Conversation Enlightening escrita por Perry


Capítulo 1
O Grande Deus e Gabe




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/733960/chapter/1

Castiel se encontrava completamente confuso, por isso estava ali, naquela capela, a menos movimentada e mais antiga que pôde achar em pouquíssimo tempo, precisava desabafar, e rápido. Ele sabia que poderia conversar com Deus em qualquer lugar, mas sentia que precisava fazer isso em particular e em um local propriamente criado pra isso, além do fato que gostava de visitar lugares que tiveram contato com uma grande quantidade de fé, a energia nesses lugares era quase palpável e ele tomava aquilo como um incentivo. Se Deus fez o que era considerado impossível pelos humanos, poderia lhe ajudar a entender tudo. Apesar d’Ele viver aparecendo e desaparecendo por aí, Castiel tinha fé, ansiava que Deus o respondesse, suas dúvidas consumiam seus pensamentos em quase todo seu tempo livre.
Assim que pôs os joelhos ao chão começou a falar:
—Pai, eu sei que o senhor está ai, eu preciso da tua orientação, do teu entendimento, da tua visão sobre as coisas. São os sentimentos de novo Pai, sempre me confundindo, me fazendo repensar os valores de certo e errado. Dean está no olho desse furacão, eu tenho questões, mas não alguém para respondê-las. Sinto que esse não é um assunto abertamente tratado entre os humanos e tenho medo de parecer bob...
O monólogo do anjo foi interrompido por um barulho parecido com pequenos sinos, algo mais majestoso que o velho farfalhar das assas de um anjo. Castiel não teria sequer notado se o lugar não estivesse completamente silencioso. Manuseou sua cabeça para olhar sob seu ombro para encontrar Chuck sentado em um banco atrás do seu, de braços cruzados e um sorriso de lado em seu rosto. Era meio cômico saber que Deus era ele, sua casca não tinha nada demais, nada que indicasse poder ou sabedoria, parecia apenas um homem comum de idade mediana.
—Chamou? –Agora sorria mostrando seus dentes.
—Pai! –Castiel se levantou e foi se sentar no banco de trás, do lado daquele homem aparentemente normal –Eu sentia que o Senhor me responderia, mas nem de perto imaginei que viria até aqui só pra isso.
—Bem, eu precisava vir depois de uma oração dessas, aliás, bela escolha de lugar, poderoso e belo. Não conte por ai para os outros anjos, mas você e Gabriel são os meus anjos preferidos por agora.
—Espera... GABRIEL? –Aquilo fez o coração do anjo acelerar, estaria o seu irmão realmente vivo?
—Bom, não deveria ser eu a te contar, mas eu trouxe o Gabriel de volta, o mundo não era mais o mesmo sem seu sarcasmo. –Parou apenas para rir e continuou –Ele queria vir logo lhe encontrar e os irmãos Winchester, acho que apesar de ser daquele jeito meio maluco, acredito que ele realmente gostou daqueles caras, parece que é mal de anjo que passa tempo demais com eles... Disse para seu irmão que logo depois da nossa conversa você poderia vê-lo, então vamos logo com isso. Conte-me logo sobre suas dúvidas.
Castiel ficou nervoso, falar sobre isso em oração era uma coisa, agora falar frente a frente com Deus era algo completamente diferente.
—É... Por que o amor é tão complicado? –Expôs a primeira e começo das dúvidas.
—O amor não é confuso filho, as pessoas que complicam. O amor é algo puro e simples, está presente desde que o mundo é mundo. Você pode encontrá-lo em grandes ações desde as pequenas coisas. Em um beijo na testa, na preocupação e até mesmo em um olhar. –Chuck olhou-o sugestivamente - Pode até tentar escondê-lo, mas qualquer pessoa que olhar com atenção conseguirá vê-lo.
—O Senhor falou das pequenas coisas, mas e as grandes? Os jornais estão todos os dias cheios de notícias de pessoas apaixonadas matando o parceiro ou alguém em nome do amor. Como o amor pode ser corrupto e sujo desse jeito? Como ele pode mudar tanto?
—As pessoas por aqui tem mania de confundir o amor e a obsessão, ficam completamente obsessivas com alguém e chamam isso de amor. O amor não priva muito pelo contrário, o amor liberta. Eu não criei a obsessão, isso foi algo que os próprios humanos criaram, uma das invenções mais sujas se quer saber minha opinião. Próxima pergunta? -Indagou Chuck piscando calmamente seus olhos, como se tivesse todo o tempo do mundo para ouvir as dúvidas do anjo, e talvez até tivesse.
—Por que em alguns casos ele é... Errado? -Castiel não encarava seu Pai, como se fosse errado fazer aquela pergunta, mas não tinha motivo para ficar constrangido naquela situação, ele era apenas uma criança com dúvidas.
—Castiel, olha pra mim. -Deus parou de falar até o anjo obedecer a sua ordem-Amar nunca deve ser considerado errado, entendeu? Nunca! -Sua cara era impassível.
—Mas... Mas mesmo em casos de... De homens com homens e mulheres com mulheres? Pessoas do mesmo sexo se relacionando... -Dava pra notar que a dúvida daquele homem inocente era verdadeira.
—Sim, toda forma de amor é valida minha criança, achei que já estivesse claro. Eu sou a favor, na verdade, eu criei tudo por amor, então por que repreenderia uma forma entre várias? -Deus lançava um sorriso acolhedor para Castiel.
—Mas Pai, - Castiel olhava confuso para o chão, como se tentasse achar as palavras certas para tratar sobre isso - o Senhor mesmo disse há alguns milênios para aquele humano colocar em seu livro que dois homens juntos são abominação e...
—Posso te confessar algo Castiel? -Chuck interrompeu Castiel e ficou calado até receber a confirmação do anjo-Estou cansado das pessoas distorcerem minhas palavras, mas eu também deveria esperar isso de um humano com convicções tão fortes, isso foi erro meu... Eu nunca disse isso, a minha fala original dizia que eu criei o homem e a mulher para ficarem juntos inicialmente, que eu não imaginava que com o livre arbítrio eles encontrariam essa maneira de amar, mas de forma alguma eu os recrimino.
Castiel ficou calado, tinha uma história há muito tempo rondando sua mente, desde que escutara a primeira vez ficara curioso para perguntar para um de seus irmãos mais velhos, mas nunca de fato fizera.
—Pode perguntar o que está te incomodando, vai.
—Se o Senhor aprova mesmo toda forma de amor, por que relacionamentos entre anjos e humanos são proibidos? -O olhar do anjo era intenso sob seu Pai, claramente ele estava ansioso pela resposta - Digo, eu já ouvi falar do caso da Akriel e as dezenas que vieram depois dele...
—Primeiro me pergunta sobre amor de pessoas do mesmo sexo e depois sobre o amor de anjos e humanos, há algo que você queira me contar, pequeno Cass? O sorriso de Chuck era quase zombeteiro.
—O que o Senhor está insinuando? -O coração do anjo pulou umas três batidas, ele tinha noção do que seu pai falava.
—Descubra sozinho, minha criança inocente... Mas voltando, como sabia que Akriel é o primeiro caso de amor entre humanos e anjos? Você ainda não tinha sido criado e... Ah, Gabe, ele sempre foi uma criança linguaruda.
—Por que mandaste matá-la mesmo depois dela ter ido falar com o Senhor? -Havia dor nos olhos dele, como se tivesse realmente conhecido e convivido com ela.
—É isso que você realmente acredita? -Ouve uma pausa e Chuck pôde ver as dúvidas nos olhos do outro - Eu não mandei matá-la, ela veio falar comigo um pouco antes de ser morta e pude ver como ela estava feliz, por isso aprovei sua relação. Ela não sabia, mas já naquele momento havia uma criança se formando em seu ventre. Akriel já estava pronta para se juntar com seu grande amor humano, Aidan. A parte que os anjos esquecem é que Hamaliel estava apaixonado por sua melhor amiga, Akriel. Ele ficou totalmente transtornado quando descobriu os planos de Akriel de se juntar a Aidan e que eu não me expus a isso. Depois da nossa conversa Hamaliel foi atrás dela para tentar convence-la do contrário e quando não conseguiu perdeu o controle e a matou. Quando perguntado o porquê, o mesmo disse que fui eu que mandei, o que é uma completa calunia. A única conversa que tive com Hamaliel sobre esse tipo de amor eu expus minha preocupação que isso interferisse no desempenho dos trabalhos dos anjos, mas nunca fui contra. O boato que surgiu no céu era que Akriel morreu porque nefilins eram estritamente proibidos. Apenas depois desse acontecimento que me privei de conversar abertamente com os anjos.
—E por que o Senhor deixou chegar a esse ponto? - O seu tom de voz beirava ao desespero - Digo, por que não desmentiu os boatos?
—Do que adiantaria? As pessoas acreditam no que querem acreditar. -Era impressionante a calma com que Deus falava sobre a vez que foi mal interpretado e injustiçado - Não foi a primeira e nem será a última vez Castiel, relaxa. Mas voltando, estou me perguntando como é possível você ainda ter tantas dúvidas sobre o amor?
—Todo ser tem dúvidas Pai. -Castiel ficou desconcertado.
—Sim, mas eu achei que depois de conviver com Dean Winchester você entenderia mais sobre sentimentos. -Respondeu casualmente coçando sua barba.
—Espera - o anjo parou um momento como se a informação fosse demais pra ele - O Senhor me deu a missão de cuidar de Dean propositalmente para ficarmos próximos?
—Dããã! Se eu mesmo não fosse Deus, eu invocaria meu nome agora em frente à tamanha inocência e lerdeza. Eu queria ver como você se sairia em um ambiente com aqueles dois irmãos. Confesso que achei que você se aproximaria mais de Sam, porque ele tem paciência pra explicar as coisas, principalmente pra você que é tão curioso, mas a sua conexão com o Winchester mais velho foi maior...
—Deus, o que é essa conexão? Foi o Senhor que a criou? -Seus olhos cor de safira brilhavam, mostravam curiosidade.
—Eu até poderia cria-la, mas essa de vocês é mais forte que qualquer uma que criei propositalmente. Já quanto ao que ela é a resposta sempre esteve clara, parece que apenas Dean e você não a enxergam com os olhos certos. Arrisco-me a dizer que foi a coisa mais pura que Dean criou depois que cresceu. Vou te ajudar a entender... Dean é sei melhor amigo, certo?
   O coração do anjinho acelerou com apenas a menção do nome do loiro, já estava acontecendo a um bom tempo, quando se aproximava de Dean, com qualquer contato ou quando o loiro se mostrava preocupado com ele e cuidava de seus ferimentos. Depois dessa conversa e da conversa com seu irmão Gabriel ele iria urgentemente ao hospital mais próximo ver o que havia de errado com sua casca.
Deus apenas observava como o anjo ficou depois de apenas ouvir o nome do caçador, até resolver tira-lo de seus devaneios.
—Huh? Sim? Desculpe, me distraí um pouco, mas a resposta é sim, Dean é meu melhor amigo.
—Você diria que se fosse escolher alguém que acreditaria em você, apesar das circunstâncias, mesmo que mais ninguém o fizesse você escolheria Dean?
—Bem, apesar de acha que ele ficaria muito bravo pela situação em si, no final eu sei que ele gostaria de ouvir o meu lado da história, como sempre faz, então sim, eu o escolheria.
—Você diria que é uma pessoa melhor desde que Dean entrou na sua vida?
—Observando como um todo eu sou sim uma pessoa melhor. Fiz coisas erradas? Sim, assim como ser está sujeito a fazer, mas eu consegui concertar o que fiz e tento até hoje me redimir pela vez que o poder me subiu a cabeça. Meus amigos me ajudaram a voltar ao normal. Uma coisa boa que fiz foi apresentar o livre arbítrio para os anjos, mostrar que nós também temos vontades e poderíamos segui-las.
—E por que você quis que o livre arbítrio também fosse para os anjos? –Deus sorria, aquela conversa finalmente estava indo pelo caminho que ele esperava responder desde apareceu naquele banco.
—Naomi queria que eu matasse Dean, nos últimos segundos consegui adquirir o controle novamente, mas foi por pouco que seus planos não se concretizam. Depois disso ficou inadmissível pra eu receber ordens de um anjo corrompido.
—E?
  Castiel notou naquele momento que aquele era o problema de conversar com Deus face a face, Ele sabia quando a verdade não estava sendo totalmente dita.
—Eu não queria me manter afastado de Dean... –Castiel olhava para seus sapatos enquanto suas bochechas adquiriam uma coloração rosada – E de Sam! Sam também, Dean e Sam...
   Chuck sorriu, quase gargalhou, isso fez com que Castiel afundasse tanto quanto possível no banco em que estava sentado enquanto olhava os ladrilhos da janela daquela capela, os desenhos eram lindos e claramente feitos por uma pessoa bem talentosa, mas seu irmão Miguel parecia tão diferente retratado nos desenhos, parecia alguém que Castiel gostaria de ter convivido.
—Você não vê, minha criança? Apesar do seu embaraço e de você tentar disfarçar, está óbvio que você tem um grande apreço por Dean, e é reciproco, dá pra ver que você se importa tanto com ele como ele se importa com você. Seria tudo tão mais fácil se você admitisse que o ama.
—Mas eu o amo, ele sabe, o considero minha família. –Os olhos azuis safira voltaram-se para seu Pai, confuso.
—Não desse jeito, quer dizer, até dá, mas futuramente. Eu não sei se você é realmente lerdo a esse ponto ou se está se fazendo, mas você precisa aprender a diferenciar os tipos de amor. Seu amor por Dean não é simplesmente fraternal, e eu sei que Dean já notou isso, agora só falta você. Ou você acha normal que ele te trate diferente de todos e como seu coração acelera só de ouvir o nome dele? –Chuck queria sorrir da inocência de seu filho, mas isso só o faria se fechar pra o assunto e não era isso que Ele queria, até Deus já estava cansado da enrolação de Dean e Castiel para admitirem se amarem como um casal.
Castiel ouvia tudo aquilo calado encarando um ponto fixo no chão, ouvir alguém (e deveria ser levado ainda mais em conta por esse alguém ser Deus) falando sobre Dean e ele seriamente era um pouco agoniante, estava acostumado com as pessoas fazendo piadas, assim podendo ser facilmente ignoradas pelo anjo.
—Filho - Chuck procurou o olhar de Castiel e só voltou a falar quando ele o olhou - Eu sei que o que estou falando agora só está te confundindo ainda mais, mas pense sobre isso, sério. Agora eu preciso ir.
   Falando isso desapareceu em frente aos olhos de Castiel, já que estava sozinho resolveu já era hora de deixar aquela capela para pensar e que precisava de ar fresco. Apareceu no banco de uma praça pouco movimentada já conhecida por ele. Uma vez Dean e ele passaram a tarde observando aquelas famílias e falando sobre a vida.
   Perdeu a noção de quanto tempo ficou ali, só parou pra pensar em tempo quando ouviu um farfalhar de asas e viu seu irmão Gabriel aparecer a poucos metros de distância a sua frente, o sol se punha atrás dele.


   Castiel não aguentou esperar Gabriel caminhar até ele, por isso se levantou e praticamente se jogou em seus braços, o envolvendo em um abraço caloroso. Castiel não sabia que tinha sentido tanta falta do irmão até sentir seu coração se aquecendo e como se alguma parte quebrada estivesse acabado de se juntar.
—Ei, ei! Tá tudo bem, e a não ser que você me negue doces eu não irei embora tão cedo. -O sorriso que Gabe exibia era zombeteiro, seu sorriso de costume.
—Seu, seu... Seu idiota! Como senti sua falta, apesar de ter salvado a gente, foi muito idiota o que você fez, o que você tinha na cabeça pra enfrentar Lúcifer sozinho? -Castiel tinha os braços cruzados frente ao peito.
—Qual é muleque? Eu tinha que defender meu irmãozinho, seu namorado e seu cunhado? -Falou enquanto puxava Castiel para dar um Cascudo.
—Ah, cala a boca. -Castiel se desvencilhou de Gabriel e se afastou um pouco para observar seu rosto -Tem chocolate na sua cara.
—Ah, sério? -Limpou com a mão - Sam que me deu.
—Hum -Falou arrastadamente, Gabe gostava de provocá-lo, então agora era sua vez -Sam, não é?! Gosta tanto de insinuar sobre Dean e eu mas quando você é ressuscitado a primeira coisa que faz é ir atrás de Samuel, e ele ainda te dá chocolate... -Seu tom insinuante era óbvio, ainda mais com seu sorriso largo.
—A diferença é que você estava em uma reunião com o Papai... Ele disse que você estava com algumas dúvidas, que ele precisava te ajudar a entender.E ai? Deu certo? -Perguntou se sentando no banco e fazendo Castiel repetir seu ato.
—Eu não tenho certeza, essas coisas de sentimentos ainda são bem confusas.
—É claro que são, sentimentos são assim, se procura algo estável e claro você está procurando no lugar errado. Mas por que parar pra pensar sobre isso? Está finalmente pronto pra admitir que está apaixonado pelo caçador com pinta de bad boy? -O arcanjo tinha puxado um pirulito do seu bolso e botado na boca enquanto encarava seu irmão com um sorriso de lado, quando viu que Castiel não tinha falado nada seus olhos se arregalaram - ESPERA! É isso mesmo? Meu bom Pai, finalmente, muito obrigado por atender as orações de todo mundo que conviveu mais de 5 minutos com eles, tempo suficiente pra notar a clara tensão sexual ali!
—Shiu, calma. Não é certeza. -Castiel ficou um pouco desconfortável, mas falar com seu irmão sobre isso era claramente melhor do que falar com seu Pai.
—Como assim não é certeza Castiel? Você está maluco? -Gabriel estava falando novamente alto, pelo que parece era impossível para o arcanjo conter a animação.
—Eu não tenho certeza se é, sabe... Amor. Não sei se eu o amo dessa maneira ou se vai durar, e se eu sentir, quem me garante que Dean se sente da mesma maneira?
—Você está falando sério? -Gabriel ficou encarando seu irmão, e quando esse confirmou ele continuou -Se não fosse pra durar, você não continuaria se sentindo assim mesmo com o passar dos anos. E quanto as outras questões, você tem que aprender a ser mais atento aos detalhes meu irmão, Sam me permitiu olhar sua memória para me atualizar sobre o que aconteceu enquanto eu estive fora. Seu coração acelera quando ele é citado ou se aproxima, você sempre quer ficar perto dele, isso eu pude sentir por mim mesmo já naquela época. Desistiu até de um exército por ele, você mal dormia quando ele estava andando de bares em bares com Crowley quando ele ainda obtinha a marca de Caim. Ele foi o motivo principal pra você ir contra o céu. Você só conseguiu obter controle total sob seu corpo quando Naomi te dominava para matar Dean quando você o ouviu dizer que precisava de você. Você passa tanto tempo com ele que já pegou um pouco do seu linguajar, ou você acha que eu não notei esse "idiota" quando você me recebeu? Você tentou aprender a mentir para participar das caçadas na época que Sam tentou desistir, só para acompanhar Dean. Você sempre aparece quando ele chama por você. Sei que você gosta de assisti-lo dormir, e que faz isso mais vezes do que foi pego. Dean sempre arruma sua roupa quando um botão está aberto ou quando ela está amarrotada. Você foi a primeira pessoa que o fez sentir que realmente merecia ser salvo. Dean te procurou por todo o purgatório, ele não queria ir embora e te deixar sozinho, pra ele ou iam todos ou não ia ninguém, prova disso foi como Dean ficou depois que ele saiu e achou que não tinha segurado forte o suficiente sua mão. Todo mundo que visse o rosto dele quando alguém citava seu nome poderia dizer que ele ainda esperava por você. Ele disse que não importa se você é amaldiçoado ou não quando você disse que não era boa sorte, que ele ainda te queria ao lado dele. Ele guardou seu casaco quando o encontrou no rio, mantéu limpo e com ele, sempre teve esperanças que você voltaria pra ele. Qual é Cass, o modo como ele fica preocupado quando você passa muitos dias sem aparecer, ou como sempre fica assustado com seus ferimentos e nunca revela de primeira o que fez pra você se recuperar. Dean quer sempre te proteger por mais que você seja poderoso por ser um anjo. O jeito como você fica confortável invadindo o espaço pessoal dele e como ele sempre fica envergonhado por isso. Ele fica bem chateado quando sente que você está escondendo as coisas. Eu não preciso nem falar da maneira que vocês se olham e sorriem um pro outro não é?!Qual é Castiel, você é realmente lerdo demais pra não notar tudo isso e nem se questionar!
—Droga Gabe! -Castiel gritou enquanto virava sua cabeça para o céu e fechava os olhos, a discrição não importava agora.
—A verdade dói aninho? Eu podia ter ido com calma, mas você mereceu esse choque de realidade. Você ainda têm duvidas?
—Não. -Respondeu,ainda de olhos fechados.
—E já sabe o que vai fazer a respeito disso? Se vai abrir o jogo com Dean?
—Ainda não sei.
—Tudo bem, isso deve ter sido um baque pra você. Pegue um tempo pra pensar sozinho sobre isso, agora preciso ir, falei pra Sam que só iria comprar cerveja e uma pizza de chocolate e logo voltaria, até depois, meu irmão.
   Depois disso o velho conhecido farfalhar de asas e Castiel não pôde evitar de sorrir quando percebeu que seu irmão estava fazendo o possível para permanecer perto de Sam desde que voltou, com sorte seu irmão não caminharia pelo mesmo caminho que o seu e notaria logo o que estava acontecendo.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Conversation Enlightening" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.