Uma Chance para Duas escrita por Ana


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Vocês querem capítulos? Tomem capítulos.
Música do capítulo: Work Song, Hozier
https://www.youtube.com/watch?v=nH7bjV0Q_44
Perdoem os erros que passam despercebidos e boa leitura.



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Regina

— Não Regina, a questão não é você ser como eu, eu sou humana e sou tão cheia de falhas quanto a própria Marcela. A questão é você ser mais como você mesma e menos como ela. — Disse afastando-se um pouco de mim.

— Você não me conhece Emma, não sabe do que está falando, como posso ser mais como eu se sou igual a ela?

— Você definitivamente não é igual a ela. Eu vejo quem você realmente é quando você está com Henry, eu vi quem você era naquele dia em que eu te encontrei com o cavalo, ou como no intervalo daquela audiência. Eu consigo ver a verdadeira Regina.

— Então você está me dizendo que eu devo viver vulnerável, que essa pessoa é o meu verdadeiro eu?

— Não! O que eu estou querendo dizer é que você não precisa viver sob toda essa capa. Parece que você não quer que as pessoas descubram quem você realmente é, não quer que as pessoas vejam a Regina que arriscou a própria vida em prol da de um cavalo.

— Para Emma!

— O que foi Regina? É tão difícil assim para você ser quem você realmente é, para você ter que viver à sombra dos outros?

— Eu não vivo à sombra de ninguém. — Falei irritada.

— Vive à sombra da personalidade dos outros, e eu não sei por que isso, é medo do que as pessoas podem achar de você ou você faz isso agradar a sua mãe? Você não é a Marcela e também não será como eu. Se você quer mudar, tudo, absolutamente tudo tem que partir de você. Olha, desculpa está dizendo tudo isso, afinal sou só a sua advogada, e esse assunto não é da minha alça... — Interrompi o que ela dizia com mais um beijo, mas uma espécie de beijo que há muito tempo eu não dava, tranquilo, sem presa, onde e só queria me manter ligada a ela por o máximo de tempo possível, pus as mãos em sua cintura e puxei-a para mais perto. Quando o ar se fez necessário separamos nossas bocas e nos mantemos com as testas encostadas.

— Você não é só a minha advogada. — Sussurrei fitando seus olhos. Olhar naqueles olhos era como me teletransportar para uma dimensão onde só existe nós duas. — Eu não sei explicar nada disso Emma, mas sei que não quero perder, também não sei como você consegue enxergar tanta coisa, mas quero que continue vendo.

— Regina, todas a coisas estão aí. Você só precisa saber onde procurar. —  Disse afagando meu rosto. Respirei fundo.

Eu não sabia o que Emma tinha feito e nem como todas as coisas caminharam até chegarmos nesse estado, mas eu hoje eu não poderia negar nem se quisesse que Emma havia ligado algo em mim, algo há muito adormecido.

Boys, workin on empty

Garotos trabalhando no vazio

Is that the kinda way to face the burning heat?

É esse o melhor jeito de enfrentar o calor sufocante?

I just think about my baby

Eu só penso no meu amor

I'm so full of love I could barely eat

Eu estou tão cheio de amor que mal podia comer

There's nothing sweeter than my baby

Não há nada mais doce do que o meu amor

I never want once from the cherry tree

Nem ao menos quis o fruto da cerejeira

Cause my baby's sweet as can be

Porque meu amor é tão doce quanto pode ser

She give me toothaches just from kissin me

Ela me dá dor de dente só por me beijar

— Eu entendi Emma, eu acho que entendi. — Então ela roçou o nariz na minha bochecha e eu inclinei a cabeça para o lado para que ela pudesse ter acesso ao meu pescoço. — Você não acha que seja melhor eu ir, Emma? — Perguntei gemendo um pouco no final devido a uma mordida que ela me deu de leve no pescoço.

Então ela me olhou, seus olhos pareciam mais escuros, e de alguma forma eu já sabia o que eles desejavam, e mesmo a minha cabeça dizendo que talvez eu não devesse, meu corpo já se entregava e arrepiava como a mínima possibilidade do seu toque.

— Eu quero que você fique, quero muito, mas desde que você queira ficar.

— Eu quero. — Falei num sussurro.

When, my, time comes around

Quando minha hora chegar

Lay me gently in the cold dark Earth

Coloque-me gentilmente na terra escura e fria

No grave can hold my body down

Nenhum túmulo pode me segurar

I'll crawl home to her

Eu vou rastejar de volta até ela

Então ela me beijou, sua língua me pediu passagem para um beijo tenro, onde nossas línguas puderam saborear todos os cantos de nossas bocas, sem pressa. Não precisei assumir o controle, aliás, pela primeira vez na vida não senti a necessidade de ter o controle. Passei meus braços envolta do seu pescoço a trazendo para mais perto, para mais junto do meu corpo. A proximidade dos nossos corpos nos causava deliciosos frissons. Sem separar o nosso beijo ela me pegou pela cintura e fez com que eu sentasse em cima do balcão, então abri um pouco mais as pernas para que ela pudesse se encaixar entre elas. Só separamos o beijo quando os nossos pulmões arderam devido à necessidade de ar, tínhamos as testas coladas e respirações profundas.

That's when my baby found me

Quando meu amor me encontrou

I was three days on a drunken sin

Eu estava há três dias numa bebedeira pecaminosa

I woke with her walls around me

Eu acordei com suas paredes ao meu redor

Nothin in her room but an empty crib

Nada em seu quarto além de um berço vazio

And I was burnin up a fever

E eu estava queimando em febre

I didn't care much how long I lived

Eu não me importava muito o quanto vivi

But I swear I thought I dreamed her

Mas eu juro que pensei a ter sonhado

She never asked me once about the wrong I did

Ela não me perguntou nem uma vez sobre meus erros

Emma tirou a mão da minha cintura e levou até os meus lábios se detendo sobre a minha cicatriz, ela a olhava com tanto interesse, por ora achei que a incomodasse. Ela percebeu que eu observava cada gesto seu com atenção, então sorriu de lado para mim, beijou a minha cicatriz e depois a minha boca.

Com as mãos em seus cabelos separei o nosso beijo, fazendo com que ela me olhasse. Meu batom estava em toda a sua boca, suspeitava que houvesse mais nela do que em mim, esse pensamento me fez sorri, fazendo com que ela me lançasse um sorriso de volta.

Novamente com as mãos em minha cintura ela trouxe para mais perto dela, e entendendo o que ela queria fazer, enlacei a sua cintura com as minhas pernas, e desse modo ela me levou para o seu quarto. Quando entramos ela fechou a porta e me apoiou contra ela, e me olhou. Eu poderia estar de burca, mas sempre que Emma Swan me olhasse, eu me sentiria desnuda. Ela olhava em meus olhos e eu olhava nos seus, e assim perdíamos a noção de tempo e espaço. Enquanto nos beijávamos minhas mãos subiam devagar a sua blusa e as minhas unhas arranhavam de leve aquela pela alva. Eu sentia ela tremer sob o meu toque.

When, my, time comes around

Quando minha hora chegar

Lay me gently in the cold dark Earth

Coloque-me gentilmente na terra escura e fria

No grave can hold my body down

Nenhum túmulo pode me segurar

I'll crawl home to her

Eu vou rastejar de volta até ela

Com as sua ajuda me desvencilhei da sua blusa e Emma me desceu para poder tirar o meu vestido. Ela descia o zíper que ficava na parte de trás sem pressa, e à medida que ia abrindo o vestido, ia depositando beijos na minha pele recém exposta. Eu sentia queimar, arder em chamas. Quando o zíper topou no final eu desci as alças e a peça caiu aos meus pés. No caminho de volta ela resolveu se divertir com a minha bunda, tirou a minha calcinha rendada preta, apertou e a mordeu me fazendo gemer baixo. Quando se levantou tirou o meu sutiã e me virou de frente para ela. Eu já tinha sido olhada de várias formas inclusive com desejo, mas a forma a qual ela me olhava me fez ruborizar.

Eu a beijei, um beijo intenso, mas não feroz. Desci beijando por o seu pescoço e o seu colo, me certificando em deixar marquinhas, nada extravagante, mas ela lembraria de mim, beijei a parte exposta dos seus seios e tirei o seu sutiã com uma maestria que até eu me surpreendi. Apertei os seus seios de leve me detendo um pouco sobre os bicos entumecidos, beijei o vale entre eles segui descendo até a sua calça de moletom, me perguntei como alguém poderia ficar tão linda vestida em uma calça de moletom, e junto com a calça tirei também a sua calcinha. A senti estremecer sobre mim quando os meus dedos tocaram os seus lábios internos, mas ela não deixou que eu me detivesse, me puxou para cima para mais um beijo.

My baby never fret none

Meu amor não tema

About what my hands and my body done

Sobre o que as minhas mãos e meu corpo fizeram

If the Lord don't forgive me

Se o senhor não me perdoar

I'd still have my baby and my babe would have me

Eu ainda teria meu amor e meu amor me teria

When I was kissing on my baby

Quando estava beijando o meu amor

And she put her love down soft and sweet

E ela colocou seu amor embaixo, suave e docemente

In the lowland plot I was free

No terreno do campo eu estava livre

Heaven and hell were words to me

Céu e inferno eram palavras para mim

 Enquanto ela me beijava suas mãos passeavam por o meu corpo. Emma passou a língua por o meu mamilo esquerdo e o soprou ele de leve fazendo com que toda a minha pele se arrepiasse. Ela os beijou, mordeu e mamou. Ela me prendeu mais uma vez em sua cintura e lentamente me deitou em sua cama ficando por cima de mim. Eu estava com os olhos fechados e tinha a respiração pesada, mas podia sentir os cabelos dela sobre mim. Enquanto ela me beijava, eu aprofundava mais o beijo com a mão em seus cabelos.

Ela desceu dando pequenas mordidas e chupões ao longo do meu corpo, até chegar onde eu mais queria. Ela mordeu e beijou a parte interna das minhas cochas. Eu já estava começando a ficar impaciente, meu corpo necessitava do seu toque e ela sabia disso, mas parecia fazer de propósito para me provocar.

Eu já estava toda molhada, e só ansiava pelo seu toque. Emma passou os dedos pela minha abertura e subiu até o meu clitóris, e lentamente começou a fazer movimentos circulares naquele ponto. Eu tinha os olhos fortemente fechados, aquela mulher iria me enlouquecer.

Ela roçou a ponta do nariz no meu clitóris e me chupou como se sua vida dependesse daquilo, eu murmurava coisas desconexas não conseguia formular nada racional, não com ela no meio das minhas pernas. E então chupou os meus lábios para em seguida me penetrar com a sua língua em uma lentidão torturante que só me fazia gemer implorando por mais. Emma me penetrou com dois dedos e continuou massageando o meu clitóris, mas aquilo não era o suficiente, eu precisava de mais, então ela pôs o terceiro, e com um gemido roco eu arqueei as costas.

Ela me estocava de forma rápida para compensar a tortura inicial, meu corpo tremia inteiro enquanto eu tentava controlar os meus gemidos, mas era em vão. Eu estava tão perto do gozo, e ela também podia sentir isso, mas então ela parou.

Como assim? Murmurei em desagrado. Então ela pôs seu corpo sobre o meu e me beijou, não sabia se era por causa do meu estado já comprometido, mas eu senti paixão em seu beijo.

— Olhando para mim. — Ela falou acariciando a o meu rosto.

— Isso é tortura. — Falei num tom choroso. Ela sorriu ao me ver fazer biquinho.

— Olho no olho, sim? — Concordei com a cabeça.

Para não depositar todo o seu peso sobre mim, ela apoiou uma mão no colchão, e a outra desceu entre os nossos corpos até chegar onde eu precisava. Começou a me estocar devagar para que eu entrasse em seu ritmo, mas queria mais, eu precisava de mais, então ela aumentou a velocidade. Me agarrei às suas costas a trazendo para mais perto de mim, e por consequência enfiei minhas umas em sua pele a marcando, e quanto mais ela estocava, mas fundo eu cravava. Entre os meus gemidos descompassados ela me beijava.

— Eu vou.. Em, Em... EMMA.

Todo o meu corpo tremeu sob o dela, então ela tirou seus dedos de dentro de mim e os lambeu me provocando e depois os pôs em minha boca para que eu também pudesse provar meu próprio gosto. Ela saiu de cima de mim e me chamou para que repousasse em seu peito, e então me abraçou. Talvez fosse o pós gozo que tivesse roubado todos os meus sentidos racionais, mas eu me sentia no lugar mais seguro do mundo. Não era o que eu pretendia, mas sem que eu percebesse, caí no sono.

Acordei um pouco atordoada sem saber onde estava e que horas eram, até que me situei, eu estava na casa de Emma e o seu rádio relógio dizia que eram 3:36 am., mas o mais importante, onde estava Emma? Dei uma olhada no quarto e percebi pela fresta da porta que havia alguma luz acesa na casa, então me enrolei no lençol e segui pelo corredor. Quando cheguei na porta vi que era o quarto de Henry, Emma estava em pé ao lado do berço dando a mamadeira a ele. Fiquei os observando até ser percebida.

— Oi Regina. — Ela falou sorrindo.

— Eu acordei e não te encontrei no quarto. — Falei me justificando e me aproximando dos dois.

— Eu percebi por a babá eletrônica que ele tinha acordado, então vim logo dar o mamar antes que ele começasse a chorar e te acordasse.

— Ele é uma criança encantadora. — Falei passando a mão em sua cabecinha. O rapazinho se mantinha acordado apenas o suficiente para continuar mamando, pois seus olhinhos já pesavam.

— Ele gosta muito de você. — Disse pondo-o no berço. Sorri, pois a recíproca não poderia ser mais verdadeira. Me debrucei um pouco por sobre o berço para continuar mexendo em seus cabelos. — Tenho certeza que você teria sido uma mãe maravilhosa, Regina. — Depois de ter perdido o meu filho essa passou a ser umas das minhas maiores indagações pessoais, eu realmente teria sido uma boa mãe? E diante do meu silêncio Emma trato em se desculpar. — Desculpa Regina, eu não queria... não queria...

— Tá tudo bem, Emma. — Disse me virando para ela e lhe dando um selinho.

— Você se incomoda em voltarmos para o quarto. — Disse bocejando. — O dia ontem foi longo. — Falou se referindo a reação do Henry a vacina.

Então voltamos para o quarto e dormimos abraçadas. Era incrível como aquele abraço tinha gosto de lar.

Quando eu acordei novamente, o rádio relógio marcava 6:20am. e Emma já havia levantado. Apanhei minhas roupas que estavam espalhadas pelo e chão, as vesti, e saí em busca dela.

— Você deveria ter me acordado. — Falei encontrando-a na cozinha.

— Bom dia para você também, Regina. — Disse pondo uma panqueca no prato de desligando o fogo. — Você estava dormindo tão bem, não quis acordá-la. — Eu não podia discordar, nos últimos meses meu sono ia tão mal quanto a minha própria vida, mas eu realmente havia dormido muito bem nessa noite.

— Bom dia, Emma. — Disse dando um sorriso de lado.

— Você prefere mel ou geleia na panqueca?

— Eu não posso ficar Emma, eu preciso ir.

— Claro que precisa. — Percebi a decepção em seus olhos.

— Não é desculpa. — Disse me aproximando. — Hoje eu vou dar as primeiras aulas do dia. E você me deixou dormir um pouquinho mais do que eu deveria.

— Tudo bem.

— Mesmo? — Ela fez que sim com a cabeça. — Então vem cá. — Disse puxando para um beijo.

Emma me levava rumo a saída do apartamento quando parou abruptamente de frente a porta e se virou para mim.

— Você vai fingir de novo que nada aconteceu? Porque se sim, é melhor eu já estar ciente. — Emma havia me deixado sem reação alguma.

— Eu...

— Eu já entendi Regina. — Disse se virando para abrir a porta.

— Não, espera Emma. —Disse fazendo com que ela se virasse novamente para mim.

— O que Regina?

— Eu jamais poderia fingir que isso não aconteceu quando foi tão importante para mim. Como eu poderia fingir que isso não aconteceu quando você não sai da minha cabeça? Eu sei que eu fui insensível com você da outra vez, a situação toda é tão complicada, você sabe, mas eu não vou complicar as coisas ainda mais. O que eu mais quero é que essa minha situação com a Marcela se resolva para que eu possa me entender com você. Chega de fingir que não existe nada.

— Eu sempre soube que existia.

— Eu sei. — Falei roçando o meu nariz no dela e lhe beijando. — Agora eu preciso ir.

— Ah, vamos remarcar o almoço com a sua irmã, não vamos perder o foco.

— Certo. Tchau, Swan.

— Tchau, Regina.


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Notas finais do capítulo

Me deixem saber o que vocês acharam?