Segredo de família escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 11
Super bebê


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/lEVAJ5ruEUs

https://youtu.be/lr6ii6q2maI



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P.O.V. Elijah.

Eu não poderia estar mais chocado e apavorado.

Jean nos olhava procurando respostas. Confusa.

—Mamãe. Papai. Mamãe, ajuda.

Renesmee caminhou até ela e a segurou no colo. Deu um beijo no topo da sua cabeça.

—Vai ficar tudo bem. Tá sentindo alguma coisa? Dói?

—Não. Mas, tá diferente.

—O que tá diferente?

—Eu.

—Diferente como? Sabe dizer como?

—Raiva. Muita, muita raiva.

—Raiva de que?

—Num sei.

—Tá com raiva agora?

Ela assentiu com a cabeça.

—De onde você acha que vem?

Ela apontou pra mim e disse:

—Dele. Papai sempre com raiva.

—Você tem raiva de que Elijah?

—De mim mesmo.

—Porque?

—Porque agora eu vejo que eu passei séculos me enganando. Eu precisava de alguém como você, alguém que não fosse sutil, alguém que me desse esse chacoalhão.

—Ás vezes é necessário alguém de fora para ver o que está enterrado e errado. Você devia falar com a Caroline.

—Caroline Forbes?

—Ela é psicóloga e psiquiatra. A sala dela é a segunda porta a esquerda no terceiro andar.

—Obrigado.

Eu fui falar com Caroline e ela falou que o meu problema eram as minhas memórias, era conviver com a culpa. Era que eu vivi muitos séculos na mentira, enganando a mim mesmo e a todos ao meu redor, que além das memórias o problema também era o fato de eu me odiar por ter sido tão tonto e me enganado esse tempo todo.

—Você também não é nada suave.

—Você precisa de alguém que não seja suave. Mas, em certos casos eu me sinto pisando em ovos.

—A minha ira é tamanha que eu afeto a minha filha.

—Jean é uma criança muito sensitiva. Ser telepata e no caso dela meio bruxa cobra um preço caro, ela ainda é muito pequena não consegue controlar direito. Ela sente tudo.

—Sei.

—Já tentou hipnose?

—Eu acho uma ferramenta muito útil.

—Não desse jeito. Hipnose terapêutica.

—Hipnose terapêutica?

—O seu problema está oculto no seu subconsciente e eu quero acessá-lo. Ta mais do que na hora de você abrir essa sua tenebrosa caixa de pandora e deixar a dor sair.

—Você quer me hipnotizar?

—Quero. Mas, eu não faço nada sem a autorização dos pacientes ou dos responsáveis.

—Eu quero. Você está certa. Está mais do que na hora de abrir a caixa.

Ela pegou um relógio de bolso antigo e começou a sessão.

Logo eu acordei da hipnose quando uma Caroline desesperada estalava os dedos desesperadamente.

—Elijah. Para.

Eu a estava enforcando, sufocando.

—Desculpe.

—Tudo bem. O que eu vi aqui hoje é mais que o suficiente pra deixar a pessoa traumatizada por séculos. Se a Jean viu isso... Deus, isso é terrível.

—Acha que ela viu o que quer que eu tenha enterrado?

—É possível. Mas, eu não tenho certeza.

—Não tem certeza?

—A Jean é muito poderosa, mais que a mãe dela ela produz um campo eletromagnético maciço e impenetrável. Ninguém entra na mente dela, não se ela não quiser. E o mesmo vai pra Renesmee. Acho que eu preciso de uma pausa. Continuamos amanhã.

—Amanhã?

—Se quiser ouvir a gravação da sessão você só tem que apertar o play.

Disse ela apontando para o aparelho de som.

Eu tomei coragem e apertei o play. Então, eu vi as minhas lembranças. Com o som veio a lembrança, as imagens etc.

—Eu me lembro. Foi minha culpa.

Niklaus abriu a porta.

—Não. Não foi. Foi minha, eu estava com inveja porque você tinha alguém. Eu estava com inveja porque você estava feliz, eu não pude suportar então eu matei ela. Eu me revoltei, eu pensava como ele pode estar feliz quando eu não estou. Eu sinto muito.

—Eu sinto muito também, por não ter me levantado e te defendido quando Mikael te bateu pela primeira vez.

—Ele te punha medo também, sei que punha.

—Eu ainda assim sinto muito.

—Desculpas aceitas. E eu sinto muito por usar o punhal em você, em todos vocês.

—Desculpas aceitas. Onde estão os punhais afinal?

A porta abriu e a Jean passou por ela.

—Eu sei onde tá.

—Sabe onde tá o que?

—As facas e o pote com o pó dentro. Eu sei onde tá.

—E onde tá?

—Não posso falar.

—Porque não?

—Porque a mamãe disse que eu não posso.

—A sua mãe está de posse dos punhais e das cinzas do carvalho branco?

—Não sei.

—Mas, acabou de dizer que ela está! Onde estão os punhais e as cinzas?!

Gritou Niklaus irritado e sua face mudou. Então Jean começou a chorar desesperadamente.

—Niklaus! Ela é só um bebê.

Jean saiu correndo, tropeçou e rolou escada a baixo.

—Jean! Jean, querida? Querida responda.

Logo Renesmee estava ao meu lado.

—O que aconteceu?

—Niklaus perguntou a ela aonde estavam os punhas e as cinzas do carvalho branco e ela não entendeu a pergunta, ele se irritou e ela se assustou fugiu correndo e caiu da escada.

—Elijah a cabeça dela tá sangrando!

—Vovô! Vovô!

—Eu senti o cheiro. Calma, o corte é apenas superficial.

—Porque ela está inconsciente?

—Foi a pancada. Vamos colocá-la na forja de almas e ver o que há.

—Forja de almas?

—Tecnologia alienígena.

A minha filha foi colocada na máquina e eu vi a coisa funcionar.

—O que é isso?

—É um gerador de campo quântico.

—Gerador de campo quântico?

—A máquina transfere energia molecular de um lugar pro outro. O que é isso? Isso não é da Terra, o que é?

—Não sabemos, mas ela tem uma grande quantidade de energia crescendo nela. E mesmo sendo filha de um Original e sua filha Doutora tememos que ela não sobreviverá a essa enorme quantidade de energia crescendo nela.

—E de onde vem essa energia?

—De dentro dela. Não há fonte externa, ela é a fonte.

Renesmee começou a chorar. Ela ficou desesperada.

 


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