Rusty: É acho que não cheguei numa boa hora, mas é que estão tocando a porta e como não posso abrir, por ordens de vocês.

Emiliano pega sua arma que estava debaixo do travesseiro e se levanta, Cris saca a sua também ficando com Rusty no escritório. Alguns momentos depois, Emiliano volta.

Em: As chaves do carro do porteiro, como você pode fazer isso. Nossa bem que me avisaram que seria f.,- me desculpe Miguel.

Rusty: Tem nada não tio, já ouvi piores na rua, agora vou dormir. Boa note tio, tia Cris. – ele estava saindo quando parou olhou para os dois, sorriu e falou. – Agora tenho uma mãe e um pai. Até que estou gostando disso.

Cristina e Emiliano se olham, e sem mais nada a dizer ela sai do escritório.

À noite ou o que restou dela, foi conturbado, Emiliano andava de um lado para o outro, sua mente estava como um vulcão, prestes a entrar em erupção, Cristina por sua vez, estava na cama deitada, queria ir lá e falar com ele, mas não o fez. Quando os raios da manhã surgiram os dois estavam sentando a mesa olhando um para o outro tomando o café.

Cris: Então vai ser assim mesmo?

Em: Não por muito tempo. – alguém toca a porta Emiliano se levanta e vai atender, ele já sabia quem era. – Que bom que chegou, vem a capitã esta aqui. Vai ser melhor assim.

Raúl: Bom dia Capitã.

Cris: Bom dia, você é quem?- falava em pé perto da mesa com os braços cruzados.

Em: Rául trabalha na divisão de proteção, e a partir de agora assumirá o caso, eu estou me retirando. Raúl, aqui estão os horários e a lista de pessoas que circulam nessa casa, Rosário e a professora de Miguel são as que mais frequentam, e claro a capitã e o Comandante.

Cris: Mas que palhaçada é essa?

Em: Palhaçada, bom isso você deve saber melhor que eu. – levantou o punho novamente, mostrando o hematoma da algema.

Cris: Emiliano eu já pedi desculpas, para com isso.

XX: Quero saber o que realmente aconteceu aqui, e os dois me devem um grande e real explicação. – falou o Comandante entrando com Rosário na casa de Cris.

Raúl: bom dia Senhor. Senhora. – eles cumprimentam com a cabeça.

Com: Raúl nos deixe, Rosário nos deixe também, por favor.

Ros: Ele queria vir de madrugada para falar com vocês dois. Menina, o que foi que você fez. E você aiai, isso ta ficando sério demais.

Em: Ela que me fez de palhaço e ainda olha. – mostrou o punho para Rosário, mas estava fazendo dengo, pois sabia que ela iria cuidar dele mais tarde.

Cris: Nem venham vocês dois, sou adulta, feita e direita, e sei das minhas responsabilidades. Não quero ouvir sermão.

Com: Sermão? Cristina Hernandéz Maldonado, você ainda é minha filha e exijo respeito.

Em: Senhor, eu já chamei o Raúl que vai assumir o caso, ele é tão competente quando eu, eu me retiro.

Cris: Ah sim, agora eu sou a bruxa má da história.

Eles se olharam quando Rosário entrou correndo na sala, eles então ouviram os gritos do Rusty. Cristina correu deixando todos para trás, pulou na cama e abraçou forte o menino.

Cris: Shiiii ta tudo bem meu amor, eu estou aqui, eu estou aqui. – ele gritava por ajuda, queria se soltar dos braços dela, mais ainda estava dormindo. – Calma amor, a mamãe esta aqui, shiii. –ela começou a acariciar o rosto e os cabelos dele, cantarolando uma canção que Carlos cantava para ela quando tinha pesadelos.

Carlos, Rosário e Emiliano olhavam a cena tocante de longe, era realmente uma mãe com seu filho. Cris ficou com ele, até se acalmar e despertar, sorriu quando ele abriu os olhos, era um olhar de alivio.

Rusty: Ele estava atrás de mim. Ele me pegou, eu vi, eu me lembro agora.

Cris: Você esta comigo, e tem a nana, o tio Emiliano e o vô Carlos, olha, estão todos aqui por você, vai ficar tudo bem. Vem vamos tomar café e se arrumar, vamos fazer o retrato dele hoje?!

Ros: Oi Miguel, você esta com fome? Podemos fazer seu prato favorito.

C, E, R y C: PANQUECAS COM MEL. - todos riram, era uma delicia as panquecas da nana.

Com: Nós não terminanos ainda, Cris e Emiliano quero os dois na minha sala hoje ainda. Juntos. – ele olhou saindo do quarto e indo com Rosário e Rusty para a cozinha. – Rosa meu amor, quero as minhas com amora e xarope de bordo.

Rusty: "As suas", poxa vô assim não vai ter para mim, quero as minhas com mel, muito mel.

Ros: Vai ter para todos.

Além de Rusty e Rosário, que eram os únicos com sorriso no rosto durante o café, os outros três e mais Raúl, sentiam que algo estava no ar, uma situação pesada, palpável.

Raúl e Emiliano foram de carro seguido por Cris e Rusty para o departamento, quando Cris entrou Amy já a esperava, ao adentrar no corredor Cris foi aplaudida de pé pelo colegas e outros oficiais ali presente.

Cris: O que significa isso?- falava de mão dada com Rusty.

Rivas: É que a senhora fez algo inédito, ou melhor, algo clichê, mas inédito com o detetive Ruíz.

Cris: Vamos parar a palhaçada, isso aqui é local de trabalho. – falava aborrecida.

XX: E de palhaçada você entende não é Capitã. – falou Emiliano parando atrás dela.

Ela olha e vira os olhos, seguindo para sua sala. Ela faz uma ligação e manda que o retratista venha Aurora e Pablo também foram chamados, pois seria de vital importância. Em uma sala, Emiliano olhava com que destreza Cristina conduzia sua equipe, e quão sincronizada era a equipe, Cris era realmente boa no comando.

Cris: Realmente vai sair do caso?- ela estava atrás dele, que fechou os olhos e respirou fundo.

Em: Eu quero, mas não posso, seu pai me obrigou a ficar. E sabe é ele quem manda.

Cris: Sim, ele manda, mas se realmente não quer posso falar com ele. – ela tocou o braço dele, ao sentir o toque dela, era algo sutil, delicado, mesmo para duas pessoas que trabalhavam com as piores coisas da vida.

Em: eu vou ficar, vou ficar Cris, mas não quero ser engando novamente, tão pouco...- ele ficou quieto.

Cris: Eu já pedi desculpas, para que realmente acredite que estou pedindo desculpas, farei o jantar para você hoje. – ele sorriu, e tocou o rosto dela.

Em: Não precisa, sei que não sabe cozinhar. E não quero ir para um hospital por uma intoxicação alimentar.

Cris: Baboso. – ela dá um tapa "carinhoso" no braço dele. Emiliano não aguenta e solta uma sonora gargalhada.

Por uma hora ou mais, Miguel ficou com os profissionais, mas ele detalhou foi a noite e o que realmente viu.

Rusty: Como devo te chamar aqui? – falou olhando para Cristina.

Cris: Como você quiser meu amor.

Rusty: Acho que aqui, vou te chamar que Capitã, é mais legal.

Cris: Ok, agora vamos lá.

Cristina sentia seu coração em pedaços ouvindo tudo que ele viu naquela noite, Rusty estava sendo tão real tão sincero na descrição dos detalhes, quando chegou na hora de descrever o assassino, ele segurou a mão de Cris e de Emiliano que estava sempre ao seu lado.

Rusty: Como eu falei para ele outra vez. – apontou para Snachez. – eu não vi o rosto nítido dele, vi que tinha os cabelos ondulados, mas vi uma tatuagem no braço dele quando ele foi colocar o morto no buraco.

Cris: E como era essa tatto?

Rusty: Pode me dar uma canta e um papel?- Aurora deu a ele o tablete com uma caneta digital.- uau, queria uma dessas para mim, tem jogos?

Emi e Cris: Miguel.

Rusty: Tá estava só brincando. Era assim. – ele fez um desenho e depois colocou na mesa o tablete. Aurora pegou e sorriu. Mostrou para Amy que confirmou com a cabeça, e sim era mais uma peça do quebra cabeça que eles desconfiaram.

Cris: Amy, partimos dai?

Amy: Sim, pode deixar, Aurora e eu vamos fazer isso juntas.

Em: Essa imagem não me é estranha. – ele ficou pensando onde e quando já tinha visto aquela tatuagem?

Ele foi para casa com Rusty, mas ficou martelando a imagem na cabeça, Rosario entrou com um sorriso faceiro, e deixou as comprar na mesa.

Ros: Oi meus meninos, como foi a amanhã?

Rusty: Oi Nana, foi legal, bom quase legal, não muito legal, mas eu brinquei com uma tv pequena, como chama mesmo tio?

Em: Tablet, só a parte de brincar foi legal? Eu ter vindo contigo com as sirenes ligadas e você com meu óculos de sol não foi.

Rusty: ah isso também, quero um tablet e um óculos iguais para mim. Claro que quando eu crescer e for trabalhar com a minha mãe e o tio né.

Emiliano sorria, e gesticulava com a cabeça, era uma figura o Miguel, saia com cada uma.

Ros: Bom, Emi, aqui está as coisas que Cristina pediu, acho que ela vai cozinhar.

Em: E eu para o hospital.

Rusty: Nana podemos jantar nos dois, juntos, ou o vô Carlos vai juntos? Podemos pedir pizza e ver filme e terror.

Ros: Ok, mas sem filme de terror, que mania menino. - os dois saíram deixando Emiliano sozinho. Ela recebeu uma ligação de Carlos avisando que não poderia ir vê-la hoje.

Emiliano recebeu uma ligação, passou a mãos nos cabelos e avisou que iria. Depois ligou par Raúl, logo que ele chegou Emiliano saiu.

À noite quando Cristina entrou em casa, estava sorrindo, tinha recebido a mensagem da nana avisando das compras e que Rusty estaria com ela.

Cris: O que faz aqui Raúl? Cadê o Emiliano.

Raúl: Eu só recebo ordens, ele saiu, e eu ficarei com vocês.

Cristina respirou fundo, sentiu o coração partir, ele foi embora.

Em um lugar longe dali....

XX: Ela está em segurança?

Em: Sim, Raúl está com ela. Mas teremos que ser assertivos em alguns pontos.

XX: Ela é o ponto principal.