Ok, I Deserved It... escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 1
Ok, I Deserved It...


Notas iniciais do capítulo

Hey minha gente! Tudo bem?

Então, a fic dessa vez está engraçada, não tão fofa (apesar que tem uma parte que achei fofo), mas eu gostei dela.

Não tenho muito o que dizer, mas espero que gostem. Não esqueçam de deixar um review quando terminarem.

Beijos e uma boa leitura! Espero que gostem! A gente se vê nas notas finais. Fui!



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—Ah não... De novo não... — Steve reclamou batendo no joelho em uma falsa frustração ouvindo a risada de Peter. Era boa a risada dele, ótima. Risada de criança é do melhor tipo. E ele amava ver o filho rindo tanto, como agora, nem que para isso tivesse que perder no jogo que estavam jogando.

—Papai perdeu... — o menino murmurou num sorriso achando graça, mostrando alguns dentes da frente faltando e o próximo perto de cair. Steve sorriu de volta e arrumou o tabuleiro para voltar a jogar com ele. Seria a terceira partida seguida.

—Perdi pois você é um menino muito esperto... — Steve tocou a ponta do nariz de Peter, que sorriu de novo. O loiro estava aproveitando os dias que ficaria em casa, longe das missões como Vingador, para ficar mais tempo com Peter. E também para fugir de Tony um pouco.

Não que fosse uma coisa ruim, na verdade, fazia parte da surpresa. Ele sabe que Tony está no andar de cima, na academia. E tentará se manter longe dos olhos do moreno o dia inteiro. Será difícil, mas tudo em nome de uma noite romântica que ele está planejando para os dois.

É de conhecimento do casal que Tony não é bom com surpresas, e muito menos do tipo surpresas românticas, principalmente num dia como aquele, Dia dos Namorados. Ele provavelmente planejaria levar Steve para jantar numa atitude desesperada para fazer o dia não passar em branco, já que ele deve ter esquecido completamente.

Agora, Steve não sabe realmente se ele esqueceu ou não. Ano passado foi desastroso, no mínimo. Começando que Tony esqueceu, e quando lembrou, tentou levar Steve para jantar, mas tiveram que viajar para Taiwan numa missão dos Vingadores. E quando voltaram, Peter passou mal e ficou a noite toda acordado, fazendo os pais ficarem acordados também.

Dia dos Namorados e Tony fazendo uma surpresa, não combinam! Nem Natal dá certo direito se deixar tudo nas mãos no moreno. Agora, coloque a organização da festa de aniversário dele mesmo nas mãos do próprio, terá a melhor festa que já se viu. Steve tentava entender, mas as vezes Tony sabe ser incompreensível.

—Vai ser que cor dessa vez? — perguntou Steve deixando as peças do tabuleiro em seus devidos lugares esperando pelo começo do jogo. Peter apontou para a mesma peça que usou todas as vezes que jogou o jogo, a vermelha. Steve não sabia se era por causa da cor da armadura de Tony, do uniforme dele ou se é porque Peter gosta de vermelho.

Steve, vem cá por um instante, por favor. — Tony não é do tipo que pede “por favor”. E isso também estragaria os planos da surpresa que estava planejando. Mas deve ser para amarrar a gravata dele, já que Tony está com a mão engessada por ter torcido o pulso na última missão. E agora, Steve teria que fazer todos os nós de gravata do moreno até ele tirar o gesso.

—Já vou! — ele gritou em resposta. Era o quarto, com certeza. Mas não podia deixar Peter sozinho, pois ele sempre desarrumava a sala quando ficava sozinho, por mais comportado que fosse. Steve levou Peter no colo e subiu as escadas da mansão. Atravessou o corredor e abriu a última porta do corredor, a do quarto do casal, e se arrependeu no mesmo segundo.

—Já que ano passado foi um desastre... E não me esforcei o suficiente... Dessa vez, todo o meu corpo é seu... — Tony parou de falar ao ver quem estava na porta, não só Steve, não somente para quem ele estava fazendo aquilo, mas Peter também. Peter, uma criança de três anos — Presente... — a palavra saiu, mas saiu sem querer, talvez porque estivesse no meio do caminho, mas ao ver o filho na porta também, foi segurada de repente.

Aquilo era no mínimo embaraçador. Não sabe o que é pior. Se é o seu corpo nu na cama, se são seus braços amarrados no encosto, se é o escudo de Steve tampando a principal parte do presente, ou se é tudo isso com Peter assistindo.

Steve teve a brilhante ideia de tampar os olhos de Peter. Ele é uma criança, e já tem inteligência para saber o que está acontecendo. Claro que não entende, mas só de ver o próprio pai naquela situação, era muito vergonhoso.

—Peter... Pensei que ele estivesse dormindo... — na verdade, não tinha certeza. Tinha calculado esse plano muito rapidamente, pois o restaurante favorito de Steve estava fechado e o segundo estava lotado para reservas de última hora, até mesmo para Tony Stark. E aquele era um plano desesperado, de novo. Mas esqueceu de Peter...

—Espera só um pouquinho, Peter. — Steve colocou Peter sentado no lado de fora do quarto. Sabia que Peter provavelmente iria mexer com aquela caixa de donativos de roupas de inverno, fazer uma bagunça, mas tinha algo para tratar.

Peter se sentou no chão, o tecido do pijama era desconfortável com o carpete felpudo. Suspirou entediado logo em seguida, mas sabia que aquilo seria rápido. Papai havia feito besteira, de novo...

Peter é esperto, sabe que seu pai Tony é muito bom em criar coisas, mas é péssimo com presentes. Até mesmo os presentes de criança que Peter dava, como desenhos tortos e bonequinhos amassados de massinha eram melhores do que os presentes que papai dava para o outro papai.

E havia reconhecido o escudo do pai Steve em cima do pai Tony na cama. Não entendia o que ele estava fazendo com ele, também não entendia porque estava amarrado na cama, mas o que menos entendia é porque papai Tony estava pelado na cama deles. E realmente não entendia.

Mas sabia que os dois discutiam no quarto. Não conseguia entender o que eles falavam, as vezes preferia até não ouvir. Os dois diziam coisas muito feias um para o outro. E pai Steve estava muito zangado, muito. Ele conseguia saber pela maneira como o loiro o deixou no chão para brigar com o pai Tony.

E pai Tony estava gritando. Mas não sabia porque. Não era um grito bravo ou zangado, mas diferente. Era de dor? Porque o papai Tony estava gritando de dor? O que houve com o papai?!

Steve abriu a porta e encontrou Peter no mesmo lugar onde havia o deixado. Estava nervoso, e zangado. Mas só de saber que não teria que arrumar a bagunça de Peter, de novo, conseguiu relaxar, apenas para o filho. Com o marido preferia continuar espumando de raiva.

Levou Peter para o quarto dele, o deixou brincando no cercadinho e deixou a porta aberta para sair e se acalmar melhor. Tony sabia ser um pé no saco com Steve, e dessa vez, no mais sentido literal possível, Steve foi o pé no saco de Tony.

Steve não estava arrumando a bagunça de Peter, mais uma vez. Iria deixar para Tony arrumar, como castigo por causa de ontem. Mas era muita bagunça, e estava pensando se deveria começar agora a orientar o filho ou não. Sabe que é uma fase, sabe que irá passar, mas era bagunça demais para uma criança tão pequena.

E no momento em que estava quase orientando o filho sobre isso, ele o chamou para ver uma coisa.

—Olha, papai. — Peter puxou a mão do pai e o mostrou o que havia feito. Não era um desenho, mas apenas uma brincadeira com o urso de pelúcia. Havia amarrado as patas do urso na parede com fita, da mesma forma que o pai Tony estava ontem, e iria mostrar ao próprio depois, quando o pai Steve não estivesse por perto. Achava que os dois iriam brigar por causa disso.

Esperava que Steve fosse rir e dizer para ele que estava bonito e que iria tirar foto, como sempre fazia, mas não dessa vez. Pai Steve não gostou, mas não ligava. Talvez aquilo, de se amarrar na parede, seja uma coisa feia e pai Tony mais do que estava certo de ser castigado pelo pai Steve.

Tony ainda sentia um certo incomodo nas partes baixas. Sentar de pernas cruzadas piorava, mas ficar sentado de pernas abertas, do modo mais relaxado também não ajudava. Mas sabia que de certo modo, merecia aquilo.

Porém, por mais que Tony tivesse falhado em fazer de ontem um dia especial, a tentativa deveria ganhar um certo reconhecimento. Steve não havia pensado na dificuldade que foi se despir, colocar o escudo e se amarrar, sozinho! Apenas não aconteceu como queria.

Não havia tentado explicar da maneira que deveria. Fez as coisas parecerem que a culpa era do Steve. Péssima escolha de palavras, péssima. Mas não se lembrava de ter chamado por Peter, mas apenas Steve. E porque raios ele o levou afinal?! O levou para assistir a como ser traumatizado?

Seria difícil reverter as coisas com Steve, mas não seria a primeira vez que havia feito alguma besteira. Não sabia como consertar, mas iria deixar o tempo resolver as coisas. Em outras palavras, esquece que Steve também vai esquecer, depois, talvez.

E agora, estava terminando de colocar os brinquedos de Peter nos devidos lugares. Tarefa que seria de Steve, e acha que já passou da hora de falar para Peter arrumar a própria bagunça. Porém, o loiro disse para Tony fazer, e fez, porque não quer piorar as coisas com Steve. Melhorar é difícil, mas piorar é muito fácil.

E então, uma pancada na cara. Dura, algo frio como metal e forte como um soco. Reconheceu quando sentiu sua cabeça girar vendo os sapatos de Steve. E estava quase fechando os olhos quando o viu sair do quarto de Steve levando o escudo dele.

A pancada foi forte, mas o que havia feito dessa vez? Conseguiu erguer o corpo e sentiu o rosto doer, principalmente o osso da maça do rosto do lado esquerdo, onde Steve o atingiu. Pelo menos a raiva não era tanta para atingir o nariz, teria quebrado com certeza.

Talvez fosse a continuação de ontem, mas não merecia. E Steve não dava castigos dois dias seguidos, o castigo vinha a vista e de entrega imediata. Então Tony fez merda de novo? Mas onde? No sapato de quem dessa vez?

E seus olhos caíram num urso grudado na parede. Não havia o visto pois levantar doía e havia apenas recolhido os brinquedos ao seu redor. Mas aquele urso de pelúcia estava perto da cama, e numa posição familiar para Tony. Preso na parede por fitas nas duas patas. Peter...

E sabia que merecia a pancada no rosto. Agora seu filho havia tentado copiar o pai daquela forma, ensinando para o filho algo nada legal. Mas havia sido um acidente, certo? Certo. Mas as consequências estavam diante dos seus olhos, na dor entre as suas pernas e dolorida no seu rosto. Deveria começar a aprender a lição depois de tantas consequências dolorosas.


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Notas finais do capítulo

E então...? O que acharam? Espero que tenham gostado como eu.

Não se esqueçam de deixar um review.

Beijos! Até a próxima! Fui!