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Você não sonha com coisas impossíveis?

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Era um sonho, mas em vez da floresta habitual, Ronan se viu parado nas arquibancadas do campo de quadribol com Adam bem ao seu lado. Quando o garoto sorriu, seus lábios se curvaram de um jeito gracioso, muito vermelhos.

Estava de noite, e, embora não houvesse nenhuma lua, Adam parecia um pouco prateado, suas vestes da Sonserina reluzindo. Ronan pôde ver o desenho de suas clavículas no ponto em que as roupas se abriam.

— Está tudo bem, Lynch — ele sussurrou enquanto se aproximava, estendendo a mão e correndo os dedos pelos cabelos raspados de Ronan. Ronan fechou os olhos, apreciando a sensação. — Eu sempre quis fazer isso.

Não era nada digna a forma como Ronan se inclinou para o toque, um lamento de apreciação escapando de seus lábios. Adam o acolheu, deixando que ele pousasse a cabeça em seu ombro, os dedos traçando círculos em sua têmpora. Daquele ângulo, Ronan pôde ver melhor o contorno suave do pescoço de Adam. Ele cheirava como terra molhada e folhas, com algo doce no fundo.

Ronan o tocou, afastando as roupas ligeiramente, mas em vez de pele macia o ato revelou uma mancha escura.

As galáxias no rosto de Adam iam e vinham na mesma constância que as férias escolares. Algumas vezes, porém, as galáxias eram engolidas por buracos negros, invisíveis sob suas roupas, mas que faziam o garoto oscilar e ter que parar no meio das escadas para retomar o fôlego.

— Me deixe ver. — O Adam de verdade nunca seria tão facilmente convencido, mas no sonho ele apenas assentiu.

Ronan percorreu os botões das vestes dele, desfazendo-os. Lentamente, o verde e prata da Sonserina deram lugar à pele pálida, sulcada de hematomas.

Era bonito mesmo assim.

Adam curvou-se e beijou sua testa. O gesto pareceu igualmente terno e excitante, e Ronan o tomou como uma permissão. A pele de Adam estava fresca e suave ao seu toque quando Ronan correu a ponta dos dedos por ela.

A respiração do garoto tornou-se entrecortada no momento que Ronan levou os dedos através de um mamilo, apenas para encontrar uma marca negra abaixo dele. Adam reteve o fôlego quando sua mão resvalou pelo machucado, porém, conforme ele tocava, o hematoma se desfez, e isso produziu um gemido de alívio. Ronan fez o mesmo com a ferida abaixo do pescoço e com o hematoma maior que envolvia o braço de Adam, enrolando-se do cotovelo até o ombro e axila.

Assim que os machucados tinham ido, Adam sorriu mais amplo, para então segurar sua mão e guiá-la até o seu baixo ventre. Ronan só teve tempo de sentir o contraste entre o frio da fivela do sinto de Adam e a quentura do pênis dele sob a calça antes de acordar.

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Trouxe duas coisas daquele sonho ao despertar: uma ereção e uma loção curativa.