Aqui no Dick Dollars Scholars rola de tudo: gente transando em trio, as garotas líderes de torcida dando para mim direto, os homens da nossa irmandade assistindo à Keeping Up with the Kardashians, coca-cola sem gás, uma cabra que vem de vez em quando beber com a gente... Mas a coisa mais grotesca é a que a porta do caramba fica arregaçada, possibilitando ex-namoradas entrarem aqui pedindo reconciliação. E é assim que é a vida do presidente da DDS, Chad Radwell, consiste: meter o pé na bunda de gente querendo mais uma foda. E uma delas era Chanel Oberlin, líder da Kappa Kappa Tau... Aquela que se acha a mais gostosa da Universidade Wallace.

— Chad, vamos voltar. Eu juro que não vou ser mais arrogante contigo — Chanel era maravilhosa, vestia-se super bem, mas tinha algo que não me agradava.

— Chanel, meu bem, você é gostosa, vem de uma família rica, tem tudo na vida... Só que ultimamente estou numa outra vibe. Eu até transaria contigo, para não perder a prática, porém um sacerdote me mostrou que duas pessoas gostosas numa mesma cama traria conflito. Portanto eu e você, duas pessoas gostosas, não podemos mais roçar nossos corpos num colchão. Provavelmente terei que transar com a copeira ou até mesmo aquela cabra que de vez em quando vem aqui. Lamento.

— Mas você prometeu que voltaria comigo.

— Não fique emburrada. A culpa não é minha. Eu não tenho culpa de que sou gostoso ao extremo e que todo mundo quer transar comigo: mulheres, homens, animais ou plantas... Até alienígenas já me abduziram e transaram comigo. Portanto a minha resposta é um não. Saia fora e... Ah! Fale para uma das suas cópias colocar um cinto peniano para te satisfazer, porque você é péssima na cama.

A mina saiu soltando fumaça e eu fui para o meu quarto dormir. Eu dividia o espaço com meu irmãozinho, amiguinho Boone. Ele sempre puxava o meu saco, era até legal, porque meu ego sempre tem que ser alimentado. Tirei a roupa, fiquei só de cueca e me deitei na cama.

— Boa noite, Boone.

— Boa noite, irmão.

Um minuto depois, ele me acordou pedindo para dormir ao meu lado, abraçadinho no sapinho. A cena poderia parecer meio gay, apesar de eu não ser gay, mas de vez em quando eu o deixava deitar comigo. Era como um pai dando carinho para um filho. Entretanto ainda me lembro no dia que ele pegou no meu pênis e me fez gemer... Eu sonhando, óbvio.

— Da última vez que você se deitou aqui, pegou no meu pênis.

— Juro que não vou pegar mais.

Acreditei nas suas palavras por um breve momento.

— Jura que vai deixar o meu pênis em paz? Jura solenemente que esta piroca não te pertence?

— Juro. Só estou com medo, porque tenho medo de trovões.

— Certo, pode vir — coloquei a almofada entre a minha bunda e ele.

Dormimos, porém, começou a fungar na minha nuca, obrigou-me a acordar dois minutos e trinta e cinco segundos de sono. Virei-me para ele, estava abraçadinho com seu sapo de pelúcia.

— Tudo bem, eu deixo pegar. Isso só porque estou há dois dias sem transar com nenhuma gostosa deste campus. Não vá pensando que eu sou gay. Você que nunca estudou psicologia, como eu, nunca vai entender, tudo bem?

— Tudo bem. Só na broderagem, então?

— Só na broderagem... Calma, não vamos nos apressar. Não é assim que se esfola um bode, meu amigo. Isso aqui não vai sair voando, não precisa de pressa. Eu sei que toda rola tem asa, mas a minha não tem bico. Primeiro tenho que me preparar psicologicamente vendo uns vídeos solos da Mia Khalifa.

Peguei meu celular e fiquei vendo um site para menores de 9 anos chamado Redtube... Imaginei aquela mulher como se fosse o Boone, aí sim consegui fantasiar em meus pensamentos. Coloquei a máscara de dormir.

— Agora pode começar.

Boone colocou a mão por dentro da minha cueca e ficou mexendo ali. Bem estranho, mas fiquei imaginando altas coisas. E... É só isso mesmo.