?

—Construi eu mesmo…com auxilio de varinha, mas foi…

Era um cottage feito de pedra, bem branco e creme, sem cores escuras e sombrias como a Mansão Malfoy era, bem de frente daquela ilha paradisíaca, tinha ao seu redor um jardim bem conservado, repleto de flores que ela amava e por perto, estavam uma revoada de aves em especial que ela amava, pavões albinos.

—Pavões Albinos…

—Tinha um quando nos conhecemos, ficaste encantada com eles…desde então ,nunca mais quis que deixasses de olhar para nenhum…

Narcisa sorrira de leve, olhando mais de perto, sentira a mão de Lucius não a deixando ir, ao que ficara no mesmo lugar.

—Vem viver comigo aqui, Cissy…

Ela voltara-se para ele, franzindo o cenho.

—Durante o dia, podemos fazer o que desejares…mas de noite, quero que vivamos aqui ou outras alturas do dia…quero que esta seja nossa nova casa, para construirmos novas memórias, novas recordações…

Narcisa sentira algo molhado percorrer seu rosto, ao que Lucius limpara de seu rosto, notando que eram lágrimas.

—Concordo... Lucius…

Aproveitando que tinha sua mão segurando-a, puxara-a de encontro a si, beijando-a com toda a saudade que sentia em seu interior.

—Eu te amo,Narcisa…lamento…- Ela colocara um dedo sob seus lábios, calando-o.

—É tempo de novas memórias…não de lamentos…eu também te amo, Lucius…

Ainda tinha o julgamento no Ministério,muito provavelmente aquela felicidade não duraria para sempre, ela também sabia, mas eles estavam juntos fosse para o que fosse, porque o amor que sentiam tinha sobrevivido ás piores provações. Aquele era o primeiro dia do recomeço dos dois. 

Pensava que tinha sido aquele dia em que ela o expulsara de sua vida, o primeiro dia do fim, mas havia sido o impulso para um novo recomeço e por Merlin, ele não falharia novamente.

THE END

 


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Notas finais do capítulo



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