Cantos da Montanha escrita por Mayhem Noyer
Cai a noite na cidade
E gradualmente as luzes se acendem
Para nos guiar pelas infinitas ruas e vielas
Para que não nos percamos na escuridão
Com o passar das noites, aprendemos a caminhar
Aprendermos a nos esconder
Sob as luzes da cidades nós sorrimos, eu sorrio
E conhecemos pessoas novas, experimentamos a felicidade
A verdade é que não conhecemos ninguém
Conhecemos os personagens que nos são apresentados
E são tantos personagens... tantas caricaturas
Que me impressiona que todos caibam em um só corpo
Em uma só mentira
Eu não acredito nos meus amigos
Mas ainda sim os amo
Eu não acredito nas declarações de amor
Mas ainda sim o amor eu declaro
Com a mais legitima sinceridade que posso
Eu vivo uma mentira, uma farsa
Eu mesmo sou uma farsa
Uma farsa tragável, uma mentira inocente
A verdade é que a dor e o amor andam juntos
Os dois lados do mesmo disfarce
Tudo o que tenho certeza é da minha própria miséria
Mesmo tendo mais do que pessoas mais felizes que eu
Tudo o que tenho certeza se resume a minha própria realidade
A minha própria mentira
A minha própria sobrevivência
E todo o resto é mera especulação barata
E ignorância social.
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