For All My Days escrita por Jeniffer Mello


Capítulo 2
Grace


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, ta ai mais um pra vocês, espero que gostem.
Ghosts apareçam haha
Boa leitura!



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P.O.V. Grace
Sempre tenho aqueles dias que passo por uma crise existencial. Geralmente eles acontecem dia sim dia não.
Não tenho como especificar o motivo disso, por que já é tão natural, que se demora a acontecer eu estranho.
Eu sempre tive a fama de gêmea má, sempre mesmo, desde que eu era pequena, e por que? Sei lá.
Enfim, não me importo. As vezes faço coisas que me fazem merecer o título.
Ser híbrida, morar com vampiros e namorar um humano. Bem louco, mas é isso que dá um Up na minha vida. No colégio, a maioria pensa que somos todos uma linda e feliz família, rica e fodona, de classe alta, e tals. E somos mesmo, com exceção de um no meu caso. Feliz.
Não sou completamente infeliz e deprimente, mas não posso dizer que amo a vida que tenho. Afinal de que adianta, ter casa, carro, dinheiro pra dar e vender, quando não se pode usufruir do último, e pior ainda, não se tem amor das pessoas que lhe "deram a vida"?
Quando digo que não posso usufruir do dinheiro, é por que, de todos nós, eu sou a única que é completamente controlada no tópico "gastar". Acho que é uma forma de castigo não sei. E por isso é que eu não tenho tudo o que eu quero, como a Maggie. Maggie não sabe o que é ouvir um não. E sabe, acho que não é possível ela nunca ter feito algo errado, qualquer coisa, por mais insignificante que fosse. Ou fez e eles a acobertaram, aliás, Maggie é a boa samaritana.
Os probleminhas que enfrento diariamente não são tão graves, coisas do tipo discutir com a Bella, ou com o Dylan. Com meus pais não é todo dia, eu evito até manter contato, e quando acontece não dura nada, e eles sempre tiram algo de mim, mas só pelo resto do dia, tipo o celular ou o fone mesmo, que eles sabem que não vivo sem.
Eles tem um esteriótipo meu na cabeça deles. Todos eles me descrevem da mesma forma: grossa, ignorante, anti-social (o que é verdade), "dark trevosa", tímida, psicótica e assim vai. Colocando isso tudo numa só palavra: depressiva.
Uma coisa que me incomoda, do meu recente passado, é que eu com apenas 3 anos, aparentamente ser uma criança nos seus 6 anos de idade, já ia atrás de coisas para saciar minha dor, e infelizmente eu encontrei a pior delas. Eu comecei a me cortar. Sim, uma menininha inocente e perdida na vida. Me lembro de ter visto algo no YouTube (o que eu usava diariamente como distração, e ainda uso), vídeos de adolescentes fazendo isso, não sabia o por que, mas me lembro de me sentir bem só de olhá-los praticando tal ato. Então experimentei, e ninguém via. O único que sabia naqueles dias era Edward, não havia como esconder dele.
Só parei depois que conheci Riley. E sabe quando a vida dá aquela guinada? Então, foi isso que aconteceu. Não logo de cara, mas nossa, me lembro de como me sentia no começo, era uma sensação diferente da que sinto agora, mas era boa.
Quando conheci Riley Langdon, eu estava completamente necessitada de atenção.
Não importava se estava frio ou calor, chovendo ou um sol de rachar, eu, sempre que me sentia mal, mas mal ao extremo, ao ponto de querer me isolar de todos, eu ia até a praça que ficava na esquina de casa, e me sentava no banco do coreto. E ficava lá, sozinha, pensando ou simplesmente esvaziando a mente.
Em um desses dias, estava frio, era inverno e minha mãe brigou comigo. Não me lembro o por que, e nem gostaria, mas eu sai de casa e fui até a praça.
Quando eu estava chegando perto, reparei que já havia alguém no banco em que eu costumava sentar, porém não me importei e fui até lá me sentar.
E foi aí que tudo começou.
Aquele garoto, na época nos seus 14 anos, falou comigo, com uma criança carente e aparentemente triste. Perguntou como eu estava, meu nome, quantos anos eu tinha, e o principal, foi educado e atencioso do início ao fim. Em momento algum tive medo dele, mesmo ele estando vestido de preto e com o cabelo loiro em cachichos no rosto, balançando com o vento.
No dia seguinte ele voltou. E eu gostei disso. Começamos a conversar e ele virou meu amigo. Ele me convidou para fazer lanche com ele, fomos passear várias vezes. Ele cuidava de mim como se eu fosse sua irmã mais nova.
Em um desses dias, Emmett foi me buscar na praça, e conheceu Riley, e sim, eles viraram amigos. Emm o convidou para ir lá em casa e o apresentou para todos. A partir daí, ele começou a frequentar nossa casa.
O dia que ele viu meus braços cortados, ele teve uma reação contrária da que eu esperava. Me xingar talvez, brigar comigo por eu estar fazendo aquilo comigo mesma, mas não. Ele chorou, e pediu que pelo amor de Deus eu parece com aquilo. E então, desde aquele dia, nunca mais me cortei, mesmo sentindo vontade as vezes.
Poucos meses depois, não tendo como esconder nosso crescimento instantâneo, meus pais, com o consentimento de todos os membros da casa, contaram-lhe a verdade, o fazendo jurar de todas as formas guardar segredo do que descobrirá, jurando até pela minha vida.
Fomos crescendo juntos, e a amizade virou amor, e muito amor. Eu precisava dele, ele precisava de mim, e aqui estamos agora, morando debaixo do mesmo teto. Doido né?
Mas, no meio a tudo isso, tenho uma dúvida, e essa pessoa sabe disso: por que Edward tendo total consiência do que se passava comigo, nunca fez nada para me ajudar?
Mas evito pensar nisso, por conta das paranóias que eu crio na cabeça.
Eu só tenho um objetivo. Ele inclui Riley, meus pais e cada elemento dessa casa. Só me resta alcançá-lo. E eu vou alcançar, demore o tempo que seja necessário, eu não vou desistir.


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam.
Beijusculos...



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