Só mais Uma Noite de Amor escrita por Miss Malfoy


Capítulo 6
Garoto precisamos de você.


Notas iniciais do capítulo

Bom, amorees da minha vida, esse é beeem cool!
Espero que estejam gostando da fic, e mesmo que tenha poucas fãs, vocês são fiéis, então agradeço muuuito por todo o apoio!!!

Amooo Vocês!


Boa Leitura.



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O meu dia escolar tinha sido melhor na quarta. As pessoas tinham começado a parar de me ameaçar, mas agora tinham adquirido o irritante habito de ficar cochichando enquanto eu passava, e apontando como se eu não pudesse ver.

Eu ainda não tinha coragem de olhar nos olhos, sempre borrados, de Briana. Ainda me sentia um inútil. Mas ela passava por mim com muita freqüência, e se demorava, tentando encontrar o que dizer, mas logo desistia e voltava a andar. Mas no almoço ela tomou coragem.

-Justin... Eu posso... Falar com você?

Olhei para o lado meio espantado, achando que era outro ataque do time de futebol, mas era só ela, me olhando daquele jeito frágil e tentandor.

-Claro.

Saímos do refeitório, acompanhados por piadinhas e vaias, e ela me levou até o corredor. Sentou-se no chão e ficou olhando fixamente para a parede em sua frente, me sentei também.

-Me desculpe. Eu não sabia que você ia ficar tão triste, na verdade terminei porque achei que eu podia ficar assim.

-Eu só não entendi ainda o que houve. Achei que estávamos bem, sabe? As festas, as transas... Não foi bom pra você?

-Hum... Olha, vou ser sincero, aquele não é meu mundo. Nunca bebi na minha vida, nunca tinha feito sexo, e aquela atenção toda, e ter você assim tão fácil... Foi rápido demais, e em overdose. Eu não consegui curtir nem um minuto, porque não entendia o que estava acontecendo.

-Aquilo estava te fazendo mal, não é?

-Muito. Mas não é que não goste de você. Na verdade... Sempre fui gamado em você. – ela deu um sorriso trêmulo. – É... Acho que foi tão rápido que perdeu a graça.

-Você é um cara legal Justin. Muito legal. Queria ser sua amiga.

-Você podia... Me contar sobre o Tyler?

Ela me olhou espantada, era óbvio que eu não devia saber sobre ele, mas não pude conter a pergunta, e nem a ansiedade por saber mais sobre ele.

-Ele... Como você... Ah. – ela fez, com compreensão. – Lance.

-É.

-Bom... Ela era incrível. Parecia muito com você. Loiro, com olhos bonitos, e um sorriso encantador. O que eu mais gostava nele era o senso de humor, ele me fisgou sabe? Como ninguém nunca tinha feito. E quando começamos a namorar, ele foi incluído nesse mundo, só que como você ele não sabia equilibrar, bebia muito, e ao invéz de ficar maleável, ele brigada comigo. E então... Naquele dia ele se foi.

Mais lágrimas cobriam  o rosto bonito dela. E eu senti um enorme aperto no peito. Não sabia o que era perder alguém que amava, e não sabia o que dizer para fazê-la sentir-se melhor, o fato era que eu precisava fazer algo para consola-la. Passei o braço por seu ombro, e ela afundou o rosto choroso em meu peito.

-Desculpe... Eu... Amava tanto ele!!! – ela falou, chorando mais ainda.

-Shiii... Vai ficar tudo bem. Aposto que onde ele estiver se arrepende de ter deixado uma garota tão incrível sozinha.

-Você foi um incrível consolo pra mim, sabia? Obrigada por me fazer cair na real.

-Você merece mais do que um nerd ruim de cama. – ela riu.

-Mas você não é ruim de cama! E, aliás, tirou F no teste de álgebra, então precisa arrumar uma desculpa melhor.

Eu sorri. Como não sorrir? Ela era simplesmente muito bonita, e uma pessoa abalada pelo destino, tão pura e boa, como água filtrada. Dei um beijinho em sua testa, e falei que era melhor voltarmos, ela concordou e fomos para o refeitório com um plano para calar a boca dos idiotas que estavam falando de nós. Além de aquilo poder fazer alguma coisa por ela e por um amigo muito próximo.

-Pronta?

-Agora ou nunca.

-Tem certeza?

-Vai amarelar agora?

-Não, não... Ok, vamos.

Abrimos a portas extensas do refeitório, e todas as cabeças se viraram para nós. Andamos calmamente, sorrindo. Briana fez um aceno para sua galera a seguir, e eles se levantaram abobados, e todos nos sentamos no lugar em que ninguém imaginaria: A minha mesa. É. A mesa dos nerds.

Briana se sentou do lado de Josh, que congelou dos pés a cabeça, e começou a conversar com ele sobre Física quântica, que ela, aliás, mandava muito bem. Eu me sentei ao lado de Jéssica, e abracei-a com força, feliz, por estarmos causando uma revolução na escola.

-Você é mais inteligente do que eu pensei. – Jéssica falou, balançando a cabeça assombrada.

-É... Eu sei.

 

 

-Tchau Justin. – Briana falou, me dando um abraço grato por tudo.

O resto da turma dela e da minha a imitou, e foram para seus respectivos carros, passar a tarde no boliche. Eu, por ordem de uma jéssica birrenta, tinha que rumar para a gravadora de não sei quem, para cantar e ver se descolava uma demo. Ótimo. Simplesmente fantástico. Mas eu tinha prometido, e eu não conseguia dizer não para ela.

Depois de dirigir mais do que o normal, chegamos em frente da tal gravadora. Talent’s Record. Era um lugar bonito, cheio de pessoas correndo e falando no celular. O piso de mármore dava a sensação de que aquele lugar era gigante, e os sofás e vasos de plantas altas só faziam minha barriga dar mais voltas.

-Ali... – ela disse, e foi me levando para um lugar onde tinha muita gente aglomerada.

Entramos no meio deles, e ela cutucou o homem que falava. Era alto, tinha o cabelo moreno e crespo, e uma barba mal-feita, os olhos cobertos pelo óculos escuro.

-Luther, que óculos são esses? – ela perguntou.

-Exagerei na noitada ontem. – ela franziu a testa.

-É, parece que você e Justin vão se dar bem. Afinal, esse é o Justin Bieber, de quem eu tinha te falado.

-Há! Muito bom te conhecer garoto, ela fala a beça de você. – senti meu rosto esquentar de leve. – Bom de qualquer jeito, eu estava falando para os calouros como seria o ‘teste’.

Eu olhei para as pessoas que ali estavam. Eram todos da minha idade, todos com cara de músicos. Cabelos coloridos, piercings, roupas diferentes, e alguns até seguravam seus instrumentos. Eu estava lá, de calça jeans e camiseta. Comecei a me sentir pior do que já estava, não conseguia escutar nenhuma palavra do que ele falava, então parei, respirei e lembrei a mim mesmo, que aquilo não era pior do que ter cantado na frente da escola inteira.

Aquilo pareceu me acalmar. E eu consegui seguir com eles para a sala de gravação. Jéssica em meus calcanhares, não parava de me dizer para ficar tranquilo.

-Estou bem. Relaxe. Se eu cantei aquela vez na frente da escola inteira, acho que posso fazer isso, não?

-É. Você ta certo. O que você vai cantar?

-Não sei... Acho que vou cantar aquela que escrevemos quando fomos pra...

-U Smile.

-O que?

-Canta U Smile. É minha preferida. Canta?

-Aquela que eu cantava na janela pra você dormir?

-É. – ela sorriu.

-Ta legal.

-Vocês são namorados?

Uma menina com cara de insolente perguntava. Tinha os cabelos muito vermelhos, e um piercing no nariz, mascava chicletes e segurava uma guitarra cor-de-rosa.

-Ah.. Não. Somos só amigos. – Jess disse por mim.

-Hum. Engraçado, você parecem muito namorados. Bom, eu sou a Hayle.

-Justin e Jéssica. – nos apresentei.

-Quem canta?

-Ele. – Jess falou, orgulhosa de mim.

-Canta o que?

-Aaah... Não sei ao certo. Só gosto de escrever, e cantar do jeito que vem na cabeça. Ela que me fez vim fazer o teste.

-Tomara que você seja bom, gostei de você. – ela falou.

-Ele é, acredite.

-Ok, silêncio agora. – Luther falou. – Vamos iniciar os testes agora. Como ainda não vão gravar nada, vão cantar aqui mesmo, para todos nós ouvirmos. Eu vou chamar seus nomes, e vocês fazem um cover, ou cantam uma criação de vocês, ok?

Todos assentimos com a cabeça.

-Hayle.

A ruiva que estava conversando conosco foi a frente, ligou a guitarra no amplificador, e começou a tocar. (http://www.youtube.com/watch?v=A63VwWz1ij0).

Incrível. Além da voz dela ser maravilhosa, ela tocava muito bem. E não sei por que, me senti incrivelmente pressionado com o talento dela. Ela terminou, e foi aplaudida por todos.

-Hum... Paul.

Um moreno de tatuagens estranhas pegou a guitarra, e foi a frente, começando a tocar um cover de She’s a Rebel, do Green Day(http://www.youtube.com/watch?v=O1raCtM3UGk). O garoto tinha mais talento na guitarra do que qualquer um fosse imaginar, porém a voz ficava escondida pelo som alto do instrumento. Ele acabou a música, e assim como Hayle, foi aplaudido.

-Jack.

Agora apareceu um outro de violão, com os cabelos mal cuidados, com uma leve cara de louco, mas de louco não tinha nada, pois sua voz, fazendo cover de Never Know do Jack Johnson(http://www.youtube.com/watch?v=vWCOY2bgEF0), era mais do que incrível.

-Justin.

Meu estômago deu um salto. Era agora, que eu mostraria meu talento inferior perto do deles. Me levantei devagar, sabia que estava sendo avaliado da cabeça aos pés, o garoto mais normal daquela sala, e fui até o banquinho que ficava no piano em frente a todos. Respirei fundo. Eu tinha que entrar no meu mundo secreto, e enfrentar aquilo mais uma vez, tinha que simplesmente entrar no mundo da minha música, a única coisa que tinha me salvado de enlouquecer por causa de minha vida turbulenta, e soltar o monstro adormecido dentro de mim.

Pensei em Jess, a olhei fundo nos olhos e comecei a tocar. Soltei as primeiras notas ainda inseguro, porém senti aquela sensaçõ de que tudo ia ficar bem, enquanto eu sonhasse e cantasse, e assim, minha voz foi fluindo por entre a letra.

(http://www.youtube.com/watch?v=xSiNYNAxHKU)

Terminei ainda olhando para ela, nossos olhos cheios de lágrimas. Eu respirei mais uma vez, tentando voltar ao meu normal, olhei para frente e vi que todos estavam boquiabertos e surpresos demais para pensar em aplaudir. Hayle tinha até deixado cair o chiclete. Me levantei meio desajeitado, e voltei para meu lugar, ainda com os olhos dos outros sobre mim.

-Ah... É... Lily. – Luther disse, com os olhos em mim.

Jess deu um jeito de escapar para onde eu estava sentado, ainda meu lacrimosa, e me deu um abraço enorme. Eu retribui, sabia que o que sentia por ela era muito forte, e eu tinha cantado aquilo exatamente pra ela. Ela me olhou, sorrindo de orelha a orelha, e disse, meio manhosa:

-Você foi incrível. Nunca te vi cantar assim.

-É porque você nunca ficou acordada até o final da música.

-Você é que pensava que eu dormia.

Eu sorri com ela.

 

-Mãe, cheguei. – avisei, jogando as chaves na mesa da sala. – Mãe?!

-Ela deve ter arrumado um bico. Vem.

Subimos para meu quarto, e fomos direto fazer lição de Química, eu estava mais do que atrasado com a matéria, por causa dos meus dias de ressaca, sem prestar a mínima atenção na aula.

-Ju...Justin?

-Mãe?

Minha mãe estava entrando no quarto, com os olhos vermelhos, e ainda lotados de lágrimas prontas para saltar. Ela ainda estava de pijamas.

-Mãe, o que houve?! – falei, correndo para seu lado.

Ela desabou em meus braços sem nem sinal de estar pronta para me dizer o que tinha acontecido. Eu me sentia em estado de alerta, abraçando ela, uma coisa realmente incomum eu estar dando amor a minha mãe, coisa que só acontecia quando eu tirava um A em algum teste. Mas ela estava ali, desabando em lágrimas.

-Mãe, o que houve? – perguntei novamente, mais assustado que antes.

-Seu... Pai... – ela disse, incapaz de continuar.

-O que foi mamãe, o que papai fez?

-Ele... Ele... ELE QUER O DIVÓRCIO! – Ela berrou, como se aquilo fizesse passar, mais só piorou.

Eu a soltei imediatamente; não devia ter feito isso, ela caiu de joelhos, com as mãos escondendo o rosto, o corpo trêmulo pelos seus soluços. Eu ainda não tinha digerido aquelas palavras. Di... Divórcio? Minha mãe e meu pai iam se separar? Caiu em mim como e uma manada de búfalos tivesse atravessado meu corpo. Não... Eles não... Não podiam...

-Mãe... Mãe a senhora esta me dizendo que você e papai vão se separar? – disse, ainda tonto.

-É o que... Ele quer...

Levantei Pattie, e a abracei mais uma vez. Aquilo não podia ser verdade. Não podia. Eu sempre tinha amado tanto meu pai, ele sempre tinha me dado tanto apoio e carinho em troca, e agora... Ele ia me deixar.

-Onde está papai?

-No... No trabalho dele... Foi direto... Pra lá...

-Eu vou até lá falar com ele.

-Não Justin, não crie mais confusão. – Jess tentou em vão me parar.

-Eu vou. Ele tem que parar com essa bobagem. Não quer se separar. Não quer.

Eu caminhei até a porta tentando me manter calma, tentando manter as insistentes lágrimas longe de mim por algum tempo.


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Notas finais do capítulo

Intenso!!!
Tomara que vocês gosteeeeeem!
E ainda tem muita coisa pra acontecer mais pra frente, e eu adianto uma coisa, o justin não vai sair muito inteiro desse passeio pra converncer seu pai!

Queria dar devidas considerações a Danii e a Juup's, porque elas sempre comentam, amo vocês demais!
Alguém ai também amou "Rich Girl" Do Justin com o Souja Boy??? PERFEITAA!

AUSHAUHS


Beijoos.



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