The Little Vampire escrita por DudaB


Capítulo 11
Bilhete


Notas iniciais do capítulo

Bem, mais um capítulo...pequeno. -.-'
Quero agradecer a sandrine-san e IsaTojer por recomendarem! Muito Obrigada!
Espero que gostem do capítulo!



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Anna’s POV

 

Acordei com minha cabeça doendo, mas isso não era muito incomum. As palavras de John ainda estavam vagando por minha mente, e provavelmente não iriam sair tão cedo dali.

 

Fiz tudo aquilo que fazia todas as manhãs, com a mesma desanimação de sempre. Tomei banho, quase morri de frio, me vesti e por fim, fui tomar café da manhã.

 

Meus pais me olhavam muito,  achei isso estranho mas não falei nada. Porque estavam me encarando? Era normal ele fazerem isso, mas só quando achavam que eu estava escondo algo. E de certa forma, eu sempre estava...

 

-Filha...Tem certeza que quer fazer essa viagem com a escola? – Ah, então era isso...

 

Meus pais tinham um sério problema em me deixar sozinha por muito tempo. Sempre que ia visitar minha avó, e ficava mais de uma semana, minha mãe me ligava de meia em meia hora, para ver se eu estava bem. Isso era irritante.

 

-Tenho sim mãe.

 

-Ah...Absoluta?- Ela fez uma cara triste enquanto colocava o café na xícara, e pega um pedaço de bolo.

 

-Absoluta!

 

Sai dali antes de ela começar a perguntar se eu tinha realmente certeza de ter certeza. Isso estava me deixando de saco cheio, tenho que dizer.

 

Peguei meus matériais da escola, e sai de casa. Estava frio, como de costume, mas o ar parecia... Pesado. Acho que era porque estava nervosa. Quem não ficaria não é mesmo?

 

Nenhum sinal do ruivo; estranho. Ele sempre estava perto da minha casa para ir comigo para a escola. Bem, pelo menos teria cerca de 10 minutos de puro silencio.

 

Dei um sorriso, e pessoas me olharam como se eu fosse completamente estranha. Mas eu era mesmo... Afinal, quem em santa consciência seria amiga de vampiros? E ainda por cima, poder sentir algo mais por um deles?

 

As aulas passaram chatas, não era pra menos. O dia na escola foi basicamente cheio de reclamações por partes dos alunos que não estavam nada felizes com o local para onde iríamos. Qual o problema de ir para um lugar cheio de mato? Tá, na verdade esse é justamente o problema...Iríamos para uma fazendo no meio do nada. Eu não gostava nenhum pouco de contado com o campo. Diziam que o ar do campo tinha um cheiro diferente, mas eu não gostava muito desse cheiro.

 

Na ultima aula percebi que ainda não havia visto o ruivo. Onde ele estava? Ele não costumava faltar as aulas, e muito menos deixar de avisar se faltaria. Eu não estava preocupada com ele, longe disso. Esta bem, talvez eu estivesse um pouco, mas eu havia me acostumado com as chatices dele!

 

Estava totalmente imersa em meus pensamentos, e só me dei conta de que tinha escrito o nome de Anthony em meu caderno quando o professor me chamou. Senti minhas bochechas corarem, e por ser muito branca isso ficava bem aparente.

 

-Quem é Anthony, Anna? – Ele perguntou.

 

Sr. Masfalter tinha o terrível hábito de fazer a maioria dos alunos passar vergonha. Ele não era nenhum pouco amado pelos estudando por dois motivos: Sua matéria;matemática, e por gritar muito. Ele tinha uma pela forma arredondada, e eu posso dizer com todo o prazer que dava muito lucro para o restaurante perto de sua casa. Seus cabelos eram perto e pareciam tingidos.

 

- B-bem..é...um...personagem! Só isso.

 

- Já...que...ele...é...só um personagem – Disse debochando de mim- Deixe para pensar nele nas aulas de literatura!

 

-S-sim... - Eu não gostava dele! E nunca iria gostar!

 

Ele voltou a falar, e eu voltei a me concentrar no nome que havia escrito. Por todo meu caderno haviam pequenos desenhos de morceguinhos, mas aquela página com o nome de Anthony me deixava...Bem, me deixava em uma confusão de sentimentos.

 

O sinal tocou, e os corredores foram enchidos pelas conversas animados dos outros alunos. Uma loira que estudava comigo, mas o que nome eu nunca me lembrava segurou minha bolsa, chamando-me a atenção.

 

-Quem é Anthony, hein Anna? – Eu conhecia aquela voz irritante em algum lugar. Ofélia.

 

-Um personagem, como eu tinha dito antes.

 

Ofélia era amada e adorada por mais ta metade da parte masculina da escola. Tinha um rosto de anjo, mas eu sabia muito bem que ela era totalmente o contrario apesar de nunca ter falada nada e nem feito nada comigo.

 

- Ah, Anna! Pode me dizer! Ele é bonito?- Ela jogou os cabelos cacheados para atrás da orelha.

 

- É só um personagem. E desculpe Ofélia, tenho que ir.

 

-Ah claro!- Ela me abraçou, e foi andando na direção oposta. Ela era até bem simpática comigo, coisa que eu estranhava.

 

Coloquei meus fones de ouvido recém comprados, e segui meu caminho. As pessoas dessa cidade passam tão rápido que não percebem como a cidade é bonita. Eu nunca tinha percebido, mas o caminho para minha casa fica mais bonito ao som de música.

 

Parei em frente ao cemitério, e pensei em fazer uma visita as minhas queridas e diferentes lápides. Algumas velhinhas estavam ali, lamentando-se pela perda de alguém. Passei por elas de cabeça baixa, e aumentei o volume da música.

 

Um ganho grudou em minha calça, e quando fui retira-lo acabei por cortar meu dedo.

 

-Ai...- Séria melhor dali para frente tomar mais cuidado.

 

Chequei em frente as lápides, olhando para todos os lados se ninguém estava ali. Elas    ( as lápides) já não me deixavam mais como antes, como o coração batendo rápido bem nada assim.

 

Coloquei minha mochila no chão, fazendo algumas folhas e ganhos estalarem dela, tirei uma caneta e um papel. Me certifiquei mais uma vez se ninguém estava por perto, e comecei a escrever.

 

 

“ Anthony,

 

Espero que todos estejam bem... Só queria dizer que, nossa viagem esta marcada para sexta que vem. É bom, que esteja lembrado da promessa que me fez!

 

Ah, eu irei passar alguns dias na casa de minha avó, se quiser me visitar por lá fique a vontade. E por favor, avise seus irmãos...

Com amor, Anna.”

 

 

 

Aquele “com amor” estava me incomodado e quando ia pegar a borracha para apagar e trocar por algo diferente quando uma mão pousou sobre meu ombro. Lá estava Vittore   ( lê-se ruivo).

 

-Olá Anna! O que faz aqui? – Ótima pergunta a dele.

 

- Ah, n-nada não... O que você faz aqui?!

 

- Meu tio é o dono da área.

 

- Ah...- Fuinha era parente dele...Fazia sentido.

 

- Que tal irmos?

 

-Claro, claro...- Pedi aos céus para que ele não percebesse as lápides em forma de coração cobertas pela grama.- Deixe-me só arrumar minhas coisas. – Aproveitei que ele olhava para outro lado, e coloquei o papel em cima da lápide de Anthony, passei os dedos de leve em seu nome gravado e sorri.

 

Levantei-me e ele fez questão de levar minha mochila, eu não disse nada, afinal ela estava pesada. Deu minha ultima olhada para atrás, pedindo para que Anthony não ligasse para o “com amor”.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Espero que tenham gostado!
Até o proximo capítulo!