Adote-me escrita por Lady G


Capítulo 1
PARTE UM


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem tá aqui, não é mesmo?
Bom, essa é a minha primeira fanfic LeeTen, - um casal que comecei a shipar fortemente recentemente, e será dividida em duas partes, senão seria uma oneshot muito longa. A primeira parte é sobre o desenvolver deste romance e a segunda parte é ~mistério~. Era para eu ter postado no domingo do Dia das Mães (14), mas problemas técnicos (TCC) me impediram disso.

Espero que gostem, a segunda parte está praticamente pronta, postarei em breve!

P.S - Em breve voltarei com A SOMBRA DO VENTO.



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Cerca de três anos após a Quarta Guerra Ninja, todos os países prosperavam em paz e harmonia. Claro, em muitos casos, haviam-se alguns problemas internos, pequenas batalhas entre desiguais, - já que os países começaram a trabalhar em conjunto, abrindo suas portas para estrangeiros. Em Konohagakure não poderia ser diferente. A vila tornou-se basicamente um local muito requisitado por vários motivos: continha mais espaço, portanto, muitos iam para se estabelecer financeiramente, era a que mais crescia em tecnologias e, bom, tinha o Naruto, o herói de guerra. Que agora, estava muito bem comprometido com a Princesa do Byakugan, Hinata Hyuuga, ou melhor dizendo, Hinata Uzumaki.

Ambos estavam extremamente felizes e isso era notável e inquestionável. Andavam de mãos dadas e eram sempre carinhosamente cumprimentados quando encontrado nas ruas largas. E agora, o motivo de felicidade só aumentara, Hinata estava com pouco mais de sete meses de gestação, o primeiro herdeiro de Naruto.

E não eram apenas eles que haviam providenciado uma nova geração, oh não! Logo após o casamento de Naruto e Hinata, Ino e Sai anunciaram o casório, assim como Choji havia começado um relacionamento com a casca grossa Karui. Após muitos encontros (e desencontros) finalmente resolveram juntar as escovas e as batatinhas. Muitos outros preferiram ficar solteiros ou apenas ficar no namoro. Shikamaru, com seu “medo” de mulher, enrolou um pouco o casório, mas, como se trata de Temari, não teve opção, estava casado com a kunoichi de Sunagakure.

E Tenten havia ficado solteira.

Quando muitos de seus amigos e amigas juntavam roupas e kunais, lá estavam ela, abrindo sua lojinha de armamentos e sendo monitora dos Exames Chunnin que se sucederam. Existiam muitos rumores sobre sua relação com Rock Lee, algo que nem ela não saberia dizer exatamente o que sentia por ele. Com certeza envolvia muito respeito, gratidão e um enorme carinho. No entanto, não era amor. Não ainda.

Aos poucos, sua personalidade forte e decidida foi sendo substituída por depressão e solidão. Além de, ao ver dela, não ter ficado forte como Tsunade, sua grande inspiração, - lugar preenchido por Sakura, simplesmente, todas suas amigas e ou conhecidas, - Temari e Karui não eram cem por cento suas amigas, ainda mais Temari, todavia, estavam grávidas ou com bebês no colo.

Até um dia, em seu apartamento, sentia-se profundamente sozinha. Com lembranças de seus amigos, Rock Lee e Neji treinando em campos abertos. Ao seu estilo de luta. Oh! Neji... Que falta sentia! Ao olhar para a fotografia que reunia seu time com seu sensei, Maito Gai, começou a chorar.

No dia seguinte foi encontrar com seu antigo professor para participar de um jantar especial. O time estaria completando dez anos juntos e isso era sem dúvida muito tempo, uma vida. Gai percebera o humor voraz de Tenten transforma-se em algo acanhado.

— Está tudo bem? – ele passava a tigela de carne recém assada para Lee, que acabara de encerrar mais uma de suas histórias da Juventude.

— Sim. – mentiu.

— Certamente não está. – observou Gai. – O que foi?

— Bom... – tomou um pequeno gole de saquê para tomar coragem. – Já que insiste, sensei. Eu estou mal... Muito mal...

— Como assim? – agora era Lee que gentilmente parava de comer, apenas para observar o desabafo de Tenten.

— Todo mundo está casando, tendo filho e eu? Nada! Ninguém me quer! – e tomou outro gole de saquê. Esse era mais caprichado. – Sabe... Sabe o problema? Todo mundo me acha uma “menina-macho”. Só porque sei mexer com armas e sou toda estúpida! – ela falava em um tom mais alto. Gai deu suspiro.

— Oh! Essa ideia...! Tenten, minha querida aluna. As vezes não é sua hora... E é tão jovem, não precisa se preocupar!

— Gai-sensei, excelentes palavras! – analisou Lee, mesmo não entendo do que exatamente a morena estava falando.

Havia muitos murmúrios em volta deles, estavam numa época de festivais e de repente, Tenten sentia-se irritada com a felicidade alheia.

— Até a Temari que é mais machona do que eu está lá! Casada e grávida! Ah! Não aguento isso! – baixou a cabeça e apertou o tecido de seu vestido qipao. – Quero ser amada... – murmurou.

Gai encarou Lee e depois para Tenten novamente.

— Lee, acompanhe Tenten até a casa dela. Nossa amiga não está se sentindo bem para este jantar. Não tem problema se adiarmos quando estiver melhor. – Tenten ergueu a cabeça, suas bochechas estavam róseas por conta da bebida.

— Sensei não, por favor, não se incomode em me ajudar. São coisas de garotas... – Tentei depois olhou para Lee, que não entendia muito o que estava acontecendo. Oras... Por que Lee ficara levemente atraente aos seus olhos?

— Se o sensei pediu, tenho que fazer. Afinal, não está em melhores condições.

A kunoichi bebeu mais um pouco.

— Quieto Lee.

— É uma ordem de seu sensei, Tenten vá com Lee! – disse Gai. - Você precisa descansar! – Maito demonstrava seriedade. Obviamente que ele entendia o que estava acontecendo com sua querida aluna, mas, sabia mais ainda do que ela precisava: um nobre cavalheiro.

A kunoichi não respondeu. Agradeceu pela comida e pela noite, e saiu um pouco zonza do restaurante. Gai fez mexeu a cabeça para Lee ir atrás dela, para ajudá-la.

— Lee...?

— Sim?

— Por que está aqui? – perguntara enquanto andava apoiada nas paredes dos prédios.

— Para te ajudar. Você é minha amiga e não está bem...

— Lee?

— Oi? – Lee olhava com preocupação e ao mesmo tempo gostava de passar o tempo ao seu lado. Desde a trágica morte de seu companheiro, Neji, ambos haviam se aproximado muito.

— Eu sou atraente? – ela parou e o encarou. Ele ficou devastado. Não sabia o que dizer,como dizer.

— Acho que... Sim?

— Está perguntando ou afirmando? – pareceu ofendida quando cruzou os braços e inclinou um a cabeça para a direita.

— Eu não sei dizer... Eu nunca pensei em...

— A Sakura você acha bonita? Ou a Ino?

— Hm, sim...

— Então eu não sou bonita?

— Ah! Está me deixando sem graça! – ele virou rosto, para esconder o rosto ruborizado. Claro que a achava bonita, entretanto, sempre foram amigos de time por tantos anos. Como enxergá-la de outra forma agora?

Tenten parou os questionamentos e tentou andar mais alguns metros sem se apoiar. Seu apartamento não ficava muito longe do restaurante, mas, parecia estar quilômetros de distância.

— Quer que eu a carregue? – sugeriu o jovem shinobi.

— Não. – tropeçou no mínimo três vezes depois disso.

— Eu não me importo.

— Lee, você é insistente mesmo...

— Sabe que desistir não é algo que faço!

— Logo você arranja alguém para me abandonar também.

Fez-se silêncio. Apenas os murmúrios das pessoas em volta do casal de amigos preenchia aquele momento constrangedor. Se Tenten sentia algo por Lee em pensamento, agora aos poucos, tornava-se uma verdade quase gritante.

— Eu jamais irei te abandonar, Tenten. – Lee andou alguns passos e agachou na frente da jovem para que a mesma pudesse subir em suas costas.

— Estou de vestido seu tolo... Não vou subir aí.

— Oh! É mesmo. – e levantou, virou e ficou de frente para ela. Tenten, era realmente uma mulher muito bonita.

Tenten começou a sentir o efeito da bebida alcoólica acalorar seu corpo. Começou a soar e desejando mentalmente estar perto de casa. De fato estava, todavia, ainda teria que andar mais um pouco e ter que subir uns trinta degraus. Andaram mais um pouco em silêncio contemplando a multidão e muitas conversas falando dos novos herdeiros. Se o bebê de Naruto, Boruto, seria tão forte quanto o pai, ou sobre as fofocas da filha de Sakura e Sasuke, a pequena Sarada e como a princípio, ela havia sido concebida.

Chegando sofridamente ao apartamento, - que tinha uma vista linda, já que a porta ficava do lado de fora e poderia ver a cidade, Tenten não conseguia destrancar a porta por não se manter firme como gostaria. Portanto, Lee pegou as chaves gentilmente de suas mãos e ao descobrir a certa, virou-a corretamente até ouvir o barulho do trinco da porta

— Meu herói. – Tenten gentilmente afagou o rosto de Lee. – Sempre um rapaz bom. – e se jogou no sofá de camurça branca, sonolenta.

— Vai ficar bem?

— Pretendo. – respondeu de olhos fechados.

— Tem certeza? – persistiu. Tenten apenas balançou a cabeça positivamente.

— Posso te levar pelo menos pra cama?

— Como é que é? – Tenten abriu os olhos e arqueou a sobrancelha.

— É que você não mal consegue se mexer e pode dormir aqui... No sofá. – Lee não tinha percebido o duplo sentido da frase. A kunoichi ficou ruborizada. – O que eu disse?

— Nada não. – ela estende o braço em direção a Lee, que precisou de um tempo para entender que ela queria levantar. – Me leve até meu quarto, por favor.

Quando Lee puxou, acabou exagerando na força e a fez ficar bem próxima de seu corpo. Na verdade, estavam colados, quase rosto a rosto. Tenten e Lee se encararam por um tempo e então, Lee colocou um dos braços da morena por cima de seus ombros e pegou-a no colo. Tenten silenciosamente se alinhou aos braços do amigo e tentava manter seus pensamentos para si. Conter sentimentos que talvez não tinha. Rock Lee a deitou na cama e ainda em silêncio puxou as cobertas em cima dela.

— Obrigada... – agradeceu. – Eu tenho muita sorte de ter um amigo igual a você.

— Eu acho que por estar bêbada, ficou fofa. – ambos riram. – Amanhã faremos um treinamento especial, o que acha?

— Vou estar de ressaca e amargurada. Passo.

— Amanhã falarei do que se trata, não requer nenhum dos meus métodos.

— Está bem... – concordou. Quando Lee se virou para ir embora. Tenten queria muito falar o que sentia, sobre tudo. Sobre Neji, sobre ele... Estava bêbada e sonolenta, não falaria nada muito útil. – Você é o melhor.

— Você também. – sorriu e foi embora.

No dia seguinte, Tenten acordou por dois motivos: estava com dor de cabeça e um cheiro de ovos mexidos estavam a seduzindo a sair da cama.

Olhou no relógio em seu criado-mudo de madeira branco, um despertador digital marcando dez horas da manhã. Tenten saltou da cama, claramente uma péssima ideia. Pois, sua dor de cabeça de apenas um incomodo, virou uma dor quase insuportável. Ao chegar em sua cozinha, via claramente a silhueta de uma velha amiga, Sakura e o próprio Rock Lee ajudando no café reforçado.

— Sakura? Lee? Por que...? Quando...?

— Oras, sua dorminhoca! Vim convidar você para meu aniversário e encontrei com o Lee no caminho. Vimos que estava dormindo, decidimos fazer uma “surpresinha”.

— Onde está a Sarada? – perguntou enquanto tomava uma aspirina.

— Oh! Ino queria cuidar dela um pouquinho enquanto em vinha para cá.

— E você claramente esqueceu do nosso treinamento especial. – Rock fez-se como se estivesse sério e desapontando. Claramente que não. Sakura encarou um depois o outro. Estavasobrando.

— Bom, eu vou indo. Rock Lee cuide bem dela, a ressaca parece braba.

— Com certeza! – de mostrou o polegar para Sakura, sorrindo. – Mande lembranças a sua bebê por mim! Que a Juventude sempre a dê forças!

Sakura riu.

— Claro! Obrigada Lee, Tenten. – e saiu.

— Afinal como entrou aqui? – a especialista em armas via com carinho o omelete e vários outros componentes na mesa.

— Saí e esqueci de trancar.

— Você o que?

— Foi mal!

— Eu poderia ter sido assaltada!

— É eu sei... Desculpa! – juntou os mãos em suplica. Tenten riu.

— Não tem jeito... Vamos comer, depois brigo contigo, rapaz!

— Está bem...

Comeram, conversaram sobre o cotidiano de um de outro. Lee ajudou-a com as louças e finalmente, ele resolveu anunciar seu “treinamento especial”.

— Bom... Eu não sei como dizer isso...

— Apenas diga. – estavam sentados no telhado do prédio de Tenten apreciando a vista de Konoha.

— Você... Você sairia comigo? – Tenten o encarou, raciocinando o sentido de “sair”.

— Um encontro?

— Isso... – estava sem graça de assumir. Rock ergueria uma montanha, mas, não teria jeito melhor para chamar uma dama para um encontro. Ainda mais se tratando de sua colega.

— Aceito ir com você num encontro... – e sorriu.

— Aceita? Sério?

— Oras! Claro! Desde que não fale sempre de treinamentos exotéricos, por mim tudo bem...

— Ah! Isso é ótimo! – “Gai-sensei sempre sabe como resolver tudo! Não imaginaria que ela aceitaria.”, pensou. Pois, há algum tempo, já sentia algo pela nakama, entretanto, não sabia o quê.

Saíram mais tarde. Conversaram e aos poucos entenderam como conseguiram lidar com tantas situações difíceis. Lutas e perdas. Novos sentimentos iam sendo despertados. Duas pessoas completamente diferentes poderiam estar realmente tendo sentimentos mútuos um pelo outro. E não há nada errado pessoas diferentes se gostarem. Seus próprios amigos eram a prova disso. Shikamaru e Temari o que diga.

Ao fim daquela noite. Rock Lee e Tenten se beijaram. Timidamente no começo, mas, depois, foi como um sentimento de desejo foi tomando-os pouco a pouco.

Dias após dias, semana após semana, o amor tímido e quase escondido ia se aflorando como Flor-de-Lótus. Tenten ainda se irritava com algumas atitudes infantis tanto de Rock Lee e de seu sensei, Maito Gai, entretanto o que sentia pelo especialista em taijustu era algo que não imaginaria sentir novamente. Pois, por muitos anos, havia se apaixonado por Neji Hyuuga. Um amor que talvez nunca fosse retribuído e fora perdido pela morte precoce do amigo. Meses depois, Rock havia pedido a mão de Tenten em casamento.

Foi uma verdadeira festa da Juventude. 


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Espero que sim! Essa parte foi um pouco "apressada", porque o enfoque é o que virá em seguida. Acho que vocês até sabem, anyway, é interessante fazer um mistério (risos). Obrigada por lerem e deixem suas observações!



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