Riddle escrita por Calis, Lysse
Tom Marvolo Riddle.
A pequena lápide sempre fora simbólica.
E apenas ganhou a data, 2 de maio 1996, ela passou as mãos pela pedra, enquanto pensou em todas as coisas e maldades que seu amado Tom fizera – porque dedica este lugar sagrado a alguém como o temível Tom Riddle? Ela não se importava de chamarem de doente e louca por ter feito aquilo, como seus pais e amigos fizeram na época em que ela estava apaixonada por Riddle, e que quase se tornou uma comensal da Morte para pode cuidar dele, mas Lyanna sempre fora sensata mesmo que seu amor doentio por Riddle quase a matasse.
Aquele menino esmirrado e manipulado estava morto desde o momento em que começou a trançar aqueles malditos planos – e todos aqueles planos culminaram naquela batalha com Harry Potter –, Lyanna McCoy sabia disso melhor do que ninguém, afinal o alertará, e até mesmo implorará para ele seguir a vida com ela.
Uma vida juntos.
Mas, a sede de poder foi maior que seu amor, e ao qual ela não teve como parar aquela sede.
Sabia que Tom iria morrer um dia – ou que iria viver para sempre como era o seu desejo desde menino –, e sentiu-se grata quando a dor da perda de Riddle se fez presente mesmo que soasse desumano para ela desejar a morte do homem que amou.
Afinal, Lyanna desde que se lembrava sempre amou Tom Riddle.
Desde o primeiro momento que adentrou em Hogwats, e o vislumbrou aquele menino e seus grandes olhos negros – naquele 1 de setembro de 1934 e se apaixonara à primeira vista por ele, e principalmente por seus olhos e seu jeito mesmo que anos depois soubesse o quão cruel era o jovem Tom –, e sempre esteve ao lado de Riddle durante os setes anos subsequentes, e acabou culminando na terrível separação ao qual Riddle ao qual ele desapareceu para sempre de sua vida.
E a marcando para todo o sempre, porém alguns anos depois reapareceu como o maior mago das trevas – Lyanna pensou que teria que interferir, se o tivesse, talvez muitos bruxos e bruxas poderiam estar hoje com suas famílias, e não mortos por Tom Riddle, mas quem ela queria enganar? Ela nunca mataria aquele menino, nunca teria aquela coragem, mesmo que o fizesse assim que Tom caísse morto a sua frente, e logo seguida, ela também, pois a dor da perda e da culpa seriam maiores.
Ela ainda tinha infindáveis esperanças que Tom iria voltar para ela, mesmo que soubesse do fundo do coração que ele não ia vê-la, ou talvez, nunca se lembre dela.
Lyanna deixou as lágrimas escorrem por sua face, e limpou com as costas da mãos.
Porque Tom? Porque não se conteve comigo? Porque não me amou da mesma forma, Tom?
A mulher lembrava do sorriso sarcástico e dos lábios dele – de tudo, e principalmente dos olhos negros como a noite, e Lyanna sabia desde sempre que Tom não era uma boa companhia, porém seu coração e seus olhos foram cegados durante aquele tempo, e sua alma e corpo clamavam por ele –, e provavelmente ainda o amava daquela forma doentia como fora nos tempos de colégio.
E a prova disso eram aquelas malditas e estúpidas lágrimas que caia por seu rosto, mas a presença atrás de si a assustou, e ela limpou rapidamente as lágrimas que banharam sua bela face enquanto observou o menino-homem.
Pobre menino, pensou infeliz enquanto engoliu aquela sensação queimante de angustia que queria dominar seu corpo cansado daqueles anos que passou rezando para que Riddle percebe-se o que é a verdadeira magia.
Mas foi em vão, e a prova disso era aquele rapaz.
Fazia um mês desde que o Lorde Voldemort foi derrotado pelo menino que sobreviveu – e ela não esperava por menos que aquele garoto a achasse no Canadá, e ela esperava por isso, e um pequeno pote estava em suas mãos, e as marcas e cicatrizes da guerra tão visíveis que fizeram Lyanna apenas suspira, e aproxima-se do jovem Harry.
Lyanna tinha seus pecados, mas nenhum deles se comparava ao que sentia por Riddle.
—Senhora, envio uma carta reivindicando as cinzas dele.
—Sim, fui eu – ela observou o misero pote onde continha o corpo de Tom – Eu sou Lyanna McCoy, fui amiga de Tom, e sei dos crimes dele, mas todos merecem uma lápide mesmo o mais cruel dos homens.
Harry não a entenderia –, enquanto ela visualizou a sombra de seu filho ali –, apenas pegou o pote e despejou naquele local as cinzas de seu amado Tom, enquanto rezou em silêncio pela alma dele. Afinal, Tom ainda era seu Tom mesmo depois de todos aqueles anos.
E ele havia marcado ela.
E a prova disso, era seu amado Marvolo McCoy que mantinha as mãos nos boloso e o ar sério, e zangado com ela provavelmente enquanto observava as folhas caírem pela pequena campina.
—Eu posso lhe conta uma história, Sr. Potter.
Ele a observou com o cenho franzido, e acenou afirmativo.
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