Uma Chance para Duas escrita por Ana


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Perdoem os erros que passam despercebidos



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Regina

O dia amanheceu chuvoso, frio e escuro, parecia até que refletia o meu humor, a ansiedade me consumia. Praticamente não havia pregado os olhos. Era como se houvesse uma dicotomia, eu queria que o dia chegasse logo pois ele poderia trazer a minha liberdade, mas também não queria que ele chegasse tão rápido, pois eu precisaria ouvir mais uma vez as cansativas desculpas da Marcela, e também veria a minha mãe lhe apoiando, estando ao seu lado em vez de estar ao meu.

Eu havia sido liberada do trabalho, mas como a audiência seria no início da tarde, aproveitei para passar no hospital e dar uma checada no laboratório, saber se a batelada de testes estava dando certo e se algum havia demonstrado ser promissor. Na saída encontrei com Zelena.

—Está nervosa?

—Ansiosa.

—Tem conversado com a Emma?

—Nós nos falamos ontem, mas nada de mais.

—Vocês estão... você sabe, estão tendo algo?

—Não estamos tendo nada, pelo menos nada que possa receber uma definição específica.

—Então vocês estão só ficando?

—Também não é isso.

—Que coisa complicada, Regina!

—Na verdade não, Zel. Complicada é a minha situação com a Marcela, e que aliais ela faz questão de complicar ainda mais. O que está acontecendo entre mim e Emma é de uma simplicidade e significância que até me assusta, porque quando que as coisas costumam ser simples para nós?

—Nunca! Você está apaixonada por ela, eu vejo, Gina.

—É tão nítido assim? —Ela fez que sim com a cabeça. —Mas eu preciso que a minha condição se resolva primeiro, Emma é uma mulher independente, bem colocada profissionalmente falando e mãe, não merece se envolver ainda mais nessa bagunça que tem sido a minha vida.

—A mamãe teve ontem uma reunião com o advogado da Marcela.

—A única certeza que eu tenho é que coisa boa não sai dali.

De volta em casa comi um pouco no almoço e me organizei para ir para o tribunal.

Assim como da outra vez procurei chegar um pouco mais cedo, pois imaginei que Emma faria o mesmo, e ela fez.

—Boa tarde, Regina. — Ela disse me estendo a mão para um cumprimento.

—Boa tarde, Emma. —Disse apertando a sua mão. Imaginei que o cumprimento tão formal fosse resultante do local o qual estávamos.

—O Henry está bem? — Perguntei enquanto nos dirigíamos até a sala onde esperaríamos até a audiência começar.

—Sim, ele está. —Foi tudo que ela me respondeu.

Quando entramos na sala ela foi direto beber água.

—Emma, você acha que isso pode se encerrar hoje?

—Temos uma boa chance, então eu acredito que sim. —Falou se encostando em uma mesa.

—Então qual é o problema? —Perguntei me levantando e me aproximando dela.

—Não tem problema nenhum, Regina. —Falou cruzando os braços.

—Então porque você está assim? É alguma coisa relacionada à hoje? Você ficou sabendo de algo? Porque se sim, eu acho que eu também devo saber. — Falei me postando em sua frente.

—Calma, eu sei que você está nervosa, mas não é nada relacionado a audiência de hoje.

—Ansiosa.

—O que?

—Não estou nervosa, eu confio em tudo que você preparou. Eu estou ansiosa.

—Garanto para você que está tudo bem em relação à hoje.

—E quanto a nós, também está tudo bem?

—Acho que aqui não é o local mais adequado para conversarmos sobre isso.

—Então quer dizer que os papéis se inverteram, Swan! — Disse me virando para voltar a sentar na cadeira, mas ela me pegou pelo braço.

—Não Regina, eu só não quero que isso que está acontecendo entre nós possa ser usado de alguma maneira contra você. —Disse beijando a minha testa.

Quando saímos da sala de espera e seguimos para onde ocorreria audiência, pude ver apenas o advogado da Marcela entrando. Quando entrei os olhos de Marcela caíram sobre mim e de mim não saíram, e a minha posição na mesa não facilitava para mim, pois eu me sentava de frente par ela. Ela ficou me olhando até o momento em que juiz se pôs em seu acento.

—Boa tarde. Nesta tarde damos continuação ao Processo de Divórcio Litigioso das senhoras Mills e Barcello. — Pronunciou o Juiz Gold. —Antes de darmos continuidade, gostaria de saber se a parte interessada na separação continua instigada a tal ato.

—Sim, Excelentíssimo.

—Gostaria de saber se a Sra. Barcello tem alguma consideração a ser feita, antes que as testemunhas sejam chamadas, pois acredito que essa audiência não se estenderá tanto.

—Excelentíssimo Sr. juiz, eu quero pedir a minha esposa que pense bem no que ela está preste a fazer, peço que pondere Regina, e veja se vale apena acabar com o nosso casamento. Eu sei que nós podemos seguir em frente, nos reerguer e reconstruir a nossa família, talvez cada uma de nós só precise fazer uma concessão, e assim seguiremos em frente.

—Mas eu vou seguir em frente Marcela, mas não ao seu lado.

—Peço que pense muito bem nisso, Regina.

—Eu já pensei Marcela, e não há volta.

—Meirinho, pode trazer a primeira testemunha. — Ordenou o juiz. —Sra. Zelena Mills, qual o seu vínculo com a Sra. Mills? — O juiz Gold perguntou quando se Zelena se sentou.

—Somos irmãs, Meritíssimo.

—A Sra. já presenciou discussões ou desentendimentos entre a sua irmã e a sua cunhada?

—Não, Sr. juiz.

—A Sra. poderia descrever para mim como era o relacionamento das duas?

—Claro. Para todos nós a Marcela e Regina pareciam viver bem, a convivência entre elas parecia ser harmoniosa, mesmo ambas sendo tão ocupadas com os seus empregos, o que me surpreendia, já que a Regina trabalha em dois locais, e a Marcela gerencia a empresa da família, que diga-se de passagem é maior da região.

—A Sra. está insinuando algo, sra. Zelena?

—Não, digo apenas que me surpreendo, já que o excesso de trabalho é o que traz tantos casais aqui. — Zelena disse se referindo ao tribunal.

—E quanto a felicidade da sua irmã, a sra. pode me dizer se ela era feliz?

Respirei fundo ao lembrar da pergunta semelhante que Emma havia me feito no dia em que almoçamos, e da minha resposta.

—Eu não sei Excelentíssimo, eu realmente não ... —Mas a Zelena foi interrompida pela Marcela.

—Claro que nós éramos felizes, Zelena! —Falou num tom exasperado.

—Sr. Gaston por favor controle a sua cliente. —Pediu o juiz. —A Sra. pode continuar. —Disse dando a fala a Zelena.

—Como eu ia dizendo, eu não sei, mas talvez elas tenham sido felizes no início ou então quando decidiram que queriam ser mães, mas eu não sei se posso dizer o mesmo quanto ao restante da relação.

Eu nunca admiti para ninguém, muito menos para mim mesma. Eu nunca enxerguei as coisas com tanta clareza como enxergo agora. A minha vida com a Marcela não passou de alianças, e eu me iludia acreditando ser felicidade real e plena, mesmo no fundo sabendo que não era nada disso.

 —Acredito que a sra. esteja ciente quanto ao motivo pelo qual a sua irmã está optando pelo divórcio.

—Sim, estou ciente.

—Como irmã, esposa e futura mãe, o que a sra. acha que a sua irmã deva fazer? Acredita que o divórcio é a melhor opção para ela?

—O que eu acho ou deixo de achar não importa Sr. juiz, e o que eu acredito é que ela deva fazer o que for torna-la mais feliz, e se não é mais a Marcela que lhe a oferta felicidade, não há mais porque a minha irmã continuar em um casamento fadado a infelicidade.

—O Sr. Gaston gostaria de fazer alguma pergunta a testemunha?

—Não, Excelentíssimo. —Respondeu o advogado, o que claramente não agradou nenhum pouco a Marcela.

—E a Srta. Swan, gostaria de fazer alguma pergunta?

—Também não, Excelentíssimo. — Emma respondeu.

—Obrigado por as suas colocações, sra. Zelena Mills. Meirinho, pode leva-la. — Antes de sair Zelena se virou para mim e me lançou um sorriso discreto.

Ao contrário da primeira audiência que parecia um campo minado, essa corria fluida e sem muitas interferências. Eu realmente esperava que  fluísse para o final de tudo isso. Mas o meu maior receio ainda estava por vir.

—Antes de prosseguimos para a próxima testemunha, alguma das partes gostaria de fazer alguma consideração?

—Nós gostaríamos, sr. Juiz. —Se pronunciou o advogado da Marcela. O juiz fez sinal para que ele continuasse. — Peço que desde já considere a possibilidade de uma nova audiência.

—E porque eu deviria, caso eu já tivesse uma decisão tomada ao final desta audiência.

—Acredito que Regina não esteja tão plena de si, digo emocionalmente, pois perdeu o pai a pouco tempo, a quem, diga-se de passagem, era muito apegada, e nós sabemos o quão esse processo pode ser desgastante.

—O que? Não! —Protestei, e senti a mão de Emma apertar a minha por baixo da mesa.

—Meritíssimo, como o meu colega de profissão afirmou, a minha cliente perdeu o pai recentemente, mas posso garantir ao senhor que tudo que ela venha a dizer hoje haverá coesão, e que essa questão pessoal não interferirá na audiência de hoje, e que caso o senhor venha a tomar uma decisão neste dia, que ela seja respeitada e acatada. — Emma falou altiva.

—Levarei em consideração a colocação de ambas as partes, e no final expressarei a minha decisão. Agora meirinho, por favor traga a próxima testemunha.

Quando a porta se abriu e eu vi que quem entrava era a minha mãe, todos os meus músculos se tencionaram, e mais uma vez ela apertou a minha mão, e me lançando um sorriso singelo e sem emitir som algum, seus lábios disseram “Tudo bem”.

—A Sra. Cora Mills poderia nos dizer qual o seu vínculo com a sra. Regina Mills?

—A Regina é minha filha, Excelentíssimo. — Cora respondeu.

Sua aparência estava impecável como sempre, estava maquiada e tinha os cabelos bem penteados, mas algo não casava, ela não olhou para mim e nem para a Marcela, que por sinal buscava o seu olhar a todo instante, talvez atrás de uma confirmação sobre o que elas haviam tramado, mas o foco da minha mãe alternava entre o tampo da mesa e o juiz.

—Como a Sra. descreveria o relacionamento das duas? —O juiz fez a mesma pergunta que havia feito momentos antes a minha irmã.

—Elas viviam bem, talvez ocorresse alguns desentendimentos mínimos, mas no geral nada preocupante.

—E como era a relação da Marcela com a sua família, além da relação com a Sra. Mills.

—A Marcela sempre fora muita atenciosa comigo, talvez por os pais morarem longe.

—E a sua relação com a Sra. Barcello?

—Sempre apreciei muito a pessoa da Marcela, ela lembra a mim quando tinha a sua idade. — Sádica e falsa, foi tudo que eu pensei.

—Sra. Cora, com observações mentais que fiz na audiência passada e com a fala da Sra. Zelena e a sua, pareceu ficar nítido que a relação das duas era perfeita, mas se era assim tão bem estruturada, por qual motivo a Sra. acredita que sra. Barcello traiu a sua filha?

Sinto que passei instantes consideráveis boquiaberta.

—Meritíssimo acredito que essa pergunta não convém para a continuação do processo. — Interferiu o a advogado da Marcela pressionado por ela.

—Na verdade Sr. Gaston, me convém. Então sra. Cora, qual seria o motivo?

A minha mãe não responder prontamente, em vez disso fitou o tampo da mesa por longos instantes. —Eu não sei Excelentíssimo, talvez a relação das duas não fosse tão concreta quanto imaginávamos.

—Às vezes irmãs tem problemas entre si, mas me surpreende muito a Sra. como mãe ser tão alheia a possíveis problemas na relação da sua filha.

Houve um momento de silêncio enquanto esperávamos que ela dissesse algo em resposta ao juiz, porém mais uma vez ela baixou o olhar, e tive a leve a impressão de vê-la fungar. O que estava acontecendo com ela? Onde estava a mulher que eu vi a minha vida inteira ter resposta para tudo? Agora eu começava a compreender qual o real sentido dela não estar bem quando Zelena me contava.

—Sra. Cora, há poucos instantes fui informado da perda do pai da Sra. Mills, talvez esteja enganado, mas a sra. pode ainda não estar bem o suficiente para passar por uma sessão em um tribunal, então não irei me alongar e serei direto com a minha próxima pergunta. Como mãe, sra. acha que a sua filha deve seguir adiante com o processo de divórcio?

—Sim, eu perdi recentemente o meu esposo e o pai das minhas filhas, e por coincidência do destino ou não, eu estava com ele em seus últimos momentos. O pai das meninas sempre foi um homem atencioso, carinhoso e amável, principalmente com a Regina, afinal ele tinha que ser, já que eu fui tão obsoleta quanto a isso.

Mas do que ela estava falando? Então era esse o plano delas, me desestabilizar emocionalmente? A Marcela já tinha tentando isso na sessão anterior falando sobre a perda do meu filho, e agora ela vem falar do meu pai e da nossa relação.

 —Então as últimas palavras dele também foram mim. — E então ela fechou os olhos com força e cobriu a boca com a mão. Eu jamais permitiria que ela desdenhasse dos últimos momentos de vida do meu pai contando uma mentira para fazer com que eu permanecesse naquele casamento. E diante da minha impertigação na cadeira Emma falou próximo ao meu ouvido, “calma”. —Ele pediu que eu cuidasse das meninas, mas que deixasse com que elas vivessem suas vidas e fizessem suas próprias escolhas. —Pude perceber quando as lágrimas se acumularam nos cantos dos seus olhos. —Ele pediu que eu deixasse a pequena ser feliz. —E então as lágrimas escorram pelo seu rosto. — Excetíssimo, eu quero que a minha filha vá aonde a felicidade estiver e que não se prenda por conformismo ou comodismo.

Houve um breve momento de silêncio enquanto suas palavras caiam sobre todos nós.

—Obrigado por as suas considerações sra. Cora. Meirinho, pode leva-la.

Eu só percebi que também chorava quando Emma enxugou uma lágrima que escorria pela minha bochecha. Eu não sabia o que dizer, ainda processava as suas palavras. Tantas foram as vezes que eu quis ouvir dela um consolo, algo que amenizasse as minhas angustias, e tudo que eu ouvia eram críticas. E agora ouvi-la associar a palavra felicidade a mim me causava um torpor.

—Darei dez minutos de recesso, e quando voltarmos os informarei da minha decisão. — Disse o juiz Gold.

Emma pediu que eu esperasse a Marcela e o seu advogado saírem para então sairmos também. Eu a conhecia o suficiente para saber que tudo que ela sentia era ódio, a minha mãe claramente não havia agido da forma a qual elas haviam combinado.

Na sala de espera a primeira coisa que fiz foi me sentar e apoiar o rosto nas mãos.

—Você quer água? —Emma perguntou. Fiz que sim com a cabeça. — Devo confessar que por essa eu não esperava. — Ela disse me entregando o copo de água e se sentando ao meu lado.

—Nem eu. — Falei depois de tomar a água.

—Ela já tinha te contado isso sobre o seu pai?

—Não, há dias que não nos vemos. E acho que ela também não tinha falado nada para Zelena. Emma, eu posso vê-las? — Perguntei me virando para ela.

—Ainda não, espere para falar com elas no final. Logo vai acabar.

—Você acha realmente que logo vai acabar? Porque eu... eu acho que não aguento outra dessas.

—Como advogada eu já vejo o fim disso. — Disse segurando as minhas mãos. —A possibilidade de isso acabar hoje é imensa.

Então eu fiquei em silêncio observando os seus dedos enlaçados aos meus.

—Você está pensando na sua mãe?

—Estou. Eu não consigo pensar em nada que a minha mãe poderia ganhar dizendo aquilo.

—Talvez o seu respeito ou um pouco mais do seu amor. Confesso que eu também me emocionei. Será que era por isso que ela não estava bem?

—Isso é remorso Emma, e eu sei porque também estou sentindo por não ter ido vê-la.

Quando voltamos o meu coração ribombava tanto na minha caixa torácica, que acho que se Emma se aproximasse mais poderia ouvi-lo.

—Dando continuidade ao Processo de Divórcio Litigioso entre as Sras. Mills e Barcello, venho dar o meu parecer final. Depois de muito analisar todas as considerações feitas por ambas as partes e as colocações das testemunhas, hoje tomo a minha decisão sem se fazer necessário a ocorrência de uma nova audiência. Dou a Sra. Regina Mills o direito ao divórcio, e peço que a sua advogada, Srta. Emma Swan, dê entrada nos papéis do divórcio assim que possível, e à Sra. Marcela Barcello, cabe ao direito de assinar o divórcio assim que os papéis lhe chegarem em mãos, sem problematizar ou questionar. — Dito isso bateu o malhete.

O alivio que se instaurou no meu ser foi tamanho que parecia que eu havia sido libertada dos meus grilhões e que eu poderia flutuar. E o abraço que recebi de Emma só fez com que eu me certificasse de que tudo de fato era real.

Não havia mais laço legais que me prendessem a Marcela.

—Parabéns, você conseguiu o que você achava que queria, Regina. —Marcela disse assim que sai da sala. —Na verdade não foi uma surpresa tão grande, já que você consegue tudo o que quer.

—Você perdeu, você me fez vir até aqui como uma aposta intima sua para ver quem de nós ganharia, mas você perdeu. Mas isso aqui vai muito além a dissolução do nosso matrimonio. — Falei por entre dentes. — É sobre eu me livrar se você!

—Correção, hoje você ganhou, Regina. Só espero que você possa ser capaz de arcar com as consequências que isso pode trazer. —Disse suspirando no final, o que me irritou profundamente, pois eu sabia que tinha sido intencional. Uma tentativa de suavizar uma ameaça velada.

—Vem Regina. — Disse Emma me levando pelo braço por uma das saídas do tribunal, onde a minha e irmã e minha mãe me esperam no final da escadaria. —Você conseguiu. — Ela disse por fim, me olhando nos olhos.

—Não, você conseguiu. Se outra pessoa tivesse pegado meu caso talvez eu tivesse que voltar para outra audiência semana que vem. Obrigado Emma, por tudo, eu te devo muito. Você não quer vir comigo? Podemos passar na sua casa e pegar o Henry.

—Eu acho melhor não, você deve ficar com a sua família. Acho que vocês têm muito o que conversar.

—Emma...

—Está tudo bem, agora está tudo bem. Eu juro! Mas se você quiser nós podemos nos encontrar no final de semana, depois que todo esse nevoado do divórcio se dissipar um pouco.

—Para mim está ótimo. — Falei beijando a sua face.

—Agora eu acho que você deve ir, a sua família te espera.

—Obrigado de novo, Emma.

—Eu faria tudo de novo, Regina.

Quando desci a escadaria eu recebi um apertado e efusivo abraço da minha mãe, daqueles que colam todos os pedaços quebrados, até os menores caquinhos. Pela primeira vez em muito tempo eu me senti em casa.

 

 


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Notas finais do capítulo

A-C-A-B-O-U, esse casamento acabou.