A Mudança Eterna escrita por Paula Mello


Capítulo 12
Natal NA Toca




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Nos dia seguintes, a história se espalhou pelo Ministério, Hydra foi abordada diversas vezes para saber a veracidade dos fatos e se sentia cada vez pior com isso.

A Senhora Weasley que ficou sabendo pelo Senhor Weasley foi em sua casa desesperada perguntando se ela tinha sido machucada, Fred e Jorge ofereceram a Peter fazer uma visita ao homem junto com ele, até sua mãe finalmente mandara sinal de vida.

"Querida Hydra,

Fiquei sabendo que foi atacada por um homem em uma festa no Congresso dos Estados Unidos, isso é verdade minha filha? Como você está? Foi machucada? Estou pedindo providências imediatamente.

Eu aproveito para dizer que irei lhe fazer uma visita no dia depois do Natal, temos muito o que conversar.

Com amor,

Narcisa Malfoy"

— Finalmente! Uma notícia – Comentou Peter na manhã que receberam essa carta.

— Sim, mas eu vou pedir para ela não fazer nada contra o homem, você sabe que ela provavelmente vai pedir para que o matem e eu não quero isso – Disse Hydra respondendo a coruja nervosamente.

Conforme o Natal foi chegando, o assunto foi morrendo para a alegria de Hydra.

Em sua casa, Peter levou um lindo pinheiro que ela decorou para o seu primeiro Natal com o marido, também mantinha a lareira quase sempre acesa, com o frio de Dezembro e morando na frente do mar, sua casa era quase congelante a maior parte do tempo.

Hydra e Peter foram convidados para passar o Natal junto com os Macmillans na casa dos Weasleys e aceitou com prazer.

— Eu pensei em passarmos aqui o Natal – Disse Peter brincando com Lacerta que ronronava em seu colo – Mas mamãe está meio triste porque Jeniffer vai passar com os Shafiqs esse ano, com o casamento se aproximando e tudo mais... Bem, ela ficou feliz com o convite da Sra Weasley, achei que você também ficaria.

— Eu fico, eu preciso mesmo ver como andam os negócios com o Fred e o Jorge, eu fiz algumas poções que preciso entregar também – Disse Hydra colocando os enfeites no pinheiro acenando com a varinha, ela também decorara o exterior da casa com pisca-pisca. - Eu fico pensando, como será o Natal que vem? Será que poderemos todos nos reunir?

— E por que não iriamos? – Perguntou Peter que era difícil de ouvir com Lacerta ronronando cada vez mais alto.

— Porque Você-sabe-quem está cada vez conseguindo mais seguidores, nós vemos no jornal todos os dias e se algo acontecer?

— Vamos pensar no melhor e não no pior Hydra – Disse Peter.

Hydra trabalhou até tarde no Ministério nos dias antes do Natal, assim como Peter no St Mungo's, ele teve que pegar muitos plantões para conseguir folga no Natal, os dois quase não se viram.

No dia de Natal, Hydra e Peter seguiram com seus muitos presentes para a Toca, estava cheia com convidados e muito alegre, a sala dos Weasleys que estava exageradamente decorada, abrigava os convidados que conversavam alegremente.

Todos deviam estar ouvindo o programa de Natal apresentado pela cantora favorita da sra. Weasley, Celestina Warbeck, cuja voz saía tremida de um grande rádio com a caixa de madeira. Fleur, que aparentemente achava Celestina muito chata, falava tão alto a um canto que a sra. Weasley, aborrecida, a toda hora apontava a varinha para o botão do volume, fazendo com que Celestina berrasse cada vez mais.

— Ela ainda vai agredir a Fleur desse jeito, não vai? – Disse Hydra baixinho, brincando para os gêmeos.

Fred, Jorge, Hydra e Gina começaram um jogo de Snaps explosivos enquanto as músicas tocavam alto no rádio.

"Ah, vem mexer o meu caldeirão,

E se mexer como deve ser

Faço procê um amor quente e forte

Para sua noite aquecer."

— Dançamos ao som dessa música quando tínhamos dezoito anos! – exclamou a sra. Weasley, enxugando os olhos no seu tricô. – Você lembra, Arthur?

— Hum? – respondeu o sr. Weasley, que estivera cochilando enquanto descascava uma tangerina. – Ah, sim... uma canção maravilhosa...

Hydra achava a música muito chata, mas não falava nada ao contrário de Fleur.

Celestina terminou a canção com uma nota muito longa e aguda, e ouviram-se estrondosos aplausos no rádio aos quais a sra. Weasley fez um coro entusiamado.

— Terrminô? – perguntou Fleur em voz alta. – Grraças a Dês qu' cois horrro...

— Vamos tomar mais uma para encerrar? – ofereceu o sr. Weasley também em voz alta, levantando-se, ligeiro. – Quem aceita uma gemada?

Pouco depois, Fleur resolveu imitar Celestina cantando "Um caldeirão cheio de amor quente e forte", que todos entenderam, ao ver a expressão da sra. Weasley como uma deixa para se retirarem.

— Vocês voltam amanhã para o almoço? – Perguntou a Sra Weasley para Peter e Hydra.

— Sim, é o que queremos – Respondeu Hdyra abraçando a Sra Weasley na hora de ir embora.

— Fleur, tenta manerar um pouco – Disse Hydra em Francês para a amiga quando se despediu.

— Com o que, Hydra?

— Para de fazer graça com a cantora preferida da sua futura sogra, é sério! – Disse Hydra nervosa.

— A Hydra, não é nada demais, a música era chata mesmo.

— Eu sei, mas ela gosta, tenta agradar, não custa nada.

Fleur não gostou muito do aviso, mas agradeceu mesmo assim.

Hydra acordou no dia seguinte com muitos presentes ao redor de sua árvore de Natal.

— A Gisele enviou um presente com seu novo marido, olha a foto deles dois – Disse Hydra abrindo os doces que Gisele enviou e mostrando uma foto do pequeno casamento dos dois, onde somente os pais e algumas testemunhas presenciaram, Hydra se sentiu mal por não ter conseguido folga para visitá-la no dia, mas foi tudo muito rápido e em dia de semana, na foto, Gisele acenava com seu vestido de noiva e seu marido também acenava junto.

— Eles parecem felizes! – Disse Peter sorrindo ao ver a foto.

Peter de um lindíssimo conjunto de colar e brincos em ouro e esmeraldas para Hydra.

— Segundo o vendedor, ele tem um feitiço que deixa quem o uso ainda mais bonito, o que eu acho impossível em você, mas... – Disse Peter enquanto Hydra o abraçava e beijava em agradecimento.

— Mamãe disse que irá trazer meu presente amanhã, só mandou um cartão e o Draco mandou um porta varinha de ouro – Disse Hydra mostrando o presente para Peter.

— É bonito! – O porta varinha tinha uma uma pequena bola de puro cristal na ponta com um apoio de ouro ao seu redor, o porta varinha era todo em ouro rosê com um rubi brilhante pouco abaixo da bola e adornos de ouro bem dourado perto do rubi, como pequenas esculturas, era lindo, espetacular na verdade.

— Sim, é de família, minha avó usava uma parecida, na verdade acho ela usava essa aqui mesmo, eu não sei se vou usar...

— Eu usaria se fosse você, é realmente muito bonito – Disse Peter devolvendo o presente para ela.

A Sra Weasley enviou doces e bolos para os dois, Fred e Jorge enviou um perfume que atrai mais ainda o sexo feminino para Peter e algumas de suas últimas invenções para Hydra.

— Você só vai usar isso comigo, ou na rua também? Perguntou Hydra brincando para Peter sobre o perfume.

— Acho que foi essa a intenção, no cartão está escrito "Para animar mais ainda a lua de mel".

Hydra riu em pensar naqueles dois e suas brincadeiras.

Hydra também ganhou uma peça em cristal em forma de Unicórnio que se mexia e trotava de sua tia Andrômeda e seu tio Ted, uma veste de linho de Tonks, que geralmente dava presentes mais transados, mas Hydra entendia que ela estava muito triste, sentia muita falta de prima com quem só estava se comunicando por cartas nos últimos tempos que ela tem estado em Hogsmeade. Ganhou presentes também de Gabrielle, Desiré, Angelina, Alicia e Lino, Gina, Jeniffer, Fleur e Gui, Abbas, Sr e Sra Macmillan, Gustav e esposa e até mesmo Luna Lovegood enviou uns óculos esquisitos que serviam para ver uma criatura que Hydra nunca ouviu falar na vida junto com uma edição do Pasquim, mas iria enviar algo em agradecimento.

— Sua mãe me deu um livro junto com o presente dela, quer ver? – Disse Hydra rindo olhando o título e entregando para Peter "A bruxa moderna, como ser bruxa, mãe e trabalhadora ao mesmo tempo."

— Ela só pode estar brincando! – Disse Peter sério.

— Esquece isso, ela só está empolgada... – Disse Hydra pegando o livro.

— Ela devia estar empolgada com o casamento da Jeniffer então, não com isso, só faltam 3 meses e ela e a Sra Shafiq parece que estão preparando o evento do ano, espero que não tenha nenhum tipo de ataque no local, só isso.

— O nosso não teve – Lembrou Hydra.

— Mas você é filha de um comensal da morte, nós não, eles vão querer atacar se tiverem a oportunidade, só quero que a mamãe seja discreta, só isso.

Hydra e Peter seguiram para os Weasleys, seus pais teriam que trabalhar e não iriam encontrar com eles no dia.

— Olha que lindo – Disse a Sra Weasley, que assim como todos os Weasleys usava o novo suéter de natal (Hydra notou que Fleur não usava um) mostrando um um chapéu de bruxa novo, azul-noite, que brilhava com minúsculos diamantes estrelados, e um lindo colar de ouro – Fred e Jorge me deram, não é lindo?

— Maravilhoso Sra Weasley, parabéns pelo bom gosto meninos! – Disse Hydra cumprimentando a todos.

Rony e Harry desceram na mesma hora e a Sra Weasley mostrou para eles seu presente novo.

— Foram presentes de Fred e Jorge! Não são lindos?

— Bem, descobrimos que gostamos cada vez mais de você, mamãe, agora que temos de lavar as nossas meias – disse Jorge, com um leve aceno de mão. – Pastinaca, Remo?

Hydra e Peter se sentaram perto dos gêmeos.

— Harry, tem uma larva no seu cabelo – disse Gina alegre, debruçando-se sobre a mesa para retirá-la.

— Qu' horrrivell – exclamou Fleur, afetando um arrepio.

— É, não é, Fleur? – concordou Rony. – Molho, Fleur?

Em sua ânsia de ajudar, ele lançou o molho pelos ares; Gui fez um gesto com a varinha, e o molho pairou no ar e voltou obedientemente à molheira.

— Você é ton desastrrade quanto a Tonks – disse Fleur a Rony, quando terminou de beijar Gui para lhe agradecer. – Ela stá semprre derrrubande...

Hydra não gostou que Fleur falasse de Tonks e agradeceu mentalmente a Sra Weasley quando a interrompeu.

— Convidei a querida Tonks para vir hoje aqui – anunciou a sra. Weasley, pondo na mesa as cenouras, com desnecessária violência, e encarando Fleur. – Mas ela não aceitou. Você tem falado com ela ultimamente, Remo?

— Não, não tenho tido muito contato com ninguém – disse Lupin. – Mas Tonks tem família para visitar, não?

— Hummm. Talvez. Na realidade, tive a impressão de que estava planejando passar o Natal sozinha.

— Eu também acho que sim – Disse Hydra, a convidei para ir lá em casa mas ela não foi, estou morrendo de saudades da minha prima – Disse Hydra se sentindo um pouco mal com o pensamento de Tonks sozinha em algum lugar, a Senhora Weasley abriu para ela um grande sorriso, mas olhou para Lupin de modo irritado.

Hydra iniciou com Fred e Jorge sobre a loja quando ouviu a Sra Weasley falando alto e animada.

— Arthur! – chamou a sra. Weasley de repente. Levantara-se da cadeira; sua mão apertava o peito e tinha os olhos fixos na janela da cozinha. – Arthur... é o Percy!

— Quê?

O sr. Weasley se virou. Todos olharam depressa para a janela; Gina ficou em pé para ver melhor. De fato, era Percy Weasley, avançando pelo quintal coberto de neve, seus óculos de aros de tartaruga refletindo o sol. Não vinha, porém, sozinho.

— Arthur, ele está... está com o ministro!

Hydra se virou para ver melhor e viu Percy vindo com o Ministro, sem conseguir imaginar é claro o que o ministro fazia na casa dos Weasleys, seria mais alguma complicação com o caso do americano que a assediou e ele teve que ir atrás dela?

Antes que qualquer um pudesse dizer alguma coisa, antes que o sr. e a sra. Weasley pudessem trocar mais que um olhar surpreso, a porta dos fundos se abriu e ali estava Percy. Fez-se um momento de doloroso silêncio. Em seguida, Percy disse formalmente:

— Feliz Natal, mamãe.

— Ah, Percy! – exclamou a sra. Weasley, atirando-se em seus braços.

Rufo Scrimgeour parou à porta, apoiando-se na bengala e sorrindo, enquanto observava a comovente cena.

— Perdoem-me a intromissão – disse, quando a sra. Weasley virou-se para ele, sorrindo e enxugando as lágrimas. – Percy e eu estávamos nas vizinhanças, a trabalho, e ele não pôde resistir à tentação de passar para ver todos vocês. Hydra achou que Percy não tinha cara de quem queria aquilo de verdade, apesar da emoção tocando da Sra Weasley de vê-lo. Percy ficou parado, rígido, sem jeito, olhando por cima das cabeças de todos. O sr. Weasley, Fred e Jorge o observavam, impassíveis.

— Por favor, entre, ministro, sente! – alvoroçou-se a sra. Weasley, endireitando o chapéu. – Voma um pouco de teru ou um pouco de tudim..., quero dizer...

— Não, não, minha cara Molly – respondeu Scrimgeour - Não quero incomodar, não estaria aqui se Percy não tivesse querido tanto ver vocês...

— ... é só uma passadinha de cinco minutos, vou dar uma volta pelo quintal enquanto vocês põem a conversa em dia. Não, não, torno a afirmar que não quero ser inconveniente! Bem, alguém gostaria de me mostrar o seu encantador jardim... ah, aquele jovem já terminou, por que ele não me acompanha no passeio?

Todos olharam para Harry e para Scrimgeour, ficou claro que ele era o motivo da visita, mesmo porque ele saberia o nome de Harry e Gina, Fleur e Jorge também tinham os pratos vazios.

— Ah, eu vou – disse Harry no silêncio que se seguiu.

Lupin e o Sr Weasley pareciam querer protestar mas Harry foi mesmo assim.

— Excelente! – disse Scrimgeour, afastando-se para deixar Harry passar primeiro pela porta. – Só vamos dar uma volta pelo jardim, e então Percy e eu vamos embora. Podem continuar!

— Percy meu filho, sente, entre, coma um pouco – Disse Molly colocando Percy que parecia ainda muito incomodado na cadeira vazia deixava por Harry.

— Obrigada mãe, eu não quero comer – Disse ele.

O silêncio era perturbador.

— Então, eu contei para vocês que Percy foi um herói na MACUSA? – Disse Hydra tentando aliviar a tensão e todos a olharam enquanto ela contava a história de Percy no dia da festa na MACUSA.

— Sim, eu sabia disso, fiquei tão orgulhosa do meu Percy, sempre ajudando as mulheres, um doce! – Disse a Sra Weasley alisando seu rosto orgulhosa.

— Eu agradeço muito Percy – Disse Peter meio sem jeito.

O Clima voltou a ficar tenso, mas logo Scrimgeour voltou parecendo furioso agradecendo a hospitalidade e dizendo que ele e Percy precisavam ir, a Sra Weasley parecia arrasada quando ele foi embora.

— Você não quer ficar mais um pouquinho? Não comeu nada – Disse ela indo atrás dele.

— Não mãe, eu estou ótimo.

— Mas meu filho...

— Eu disse que estou ótimo mãe, até mais – Disse Percy de modo frio e grosso, deixando a pobra Sra Weasley quase chorando, Hydra sentiu muita raiva dele nesse momento.

Harry voltou também e contou como Scrimgeour queria que ele trabalhasse junto com o Ministério e contasse sobre os planos de Dumbledore.

— Um ridículo – Disse Lupin furioso.

— Não tem realmente mais o que fazer esse dai – Disse o Sr Weasley.

Todos foram para sala, a conversa com o tempo se tornou menos tensa, apesar da Sra Weasley ainda demonstrar grande tristeza pela partida de Percy.

— Então Raí-dra, cumu va a vide di casada? – Perguntou Fleur que estava grudada em Gui.

— Boa – Hydra observou a expressão desgostosa da Sra Weasley e aproveitou que Peter estava conversando com o Sra Weasley e decidiu completar – Mas não é fácil sempre, apesar de muito boa.

— Par vucê qui é mui jovenzin – Disse ela satisfeita, Gina deu uma risada.

— Eu sou um ano mais nova que você apenas, Fleur – Disse Hydra também querendo rir.

— Si, si, mas um an mude muita coisa.

— Provavelmente sim Fleur – Disse Hydra não querendo continuar a conversa.

— Vucês sabe, eu i Rái-dra erramos um tipu di rivaz na escola – Disse Fleur deixando Hydra incomodada e sem graça.

— Sim, você já nos falou – Disse Gina sem muita paciência.

— Nus competiam para verr quem era a minini mais buniti da escola – Disse Fleur brincando.

Gina que estava atrás dela disse somente os lábios para Hydra "Você, com certeza" o que fez Hydra rir.

— Sim, coisas bobas de adolescente – Completou Hydra.

— Eu acho vocês duas até meio parecidas – Disse Jorge.

— É o cabelo – Disseram Hydra e Fleur ao mesmo tempo, de fato as duas tinham longos cabelos lisos e claros.

— Agorr somus amigis, mas só dipois du anu qui passei im Hogúorts – Disse Fleur.

— Isso é ótimo... – Disse a Senhora Weasley sem muita emoção.

Hydra decidiu não se demorar e foi logo se despedindo para ir emboa com Peter.

— Obrigada pelas poções, Palerma – Disse Fred se despedindo dela.

— Aparece mais lá na  loja – Disse Jorge.

— Estão com saudades? – Perguntou Hydra.

— Sempre, Palerma – Respondeu Fred sorrindo.

— Nós temos que nos encontrar para discutir detalhes do meu casamento – Disse Fleur se despedindo dela em Frânces – Eu preciso da sua ajuda para pedir opinião dos detalhes, convenhamos, você é a com melhor gosto por aqui.

— Claro Fleur, podemos nos encontrar quando quiser, só não fale isso do gosto perto da Senhora Weasley, ok?

— Não sou estúpida Hydra – Disse Fleur rindo.

— Ok, faça uma visita lá em casa então, podemos conversar mais a vontade, venha com o Gui, será um prazer receber vocês.

— Até que é uma boa ideia, eu vou falar com ele e marcamos com você.

Hydra se despediu de todos na sala.

— Volte logo minha querida e obrigada pelo presente – Disse a Sra Weasley sobre o livro de receitas e a pulseira de ouro que Hydra deu para ela.

— Nos vemos no Ministério, colega de trabalho – Brincou o Sr Weasley e os gêmeos fizeram caretas divertidas.

Hydra passou o resto do dia em casa com Peter aproveitando a folga do marido.

— É estranho, parece que eu vou voltar para Hogwarts a qualquer momento e só estou passando o feriado com você – Disse Hydra deitada ao seu lado na cama com Lacerta aos seus pés.

— Eu sei, no começo é assim mesmo, depois você acostuma a não ser mais uma aluna – Peter acariciava os cabelos de Hydra que o encarava.

— Seus olhos estão mais azuis, como isso é possível?

— Genética de família, nossos olhos ficam mais azulados depois de uma certa idade, toda família do papai é assim, mas depois eles para.

— É bonito! Você todo é tão bonito... – Afirmou Hydra o beijando.

No dia seguinte, Peter teve que ir direto para um plantão e ela decidiu passar o dia em sua estufa e laboratório cuidando de suas poções, até ouvir uma voz vindo do lado de fora do jardim.

Ela se surpreendeu ao ver sua mãe parada na porta parecendo irritada, tinha esquecido que ela iria visitá-la.

— Por que eu não consigo entrar? – Perguntou Narcisa irritadíssima.

— Feitiços de proteção, só pode entrar quem for convidado, no casamento ele diminuiu mas voltou a ativa logo depois – Respondeu Hydra.

— E você vai me convidar?

— Claro mãe, pode entrar.

Narcisa olhava todo o jardim com um olhar de desprezo, Hydra a convidou para entrar em casa e sentar no sofá da sala.

— Aceita um chá? – Perguntou Hydra se sentando na poltrona do lado do sofá.

— Claro.

Hydra acenou a varinha, uma chaleira vôou da mesa da cozinha até a pia que abriu sozinha e jorrou água para dentro da chaleira, então vôou até o fogão que se acendeu.

Narcisa notou a varinha de Hydra.

— Vejo que está usando o porta varinhas da família.

— Sim, Draco me deu, achei bonito, apesar de não saber se combina comigo– Disse Hydra colocando a tampa em forma de serpente na varinha.

— Uma Malfoy sempre será uma Malfoy, apesar de negar a sua família... – Disse Narcisa meio desgostosa com as mãos apoiadas no jelho da perna cruzada.

— Você não exatamente tem respondido minhas corujas, não é mãe? – Perguntou Hydra ironicamente.

— Eu não podia Hydra, eu tinha que manter distância, eu sinto muito, mas era mais seguro assim, mas eu senti muitas saudades de você minha filha, acredite...

— Eu soube que teve uma batida lá em casa, mas é claro que existem muitos meios e lugares para aquele tipo de pessoa se esconder, longe de feitiços, eu sei bem.

— Hydra, quando você vai parar de brigar? Se você não quer se unir a nós, pelo menos pare de lutar contra, será mais seguro para você minha filha e sua família também.

— Mãe, eu não vou parar de fazer o que eu acho certo.

— Bom, algo me diz que em breve você pode mudar de ideia – Disse Narcisa com um estranho sorriso.

— O que você quer dizer com isso? – Perguntou Hydra desconfiada.

— Nada Hydra, apenas uma intuição materna, ou quem sabe apenas uma esperança...

A chaleira começou a apitar, Hydra puxou a varinha, acenou, a chaleira saiu voando e o fogo apagou, uma bandeija também vôou da mesa, um bûle, um açucareiro com cubos de açucar e uma pinça para pegá-las, dois pires e duas xícaras pousaram em cima da bandeija, assim como um bûle com leite morno, o primeiro bulê que continha ervas se abriu e a chaleira despejou água nele e uma colher vôou até o lugar e mexeu a mitura, depois a bandeja vôou até a mesa de centro da sala e Hydra guardou novamente a varinha.

— Vejo que está ficando boa com as artes domésticas – Disse Narcisa se servindo de chá.

— É só mais no chá, acredite, tem muita coisa que eu ainda não sei fazer direito de serviços domésticos.

— Bom – Disse Narcisa olhando ao redor da casa – Você não foi criada para isso.

— Para o que mãe? – Disse Hydra irritada.

— Para uma casa comum, você deveria estar em uma mansão, com todo o luxo que sempre teve parte.

— Mãe, nós não somos exatamente pobres aqui e essa casa não é nenhum tipo de barraco – Disse Hydra ainda mais irritada colocando sua xícara na mesa.

— Não, não é, é até muito bonita, confesso, mas não é nenhuma mansão Malfoy.

—Graças a Deus por isso - Disse Hydra.

— Bem, será que eu poderia usar seu banheiro? – Perguntou Narcisa se levantando.

— Claro é aquela porta...

— Não quero ofender, mas não gostei tanto do seu banheiro aqui debaixo.

— Terceira porta pela direita lá em cima mãe – Disse Hydra sem paciência revirando os olhos e Narcisa subiu.

Depois de alguns minutos, Hydra já estranhava a demora da mãe, quando Narcisa desceu parecendo bem mais sorridente do que antes.

— Até que seu segundo andar é... Bem, ele é bem bonito, não né lembrava tanto dele quanto agora.

— Obrigada mãe.

— Aqui... – Disse Narcisa se sentando novamente e entregando dois pacotes para Hydra – São seus presentes de Natal, seu e do Peter.

Hydra abriu seu presente, era um conjunto de vestes formais e chapéu azul marinho cheio de cristais brilhantes enfeitando, era realmente lindo e luxuoso.

— É maravilhoso mãe, muito obrigada! – Disse Hydra admirando o fino e elegante tecido da veste.

— A do Peter é uma veste formal também combinando, sem tantos cristais é claro, acho que todo jovem casal precisa de vestes formais.

— Eu ainda tenho as que eu tinha em casa, mas obrigada mamãe, realmente amei! - Disse Hydra passando então o presente que comprou para ela.


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