As Estações de Draco Malfoy escrita por Pikenna


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Ei galera, joia? Escrevi essa fic há muito tempo pro RPG e hoje decidi postar. Não está revisada. Eu espero que gostem. :D



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As Estações de Draco Malfoy

Por Rebeca/Pikenna

Capítulo Único

Draco sempre fora um amante irrecuperável das estações e dentre elas sua favorita desde que os seus olhos cinzentos se encontraram com aqueles ferozes olhos acastanhados quase em um tom verde foi o verão, porque os dias quentes que irradiavam alegria o lembravam Ginevra Weasley, aquela que foi seu primeiro amor. Um amor de veraneio, um amor de verão. Achou que a amaria pela eternidade, que esse sentimento o atormentaria cotidianamente para recordá-lo das ações egoístas e vis que tomara ao longo dos seus dois últimos anos em Hogwarts. Draco de fato pensara que não tornaria a amar outra pessoa, seu maior algoz, tal qual o inverno o é para a maioria dos seres viventes nesse mundo.

O inverno... estação implacável e gélida, que compele às pessoas ao isolamento para se aquecerem rente a lareira. Durante um tempo, Draco acreditara que se parecia com o cinzento inverno, incapaz de ser amado por alguém, até que o verão o aquecera com seu calor. Aprendera a amar com o verão, cujo amor de maneira recíproca também era devotado ao inverno. Mas quando aquele sol brilhante e jubiloso se pôs ao oeste, nunca mais fez verão em Draco. Ele o perdera. Restara-lhe apenas o abandonado e esquecido outono, estação que muito mais lhe era característico que o inverno. Nunca fora resistente e forte como o gélido inverno. Sempre fora taciturno e sem graça como o Outono.

A definição de inverno na realidade era Pansy Parkinson, sua melhor amiga com quem tivera um breve e superficial relacionamento, ambos fugindo de sentimentos por outrem que não queriam admitir nem para si próprios. Pansy era realmente como o inverno, implacável nos momentos necessários, resistente como um iceberg, gélida, porém sensível, como a neve. Escondia segredos como a neve esconde o chão. Era preciso um grande esforço físico para chegar até ela. E tal qual o inverno, Pansy era maravilhosa, poucos foram aqueles capazes de admirar cada beleza de suas peculiaridades, tanto exteriores quanto interiores. Somente aqueles que pararam para observá-la com zelo é que puderam descobrir quão digna de admiração ela era.

Ao passo que Ginevra é o verão e Pansy é o inverno, Narcissa é sua primavera com toda sua elegância, altivez e dedicação. Sua mãe era apaixonante e belíssima, uma verdadeira dama de prestígio a ser desposada. Julgava que seu pai fora sortudo em toma-la como esposa para si, pois assim como Draco, ele era o patinho feio das estações, o pobre Outono que queria ser inverno, mascarando a própria essência para satisfazer os anseios do ego. Narcissa com todo seu esplendor, bondade, calma, sabedoria e gentileza certamente era a personificação da primavera. Acolhe e aproxima as pessoas. Narcissa foi a principal responsável pela unificação dos dois outonos que se tornaram um só em um maravilhoso complemento.

O verão sempre fora a estação favorita de Draco até o momento em que ele passara a observar com outros olhos o rejeitado Outono, que então tornara-se a estação que mais amara. Aprendera a amar o verão e amou com toda a intensidade que fora capaz de devotar àquele instante, sempre amara a primavera mesmo que ela não o permitisse se afundar em suas próprias dores e angústias com seu acolhimento maternal, amara e continua amando o inverno que sempre foi e será seu melhor amigo, no entanto, o maior de todos os amores foi concedido ao outono que o conquistara com suas diversificadas cores quentes e ao mesmo tempo frias.

Astoria Greengrass, aquela que, embora não tivesse sido sua escolha desposar há um tempo atrás, tornara-se por vontade dele, e dela também, sua companheira de vida, a mulher de seu único filho, àquela a qual fora devotado o coração sofrido do jovem Malfoy. Se olhar com cuidado, como Draco fizera, é possível notar a beleza escondida por detrás de cada folha seca. É a metamorfose das estações, saindo do quente aos poucos para chegar ao frio extremo. Foi a mudança que Draco precisara em sua vida. Astoria era como ele, envolta em mistério com suas folhas secas ao chão que, ao contrário do que pensava, não o sujava, mas o protegia e o embelezava com seu manto em tons amarelos, vermelhos e alaranjados que mesclavam entre si, formando um esplêndido conjunto de cores.

Ela era cheia de vida como o Outono na transição do verão para o inverno, porém, se congelava em seus medos e traumas que julgara não ser capaz de superar. Podia ser suave ou cortante como os ventos daquela estação. Astoria era colorida e jovial, ainda que marcada pela passagem do tempo e de um grande sofrimento. Não era calma como a primavera, nem agressiva como o inverno, era irritante e petulante como o Outono, que não se importava em desfolhar as árvores para protege-las da neve e com isso, ao fim, permita-las florir novamente. Astoria deu esse presente para Draco, ela o protegeu e o deixou florir até seu último suspiro. Ela é e sempre será o seu maravilhoso Outono, estação peculiar que de esquecida transmutou-se em sua favorita.

Ele jamais se esqueceria do Outono.


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