O Segredo dos Blacks escrita por Paula Mello
Finalmente chegara o dia de aprender a conjurar patronos na reunião do AD.
— Tem que ter uma memória feliz, pensem na coisa mais feliz que já aconteceu com vocês enquanto fazem o feitiço, mas se lembrem, produzir um Patrono no meio de uma sala de aula iluminada quando ninguém os ameaçava era muito diferente de produzi-lo quando estivessem enfrentando, por exemplo, um Dementador.
Hydra tentou ter pensar em diversas coisas diferentes até conseguir produzir um patrono corpório, primeiro em ela e Draco dançando na sala enquanto sua mãe aplaudia quando eram crianças, depois no primeiro beijo com Peter, mas o que mais surgiu efeito, embora todas as lembraças fossem maravilhosas e deixassem Hydra muito feliz, foi a sensação de liberdade que sentiu quando teve seu primeiro dia de aula na Beauxbatons, a sensação de estar longe de casa, de ninguém a conhecer e de ter uma chance de novo começo a deu tanta felicidade que conjurou um belo patrono que para sua surpresa era em forma de um dragão focinho-curto sueco que tinha visto no torneio Tribuxo no ano anterior sendo enfrentado por Cedrico Diggory, era prateado e magnífico.
— Lindo! – Exclamou Angelina, olhando o patrono da amiga.
— De novo gente, produzir um Patrono no meio de uma sala de aula iluminada quando ninguém os ameaçava era muito diferente de produzi-lo quando estivessem enfrentando, por exemplo, um Dementador – Lembrou Harry.
— Ah, não seja desmancha-prazeres! – exclamou Cho, animada, apreciando o seu Patrono em forma de cisne prateado voar pela Sala Precisa durante a última aula antes da Páscoa. – Eles são tão bonitos!
— Eles não têm de ser bonitos, têm é que proteger você – disse Harry, paciente. – O que realmente precisamos é de um bicho-papão ou coisa parecida; foi assim que aprendi, tinha de conjurar o Patrono enquanto o bicho-papão fingia ser um Dementador...
— Mas isso seria realmente apavorante! – exclamou Lilá, que soltava baforadas de vapor prateado pela ponta da varinha. – E ainda não... consigo... fazer! – completou ela com raiva
— Harry, acho que estou conseguindo! – berrou Simas, do quinto ano, que fora trazido por Dino, também do quinto ano, ambos amigos e colegas de quarto de Harry Potter, à sua primeira reunião da AD. – Olha... ah... desapareceu... mas era decididamente alguma coisa peluda, Harry!
O Patrono de Hermione, uma reluzente lontra prateada, brincava à sua volta.
A porta da Sala Precisa se abriu e fechou. Hydra se virou para ver quem entrara, mas não parecia haver ninguém, até que Hydra percebeu que as pessoas próximas à porta haviam se calado. Era Dobby, o elfo doméstico que pertencia a sua família, estava puxando as vestes de Harry Potter para chamar a sua atenção, ele usava vários gorros na cabeça.
— Dobby! – Exclamou Hydra feliz e espantada ao ver o ex elfo doméstico que não sabia que estava em Hogwarts.
— Oi, Dobby! Que é que você... Que aconteceu? – Perguntou Harry.
Os olhos do elfo se arregalavam de terror e ele tremia. Os participantes da AD mais próximos de Harry tinham se calado; todos observavam Dobby. Os poucos Patronos que as pessoas tinham conseguido conjurar desapareceram em fumaça prateada, deixando a sala bem mais escura do que antes.
— Harry Potter, meu senhor... – esganiçou-se o elfo, tremendo da cabeça aos pés. – Harry Potter, meu senhor... Dobby veio avisar... mas os elfos foram avisados para não contar...
Ele correu a bater a cabeça na parede. Harry, fez menção de agarrá-lo, mas o elfo meramente quicou na pedra graças aos seus oito gorros. Hermione e algumas outras garotas soltaram gritinhos de medo e pena e Hydra se sentiu culpada por lembrar de todas as torturas que ele passou em sua casa sem que ela fizesse muito para evitar já que quase nunca estava lá.
— Que aconteceu, Dobby? – perguntou Harry, agarrando o bracinho do elfo e mantendo-o afastado de qualquer coisa que ele pudesse encontrar para se machucar.
— Harry Potter... ela... ela...
Dobby deu um forte soco no nariz com o punho livre. Harry agarrou-o também.
— Quem é "ela", Dobby?
Hydra pensava que só podia existir uma "ela" Umbridge!
— Umbridge? – perguntou Harry, horrorizado.
Dobby confirmou, e em seguida tentou bater a cabeça nos joelhos de Harry. O garoto o segurou à distância dos braços.
— Que tem a Umbridge? Dobby... ela não descobriu isso... nós... a AD?
O elfo tinha o rosto aflito e o coração de Hydra batia forte e acelerado. Com as mãos presas por Harry, ele tentou se chutar e caiu de joelho.
— Ela está vindo? – perguntou Harry calmamente.
Dobby deixou escapar um uivo.
— Está, Harry Potter, está!
Harry se endireitou e olhou para os colegas, imóveis e aterrorizados, que contemplavam o elfo a se debater.
— QUE É QUE VOCÊS ESTÃO ESPERANDO! – berrou Harry. – CORRAM!
Todos se arremessaram para a saída na mesma hora, embolando na porta, então passaram num ímpeto.
Hydra correu, sem ver muito o caminho ou para onde estava indo, apenas correndo e se viu em um corredor com Fred e Jorge.
— Meninos, vocês estão bem? – Perguntou ela.
— Sim, estávamos atrás de você o tempo todo – Disse Fred.
— Para onde vamos agora? O que vocês acham? – Perguntou Jorge para ela e Fred.
— Não vamos para a sala comunal, eles podem estar esperando a gente por lá, vamos para o corujal, é cedo, podemos nos esconder lá e se alguém nos ver, podemos dizer que estávamos apenas mandando corujas para alguém, eu tenho uma carta para Gabrielle que eu tinha intenção de enviar no meu bolso mesmo.
— Ok, então vamos – Disse Fred, balançando a cabeça em afirmação.
Os três corriam em direção ao corujal, quando Hydra ouviu passos atrás deles e uma voz conhecida.
— Tem mais alguém aqui, vão para o outro lado que eu vou atrás desse.
Era a voz de Draco.
— Vão – Disse Hydra para Fred e Jorge.
— Mas e você?
— Eu vou ficar e distrair ele, vão logo, AGORA! – disse Hydra.
Fred e Jorge correram e Hydra ficou para trás.
— PARADO AÍ! - Ouviu a voz de Draco dizer em suas costas.
Hydra se virou lentamente e Draco ficou com uma expressão de puro choque ao vê-la e reconhecer quem era.
— Oi irmão, vai me denunciar? – Perguntou ela séria.
— Hydra, o que você? O que você... - Draco ia terminar a frase mas mais passos vinham na direção dos dois.
Ele olhou nervosamente para trás e então se virou para ela.
— Corre Hydra, vai, vai embora – Disse ele nervoso.
Hydra sentiu um amor pelo irmão naquele momento grande enquanto ele insistia para que ela corresse.
— Vai, Hydra, AGORA, VAI, VAI! – Disse ele em um tom urgente.
Ela correu e se escondeu, ouviu uma voz feminina aonde estava.
— Não achamos ninguém, pegou alguém Malfoy?
— Não, achei que tinha ouvido alguém mas não tem ninguém aqui, mas acho que foram em direção as salas comunais, vamos.
— Tem certeza? Eu achei que tinha alguém aqui também – Disse agora uma voz masculina.
— Você acha que eu não procurei? Está questionando se fiz o meu trabalho direito? – Disse Draco, com a voz firma e raivosa.
— Não, não Malfoy, de jeito nenhum, vamos, vamos até as salas comunais – Disse o rapaz que estava com ele e a menina.
Hydra ouviu os passos correndo para a outra direção.
Ela saiu então de onde estava e depois de correr desesperadamente, chegou finalmente ao corujal aonde estavam Fred e Jorge, sentados parecendo assustados e levantando em um pulo ao ouvirem ela chegando.
— Quem está ai? – Gritou ele.
— Sou eu – Disse Hydra, chegando exausta.
— Estávamos preocupados, o que houve? – Disse Jorge correndo em sua direção seguido por Fred.
— Eu encontrei Draco, ele estava ajudando Umbridge a perseguir os alunos pelo visto – Disse Hydra se sentando ofegante.
— E ele deixou você ir? – Perguntou Jorge.
— Sim, me deixou, ele também distraiu alguma pessoa que estava com ele e foram para outro lado, sem me pegar...
— Bom... – Disse Fred – Finalmente o Malfoy fez alguma coisa decente.
— O que fazemos agora? – Perguntou Jorge.
— Vamos ficar aqui um pouco e depois seguimos para a sala comunal, deixa as coisas acalmarem primeiro, eles realmente estão indo em direção as salas, eu ouvi o Draco dizer para os amigos deles, vocês vão primeiro porque não podem ficar nos corredores depois do horário, eu como monitora posso.
Eles esperaram um certo tempo e desceram juntos, Fred e Jorge foram na frente para a sala comunal, Hydra permaneceu um tempo no corredor até subir e finalmente se jogar em uma das poltronas da sala agora deserta, exceto por Fred, Jorge, Lino e Angelina.
— Alguém foi pego? – Perguntou Hydra.
— Não que eu saiba, acho que talvez o Harry – Disse Angelina preocupada.
— O que vai acontecer agora? – Perguntou Lino.
— Eu não sei, mas acho que é o fim das reuniões do AD – Disse Fred.
— Você está bem, Hydra? – Perguntou Angelina, olhando para o rosto preocupado e cansado da amiga.
— Não, não sei na verdade... Meu irmão estava entre eles, por que isso ainda me surpreende? – Perguntou Hydra.
— Porque você sempre tem esperança de que na verdade ele seja uma pessoa boa...– Respondeu Angelina.
— Mas ele me ajudou, ele me deixou ir... – Disse Hydra, com os olhos distantes, pensando naquele momento.
— Sim, Hydra, mas será que se não fosse você, ele faria o mesmo? – Perguntou Lino.
— Eu acho que não... – Disse Hydra.
— Será que Umbridge puniu alguém? Eu queria tanto saber... – Comentou Alícia.
— Eu também, mas acho que amanhã podemos descobrir – Disse Hydra.
— Eu não sei se vou conseguir dormir com tudo isso – Afirmou Angelina.
— Temos que tentar e temos que não comentar sobre isso com ninguém – Disse Hydra.
— O resto do pessoal da Grifinória já chegou? – Perguntou Fred para Alícia, Angelina e Lino.
— Que eu saiba sim, vimos alguns subindo para os dormitórios, mas não vimos o Harry ainda... – Afirmou Lino.
— Só podemos mesmo esperar e torcer para o melhor agora – Falou Hydra, ainda afundada na poltrona.
No dia seguinte, eles leram o pior dos avisos que poderiam ler...
"POR ORDEM DO MINISTÉRIO DA MAGIA
Dolores Joana Umbridge (Alta Inquisidora) substituiu Alvo Dumbledore na diretoria da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
A ordem acima está de acordo com o Decreto Educacional Número Vinte e Oito
Assinado: Cornélio Oswaldo Fudge, ministro da Magia"
Os avisos foram afixados por toda a escola da noite para o dia, mas o assunto mais comentado era como no dia anterior e Dumbledore dominara dois aurores, a Alta Inquisidora, o ministro da Magia e seu assistente júnior para fugir e como Harry e Marieta eram os estudantes que haviam presenciado a cena na sala de Dumbledore e, como agora Marieta se achava na ala hospitalar.
— Ela agora é diretora? Estamos ferrados então – Disse Fred.
— Esse ano está se tornando cada vez pior para Hogwarts – Comentou Hydra desgostosa.
— É, quanto a isso... Hydra, precisamos conversar com você – Disse Jorge, mas foram interrompidos antes de continuar, ok disse Hydra sentada na poltrona da sala comunal, os três estavam com tempo vago depois do café.
— Hydra, nós decidimos que agora, sem Dumbledore, Hogwarts não tem mais sentido para nós – Disse Jorge.
— Como assim não tem mais sentido? – Perguntou Hydra.
— Nós vamos sair Hydra, vamos pular fora, decidimos isso ontem a noite – Disse Fred
— Mas não sem antes deixar uma surpresinha para Umbridge para vingar Dumbledore – Disse Jorge sorrindo maliciosamente.
— VOCÊS VÃO O QUE? – Gritou Hydra e muitas pessoas viraram o pescoço para ver o que estava acontecendo.
— Sair Hydra, meter o pé, mas antes vamos aprontar uma boa... – Disse Jorge.
— VOCÊS... NÃO... PODEM... – Disse Hydra tentando falar mas as lágrimas caiam de seus olhos.
— Hydra, para, por que você está chorando? – Perguntou Fred.
— Porque vocês vão me deixar! – Disse ela chorando.
— Não vamos te deixar, você pode se juntar a nós em Julho, já está chegando... – Disse Jorge a consolando.
— E realmente não temos mais o que fazer aqui Hydra, já deixamos todos os negócios de venda com Lino – Disse Fred parecendo meio desesperado com a reação de Hydra.
— Tenta entender, nós vamos sair, vamos criar a nossa loja, podemos te ver sempre em Hogsmeade até você se livrar desse inferno – Disse Jorge.
— Ou você pode ir com a gente – Disse Fred.
— Eu não posso sair, eu preciso dos meus N.I.E.M.s para o meu trabalho - Disse Hydra chorando tão alto que as pessoas ao redor olhavam para eles.
— Para Hydra, por favor, não é como se a gente estivesse morrendo – Disse Fred tentando desesperadamente fazer ela parar de chorar.
— Eu sei, é só que... O que eu vou fazer em Hogwarts sem vocês? – Hydra disse depois de finalmente controlar o choro.
— O que você sempre fez, estudar que nem uma palerma, andar por aí com as meninas, mexer com a mente e a concentração dos meninos, coisas normais – Disse Jorge em tom de brincadeira.
— Mas não será a mesma coisa sem vocês, por favor, por favor, reconsiderem, só faltam alguns meses até Julho...
— Eu sei que não, mas nós seremos sempre amigos Hydra, não é porque estamos longe que isso vai mudar – Disse Fred sério.
— Eu sei disso, ai, desculpa, eu só não esperava ficar sem o AD, sem o Dumbledore e agora sem vocês...
— Eu sei, mas olha, nós prometemos sair com um estouro, vamos dar um adeus digno dos Weasleys para a Umbridge – Disse Jorge animado.
— O que vocês vão fazer? – Perguntou Hydra secando as últimas lágrimas.
— Não podemos te contar, você pode se encrencar – Disse Jorge.
— Não, se vocês vão sair, eu quero participar pelo menos do "adeus" de vocês para Hogwarts, eu quero ajudar – Disse Hydra decidida.
— Tem certeza? – Perguntou Jorge.
— Absoluta, pelo menos isso eu quero fazer – Disse Hydra.
Fred e Jorge falaram de seus planos para Umbridge e Hydra decidiu ajudar anonimamente.
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