Ao entrar na hospedaria, Karin se deparou com Juugo sentado ao lado do balcão da recepcionista, Karin a cumprimentou e estendeu a mão para Juugo que acenou com a cabeça em direção ao canto da sala. Quando já estavam a uma boa distância do balcão, Juugo começou:
— Vai contar ao Sasuke sobre sua conversa com Naruto Uzumaki?
— Como... Como você sabe disso?
— Eu te fiz uma pergunta, responda!
— Eu... Não vou, ele pode deixar de confiar em mim se souber que eu deduzi coisas sobre ele. Mas você não estava certo em me espionar, nunca mais faça isso.
— Karin, ele é seu único parente vivo, acredite, eu sei o quanto isso o valoriza dentro de você. Mas lembre-se, ou está conosco ou está contra nós, se eu sonhar que você está nos traindo, não sobrará nada de ti para ser examinado!
— Entendi, mas tenha certeza total, não irei trair os Falcões.
— Assim espero.
Nervosa, Karin mudou de assunto:
— Onde está Sasuke?
— Na floresta treinando Suigetsu. Deixe suas sacolas no quarto e vá se juntar a eles.
— Não posso, você sabe das ordens médicas.
— Também sei que roubou uma loja de armas.
— É diferente, era uma necessidade da equipe se armar.
Juugo balançou a cabeça positivamente e fechou os olhos, para meditar, fazendo Karin suspirar em alívio. À noite, Sasuke e Suigetsu retornaram, enquanto o serviço de quarto servia a janta, Sasuke conversava com Tobi no terraço.
— Está tomando as devidas precauções para o ataque? Já elaborou os planos?
— Não, ainda não pensei em nada.
— Se prepare logo, organize o que fará com o armamento recebido da mulher e seus próprios recursos, não vá despreparado.
— Eu não irei despreparado, agora pare de meter o bedelho na minha vida.
— Tudo bem, não o incomodarei mais. Porém, não tolerarei uma nova falha no ataque ao Jinchuuriki. Entendeu?
— Ameaças e ameaças, você nunca muda, Tobi!
— ...
Desgostoso, Tobi deixou Sasuke através de um teleporte, fazendo-o sorrir maldosamente e retornar para chamar os Falcões. Depois de quinze minutos, Karin, Suigetsu, Juugo e Sasuke estavam sentados no terraço, sob a iluminação de uma lua anormalmente brilhante e um céu recheado de estrelas. Sasuke os olhou nos olhos e começou a falar:
— Confio no potencial de vocês, mas atacar uma Vila é algo além do que podem imaginar. Apenas chegar como batedores destruindo tudo nos levará a ruína. Precisaremos de uma estratégia, graças a ideia da Karin de pegar Pílulas de Soldado eu percebi que a Folha deve ter estoques de suplementos desse tipo, precisaremos descobrir onde eles estão e atacá-los primariamente.
Suigetsu perguntou:
— Como faremos isto?
Karin propôs:
— Durante a minha viagem eu encontrei dois Folhas, Naruto Uzumaki e Shikamaru Nara, por conta do meu laço de sangue com Naruto, creio que ele confie em mim. Posso tentar encontrá-lo e o usar como catapulta para me infiltrar em Konoha.
— Por que não me contou sobre seu encontro com Naruto?
Perguntou Sasuke seriamente, ao que Karin, com tranquilidade, respondeu:
— Não achei necessário, não agregaria valor à equipe. Agora sei que agrega.
— Trair a confiança da sua única família? Não posso deixar que faça algo assim. Seria injusto de minha parte causar um mal como esse à Naruto e, a você também.
— Mas...
Karin pretendia protestar, mas foi cortada por Juugo:
— Aquele Zetsu que eu encantei tem o poder de se transformar em qualquer pessoa, basta que ele capture seu chakra e poderá a replicar. Podemos fazer isso com alguém do alto da Vila da Folha.
— Muito útil, pode usar seus pássaros para descobrir onde o conselheiro Homura mora?
— Posso.
— Ele é a escolha mais adequada. Alguém a quem Danzou deverá acatar se quiser manter o nível de popularidade alto entre os Jonins.
— Farei isso assim que terminarmos essa conversa, Zetsu pode se infiltrar em lugares sem ser detectado e pegar Homura em seu próprio quarto.
— Ótimo. Isso vai nos permitir acabar com o armamento da Vila facilmente comigo atacando de longe. Com isso, menos um problema. Quanto as nossas Pílulas, só poderemos as usar em caso de necessidade, seria bom ter eles pensando que são mais fortes que nós por um tempo, pode baixar a guarda deles, especialmente Danzou, não faço ideia das habilidades dele e, provavelmente ninguém faz, nem mesmo os conselheiros. A Vila tem mais combatentes físicos, então Suigetsu terá bastante vantagem, só tome cuidado com Kakashi Hatake, ele domina o Raiton.
— Eu sei bem disso, pode confiar.
— Karin deve ir atrás dos menos habilidosos com ninjutsu e Juugo fica com o resto.
Karin logo se espantou:
— E você, quem vai enfrentar?
— Enfrentarei os mais fortes, creio que Danzou irá me manter ocupado durante a maior parte do ataque. Não sou louco de acreditar que posso vencer o Hokage com facilidade.
Todos assentiram para Sasuke que se pôs com um joelho no chão e segurou as costas da cabeça de Karin, a fazendo corar.
— O clã Yamanaka é especialista em invadir a mente das pessoas, irei colocar barreiras de proteção e armadilhas para impedir que sejam paralisados por eles ou quaisquer genjutsus possíveis. Relaxem, as armadilhas se acionarão sozinhas.
— Nada como estar preparados para tudo, não é, Sasuke?
Sasuke não respondeu ao comentário de Suigetsu e prosseguiu na criação de barreiras e armadilhas. Com a noite avançando e as estratégias montadas, Sasuke ordenou que todos se levantassem e erguessem o punho, em seguida proferiram:
— Sob a luz do luar, juramos que Konoha cairá!
Enquanto todos se recolhiam, Sasuke avisou Juugo tocando seu ombro esquerdo:
— Você sabe o quão é importante para que tenhamos sucesso, não é?
— Sei, não tenha dúvidas de que irei me empenhar ao máximo.
— Apenas queria me certificar. Qualquer novidade me avise.