Naruto - Final Alternativo escrita por João Renato


Capítulo 11
A Nossa Decisão




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Na base dos Falcões, Sasuke, que treinava com Suigetsu, foi abordado por Juugo:
— Primeira parte da missão concluída. Ninguém suspeita de nada.
— E quanto à personalidade? Danzou pode desconfiar de atitudes estranhas.
— Eu também cuidei para que Zetsu assimilasse a personalidade de Homura, não há com o que se preocupar.
— Tente conseguir fazer os suplementos serem posicionados no mesmo lugar, se tiver alguma novidade me avise. Isto fica em tuas mãos. Tudo bem para você?
— Farei o que pediu.
Suigetsu, em meio a ataques ineficazes em Sasuke, reclamou:
— Bem que eu queria ter algo para contar, todos têm funções e ideias, menos eu... Me sinto meio inútil.
Suigetsu aguardou uma resposta de Sasuke e se exaltou quando o mesmo nada disse:
— Por que com eles você é dócil e comigo me ignora?
— Sasuke o olhou profundamente nos olhos e com tranquilidade, arrematou:
— Cale-se, Suigetsu.

Juugo sentiu-se no dever de amenizar o clima e indagou Sasuke:
— O que te fez mudar de ideia sobre partimos imediatamente para a Vila da Folha?
— Fui prepotente. Meus novos poderes me fizeram esquecer que existem muitos ninjas poderosos por aí! A cada estágio que meu olho avança, percebo melhor as coisas ao meu redor.
— Que bom que percebeu a tempo.

No fim da tarde, Homura chegou à Danzou em sua sala e comentou:
— Tem certeza de que está preparado para um conflito militar?
Danzou abriu os olhos para observá-lo e ponderou:
— Confio em meus homens, estou investindo em seu treinamento.
— Mas isso não é o suficiente. Tsunade insistiu em manter os estoques de armamento espalhados pela vila, o que é uma política perigosa.
— Por que acha perigoso?
O olhar de Danzou exalava prudência.
— Porque tira nosso controle sobre o que está sendo feito com o armamento. Se um inimigo de guerra se infiltrar na Vila, poderá usufruir de nossos equipamentos às escondidas, e pior, usar os suplementos proibidos, que são escassos.
— Tem certa razão, mas, não confia em nossas defesas?
— Nenhuma defesa é infalível. E como eu disse, o inimigo pode se infiltrar na Vila de modo sorrateiro, sem o estardalhaço que Pain fez.
— Você está certo. Aliás, já pode se revelar. Acha que sou bobo? Sei o que está tentando fazer. É uma boa hora para fugir para o colo de Sasuke!
Homura riu e falou de modo descontraído:
— Eu fui seu companheiro por muito tempo Danzou, podia ser menos óbvio ao jogar verde. Um inimigo o identificaria facilmente.
— Talvez por ser você, eu tenha relaxado um pouco. Mas enfim, é melhor mesmo centralizar os depósitos, ou uma insurgência pode tentar tomar o poder.
— Que bom que assumiu, Tsunade não me ouviria e bateria o pé, falando bobagens sobre autoritarismo.
— Certamente, sua política era condescendente demais. Obrigado pelo conselho.
Homura saiu da sala, dizendo:
— Esse é o meu trabalho!
Após retornar para seu quarto, Zetsu comunicou mentalmente Juugo, que se banhava junto a Sasuke numa lagoa cristalina.
— Sasuke, acabei de conseguir que os estoques fossem centralizados. Em alguns dias já terão sido realocados.
Sasuke submergiu o corpo e o parabenizou:
— Bem mais rápido do que eu imaginei, muito bem. Os preparativos estão todos prontos. Assim que Karin estiver cem por cento atacaremos. Não deixe que ninguém descubra sobre Zetsu, ele pode nos ser útil futuramente.
— já esperava por isso, como o conselheiro não faz muita coisa é fácil mantê-lo protegido.

Dias depois, Shikamaru e Naruto retornaram a Konoha, rindo e brincando, se encaminhavam para um dos campos de treino, por onde passavam Hinata, Kiba, Shino, Sakura, Neji, Lee, Tenten, Ino e Chouji. Naruto retomou a seriedade e os perguntou:
— Onde estão indo?
De todos, apenas Hinata e Ino ficaram surpresas com o encontro, ao que Kiba respondeu:
— Estamos indo pedir ao Hokage que nos autorize a caçar Sasuke.
— Esperem...
— Naruto, sei que quer salvar Sasuke, mas não tente nos impedir. Tomamos essa decisão em conjunto e não será você que...
— Não vou tentar impedi-los, eu vou com vocês!
Naruto deixou todos surpresos com tal comentário, que deixou um silêncio anormal no ar. Neji então rompeu o silêncio:
— Você não desistiu dele, desistiu?
— Não. Mas entendi o que preciso fazer para salvá-lo.
Lee então ficou alerta e interviu:
— Não podemos pegar leve com ele.
— Não irei pegar leve. Não se preocupem, vamos com força total e o que rolar rolou.
Todos ficaram satisfeitos e seguiram caminho, com Naruto, Neji e Sakura andando na dianteira. Sakura tocou o ombro de Naruto e lhe falou carinhosamente:
— Vejo que a viagem mudou bastante a sua forma de ver as coisas. O que aconteceu?
— Nada de mais, apenas conversei com Gaara e, minha única parente viva.
— Sério? Que legal. Descobriu mais sobre seu clã?
— Descobri. Coisas que me fazem entender ainda mais o ódio de Sasuke. Inclusive, não conte a ninguém mas, tenho certeza de que Sasuke irá atacar a Vila!
— Quando?
— Não faço ideia, mas é bom estar preparada mentalmente.
— Estou preparada!
— Eu falo sério, se entrar na luta sem convicção irá nos atrapalhar. Sei o quanto gosta de Sasuke.
— Confie mais em mim, além do quê, nem gosto mais tanto assim de Sasuke. É mais uma lembrança de “primeiro amor”, entende?
— Sakura, você sabe que eu não acredito.
— Tudo bem, não vou mais tentar te convencer.
Dito isto, Sakura soltou o ombro de Naruto e voltou a olhar apenas para frente, enquanto Naruto se dirigiu a Neji:
— Hinata está pronta para uma batalha de alto nível?
— Honestamente, não sei. Ela até se esforça nos treinos, mas não vejo muito avanço.
— Então é melhor que eu fale com ela, uma convicção frágil é perigosa. Os outros estão certos do que estão fazendo?
— Estão, é apenas Hinata que se mantém insegura. Vai fazer bem a ela conversar contigo.
— Fique com a dianteira, vai mostrar que estamos organizados.
— Sei disso. Fique tranquilo.
Naruto então desacelerou até ficar ao lado de Hinata, que era a última da turma e andava um pouco mais afastada. Tocou o ombro dela e lhe falou:
— Tem certeza de que quer vir conosco em nossa empreitada? Não é apenas uma missão, é uma batalha até a morte contra um criminoso rank S.
Hinata se desvencilhou do toque e mudou de assunto:
— Naruto, sobre o que eu te disse...
— Não vamos falar sobre isso agora. A conversa sobre “nós” vai ter que esperar até que eu termine o que tenho mal resolvido com Sasuke. Você entende?
— En... Entendo. Eu... Eu quero mesmo ir, ajudar meus companheiros a lutar!
— Se não tiver convicção, não vá. E mesmo que se junte a nós, caso perceba que está em perigo, fuja. Não para se salvar, mas pra evitar que eu perca o controle. Não tem mais como me selar, se eu me transformar novamente, posso acabar destruindo muito mais do que só a Aldeia.
Naruto percebeu o tom agressivo que empregara e se desculpou:
— Não era minha intenção ser grosseiro, perdão, só que eu me importo com a Vila e, com você.
Hinata envolveu o braço de Naruto com o seu e falou brandamente:
— Você parece tão mais maduro... E mesmo assim não perdeu aquela essência... Pode ter certeza, eu farei tudo o que você quiser!
— Não precisa fazer tudo o que eu quiser, apenas o que precisa ser feito. Confie em si mesma, e tudo vai ser resolvido.
Hinata sorriu e finalmente, o grupo chegou a Sala do Hokage.


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Notas finais do capítulo

A Sakura precisava de um amigo como o Gaara pra fazer ela tomar juízo, igual o Naruto, não é mesmo?



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