P.O.V. Caspian.

Eu ficava olhando pra ela. Ela não havia mudado nada.

—Para de ficar me encarando! Maluco.

Ela viu um papel no chão e pegou. Desdobrando-o.

—Isso é esquisito.

Ela me colocou a folha na minha cara e perguntou:

—Você que fez isso? O que é isso?

—Eu sou escritor de grafic novels.

—Me conta a história então.

—Era uma vez um Príncipe que amava sua Princesa mais que tudo, eles iriam se casar, mas houve uma guerra e o Príncipe teve que ir para o campo de batalha. Ele deixou sua amada no comando... algo aconteceu ao Príncipe durante a guerra, ele foi mordido por um homem e transformou-se numa besta chupadora de sangue... entretanto ele voltou para casa, para sua amada, mas quando chegou descobriu que havia sido traído. Uma carta falsa com a notícia de sua morte chegou ás mãos de sua Princesa... tomada por uma dor terrível ela subiu na sacada e atirou-se no rio.

—Você. É você o Príncipe da história. Foi transformado em vampiro.

—Sim. Você é rápida.

—Eu estou na sua mente também. A minha mãe não consegue ler os pensamentos dos vampiros, mas acho que como eu sou metade vampira eu entro nas suas mentes também. Eu sou assustadoramente parecida com ela, mas eu não sou ela. Acho que eu sou uma recorrência.

—Recorrência?

—De vez em quando... uma sequencia genética que já existiu uma vez se repete exatamente. Por isso eu sei que sou uma recorrência.

—Uma recorrência.

—Reencarnados e recorrências são diferentes. Quando são a mesma alma, ela trás consigo em seu subconsciente memórias de sua vida anterior ou de suas vidas anteriores, tem a sensação de já ter visto antes coisas ou pessoas que sabe que nunca viu na vida. Mas, eu não tenho isso. Eu não sou a alma da sua amada, sinto muito.

—Como sabe tudo isso?

—Eu já vi muita coisa, conheço gente de todo o tipo. Várias pessoas especiais que tem diferentes habilidades, dons, aparências, ascendências. Minha mãe é uma pessoa muito sociável e eu também. Mas, faça isso outra vez e você não vai viver nem mais um dia.