O Primo perdido escrita por Paula Mello


Capítulo 11
Grifinória X Lufa-Lufa




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O time subiu para a sala comunal, logo depois de mais um demorado discurso de Wood no vestiário, todos se sentindo molhados e exaustos.

— Eu vou dormir, vocês deveriam fazer o mesmo, quero todos vocês fortes para para o jogo no Sábado! – Disse Wood, se despedindo do resto do time e subindo para o quarto dos meninos.

— Eu às vezes acho que ele vai ter um treco um dia desses – Disse Jorge, se aquecendo perto da lareira acesa.

— Ele só é dedicado – Defendeu Angelina, como sempre.

— Quanto ele te paga para você defender ele assim? – Perguntou Fred, ao lado do irmão gêmeos.

— Nada, ele é meu amigo, só isso! – Disse Angelina, um pouco irritada.

— Se você não empurrasse tanto ele para a Hydra, eu poderia pensar que...

— Nada disso, Fred! – Interrompeu Hydra – Ela só gosta dele como amigo.

Angelina olhou para Hydra, um pouco agradecida, Hydra sabia que Angelina ainda gostava de um certo jeito especial do Fred, apesar de achar um absurdo que até hoje ela não tenha falado nada com ele e ser complicado ter que dar várias desculpas para não dar o contato de suas amigas na França para Fred, apenas para Jorge, já que Hydra não queria ferir os sentimentos da amiga.

— Ok, ok... Só estava brincando – Disse Fred, não entendendo o que falou de tão ofensivo assim.

— Acho melhor irmos dormir, vocês precisam descansar de verdade, se tiverem mesmo pequenas olheiras Sábado, é capaz do Olívio matar todos vocês – Disse Hydra, se levantando da poltrona.

— Não, não acho que ele faria isso, ele teria que encontrar uma nova equipe em cima da hora e ele jamais arriscaria tanto – Brincou Jorge.

No dia anterior a partida, começou a uivar e a chuva a cair com mais força que nunca. Estava tão escuro nos corredores e salas de aula que foi preciso acender mais archotes e lanternas. Olívio entrara na sua sala para dar instruções para os companheiros de equipe diversas vezes durante o dia, irritanto os professores.

— Senhor Wood, quantos pontos terei que tirar da Grifinória até que o Senhor pare de interromper as minhas aulas? – Perguntou a Profa. Minerva, completamente irritada, depois de Wood interromper a aula dela pela quinta vez para falar com Fred, Jorge, Alicia e Angelina.

— Desculpe, professora, é só que o jogo de hoje...

— Eu sei muito bem qual é o jogo de hoje, Sr. Wood, mas isso não é desculpa para interromper a minha aula! Menos cinco pontos para a Grifinória e se aparecer de novo, serão menos cinquenta!

No final da aula, Jeniffer e Rita foram ao encontro de Hydra.

— Seu ex, né? – Perguntou Jeniffer.

— Sim, ele mesmo – Respondeu Hydra.

— Ele é... intenso... Eu acho... – Disse Jeniffer, um pouco sem jeito.

— Muito, para dizer o mínimo – Respondeu Hydra, rindo e lembrando do aviso que os Alicia deu sobre Olívio no ano anterior.

No dia da partida a chuva estava ainda mais pesada e mais forte, deixando Olívio mais tenso do que nunca.

— Vai ser uma partida dura – comentou Olívio, que não queria comer nada no café antes da partida, mas fazia seus companheiros comerem para ficarem fortes.

— Pare de se preocupar, Olívio – disse Alícia para tranquilizá-lo –, não vamos derreter com uma chuvinha à toa.

— Olívio, toma – Disse Hydra dando uma torrada para ele – Come alguma coisa por favor, senão você não vai aguentar jogar! – Olívio forçou um sorriso e mordeu um pequeno pedaço da torrada. – Mais um pouco vai... – Disse Hydra, servindo mais torrada no prato para Olívio, segurando enquanto ele comia.

Ela percebeu, que da mesa da Corvinal, Peter olhava um pouco enciumado, não parecendo gostar nada da cena que via, mas já tinha dito para ele que não deixaria de agir normalmente com Olívio, apesar de ele não ter pedido isso.

— Obrigado, Hydra – Disse Olívio, depois de comer a torrada e voltar a ficar sério e tenso.

A escola inteira apareceu para assistir à partida, como sempre. Os jogadores, no entanto, desceram os jardins em direção ao campo e Hydra os acompanhou como sempre, as cabeças curvadas contra a ferocidade do vento, os guarda-chuvas arrancados de suas mãos.

Entrando no vestiário, o time vestiu o uniforme escarlate e aguardou com Hydra o discurso de Olívio que antecedia as partidas, mas não houve discurso dessa vez...

Wood tentou falar várias vezes, fez um ruído esquisito de quem engole, depois sacudiu a cabeça, desalentado, e fez sinal para os companheiros o seguirem. Hydra deu um abraço que o fez quase desabar em seus braços e um beijo na bochecha o desejando boa sorte e depois seguiu para a arquibancada, aonde encontrou um lugar perto de Jeniffer, Rita e Laura. O vento e a chuva eram tão fortes que Hydra teve dificuldade de chegar até a arquibancada.

Todos aplaudiram quando o time entrou, mas os trovões abafafam o barulho dos aplausos.

Os jogadores da Lufa-Lufa se aproximavam pelo lado oposto do campo, usando vestes amarelo-canário. Os capitães foram ao encontro um do outro e se apertaram as mãos. Ou pelo menos parecia, era realmente muito difícil de ver das arquibancadas.

Hydra perdeu completa noção de tudo que acontecia na partida, os jogadores eram apenas borrões amarelos e vermelhos que passavam as vezes na grossa chuva que caia. Percebeu que um tempo depois, o time da Grifinória pediu tempo descendo até o gramado.

Os jogadores voltaram a subir e a Grifinória, Hydra achou ter ouvido, estava na frente.

— O que diabos está acontecendo? – Perguntou Jeniffer, tendo que gritar para ser ouvida.

— Eu não sei, acho que estamos na frente, mas não da pra ver nada! – Disse Hydra.

— É bom que a gente esteja mesmo, eu apostei 10 sicles com meu primo que a gente ganhava... – Disse Jeniffer.

— Eu queria tanto saber o que está acontecendo – Disse (na verdade gritou) Hydra, preocupada com a possibilidade de alguma coisa estar indo errada para os meninos.

— Relaxa, nosso time é melhor que o da Lufa-Lufa – Disse Rita, ao lado de Jeniffer.

Hydra agora tentava de todo jeito ver o que acontecia com o time, apesar de não ter muito sucesso nisso.

Mais um tempo depois de jogo, Hydra notou um ponto vermelho descendo rápido do céu e sentira uma sensação muito grande de tristeza e um enorme frio, o ponto vermelho descia muito rápido e percebeu que o ponto era na verdade Harry Potter e que dementadores vinham atrás dele e em volta do campo. Hydra gritou desesperada e correu em direção ao campo, quando chegava mais perto, começou a sentir aquela sensação de desespero e tristeza que sentiu uma vez no trem, mas não parou de correr. Ela Viu que Dumbledore já havia corrido para o campo, agitou a varinha e Harry meio que desacelerou antes de bater no chão. Depois, virou a varinha para os dementadores. Disparou uma coisa prateada contra eles e os Dementadores fugiram assustados, Hydra reconheceu o feitiço como um Patrono, uma magia avançada e poderosa. Dumbledore parecia furioso.

Ao chegar no campo, com muita dificuldade, Hydra viu o time no chão e vários alunos ao redor.

— Ele está vivo, não se preocupem!– Gritou Madame Hooch, mas ninguém parecia ouvir. Hermione chorava desesperada e Hydra também chorou.

— Não, vamos parar o jogo, eu quero um novo jogo! – Gritava Cedrico que acabara de pegar o pomo de ouro.

— Não! Vocês venceram justamente. – Disse Olívio, branco e com a expressão mais triste que já vira ele ter na vida, pior ainda do que quando o campeonato foi cancelado no ano anterior.

— Olívio, eu sinto muito... - Disse a menina, mas ele pareceu não conseguir ouvir nada ao seu redor mais.

— Temos que levar o Potter para a ala hospitalar! – Gritou Madame Hooch novamente – Lufa-Lufa ganha!

Olívio entrou em disparada para o vestiário, sem nem esperar para ver o que acontecia.

Dumbledore usou a magia para botar Harry numa padiola e saiu a pé até a escola, com Harry flutuando do lado, na padiola.

O time, que seguiu para a sala hospitalar com Hermione e Rony, falava sobre os dementadores e ficaram falando durante o tempo que Potter ficou desmaiado na ala hospitalar. Hydra sentia uma mistura de preocupação com o menino e pena de Olívio.

— Foi a coisa mais apavorante que já vi na vida. Mais apavorante... a coisa mais apavorante... vultos negros encapuzados... frio... gritos...

O time estava extremamente sujo de lama e chuva e Hermione ainda chorava desesperada, mas todos esperavam ansiosos para saber de Harry quando o menino acordou.

— Que aconteceu? – perguntou, sentando-se na cama tão de repente que todos reprimiram um grito de surpresa.

— Você caiu da vassoura – contou Fred. – Deve ter caído... de ... uns quinze metros? –

— Pensamos que você tivesse morrido – disse Alicia, trêmula.

Hermione fez um barulhinho esganiçado. Tinha os olhos muito vermelhos.

— Mas o jogo – perguntou Harry. – Que aconteceu? Vamos jogar outra vez?

Ninguém disse nada.

— Nós não... perdemos? – Diggory apanhou o pomo – informou Jorge. – Logo depois de você cair. Ele não percebeu o que tinha acontecido. Quando olhou para trás e viu você no chão, tentou paralisar o jogo. Queria um novo jogo. Mas tiveram uma vitória justa... até Olívio admite isso.

— Onde está Olívio? – perguntou Harry ainda muito assustado.

— Ainda está no banho – respondeu Fred. – Achamos que ele está tentando se afogar.

Hydra sentiu seu coração apertar em pensar em Olivio sozinho e triste no vestiário, estava decidida a procurá-lo quando saísse dali, se sentiu ainda pior quando viu Harry.

Harry abaixou a cabeça até os joelhos, agarrando os cabelos com as mãos. Fred segurou-o pelos ombros e o sacudiu com força.

— Anda, Harry, você nunca perdeu o pomo antes.

— Tinha que haver uma primeira vez – disse Jorge.

— Mas a coisa não terminou aqui – disse Fred. – Perdemos por uma diferença de cem pontos, certo? Então se Lufa-Lufa perder para Corvinal e vencermos Corvinal e Sonserina...

— Lufa-Lufa terá que perder, no mínimo, por duzentos pontos – disse Jorge.

— Mas se eles vencerem Corvinal...

— Nem pensar, Corvinal é bom demais. Mas se Sonserina perder para Lufa-Lufa...

— Tudo depende do número de pontos, uma margem de cem pontos a mais ou a menos...

Harry ficou sentado na cama da ala hospitalar parecendo miserável com toda a informação.

Passados mais ou menos uns dez minutos, Madame Pomfrey veio dizer aos garotos que deixassem Harry em paz.

— A gente volta para ver você mais tarde – disse Fred. – Não fique se martirizando, Harry, você ainda é o melhor apanhador que já tivemos.

— Eu vou atrás do Olívio – Disse Hydra aos amigos.

— Acho que ele  não vai querer te ver agora, nem você... – Respondeu Fred, ainda cheio de lama.

— Eu tenho que tentar – Disse Hydra.

— É a Hydra, se ele vai querer ver alguém, é ela! – Disse Angelina.

Hydra desceu em direção ao campo de quadribol ainda vazio, a chuva ainda caia muito forte e o vento era cortante, ela entrou no vestiário e procurou Wood.

— Olívio, eu sei que você está ai! – Gritou ela.

Olívio chorava sentado na pequena  arquibancada, já com as vestes pretas da escola.

— Eu fracassei, eu fracassei! – Chorava ele alto quando viu Hydra.

Hydra sentou do seu lado e fez carinho em seu cabelo enquanto ele chorava sem a olhar, na verdade, ele olhava fixamente para o chão.

Hydra só vira Olívio chorando de verdade duas vezes contando com essa e sabia o quanto ele devia estar sofrendo.

— Você sabe que não fracassou... – Finalmente disse Hydra, depois de deixar ele chorando por um tempo, ela sabia que isso ajudava a aliviar a dor. – Você não teve culpa nenhuma, foi um acidente – Olívio parecia chorar ainda mais –, além disso, vocês ainda tem chances de ganhar a taça...

— Não temos! – Gritou ele.

— Tem sim e você sabe que sim! – Hydra virou o rosto de Olívio para si com as mãos – Não acabou Olívio, eu sei que vocês ainda podem ganhar e você também sabe disso.

Olívio, ainda chorando, olhou em seus olhos e a beijou, Hydra não teve coragem de afastá-lo, mas também sentia como se estivesse fazendo algo horrível com Peter, mas o que ia fazer? Ela apenas beijou Olívio, um beijo intenso, forte.

O beijo foi ficando mais intenso com o tempo, era como um final de história acontecendo, Hydra se deixou ficar com o Olívio um pouco, o beijando e estando perto dele, estando ali com ele mais uma vez, como se fosse antigamente, mas não era como antigamente, não era igual, ela sentia mal de fazer isso com o Peter, não era a mesma coisa e ela percebeu que para Olívio também não era a mesma coisa.

Depois de passado algum tempo, Hydra estava sentada de novo ao lado dele, tentava organizar seus sentimentos, enquanto estava com Olívio, era bom, era gostoso, mas não tão bom quanto com Peter, não era tão gostoso quanto com Peter, não tinha o sentimento que ela tinha por Peter, não mais...  O beijo de Olívio já foi uma das coisas mais maravilhosa que sentiu, ela ainda tinha a lembrança deles, mas agora, não era a mesma coisa, não tinha o mesmo sentimento, não tinha o mesmo amor, nem da parte dela e nem da parte dele, ela começou a sentir seu coração palpitar com a culpa e finalmente falou com Olívio.

— Olívio, nós não deveríamos ter... – Disse ela sem jeito.

— Me desculpe, me desculpe Hydra! – E voltou a chorar, colocando a cabeça em seu peito.

— Tudo bem, eu quero ser sua amiga Olívio, eu sei que você está sofrendo, mas esse tipo de coisa não pode acontecer, não mais... Foi bom, mas não pode mais Olívio, uma bela despedida para nós dois... Eu sinto muito... - Disse delicadamente de forma que Olívio não se ferisse mais ainda.

— Eu sei... – Disse ele levantando a cabeça – Me desculpe, eu realmente perdi a razão, eu só me senti tão mal, queria tentar me sentir melhor de alguma maneira, eu tenho tantas lembranças... Me desculpe, Hydra, – Ele tentou segurar as lágrimas – você é minha amiga e eu agradeço por você estar aqui, eu não quero perder isso e eu agradeço por essa despedida, eu vou guardar ela para sempre comigo... eu acho que eu nunca não vou sentir algo por você, sabe? Mas eu também sei que não é a mesma coisa para nenhum dos dois. – Disse Olívio sorrindo.

— Eu entendo o que você quer dizer, um sentimento de carinho que sempre está ali... - Disse ela.

— Exatamente! – Confirmou Olívio sorrindo.

Hydra sorriu e abraçou Olívio. Os dois ficaram ali mais um bom tempo, sem falar nada, Olívio apenas segurou sua mão e ficou olhando para o chão, finalmente, parando de chorar.

Hydra pensava se deveria dizer para Peter o que aconteceu, que de alguma forma o traíra, apesar de ainda não ter concordado em namorar com ele, não tinha compromisso, mas o traira.

Mas também pensou que ficar com Olívio não foi mais como era antigamente, que não sentiu mais o seu coração bater forte como antes, ou quando beijava Peter, que não sentiu nada do que sentia com Peter. Pensava que talvez, finalmente tivesse superado Olívio e que agora, ele realmente era apenas uma lembrança boa e um amigo, ela achava que sempre gostaria dele, sentiria algo especial, ela imaginava isso, mas não queria ter mais um romance com ele.

Ela também pensava em como estava realmente apaixonada por Peter e finalmente, pensou que, mesmo sem querer, beijara três caras nesse ano letivo (apesar de considerar o que houve com Jorge um equivoco tão grande que fingia que nunca tinha acontecido) e de como isso era tão longe do que ela esperava, na verdade, o pensamento a fez rir um pouco, pensou que seria algo, que provavelmente, a sua amiga Gisele aprovaria.

Olívio finalmente concordou em subir para a sala comunal, depois de muitas horas. Hydra o deixou lá e ele foi direto para o banho, tirar um pouco da lama e chuva que tinha nela e então desceu para o jantar, seu estômago estava roncando...

O Salão principal fervia com comentários sobre o jogo e de como Harry Potter quase morrera.

O time parecia muito desanimado na mesa, não tão desanimado quanto Olívio, Hydra na verdade achava que ninguém estaria tão desanimado quanto Olívio.

—Acho que é o fim – Dizia Alicia sem conseguir comer.

— Não é, ainda podemos ganhar – A voz de Fred na verdade não mostrava muita confiança.

— É, quem sabe... – Comentou Angelina sem esperanças.

— Eu acredito em vocês, de verdade, vocês são o melhor time da escola e se não fosse aquele dementador aposto que tinham ganhado! Eu aposto sinceramente acho que sim!! – Disse Hydra tentando animá-los sem muito sucesso.

Hydra viu Peter olhando na mesa da frente e fez um sinal discreto com a cabeça em direção a porta e disse aos amigos que iria dar um pulo na biblioteca, eles estavam tão desanimados que não fizeram nenhuma objeção.

Hydra pensava o quanto gostava de verdade de Peter, não foi a mesma coisa com Olívio, não foi, agora ela sabia que podia se entregar completamente ao Peter, de coração.

Ela ficou esperando do lado de fora do salão principal e logo Peter apareceu, depois seguiu em silêncio pelos corredores com Peter a seguindo, até achar uma sala vazia.

— O que houve? – Perguntou Peter enquanto Hydra fechava a porta – Você sumiu depois do jogo....

Hydra não respondeu, ela se atirou nos braços de Peter e o beijou e ele retriubiu, ela queria ter certeza de que o que achava que sentia era verdade. O beijo era exatamente o que lembrava, firme e apaixonado, Peter tinha uma mão em sua cintura e outra em sua nunca e a pressionava para perto de si, os beijos de Peter eram geralmente bem intensos e apaixonados, de arrepiar. Hydra passou um tempo perdida naquele beijo, mas lembrou que queria falar com Peter e se soltou.

— O que foi isso? – Perguntou ele sorrindo.

— Eu quero! – Disse Hydra também ofegante.

— O que? Quer o que? – Ele parecia confuso e ainda muito ofegante.

— Namorar com você, eu quero! – Disse Hydra, também ofegante e parecendo querer falar rápido, antes que tivesse dúvidas novamente.

Peter quase explodiu de felicidade, ele abraçou Hydra e a girou no ar e depois deu um outro beijo nela.

— Essa é a melhor notícia que você poderia me dar! – Disse ele enquanto a abraçava – Mas o que te fez mudar de ideia?

— Eu não mudei de ideia, eu só tive certeza do que queria.

— Mas aconteceu algo para você decidir isso? Ainda mais depois da derrota que seus amigos sofreram... – Ele parecia desconfiado parado em frente a Hydra.

— Eu só descobri que o que eu sinto pelo Olívio hoje é somente uma grande amizade, uma lembrança boa, não é mais amor, não é... e que eu estou me apaixonando cada vez mais e de verdade por você... – Peter sorriu e mais uma vez beijou Hydra.-  mas eu preciso que você espere para contarmos para as pessoas, ok? Pode contar para os seus amigos e sua irmã, se quiser, mas eu preciso esperar para contar para os meus...

Peter estava tão feliz que apenas concordou sem reclamar.

— Por quanto tempo? – Perguntou ele depois de um tempo.

— Por pouco, eu preciso saber como contar para eles, só isso... – Disse Hydra.

— Ok, eu espero, eu já esperei tanto por você, o que são mais alguns dias? – Disse Peter.

— Eu acho que eu que esperei por você esse tempo todo... – Disse Hydra, sorrindo.

Finalmente, Hydra subiu para a torre da Grifinória se sentindo confiante que fez a escolha certa.

No dia seguinte, depois do café, Hydra passou o resto da manhã com Peter e depois, seguiu para a sala comunal, aonde decidiu que iria estudar para as aulas da semana.

— EU NÃO ACREDITO!!! – Disse Jeniffer, sorrindo e se atirando em Hydra, que estava sentada em sua habitual poltrona na Sala comunal.

— Jeniffer, fala baixo! – Disse Hydra, sendo quase "esmagada" pela "cunhada".

— Eu sei, ele me disse que ainda era segredo, mas, finalmente! Eu tava começando a achar que talvez não iria acontecer – Disse Jeniffer, sentando ao seu lado.

— Ele falou para você então?

— Falou, ele sempre me conta as coisas, ele está tão feliz, ele realmente gosta de você e olha, não é porquê é meu irmão não, mas ele é um homem maravilhoso e eu nunca vi ele amando alguém desse jeito antes.

— Nunca? – Perguntou Hydra sem jeito.

— Não, ele já gostou de algumas meninas, mas no geral, nunca amou, não de verdade... – Disse Jeniffer.

— E ele já teve muitas namoradas? – Perguntou Hydra, um pouco curiosa sobre o assunto.

— HÁ! – Jeniffer soltou uma risada irônica – Sim, muitas, mas você já viu como as meninas gostam... – Jeniffer parou de falar, percebeu o rosto de Hydra e sentiu que falara coisa demais.

— Eu não me importo com o passado dele, Jeniffer...

— Eu sei, ele realmente é muito fiel quando está com alguém e como eu disse, ele te ama, ama de verdade! – Disse Jeniffer, tentando se corrigir.

— Eu acredito, eu estou apaixonada por ele também, ele é uma pessoa incrível...

— E vocês são um casal lindo, sério, muito lindos, parecem irreais, imagina os filhos de vocês...

— Calma, Jeniffer! – Brincou Hydra, fazendo Jeniffer gargalhar.

— Sim, claro, pelo amor de Deus!


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