Eles por ela e ela por gatos escrita por Airi


Capítulo 23
Quatro curtas patas


Notas iniciais do capítulo

Ai está mais um capitulo, espero que gostem. ;3



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Alguns dias depois do vexame com Serafim, eu ainda estava trancada na casa de Sebastian. Espirro tinha passado a vir mais vezes, até que começou a ficar. Ele e Sebastian não se falavam muito, mas depois de contar a história toda, Espirro passou a olha-lo com mais compaixão e aos poucos, as falas entre os dois passaram a ser mais compridas, até que passaram a me deixar sozinha no quarto para discutir coisas sobre o plano contra Célia.

Tínhamos muitas obrigações, mas meu lado egoísta e bem humano estava gritando.
Eu queria me isolar do mundo, ou matar todos nele. Esse sentimento era um velho conhecido meu. Essa historia toda tinha começado apenas porque eu queria ficar longe de tudo e fui passar uns dias na minha avó. Agora andava com gatos meio humanos, com história complicadas para se resolver, e pior, tinha absurdamente me apaixonado por um deles. O passado de Sebastian me rondava, e as coisas que Sarah tinha me contado também. Depois de ponderar muito, entendi o que ela queria dizer no final. Nós éramos a mesma pessoa. A mesma essência, mas era muito complicado pensar nas explicações lógicas.

– Senhorita Amélia?

Escutei Espirro se aproximando da porta do quarto. Uma carinha de sono, de quem tinha acordado agora. Surpresa, não esperei para perguntar.

– Você dormiu aqui?

– Si-sim. – ele respondeu envergonhando, mexendo as orelhinhas. – Fiquei preocupado com a senhorita.

Com um sorriso amoroso, o chamei para meu colo, batendo algumas vezes sobre o cobertor macio. O felino menor logo encolheu, virando aquele peludinho medroso que eu me lembrava. Seus olhos antes arregalados agora eram um par de olhos brilhantes e confiantes, enquanto arranhava o cobertor sobre meu colo, para deitar confortavelmente.

– Pode dormir comigo quando quiser. Me sinto bem quando estou com você.

Disse sincera, afagando seu pelo macio e curto. Ele miou de volta, se aconchegando no meu colo. Parecia contente, estava até ronronando. Não demorou para Sebastian dar o ar da graça, também com cara de quem tinha acabado de acordar.

– Concordamos que seria melhor para você se começássemos nossa expedição até as terras da velha bruxa depois que passar a neve. Mais alguns dias já deve dar. Esta tudo bem para você?

Sebastian parecia diferente. Concentrado, animado. Estava até de bom humor, dava para perceber pelo seu sorriso. Ele estava esperançoso, e eu tinha trazido isso para ele. Quem me dera Serafim estivesse orgulhoso de mim por ter feito isso. Queria que ele sorrisse, vendo como Sebastian esta agora, ao menos mais uma vez antes deu ir.

– Esta sim. Mas eu queria me ocupar, assim como vocês dois. – suspirei enquanto me levantava. – não vai fazer muito bem pra mim, em todos os sentidos, ficar quieta.

– Você esta muito debilitada senhorita Amélia.

– Mas ela tem razão. Precisamos dar algo para ela fazer, ou achou que ficaria ai como uma princesa dormindo o dia todo? – Sebastian me empurrou de leve, sorrindo.

Ri e entrei na brincadeira.

– Que pena. E eu pensando que poderia ficar aqui dormindo para sempre.

– Então venha. Hoje eu tenho uma tarefa especial para você.

O sorriso dele não era muito animador para mim. Parecia que Sebastian tinha algum plano em mente. Gelei, mas concordei, apenas balançando a cabeça. Agora, sozinha com Espirro, me enrolei em um casaco grande que tinha ali no armário e desci as escadas com o felino me seguindo.

– O que acha que poderia ser?

Voltando a sua forma meio humana, ele me respondeu.

– Sinceramente desconheço os motivos dele. Mas pelo pouco que vi do senhor Sebastian, ele não te machucaria.

Senhor Sebastian? – perguntei em tom brincalhão. – já estão tão próximos assim?

Espirro ficou roxo e nervoso, correndo o resto do caminho, berrando alguma coisa que negava totalmente minha pergunta. Ele estava sim se aproximando, mas assim como eu, devia sentir a falta daquele que chamava de mestre. Estávamos entre dois irmãos que se odiavam, e tudo por causa de um truque do destino. Sempre que eu parava para pensar na história, um calafrio percorria meu corpo. Uma tristeza me corroia aos poucos por dentro. Serafim precisava saber da verdade, mas atualmente ele estava muito longe de querer me ouvir. Ou eu de falar com ele.

Admito que exagerei em nosso último encontro, mas ele pediu por isso. Não se pode mexer assim com os sentimentos das pessoas, é errado e a confusão faz com que façamos coisas que não queríamos. Como bater na cara dele e ser grossa com a minha antiga companheira. Missy era meu xodó antes de tudo isso acontecer. Mas parecia que agora ela só seguia Serafim e seus propósitos sem sentido. Mas todos nós o seguíamos cegamente antes, não? Ele mesmo acredita na verdade falsa que Célia criou. Sua convicção é tão grande que seus ouvidos estão tapados. Mas ele me trouxe para esse mundo, e agora era minha vez de abrir os olhos dele. Eu só não sabia como iria fazer para isso dar certo.

– Droga. – falei baixinho, batendo de leve no rosto.

– Algum problema?

Sebastian perguntou divertido, ao meu lado, puxando uma mecha de cabelo meu e a enrolando com um dos dedos.

– Nada, só tentando arrumar a bagunça que vocês estão metidos. – brinquei. – Agora vamos ao que interessa, o que eu posso fazer para ajudar vocês?

– Primeiro tome este café que preparei para você, vai se sentir melhor do choque de ontem.

Agradecida, peguei a caneca da mão dele e tomei um gole. O líquido quente passou deslizando pela minha garganta, deixando aquela sensação quentinha no corpo. Mas o gosto estava diferente. Era café misturado com alguma coisa muito doce. Depois de uns dois goles parei e tentei identificar qual gosto era. Olhei para Sebastian confusa, ele abriu ainda mais o sorriso, o que me deixou nervosa.

– Sebastian, o que tinha nesse café? – perguntei assustada, colocando a caneca na mesa.

– Nada que vá te matar. – ele respondeu calmo. – Só queria experimentar uma coisa em você.

– Sem me perguntar se eu queria ser a sua cobaia?!

– Você esta perfeitamente segura Amélia, deixa de drama. – ele deu de ombros.

– Justo quando eu achei que você não era tão ruim assim. – choraminguei. – Isso que eu tomei fará o que comigo?

No momento que perguntei, senti que as coisas a minha volta estavam diminuindo. Não, era eu que estava encolhendo! Meu corpo ficou dormente até meus olhos ficarem no mesmo nível do pé da cadeira. Olhei em volta, confusa e mexi a cabeça. Sebastian, ainda sem dizer nada, foi até a cozinha e voltou com um espelho nas mãos. Abaixou na minha frente e olhei. O par de olhos cor de mel eram meus mesmo, confere. Mexi as patas da frente, as traseiras, as orelhinhas e por ultimo a cauda, toda pomposa atrás de mim. Ele tinha me transformando em um gato?!

Assustada, corri até a cadeira mais próxima dele e subi, pulando para a mesa e me sentando ali. Eu estava muito irritada.

– Como é que você teve coragem de fazer isso comigo, nya?! – berrei, com a voz um pouco diferente. – E que porcaria de som estranho é esse que eu faço quando termino de falar, nya?!

Espirro entrou na sala, perguntando o que estava acontecendo, e caiu para trás. Como aqueles pulos que os gatos dão quando levam um tremendo susto. Sua respiração estava rápida, e enquanto apontava o dedo tremulo para mim, perguntou pausadamente.

– Mas o que é isso?!

– Eu é que pergunto, nya! – berrei para Espirro. – Sou eu, Amélia, nya!

Mais calmo, o felino medroso se aproximou de mim enquanto Sebastian confirmava minha versão e começava a se explicar.

– É ela mesma. Eu fiz uma poção para testar se ainda conseguia fazer essas coisas. E pelo visto eu consigo mesmo. – ele falou todo divertido, rindo. – Olha só a siamesa mais linda que ela virou Espirro!

– Isso não tem graça, nya!

– Ah, e esse barulho no final. – ele apontou para mim, e depois para a própria garganta. – É só se concentrar que não fará esse barulho. Os bebes tem esse problema.

– Eu. Eu não sou bebe! – berrei, ainda muito irritada. – Me faz voltar ao normal já. Agora, sem mais enrolação.

– Preciso trabalhar nisso.

Travei. Fiquei olhando para Espirro por alguns instantes antes de adquirir o mínimo de calma para encara-lo.

–Precisa trabalhar nisso? – respondi em tom ameaçador. – Sebastian.

– Eu sinto muito pequena Amélia. – ele respondeu calmo, passando a mão pela minha cabeça. – Pode ficar assim por um tempinho?

– Como é que você testa uma coisa dessas em mim sem nem ao menos saber se eu poderia voltar ao normal, nya?!

– Olha, de novo. – Espirro comentou aleatoriamente, apontando para mim.

– Calado! – Sebastian e eu falamos juntos.

– Não é como se eu não tivesse exatamente a cura. – Sebastian continuou, irritado. - Eu tenho. Só preciso de uma amostra do seu sangue e em 24 horas o antidoto fica pronto.

– E porque não falou antes?!

– E você deixou?!

– Ei, vocês dois estão parecendo um casal brigando, acalmem-se. – Espirro entrou no meio, me pegando no colo. – Podemos passear um pouco, posso te mostrar como é a vida de um gato. Nunca teve curiosidade?

Bom, pensando por esse lado...

– Odeio agulhas. – respondi por fim, me aconchegando no colo de Espirro.

Até que essa coisa de ser gato não era lá tão ruim assim. Depois de tirar meu sangue, Sebastian me liberou para sair com Espirro. Eu ainda estava irritada demais com ele para conversar melhor. Então deixei a tarefa para Espirro. Mas o felino negro parecia não se importar muito como eu estava me sentindo com aquela experiência. Dei de ombros no momento, me irritar só iria trazer mais uma coisa para pensar.

Espirro me levou até o pátio do casarão. Correr de quatro patas era estranho, cai várias vezes durante o caminho, sentindo a neve molhar meu focinho. Mas até que me sentia bem, era divertido passar por essa experiência, fingir ser um animal que até então só tinha tido como companheiro.

– Vamos por aqui. – ele comentou, indo para perto de um banco.

– Não tem problema eu ficar aqui? Afinal, eu quebrei o código e.

– E quem vai descobrir quem é você? – Espirro me cortou. – Achei que você iria querer ver uma coisa.

Curiosa, o segui para perto do banco, mas logo ele mudou de lugar, indo para trás de um arbusto. Nos enfiamos entre as folhas e logo um Serafim muito irritado vinha de dentro do casarão. Senti minha respiração para e meu coração acelerar. Não. Vendo meu estado, Espirro colocou sua patinha em cima da minha.

– Viu como ele está? Queria que visse como o mestre está sofrendo.

– Eu não duvido disso Espirro, eu só não sei exatamente pelo que ele está sofrendo. – respondi sincera, me virando de costas para a cena. – Eu sinto a dor dele. Somos ligados. Lembra? Mas eu não sei, desde o inicio o que ele sente. Eu queria poder ajudar, mas ele nunca deixa eu terminar de falar, é muito teimoso!

– Senhorita Amélia, shiu! - ele falou assustado, ouriçando todo o pelo.

Os arbustos se mexerem acima de nós, e um par de olhos azuis bem curiosos passou a nos observar. Travado pela vergonha de ter sido pego, Espirro apenas balançava o rabo atrás de si e respirava fundo. Continuei de costas depois de espiar e ver que era ele. Tudo isso não podia estar acontecendo. Que vergonha. Eu nem ao menos sabia como olha-lo depois daquilo. Estava irritada pelo modo como me tratou, mas também me sentia culpada por ter batido bem no seu rosto.

– Espirro? – Ele perguntou confuso. – Quem é sua nova amiguinha? Não temos siameses por aqui.

– Ah, não. Eu. – Espirro travou. – Ela é, ahn. Ela é a

– Ela é a?

E logo um barulho de folhas se espalhando tomou conta do ambiente. E Espirro me deixou para trás, gritando.

– EU NÃO SEI!

Me virei, vendo que ele provavelmente iria se esconder bem longe e me deixar resolver o problema sozinha. Tentei fingir que não o vi e comecei a andar para um lado qualquer, queria me esconder, mas logo minha cauda estava presa pela mão dele.

– A onde pensa que vai? – ele disse ameaçador.

– Nya. – deixei o barulho escapar.

– Você não parece ser tão nova para não falar. – ele continuou, me puxando pela cauda e me levantando no ar, de ponta cabeça, me olhando nos olhos.

Ele estava tão perto. Podia sentir sua respiração por todo o meu rosto todo peludo, me fazendo cocegas. Quando nossos olhos se encontraram, não demorou muito para ele me jogar no chão no novamente, e sentar. Como eu não tinha nenhuma habilidade felina, cai de cara no chão. E furiosa, não consegui me conter.

– Porque fez isso?!

– Eu não acredito. – Serafim disse perplexo. – Como isso foi acontecer com você?

– Longa história. – resumi o obvio.

– Foi o meu irmão, não foi? – ele continuou.

– Um proposito maior. – menti.

– Amélia, você virou uma siamesa.

O tom dele havia mudado drasticamente, o que me fez olhar para ele mais uma vez. Seus olhos estavam me analisando, e eu não entendia o motivo. Pareciam os de uma criança quando estão olhando o presente. Chocados, curiosos. Eles me devoravam.

– Sim. Eu acho. Não sei ao certo, Sebastian falou o mesmo, qual é o problema? – respondi ríspida, olhando para o lado.

– Você ficou linda. – ele terminou, amoroso, porém um pouco triste.

Não o olhei de primeira, só depois de tomar o folego da coragem que estava precisando, me virei e me sentei na frente dele. Uma vontade enorme de lamber minha pata me pegou de surpresa, e lambi. Tossindo depois de engolir alguns pelos.

– Ser gato é horrível. – resmunguei.

Ele riu. Nos olhamos mais uma vez, e ele virou um gato também. Até nessa forma ele parecia maior do que eu, mais imponente. Eu não via o gato na minha frente, apenas me focava naquelas duas pedras azuis brilhantes, elas me dizia quem estava na minha frente.

– Me desculpa. – falei baixinho. – Você voltou na hora mais conturbada possível. Viu tudo errado, não me deixou explicar, as coisas fugiram do controle. Sebastian tem me ajudado muito sim, mas não é nada disso o que você ensinuou quando nos encontrou conversando perto do portão.

– Me desculpa por sumir. – ele disse logo em seguida. – Não sabia que você tinha sentido tudo aquilo que disse. Pensei muito no que a minha ausência poderia ter causado para você, enquanto estive fora, mas passei a pensar mais ainda quando ouvi as suas palavras, tão...angustiadas. Parecia sofrer enquanto dizia tudo aquilo, não queria ter te visto assim, nunca. E também não deveria ter te deixado sozinha, mas – ele fez uma pausa, olhando para o outro lado, escondendo o rosto. – ainda estou magoado por você ter feito tudo isso sem me contar. Ficado tão próxima do meu irmão. Amélia, vocês dois juntos, ali. Eu não esperava. Eu não queria.

– Se me deixar explicar o aconteceu enquanto esteve fora, talvez essa briga toda acabe. Mas antes, você também fez muita coisa sem me contar, isso aconteceu dos dois lados. Como você mesmo disse, você sumiu, como eu poderia te contar qualquer coisa? Ainda mais com você odiando seu irmão desse jeito?

– Eu sei de tudo isso, também sou culpado, mas você precisa entender que eu nunca vou perdoar o meu irmão. Não importa o que você diga.

– Estou te pedindo para me ouvir, só isso.

– Eu não vou perdoa-lo. – ele disse mais alto.

– Serafim, estou falando de mim. – respondi no mesmo tom, indo para a frente dele. – Eu quero te ouvir também, entender seus motivos. Vai ser difícil a gente se entender assim, eu acho. Precisamos de uma trégua, não sei nem por onde começar. Se eu te esgano por odiar o que você faz, ou se falo com você e tento entender, mas ficar parada esperando as coisas acontecerem não é o meu forte.

Ele me olhou mais uma vez por um longo tempo até se aproximar de mim, encostando seu focinho no meu por algum tempo. Fiquei parada, de olhos abertos. Ele tinha até fechados os olhos para encostar em mim. Quando se afastou, virou de costas e se afastou um pouco, voltando a sua forma que eu tanto gostava, mexendo a cabeça, bagunçando seus cabelos brancos como a neve que caia, e levantava e abaixava as orelhas.

– Amanhã.

– Espero ter voltado ao normal até lá. – respondi emburrada, mas confusa. – Mas pera, amanhã o que?

– Você ficou linda assim. – ele se virou para mim, sorrindo levemente.

Aquele sorriso. Ai que ódio do meu coração fraco e tão humano.

– Não foge do assunto não! Acha que sou como as suas felinas dadas que qualquer tipo de elogio eu já fico toda derretida? Da um tempo, linda? Eu sou um gato agora, nya! – falei irritada, correndo até ele.

Maldito barulho de gato!

Serafim me pegou no colo e colocou para o lado contrario, pacientemente.

– Quis dizer que amanhã conversamos melhor. Preciso pensar no que me pediu agora. Eu sou muito ciumento. – ele falou com naturalidade. – Não sei dividir aquilo que tenho como meu e é difícil admitir quando estou errado.

Aquela afirmação tinha me trazido todas os sentimentos contraditórios possíveis. Estava com raiva por ele ter mudado de postura tão rápido, feliz pela afirmação tão explicita, e com vontade de retrucar por ele ser tão convencido quanto a eu ser dele. Mas só de me ver, ele parecia ter mudado, algo nele estava feliz de me ter ali, mesmo que naquele estado cômico. Então, segui meu caminho, não poderia ter ficado ali por mais tempo, tinha que achar Espirro e contar as novidades antes que ele pensasse que alguém queria mata-lo. Na verdade, Serafim parecia feliz em ter pego a gente bisbilhotando ele.

– Amélia, só mais uma coisa. – ele berrou de longe, captando a atenção das minhas orelhinhas, que se moveram e logo virei meu rosto. – Aquilo foi um beijo de gato, feche os olhos da próxima vez.

Demorou um tempo para a frase ser processada.

– Nã-ão acontecerá nada de novo! - berrei.

Se eu estivesse no meu corpo agora, provavelmente estaria queimando de tão vermelha. Nervosa, virei e comecei a correr de volta para a casa de Sebastian. Minhas orelhinhas ainda conseguiram captar uma risada fraca, que logo depois sumiu. Ele queria me enlouquecer, só podia ser isso.


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