The Originals New Version escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
Memórias


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/GXumhcRLN_E

https://youtu.be/aIBT3l54BAg

https://youtu.be/vwObck9twes

https://youtu.be/LWG3aFFhg8k



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/732164/chapter/8

P.O.V. Hayley.

Eu me lembro de quando as bruxas levaram a Jean. E do que aconteceu com elas quando a Renesmee as encontrou.

Ela meteu bala nas bruxas sem piedade, uma pilha de corpos de bruxas mortas baleadas, ela matou as bruxas através da porta como se tivesse visão de raio x. Quando as portas se abriram elas já estavam mortas.

Renesmee não errou um único tiro. Ela então colocou as armas de fogo sob o balcão, abriu as portas de vidro onde estava uma bruxa de cabelos ruivos, ela estava fazendo algum tipo de tratamento de beleza. Com um movimento de sua mão a massagista saiu.

Ela se aproximou da bruxa que usava fones de ouvido, tinha máscara facial no rosto e pepinos nos olhos. Sentou-se num banquinho, olhou para a bruxa como se a examinasse por alguns minutos e então, ela desembainhou duas facas cintilantes e afiadas e as enfiou nas mãos da bruxa que acordou num susto.

—O aprendizado é sempre um processo doloroso. Como quando se é criança e os ossos doem porque estão crescendo, acredita que lembro do som dos meus ossos crescendo? É um... leve ranger de baixo da pele.

Os olhos dela estavam vazios. Era como se estar torturando aquela bruxa não significasse nada pra ela.

—Tudo é diferente pra mim, tipo... os sons são música que eu entendo. Como fluidos. Sabe o que é engraçado? É que eu ficava tão preocupada com quem eu era e quem eu queria ser, mas agora que eu atingi cem por cento e tenho acesso ás profundezas do meu cérebro vejo tudo com mais clareza e percebo que o que faz de nós o que somos é primitivo. São apenas obstáculos.

—Renesmee, a Jean.

—Ela ta bem. Eu to sentindo ela. Mas, como eu estava dizendo são apenas obstáculos. Isso faz algum sentido pra você? Não. Claro que não. É como essa dor que está sentindo agora, ela impede que você compreenda. Tudo o que o seu cérebro entende agora é dor. É só o que ele entende dor. Agora, onde estão as outras? Que estão levando a minha filha, eu preciso dela.

A bruxa se contorcia.

—Não vai falar? Tudo bem. 

Renesmee tocou a cabeça da bruxa e era como se estivesse vendo algo que não conseguíamos.

—Berlim. Paris. Roma. 

Ela tirou os dois dedões da cabeça da bruxa.

—Obrigado por compartilhar Genevieve.

Ela se levantou e saiu.

—Vamos. A bruxa que está com Jean pensa que vai para Paris.

—O que tá acontecendo com você?

—Estou chegando á maturidade total. Minhas células estão se reproduzindo á uma velocidade fenomenal, vários bilhões por segundo estou até tendo certa dificuldade em determinar com precisão. Sabem, quando o cérebro atinge vinte por cento de sua capacidade ele abre e expande o resto não existem mais obstáculos, é como um efeito dominó. Eu estou colonizando meu próprio cérebro.

Renesmee falava tão rápido que era até meio difícil entender.

—Como assim?

—Eu consigo controlar meu próprio metabolismo e consigo controlar o corpo dos outros, assim como ondas magnéticas, elétricas e eletromagnéticas. Televisão. 

A televisão ligou.

—Rádio.

—Computador. Eu não sinto mais dor, medo, desejo é como se tudo o que sempre me definiu estivesse sumindo. E é um pouco assustador.

—Muito assustador.

—Á medida que a minha humanidade vai se esvaindo, todo esse conhecimento sobre tudo. Física quântica, matemática aplicada, a infinita capacidade do núcleo celular... todo esse conhecimento está em entrando em erupção dentro do meu cérebro.

Passamos por uma recepcionista.

—Toma.

—O que é isso?

—Uma receita.

—E desde quando você escreve em chinês Renesmee?

—Desde uma hora atrás.

—Eu não to entendendo nada.

—Escuta moça, seus rins não estão funcionando direito e o seu fígado está parando. Você realmente precisa mudar seu estilo de vida. Se tomar o remédio, se exercitar e comer alimentos orgânicos vai ficar bem.

Fomos até o aeroporto e estavam dando a descrição dela no noticiário, então ela simplesmente mudou de aparência. Ficou loira de olhos azuis.

—Puta merda! Como você fez isso?

—Eu controlo meu metabolismo, controlo até mesmo minha sequencia genética. Foi assim que eu fiz.

Ela sacou o celular.

P.O.V. Comandante Del Rio.

Recebi uma ligação de uma mulher americana e foi a ligação mais estranha que eu já recebi. Já que me foi informado que a mulher estava no aeroporto em Taiwan.

—Alô?

—Tenho informações importantes sobre um grupo de traficantes de crianças. Uma das crianças é a minha filha. Preciso falar com alguém em posição de autoridade.

—Que sorte a sua. Não tem ninguém com mais autoridade do que eu. Qual é o seu nome?

—Presta atenção Pierre Del Rio, chega de conversinha, levanta dessa mesa, pega a caneta vermelha á sua esquerda e anota tudo o que eu vou falar.

Eu olhei em volta e vi a caneta vermelha. 

—Não se preocupe, não há câmeras. Agora rápido, eu não tenho tempo pra desperdiçar.

—Continue.

—Vou te mandar informações sobre três pessoas que chegarão á Europa, cada uma carrega uma criança, toda a documentação é falsa. Preciso que ás prenda e confisque as crianças, uma delas é minha.

—Como são essas crianças?

—São todas meninas. Uma ruiva, uma loira e uma morena. A morena é minha. Cuidado na hora de lidar com ela. Ela é muito poderosa. Vai por mim.

Imagens das pessoas e das crianças apareceram na tela do meu computador.

—Recebeu?

—Sim.

—Ótimo. Conto com você para salvar a minha filha e essas outras meninas e devolvê-las a suas famílias.

Ela desligou.

—Tudo bem?

—Sim. Temos que ir. Recebi uma denúncia de tráfico de menores.

A polícia de Berlim pegou a criminosa e a criança, a Interpol foi avisada. Em Paris eu prendi o criminoso e peguei a criança.

—Muito bem, vamos pegamos as três.

P.O.V. Hayley.

Estávamos dentro do avião indo para Paris e ela estava mexendo em três computadores ao mesmo tempo numa velocidade alucinante. Todo mundo em volta estava olhando.

A comissária de bordo veio.

—Moça, preciso que desligue seus computadores. Vamos iniciar a descida.

—Enxugue seu nariz.

—O que?

—Quero uma taça de champanhe.

O nariz da comissária de bordo começou a sangrar.

—Oh, sim obrigado.

Eu sussurrei:

—Você fez aquilo?

—Fiz.

Outro atendente veio.

—Senhorita, seu champanhe.

—Obrigado.

—Precisa fechar sua mesa agora.

—Claro.

Ela o controlou, fechou a mesa e brindou:

—Ao conhecimento.

Ela bebeu o champanhe e começou a passar mal. Ela começou a se desfazer.

Mas, rapidamente resolveu o próprio problema. Levamos ela para o médico da polícia

P.O.V. Del Rio.

Eu estava conversando com o médico que atendeu a moça.

—Como ela está?

—Está bem. Ela está dormindo, com a injeção que eu dei vai dormir o dia inteiro.

P.O.V. Renesmee.

Logo eu acordei, me sentei e estralei o pescoço. Então percebi que estava numa delegacia, na ala hospitalar. A enfermeira entrou pela porta e tomou um susto ao me ver acordada.

Ela saiu correndo.

P.O.V. Doutor Antoine.

A enfermeira veio correndo e disse:

—Doutor, ela está acordada!

—Tem certeza?!

—Sim. Ela está sentada na cama.

Corremos todos e ela já não estava mais sentada, estava vestida e de pé.

—É ela.

—Não a algemaram?

—Algemamos.

P.O.V. Del Rio.

Eu saquei a arma e todo o batalhão fez o mesmo.

—Moça! Quietinha.

—Onde ela está? Eu preciso ver a minha filha.

—E eu preciso que coloque as mãos pra cima.

—Tá bem.

Ela moveu uma das mãos e todos os policiais caíram.

—Agora, onde está a minha filha?

Ela caminhou na minha direção e as balas saíram por debaixo da arma.

—Cadê o meu bebê Capitão?

—Venha comigo.

Entramos no carro.

—Como policial eu já vi muita coisa estranha, mas o que fez lá? Nocautear todos os meus melhores homens daquele jeito? Preciso me preocupar?

—Não. Eu só quero a minha filha de volta.

Ela começou a olhar como se visse algo que eu não conseguia, ela mexeu no vidro do carro.

—Se importa se eu ligar o rádio?

—Não.

Começou a tocar uma conversa.

—Que língua é essa?

—Coreano. Eu dirijo.

—Não pode. É um carro da polícia.

—Eu sei.

Ela me jogou pro outro lado e dirigiu desenfreadamente pelas ruas de Paris, atropelando pessoas.

—Moça tá na contra mão!

—To atrasada. E não vou deixar de jeito nenhum aquelas vadias pegarem o meu bebê.

—É melhor se atrasar do que morrer.

—Eu sou imortal e ninguém morre de verdade.

Chegamos ao hospital e havia uma mulher coreana de terno segurando uma criança.

—Me dá a minha filha.

—Matem-na e vamos dar o fora.

A mulher tentou sair, mas bateu numa barreira invisível.

—Eu disse me dá o meu bebê.

—Não fiquem parados ai matem-na!

Ela passou pelos homens de terno e tomou o bebê de volta dos braços da mulher.

—O meu marido, vai matar você.

Ela mudou de forma e o bebê riu e a abraçou.

—Podemos ir?

Voltamos para a delegacia e o marido estava coberto de sangue. E havia um grupo de cientistas reunidos na sala. Ela perguntou ao marido:

—Matou elas?

—Matei.

—Como conseguiu fazer aquilo? Como conseguiu acessar toda essa informação?

Perguntou o cientista e ela respondeu:

—Impulsos elétricos. Cada célula no meu corpo conhece e conversa com as outras, elas trocam mil bites de informação por segundo entre si, elas se agrupam formando uma rede de comunicação gigantesca quase do tamanho da internet, maior até. Que por sua vez forma a matéria. As células se reúnem, assumem uma determinada forma, reformam, deformam não faz a menor diferença é tudo igual.

—Vocês tão vendo isso?

—Sim. 

—Vocês humanos se consideram únicos então basearam toda a sua teoria de existência em si mesmos, um é a sua unidade de medida, só que não. Todos os seus sistemas sociais não passam de esboços, sempre aprendemos que um mais um é igual a dois, mas um mais um nunca foi igual a dois. Números e letras não existem. Codificaram sua existência ao tamanho humano, para deixá-la compreensível. Criaram números para esquecer sua insondável e imensurável escala.

—Mas, se os humanos não são a unidade de medida e o mundo não é governado por leis matemáticas, o que o governa? O que governa tudo?

Ela se virou e nós vimos uma imagem projetada.

—Filmem um carro correndo numa estrada, acelerem a velocidade da imagem infinitamente e  ele desaparece. Então que prova temos de sua existência? O tempo da legitimidade é a real prova de sua existência, o tempo a única medida que importa, a única coisa que realmente importa. Ele é a prova da existência da matéria. Sem o tempo nada existe.

—Fascinante.

Tiros são ouvidos.

—Estão aqui.

—Todo esse conhecimento Renesmee, eu não sei se a humanidade está pronta pra ele. Somos tão movidos pelo poder e pela ganancia. Diante da natureza humana, todo esse conhecimento pode trazer apenas instabilidade e caos.

—Não Doutor. A ignorância trás o caos, não o conhecimento. Eu vou construir um computador e baixar todo o meu conhecimento, encontrarei uma forma de você acessá-lo e disseminá-lo.

Então, ela criou um super computador que virou um pendrive preto e brilhante.

—A vida vos foi dada a bilhões de anos. Agora já sabem exatamente o que fazer com ela.

Ela saiu da sala carregando a filha e acompanhada do marido e da outra moça.

—Inacreditável.

Quando colocamos para rodar o conteúdo do Pendrive descobrimos que ela havia cruzado a barreira do contínuo espaço tempo e visto em primeira mão a criação do mundo. E conseguido gravar aquilo de seu cérebro diretamente para o pendrive.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Originals New Version" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.