O Segredo dos Blacks escrita por Paula Mello


Capítulo 31
A Profecia DE Harry




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/733258/chapter/31

— Meu nome? – disse Harry sem entender.

Ele se aproximou e depois que leu, Hydra também se aproximou para ver.

Em letra garranchosa, havia escrita uma data há dezesseis anos, e embaixo:

S.P.T. para A.P.W.B.D.

Lorde das Trevas

e (?) Harry Potter

— Que é isso? – perguntou Rony, parecendo nervoso. – Que é que seu nome está fazendo aqui? Rony correu o olhar pelas outras etiquetas naquela prateleira.

— Eu não estou aqui – disse ele, perplexo. – Nenhum de nós está.

— Harry, acho que você não devia tocar nisso – disse Hermione, enérgica, quando o garoto esticou a mão e Hydra sentia o mesmo apesar de não falar nada.

— Por que não? – disse ele. – É alguma coisa ligada a mim, não é?

— Harry, isso é perigoso, parece que você foi atraído para cá, o Sirius não está aqui, em sinceramente acho que você não deveria tocar nisso – Disse Hydra, se sentindo responsável pelo menino naquele momento.

— Não, Harry – disse Neville repentinamente.

— Tem o meu nome nela – disse Harry.

Harry tirou a esfera da prateleira e examinou-a. Nada aconteceu.

Os outros se aproximaram mais de Harry, mirando o globo enquanto ele limpava a poeira que o recobria. Então, às costas deles, uma voz arrastada falou:

— Muito bem, Potter. Agora se vire, muito devagarzinho, e me entregue isso.

Vultos escuros surgiam de todos os lados, bloqueando o caminho dos garotos à esquerda e à direita; olhos brilhavam nas fendas dos capuzes, uma dúzia de pontas de varinhas acesas apontavam diretamente para seus corações; Gina soltou uma exclamação de horror e Hydra observou com horror quem falava com Harry.

— A mim, Potter – repetiu a voz arrastada de Lúcio Malfoy, seu pai enquanto estendia a mão, de palma para cima.

— PAI! – Gritou Hydra com voz de choro.

— Hydra, o que faz aqui? – Perguntou ele, extremamente surpreso de vê-la.

Hydra não sabia o que sentir, o choque de ver seu pai ali como um comensal da morte oficialmente era maior do que ela poderia suportar, sentiu seu corpo fraco, parecia que ia desmaiar.

— Pai... Por quê? – Dizia ela com sua voz falhando.

— Acabe com ela Lúcio – Dizia uma voz feminina.

— Fique fora disso Hydra, eu vou lidar com você depois – Disse Lúcio se voltando para Potter – de para mim – repetiu Lúcio ainda uma vez para ele.

— Onde está Sirius? – perguntou Harry.

Vários Comensais da Morte riram; uma voz estridente de mulher, no meio das figuras sombrias à esquerda de Harry, disse triunfante:

— O Lorde das Trevas sempre tem razão!

Hydra reconheceu aquela voz, aquele pesadelo, era sua tia, era Bellatrix, ela também estava ali, seu corpo se encheu de horror e raiva.

— Sempre – repetiu Malfoy suavemente. – Agora, me dê a profecia, Potter.

Eu quero saber onde está o Sirius!

— Eu quero saber onde está o Sirius! – imitou Bellatrix.

Ela e seus companheiros Comensais tinham se aproximado, e estavam a pouco mais de um metro de Harry e dos outros, Hydra olhou e viu por trás do capuz que seu tio Rodolfo Lestrange estava atrás dela.

— Vocês o pegaram – disse Harry – Ele está aqui. Eu sei que está.

— O bebezinho acordou com medo e pensou que seu sonho era realidade – disse Bellatrix, numa horrível imitação de voz de bebê.

— Você é um monstro! – Disse Hydra para a tia.

— E você uma decepção, pobre da minha irmã Narcisa, mas eu darei um jeito em você, não se preocupe, quando o tempo vier, você vai se arrepender disso amargamente...

— Não mexa com ela Bella! – Disse Lúcio com um tom de pânico leve na voz.

— Não faça nada – murmurou Harry. – Ainda não... – Hydra ouviu Harry dizer ao Rony que estava ao seu lado.

Bellatrix soltou uma gargalhada rouca.

— Vocês o ouviram? Vocês o ouviram? Dando instruções às outras crianças como se pensasse em nos enfrentar!

— Ah, você não conhece Potter como eu, Bellatrix – disse Lúcio mansamente. – Ele tem um grande fraco por heroísmos: o Lorde das Trevas conhece essa mania dele. Agora me entregue a profecia, Potter.

— Eu sei que Sirius está aqui – disse Harry, embora o pânico comprimisse seu peito e ele se sentisse incapaz de respirar direito. – Eu sei que vocês o pegaram!

Mais Comensais da Morte riram, embora Bellatrix risse mais alto que todos.

— Já está na hora de você aprender a diferença entre vida e sonho, Potter – disse Lúcio. – Agora me entregue a profecia, ou vamos começar a usar as varinhas.

— Deixe eles em paz – Gritou Hydra. Mas foi ignorada e seu tio apenas chegou mais perto dela.

— Use, então – disse Harry, erguendo a própria varinha à altura do peito. Ao fazer isso, as seis varinhas fora a dele, a dela, de Rony, Hermione, Neville, Gina e Luna se ergueram a cada lado dele.

Mas os Comensais da Morte não atacaram.

— Entregue a profecia e ninguém precisará se machucar – disse Lúcio tranquilamente.

Foi a vez de Harry rir.

— É, certo! Eu lhe entrego essa... profecia, é? E o senhor nos deixa ir embora para casa, não é mesmo? As palavras ainda não haviam acabado de sair de sua boca quando Bellatrix falou.

— Accio prof...

Harry conseguiu segurar a bola de esfera.

 – Ah, ele sabe brincar, o bebezinho Potter – disse a mulher, seus olhos desvairados encarando-o pelas fendas do capuz. – Muito bem, então...

— EU JÁ DISSE A VOCÊ, NÃO! – berrou Lúcio para a Bellatrix. – Se você quebrá- la...!

A mulher se adiantou, afastando-se dos companheiros, e tirou o capuz. Azkaban descarnara o rosto de Bellatrix Lestrange, tornando-o feio e escaveirado, mas estava vivo com um fulgor fanático e febril.

— Você precisa de mais persuasão? – disse ela, o peito arfando rápido. – Muito bem: pegue a menor – ordenou Belatriz a um Comensal da Morte. – Deixe que ele veja torturarmos a menininha. Eu faço isso.

Todos seus companheiros rodearam Gina.

— Você terá de quebrar isto se quiser atacar um de nós – disse ele a Belatrix. – Acho que o seu chefe não vai ficar muito satisfeito se você voltar sem a esfera, ou vai?

Hydra sentia o coração pulsar tão forte, se sentia fora de seu corpo, não conseguia acreditar que aquele ali era seu pai, sua tia... Seu sangue... Sempre soubera da maldade dos dois, sempre soubera que eram comensais da morte, mas nunca tinha visto de perto, era muito pior do que imaginava.

— Então – disse Harry –, afinal que profecia é essa de que estamos falando

Que profecia? – repetiu Bellatrix, o sorriso se apagando do rosto. – Você está brincando, Harry Potter.

— Não, não estou brincando – disse Harry – Por que Voldemort a quer?

Vários Comensais da Morte deixaram escapar assobios baixinho.

Você se atreve a dizer o nome dele? – sussurrou Belatrx.

— Claro – disse Harry, mantendo as mãos firmes na esfera de vidro, esperando um novo ataque para tirá-la dele. – Claro, não tenho problema algum em dizer Vol...

— Cale a boca! – gritou Belatrix. – Você se atreve a dizer o nome dele com a sua boca indigna, você se atreve a manchá-lo com a sua língua mestiça, você se atreve...

— Você sabia que ele também é mestiço? – disse imprudentemente. Hermione gemeu em sua orelha. – Voldemort? É, a mãe dele era bruxa, mas o pai era trouxa: ou será que ele andou dizendo para vocês que é sangue puro?

— ESTUPEF...

— NÃO!

Um jato de luz vermelha saíra da ponta da varinha de Belatriz Lestrange, mas Lúcio o desviou; o feitiço dele fez a bruxa bater na prateleira a menos de meio metro à esquerda de Harry e várias esferas de vidro se estilhaçaram.

Dois vultos, branco-perolados como fantasmas, fluidos como fumaça, subiram em espirais dos cacos de vidro no chão e começaram a falar; suas vozes competiam entre si, de modo que se ouviam apenas fragmentos do que diziam em meio aos gritos de Lúcio e Belatrix.

— ... no solstício virá um novo... – disse a figura de um velho barbudo.

— NÃO ATAQUEM! PRECISAMOS DA PROFECIA!

— Ele se atreveu... ele se atreve... – gritava Belatrix incoerentemente –, ele fica aí... esse mestiço imundo...

— ESPERE ATÉ TERMOS A PROFECIA! – berrou Malfoy.

— ... e não virá outro depois... – disse a figura de uma jovem.

As duas figuras que haviam irrompido das esferas partidas se dissolveram no ar. Nada restou delas ou de suas anti gasmoradas, exceto caquinhos de vidro no chão.

— O senhor não me disse o que tem de tão especial nessa profecia que devo lhe entregar – disse Harry.

Hydra sentia vontade de gritar e atacar o pai e a tia, mas esperou para ver qual era o plano de Harry.

— Não brinque conosco, Potter – falou Lúcio.

— Não estou brincando – disse Harry.

— Dumbledore nunca lhe contou que a razão de você carregar essa cicatriz estava escondida nas entranhas do Departamento de Mistérios? – caçoou Lúcio.

— Eu... quê?! – exclamou Harry. – Que tem a minha cicatriz?

— Será possível? – disse Lúcio.

— Dumbledore nunca lhe contou? – repetiu Lúcio. – Bom, isso explica por que você não veio antes, Potter, o Lorde das Trevas estava intrigado que você não viesse correndo quando ele lhe mostrou em sonho onde a profecia estava escondida. Ele pensou que a curiosidade natural o faria querer ouvir as palavras exatas...

— Quebre as prateleiras quando o Harry disser. – Gina sussurrou baixinho para Hydra.

— Pensou, é? – disse Harry e Hydra percebeu que eles estava ganhando tempo - Então ele queria que eu viesse apanhá-la, era? Por quê?

— Por que? – Malfoy parecia incredulamente deliciado. – Porque as únicas pessoas que têm permissão de retirar a profecia do Departamento de Mistérios, Potter, são aqueles de quem ela fala, como descobriu o Lorde das Trevas quando tentou usar terceiros para a roubarem por ele.

— E por que ele queria roubar uma profecia sobre mim?

— Sobre vocês dois, Potter, sobre vocês dois... você nunca se perguntou por que o Lorde das Trevas tentou matá-lo quando criança?

— Alguém fez uma profecia sobre mim e Voldemort? – falou ele calmamente, seus dedos apertando a esfera morna na mão. Não era maior do que um pomo e continuava áspera de poeira. – E ele me fez vir aqui para apanhá-la para ele? Por que não pôde vir apanhá-la pessoalmente?

Hydra aguardava ansiosa pelo sinal de Harry para quebrar a prateleira, ouvir seu pai falando estava lhe causando nauseas.

— Apanhá-la pessoalmente? – gritou Belatrix, gargalhando alucinada. – O Lorde das Trevas entrar no Ministério da Magia, quando todos estão gentilmente ignorando o seu retorno? O Lorde das Trevas se revelar aos aurores, quando no momento estão perdendo tempo com o meu querido primo?

— Então, o lorde mandou vocês fazerem o trabalho sujo para ele, foi? Como tentou obrigar Estúrgio a roubar a profecia... e Bode?

— Muito bom, Potter, muito bom... – disse Malfoy lentamente. – Mas o Lorde das Trevas sabe que você não é desprovido de in...

— AGORA! – berrou Harry.

Seis vozes diferentes, incluindo a sua (de Hydra) bradaram: "REDUCTO!" – Seis feitiços voaram em diferentes direções, e as prateleiras defronte explodiram ao serem atingidas; a enorme estrutura balançou ao mesmo tempo que cem esferas de vidros estouraram, vultos branco perolados se desdobraram no ar e flutuaram, suas vozes ecoando de um passado já morto, em meio a uma chuva de estilhaços de vidro e madeira que agora caía no chão...

— CORRAM! – berrou Harry, quando as prateleiras balançaram precariamente e mais esferas de vidro começaram a cair.

Todos berravam, havia gritos de dor e estrondo de prateleiras desabando sobre eles, ecos estranhamente fragmentados dos Videntes libertados de suas esferas...

Hydra passou correndo por Harry com os braços sob as cabeças tentando se proteger dos vidros.

— Colloportus! – exclamou Hermione, e a porta se lacrou com um estranho ruído de esmagamento.

— Onde... onde estão os outros? – ofegou Harry.

Não havia mais ninguém além deles e Neville na sala.

— Eles devem ter tomado o caminho errado! – sussurrou Hermione, o terror em seu rosto. – Escute! – murmurou Neville.

Passos e gritos ecoavam do outro lado da porta que Hermione tinha acabado de lacrar;

Hydra e Harry encostaram o ouvido à porta para escutar melhor e ouviu Lúcio berrar:

— Deixe, Nott, deixe-o aí: os ferimentos dele não significarão nada para o Lorde das Trevas diante da perda da profecia. Jugson, volte aqui, precisamos nos organizar! Vamos nos dividir em pares e fazer uma busca, e não se esqueçam, sejam gentis com Potter até termos a profecia, podem matar os outros se precisarem, exceto a minha filha, tragam ela viva até mim, ouviram? Não a machuquem, tragam ela diretamente até a mim... Belatrix, Rodolfo, vocês vão para a esquerda; Crabbe, Rabastan, para a direita... Jugson. Dolohov, pela porta em frente... Macnair e Avery, por aqui... Rookwood lá... Mulciber, venha comigo!

— Que faremos? – perguntou Hermione a Harry, tremendo dos pés à cabeça.

— Bom, para começar, não ficaremos aqui parados esperando eles nos encontrarem. Vamos nos afastar desta porta.

— Harry, eles não vão me machucar, eu posso ficar para trás e distrair eles – Disse Hydra que também tremia.

— De jeito nenhum Malfoy, vem com a gente, eles não vão lhe machucar agora, mas se for capturada, eu duvido que seu pai e Bellatrix depois não irão – Disse Harry decidido.

Hydra pensou que aquilo era bem verdade, seu pai jamais a perdoaria pela vergonha que o fez passar, mas ainda assim estaria disposta a distrair eles caso fosse necessário.

Eles correram o mais silenciosamente que puderam, passaram pelo sino fulgurante onde o minúsculo ovo incubava e desincubava, em direção à saída para a sala circular ao fundo. Estavam quase chegando quando Hydra ouviu uma coisa pesada colidir contra a porta que Hermione fechara com um feitiço.

— Afastem-se! – disse uma voz ríspida. – Alohomora!

Quando a porta se escancarou, Harry, Hermione, Hydra e Neville mergulharam embaixo de escrivaninhas. Podiam ver a barra das vestes de dois Comensais da Morte que se aproximaram, seus pés se movendo com rapidez.

— Eles podem ter corrido direto para o corredor – falou a voz rascante.

— Veja embaixo das escrivaninhas – disse outra.

Hydra estava pronta para lançar um feitiço quando ouviu a voz de Harry dizendo.

— ESTUPEFAÇA! Um jato de luz vermelha atingiu o Comensal da Morte; ele tombou para trás em cima de um relógio de pêndulo, derrubando-o; o segundo Comensal, porém, saltara para o lado para evitar o feitiço de Harry e estava apontando a própria varinha para Hermione, que se arrastava de sob a escrivaninha para poder mirar melhor.

— Avada...

Harry se atirou pelo chão e agarrou o Comensal da Morte pelos joelhos, fazendo-o cair e desviando sua pontaria.

Neville derrubou uma escrivaninha na ansiedade de ajudar; e, apontando a varinha sem mira para os dois, gritou: – EXPELLIARMUS!

As varinhas de Harry e do Comensal saíram voando de suas mãos para a entrada da Sala da Profecia; os dois se levantaram depressa e se arremessaram atrás delas, o Comensal à frente, Harry em seus calcanhares e Neville mais atrás, visivelmente horrorizado com o que fizera, Hydra também saíra de onde estava.

— Saia do caminho, Harry! – berrou Neville, claramente decidido a consertar seu erro antes que Hydra que já tinha sua varinha apontada para o comensal pudesse fazer algo.

Harry se atirou para o lado, Neville tornou a mirar e ordenou:

— ESTUPEFAÇA! O jato de luz vermelha passou por cima do ombro do Comensal da Morte e atingiu um armário de portas de vidro na parede cheio de ampulhetas de vários formatos; o armário caiu no chão e se abriu, vidros voaram para todo lado, voltou a se aprumar na parede, inteiramente restaurado, e tornou a cair, e se espatifar...

O Comensal da Morte agarrara sua varinha, caída no chão ao lado do vidro cintilante em forma de sino. Harry se abaixou atrás de outra escrivaninha quando o homem se virou; sua máscara escorregara impedindo-o de ver. Ele a arrancou com a mão livre e gritou:

— ESTUP...

— ESTUPEFAÇA – Bradaram Hydra e Hermione ao mesmo tempo, que acabara de alcançá-los. As luzes das varinhas atingiram o Comensal da Morte no meio do peito: ele se imobilizou, o braço ainda erguido, sua varinha caiu no chão com estrépito e ele desabou para trás na direção do vidro em forma de sino; O homem bater no vidro sólido e escorregar para o chão, mas, em vez disso, sua cabeça afundou para dentro do vidro como se este fosse apenas uma bolha de sabão, e ele acabou parando, esparramado de costas sobre a mesa, com a cabeça dentro do vidro cheio de vento cintilante.

— Accio varinha! – ordenou Hermione. A varinha de Harry voou de um canto escuro para a mão de Hermione, que a atirou para ele.

— Obrigado. Certo, vamos dar o fora...

— Cuidado! – disse Neville, horrorizado. Olhava fixamente para a cabeça do Comensal da Morte no vidro.

Os quatro ergueram as varinhas, mas nenhum deles a usou: olhavam boquiabertos, estarrecidos para o que estava acontecendo com a cabeça do homem.

Estava encolhendo rapidamente, ficando cada vez mais pelada, os cabelos e a barba raspada se retraindo para dentro do crânio; as bochechas ficando lisas, a cabeça redonda recobrindo-se de uma penugem como a do pêssego...

Havia agora uma cabeça de bebê encaixada grotescamente no pescoço grosso e musculoso do Comensal da Morte, que se esforçava para se levantar; mas enquanto os garotos olhavam, de boca aberta, a cabeça começou a retomar as proporções anteriores; cabelos negros e espessos recomeçaram a crescer em seu cocuruto e queixo...

— É o Tempo – disse Hermione com assombro na voz. – O Tempo...

O Comensal da Morte sacudiu a cabeça feia mais uma vez, tentando clareá-la, mas, antes que pudesse se recuperar, ela recomeçou a encolher e remoçar mais uma vez... Ouviram, então, um grito de uma sala próxima, um estrondo e um berro.

— RONY? – bradou Harry, dando as costas depressa à monstruosa transformação que se operava diante de seus olhos. – GINA? LUNA?

— Harry! – gritou Hermione. O Comensal da Morte puxara a cabeça de dentro do vidro. Sua aparência era absolutamente bizarra, a minúscula cabeça de bebê berrando e os braços grossos se agitando perigosamente em todas as direções, por pouco não acertando Harry que se abaixara. O garoto ergueu a varinha mas, para seu espanto, Hermione segurou o seu braço.

— Você não pode machucar um bebê!

— Ele não é um bebê Hermione, só a cabeça dele aparentemente... – Disse Hydra – Estupefaça – Bradou ela e a luz vermelha da sua varinha o atingiu e o golpeou no chão.

— Vamos! – disse Harry.

Os garotos correram para a porta que estava aberta na outra extremidade da sala e que os reconduziria de volta à sala escura.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Segredo dos Blacks" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.