Amor por Acaso escrita por Chrisprs


Capítulo 21
Contra o tempo


Notas iniciais do capítulo

Escrita com InesAmazona



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Emiliano tinha a expressão de medo, e Carlos logo imaginou que algo estava acontecendo.

   Carlos: - O que houve, Emiliano?

   Emi: - É ele, Comandante. Aquele desgraçado sabotou o carro e agora pegou a Cris e o Rusty!

   Rosa: - Minha menina e o meu netinho! – disse Rosário chorando em desespero.

   Carlos: - Calma, meu amor. Vá pra casa, tranque tudo. Vou reforçar a segurança. Não abras a porta pra ninguém, a não ser pra mim, ou o Emiliano.

   Rosa: - Tenha cuidado, Carlos. Você também, Emiliano.

   Os dois vão rápido ao departamento. No caminho, o Carlos mobilizou todos os agentes, até os que estavam de folga.

   Carlos: - Quero todos no departamento!... Eu não quero saber se o Pinzón está de férias! Chame ele de volta! – gritou ele antes de desligar o telefone. – Eu vou matar aquele desgraçado, eu juro por Deus!

   Emi: - Nós, Comandante! – disse ele dirigindo em alta velocidade.

   Quando eles chegam ao departamento, a equipe de Cristina se desdobrava para descobrir onde ela podia estar. Aurora e Pablo cuidavam das câmeras de segurança desde a hora em que o carro saiu da loja, até o momento em que ele chegou ao prédio de Cristina; Falcão, claro, observava as imagens de maneira minuciosa, vendo o que ela poderia descobrir.
   Amy cuidava do interrogatório dos funcionários da concessionária e de pessoas próximas ao prédio de Cristina no momento em que o automóvel chegou. Era uma corrida contra o tempo.

   Aurora: - Como ela pode ter sumido assim?!... Já hakiei todas as câmeras de todos os lugares, e nada!

   Falcão: - Porque ela trocou de carro, docinho. – disse ela. – Faça uma coisa, rastreie o chassi do veículo.

   Aurora: - Por que não a placa?

   Falcão: - O carro era novo e estava sem placa. Economia desnecessária, Comandante pão duro!... Você não me ouviu dizendo isso, docinho.

   Aurora: Deixa, comigo. – ela sorri. – E o chassi?

   Falcão: - Você pode trocar a placa de um carro, mas o chassi é mais difícil. Requer mais tempo, coisa que o nosso “astro” não tem. Vai por mim, rastreie o chassi.

   Aurora fez o que Falcão havia dito, enquanto isso, Pablo encontrou uma pista e uma das câmeras de vídeo da concessionária.

   Pablo: - Capitã!... Acho melhor dar uma olhada nisso!

   Falcão: - O que tem pra mim, bolinho? – disse ela.

   Pablo: - Essas são as imagens da garagem da concessionária, certo?... E essas são as imagens das câmeras de segurança que a senhora espalhou por todo o departamento, aquelas que ficaram escondidas. Que só nós dois sabíamos onde estavam.

   Falcão: - Me lembro bem daquele dia, meu bolinho. Qualquer dia repetimos a dose. – disse ela com um sorriso malicioso. – Agora me mostra.

   Falcão olha as imagens. Hades, dessa vez, foi descuidado. Sua identidade foi revelada.

   Falcão: - Achamos você, neném! – disse ela.

   Carlos estava começando a mobilizar os atiradores de elite junto com Rivas e Sanchez, assim que a localização de Cristina fosse descoberta, eles seriam posicionados. Enquanto isso, Emiliano estava na sala de Cristina, olhando os recortes que haviam na lousa sobre o assassino. Ele precisava descobrir alguma coisa, algo estava passando e ele não conseguia perceber. Foi então que ele viu uma foto em cima do birô. Era uma fotografia de Cristina com toda a sua equipe. Ele percebeu um desenho estranho no braço de um dos membros. Emiliano pegar a lupa para olhar mais de perto.

   Emi: - Aquele desgraçado!! – gritou ele jogando o porta retrato na parede.

   Nesse momento, entra Falcão.

   Falcão: - Qual é, bonitão! Vai destruir a sala toda é?!

   Emi: - Eu achei o desgraçado, Nadi!

   Falcão: - Atrasado como sempre, Emi. Vem, temos trabalho a fazer.

   ***

   Em algum lugar, bem perto dali... Mas que ninguém poderia imaginar.

   Nem em seus piores palpites, Cristina imaginou que o seu inimigo, o homem que tirou as vidas de todas aquelas jovens, nem em um milhão de anos, ela poderia imaginar que Hades pudesse ser alguém da sua própria equipe, alguém em que ela confiou tantas e tantas vezes.

   Cris: - Morales?!

   Morales: - Surpresa! – disse ele com um sorriso maléfico. – Feliz?... De finalmente descobrir quem é o todo poderoso Hades?

   Rusty: - É ele, mãezinha! – disse Miguel se escondendo atrás de Cristina. – Não vi o rosto, naquela noite, mas os olhos são iguais. Olhar de gente ruim.

   Morales: - Olá, anjinho. Você escapou de mim daquela vez. Mas no final, o deus da morte sempre vence. – disse ele se aproximando dos dois.

   Cris: - Não se aproxime dele, seu infeliz! – disse Cristina.

   Morales: - Cristina, não banque a heroína. Não me faça atirar nesse garoto, porque não é isso que eu quero. – disse ele apontando uma arma para os dois.

   Cristina ficou impotente. Ela iria fazer Rusty correr, mas Morales poderia atirar nele pelas costas, ela não podia arriscar.


   Morales: - Não se preocupe, Cris. Ele não vai ficar aqui. A função dele vai ser outra.

   Rusty: - O que ele quer de mim, mãezinha? – pergunta ele assustado.

   Morales: - Vai ser divertido, anjinho!

   Cris: - Eu vou te matar, desgraçado! – disse ela cerrando os dentes.

   Morales: - Tudo ao seu tempo, querida. Agora, vamos entrando, temos muito o que fazer e o tempo urge. – disse ele os conduzindo para dentro do galpão.

   Algum tempo depois, Rusty vai saindo do galpão sozinho com algo amarrado em sua cintura.

   Cris: - Seu maldito sádico! Ele é só uma criança! – disse Cristina.

   Morales: - O que foi, Cris?... Não confia no seu anjinho da guarda? – ele sorria de maneira doentia. – É melhor não esquecer o que eu lhe disse garoto.

   Cris: - Miguel!

   Miguel: - Tudo bem, mãezinha. Eu consigo. Eu vou te salvar.

   Morales: - Olha, só! Ele é corajoso!... Muito bem, garoto, gostei!... Agora, se eu fosse você, iria andando lentamente. Não queremos que a festa comece antes da hora, não é?

   ***

    Nesse meio tempo, Falcão não somente descobriu o rosto de Hades, como também a localização do carro de Cristina. Os dois chegaram a um galpão abandonado, onde viram o carro dela.

   Emi: - Eu vou na frente, Nadi. Você me cobre.

   Falcão: - Você manda. Mas tenha cuidado.

   Os dois andam com todo o cuidado e percebem rastros de pneus.

   Falcão: - Como eu imaginava. O infeliz fez ela trocar de carro!

   Emi: O filho da mãe pensou em tudo! Droga! – disse ele chutando um balde que estava no chão.

   Falcão: - Ei, garotão, calma!... Preciso de você concentrado, tá bom?

   Emi: - Você não entende, Nadi!

   Falcão: - O que?... Que você é apaixonado pela Cristina?... Que não quer que nada de ruim aconteça com ela, que daria a sua vida por ela?... Entendo mais do que pensa, Emiliano. Mas você não vai conseguir ajuda-la se perder o controle agora, ok? Agora, mais do que nunca, você tem que ser profissional.

   Emiliano entendeu o recado. Era a vantagem de se trabalhar com alguém como Falcão. Quando você está prestes a fazer alguma bobagem, ela faz você “segurar a onda”.

   Emiliano: - Como foi que Morales conseguiu se esconder por tanto tempo? Ninguém desconfiou.

   Falcão: - O jogo dos psicopatas é exatamente esse, Emi. Eles se escondem entre nós, esperando o melhor momento pra atacarem. Só que o Hades é diferente de todos os que eu já vi.

   Emi: - Por que diz isso?

   Falcão: - Esse último ataque dele agora... Foi descuidado, previsível. Ele não se preocupou em cobrir seus rastros, dessa vez. Foi quase... Proposital.

   Foi quando o celular de Emiliano tocou. Ele achou estranho, era desconhecido.

   Emi: - Alô?

   Rusty: - Emiliano.

   Emi: - Rusty, meu garoto!... Você está bem? Cadê a Cris?

   Rusty: - Ele tá com ela! Tem que salvar ela, Emiliano! Salva a minha mãe!

   Emi: - Eu vou salvá-la, Miguel, eu juro!... Agora tenta se acalmar e me diz onde você está.

   Rusty: - Estou num telefone público. Estou onde essa história toda começou. Ele quer você. Quer que você venha sozinho.

   Emi: - Ele está no parque! – disse ele à Falcão. – OK, garoto, não saia daí.

   Rusty: - Acho que não posso sair mesmo, tio.

   Emi: - Como assim?

   Rusty: - O tal de Hades colocou um colete em mim. É pesado, e quando tirei o telefone do gancho ele começou a apitar e um relógio apareceu.

   Emiliano congelou.

   Falcão: - O que foi, Emiliano?

   Emi: - Ele colocou uma bomba no garoto.

   Falcão: - Aquele maníaco!... Diga pra ele não se mexer, Emiliano. Pode ser uma bomba ativada por pressão. Me dá o telefone. ... Miguel, aqui é a tia Nadi, tudo bem?

   Rusty: - Mais ou menos, tia.

   Falcão: - Você é um menino muito corajoso e vai ser mais corajoso agora, está bem?... Precisa fazer tudo o que eu disser, tá bom?

   Rusty: - Tá bom.

   Falcão: - Não se mexa, continue na linha, não desliga ok. Conversa comigo.

   Ela entrega o celular dela para Emiliano.

   Falcão: - Sabe o que fazer, Emiliano. ... Miguel, querido, me diga uma coisa, nesse relógio que tá aparecendo no seu colete, o que tem nele?

   Rusty: - Tá contando de trás pra frente, tia. 19:43, 19:42, 19:41... E por aí, vai.

   Falcão: - Ok. ... Temos menos de vinte minutos, Emiliano.

   Era uma corrida pela vida. E o tempo não era um bom aliado no momento.

 


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