Teen Shadowhunter escrita por Cappie


Capítulo 4
I never do what I'm told




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Estava chovendo, Stiles e eu estávamos sentados na parte de trás de uma ambulância, enquanto o xerife Stilinski nos fazia perguntas sobre o ocorrido na oficina.

— Já falei, entrei e vi o jipe em cima do cara. Só isso. - Disse Stiles olhando para suas mãos, que tremiam,  e percebi que não falaríamos para seu pai sobre o "lagarto gigante". Quando sairmos daqui, Stiles terá que me dar algumas explicações sobre o que aconteceu.

— E você, Elizabeth? Conseguiu var alguma coisa que possa nos ajudar? - Perguntou o xerife estreitando os olhos.

— Não, senhor. Eu estava o tempo todo ao lado de Stiles, só vi a mesma coisa que ele. Sinto muito. - Disse tentando parecer convincente. Stiles, você está me devendo uma.

— O que há de errado com a sua mão? - Perguntou o xerife, reparando que Stiles continuava tentando fazer sua mão parar de tremer.

— Nada. Podemos ir agora? - Perguntou Stiles balançando a mão que tremia. Balancei a cabeça em sinal de negação, o Xerife estava percebendo que havia algo errado.

— Olha, se tem algo que acham que não podem me contar... - O xerife começo a dizer, logo sendo interrompido por seu filho.

  - Você acha que estamos mentindo? - Perguntou Stiles em um tom de voz triste.

— Não, claro que não. O primeiro dia da Elizabeth aqui e já acontece uma coisa dessas. - Disse ele balançando a cabeça. - Só estou preocupado com vocês. Agora, se viram alguém fazer isso, se estão com medo que voltem para assegurar que você não falaram nada sobre isso... - Dessa vez eu interrompi o xerife, se eu deixasse Stiles continuar falando, não sairíamos daqui hoje e eu preciso de respostas.

— Sr. Stilinski, nós não vimos nada que possa ajudar na investigação. Só entramos na oficina e já encontramos tudo do jeito que está. Eu queria muito que pudéssemos ajudar, mas isso foi só o que vimos. - Falei, quase implorando para que o xerife nos deixasse ir.

—  Podemos ir agora, por favor? - Pediu Stiles sem olhar para seu pai, acredito que seja difícil para ele estar mentindo desta maneira.

—  Claro. Mas o seu jipe não... Terei que apreendê-lo. - Seu pai disse e Stiles abriu a boca pra argumentar, quando ele continuou. - Lamento, filho. Evidência.  Vejo vocês em casa. - Stiles suspirou e levou as mãos à cabeça.

— Tudo bem. Pelo menos façam lavá-lo. - Disse Stiles, enquanto seu pai se afastava de nós.

— Como nós vamos embora daqui? - Perguntei para Stiles.

— Vou ligar pra um amigo, ele busca a gente. - Disse Stiles se afastando com o telefone na mão.

Fiquei olhando o movimento dos policiais, saindo e entrando na oficina. Que diabos esta acontecendo com essa cidade? Que merda de bicho era aquele? Eu achando que só teria problemas com lobisomens.

— Voltei! Scott vem buscar a gente. - Disse Stiles se aproximando de mim.

— Você sabe que tem muita coisa pra me explicar, não sabe? - Perguntei olhando diretamente para ele. Stiles suspirou, passando as mãos pelos cabelos.

— Eu sei. Vamos só esperar sair daqui.

Mais ou menos uns dez minutos depois, um carro parou próximo de onde estávamos e Stiles fez sinal para que eu o acompanhasse até o veículo. Ele abriu a porta de trás do caro para que eu entrasse e foi para o banco do carona.

— Vocês estão bem? - Perguntou o tal do Scott.

—Estamos. - Disse Stiles, olhando pra mim em seguida. - Scott, essa é Elizabeth e Elizabeth, esse é o meu melhor amigo, Scott.

— Podem me chamar de Liza. - Disse apertando a mão de Scott e já sentindo algo estranho sobre ele. Ele não é humano.

— Você estava certo. Não é como você. Os olhos dele eram quase como... - Disse Stiles, suspirando antes de continuar - De um réptil. Mas tinha algo sobre eles.

— Como assim?- Perguntou Scott querendo saber mais sobre a tal criatura.

— Sabe quando você vê um amigo de máscara, mas tudo o que consegue ver são os olhos? E você sente que os conhece mas não sabe de quem são? - Continuou Stiles.

— Está dizendo que sabe quem é?

— Não... Mas acho que ele me conhece. -  Stiles falou, olhando apavorado para Scott.

— Espera um minuto! - Eu disse, colocando a cabeça no espaço entre o banco de Scott e Stiles. - O que você quis dizer com "Ele não é como você"? O que o Scott é afinal? E não venham me enrolar, porque eu sei que o Scott não é humano. - Scott olhou para mim com os olhos arregalados quando eu disse isso.

— Que tal a gente conversar sobre isso em casa? - Disse Stiles.

Em casa...

— Então, o Scott é um lobisomem, que foi mordido pelo tio louco do Derek, que matou o tio e agora é um alfa, que está transformando adolescentes problemáticos em lobisomens. E a Alisson é uma caçadora de lobisomens, que e sua namorada, mas vocês estão juntos escondidos. Eu entendi certo? - Perguntei, depois que eles me contaram toda a história.

— Sim, é isso mesmo. Você não vai surtar? - Perguntou Stiles sem entender a minha tranquilidade sobre o que me foi revelado.

— Por que eu surtaria? Vocês sabem o que eu sou, certo?

— Não me diga que você também é lobisomem? - Disse Stiles com os olhos arregalados.

— Não me confundam com um downworlder!

— Um down o quê? - Perguntou Stiles, balançando a cabeça freneticamente.

— Não é possível que vocês vivam no mundo das sombras, mas não saibam nada sobe ele! As runas no meu corpo, não significam nada pra vocês? - Perguntei apontando para o meu braço.

— Essas tatuagens? Significam que você é de alguma gangue?- Perguntou Scott, ainda sem entender.

— Eu sou uma shadowhunter! - disse com orgulho e eles continuaram olhando pra minha cara sem entender nada. Suspirei e comecei a explicar.

— Shadowhunters, também conhecidos com Nephilim, são uma raça secreta de nascidos com sangue de anjo. São designados para combater as forças demoníacas, manter o mundo das sombras escondido dos mundanos e proteger os habitantes dos dois mundos, sejam humanos, shadowhunters ou downworlders. Essas runas no meu corpo são o que dá aos Shadowhunters suas habilidades de batalha. - Terminei de falar e ambos me olhavam boquiabertos.

— Mas o que você veio fazer aqui em Beacon Hills, especificamente? - Perguntou Scott desconfiado.

— Eu fui enviada em uma missão para descobrir a origem das atividades licantropes nesta cidade. Mas como eu nunca faço o que mandam e aparentemente temos um problema muito mais importante pra resolver. Voltando ao nosso problema, o que era aquele réptil gigante?

— É isso que estamos tentando descobrir. - Disse Scott.


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