A saga de Afrodite - Os Cavaleiros do Zodíaco escrita por LazyMonteiro


Capítulo 2
As asas de Pégaso contra as garras de Leão


Notas iniciais do capítulo

Sim, os nomes dos capítulos vão ser tão toscos quanto os da série em anime me desculpem por isso.
Demorei a postar pq estava com muitos trabalhos pra dar conta e ainda o TCC.
Espero que gostem e não desistam de mim pf. ;-;
Quanto as ilustrações, o problema maior é só tempo. Estava pensando em fazer dos cenários da fic e dos personagens mesmo (afinal pra que mais uma do Seiya??).
Quem passar por aqui dá uma opinião faz favor ;-;
Bjs.



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Perdido em seus pensamentos o cavaleiro de Leão vagava pelas ruas de Atenas. Não era raro que ele saísse do santuário, afinal por muito tempo ele era mal visto por lá como “o irmão do traidor”. Um estigma que ele teve de carregar por 13 anos... 13 longos anos. Foi Seiya e os outros cavaleiros de bronze que limparam o nome de seu irmão quando trouxeram a verdadeira Atena de volta ao santuário e revelaram a farsa e traição de Saga. Aiolia tinha uma dívida imensa com eles, maior que os outros cavaleiros tinham. Com a verdade na mesa os grilhões de preconceito que Aiolia sofria pelos supostos foram retirados. Ele nunca fora tão livre e vivera tão em paz como agora.
Saga... agora ele e seu irmão Kanon eram cavaleiros leais a Atena. Lutaram contra Hades e sacrificaram suas vidas em nome da deusa. Agora a mando da mesma ambos dividiam o manto da casa de gêmeos. Enquanto comia um baklava sentado numa marquise ele pensava o porquê de Atena ter lhes dado nova vida. Fazia meses que ela tinha feito isso, e perdoara até mesmo os seus maiores traidores lhes dando uma segunda chance, mas não trouxera seu irmão a vida.
Por que? Era interessante que dos Cavaleiros de Ouro só ele não tivesse voltado. Uma vez comentara isso com Shaka e o mesmo respondera que “a alma de Aiolos não estava nos mundos de transição” o que não o ajudara em nada.
—...nós temos que ir, ó vem por aqui...
Aiolia nem precisou procurar. A voz era de Seiya com sua irmã, Seika. Eles haviam se encontrado depois da batalha no Hades. Sabia que Seiya estava na Grécia, em Atenas, pois fora onde sua irmã fizera família depois de perder a memória. Mas... tudo era muito vago, Aiolia tinha a sensação de ter esquecido de alguma coisa. Ficara naquela praça de propósito, porque era uma área central onde todo mundo tinha que passar uma hora ou outra.
Ele pagou a conta e resolveu segui-los por algum tempo. Se queria emboscar Seiya precisava que fosse em um lugar sem gente. O problema era que eles estavam seguindo para as ruínas do Templo de Athena-Nike a Acrópole, onde sempre há muitos turistas do mundo todo; “gente demais” o que ele ia fazer?? Mesmo oculto na multidão Seia podia acabar percebendo ele a qualquer momento.

Aiolia não estava com sua armadura, e sim com roupas comuns, para não chamar atenção, claro. “E também”- imaginou- “numa batalha desse tipo acho que nem será necessário invocá-la. ” Mas um rapaz de porte atlético e jovem chamava a atenção não do publico em geral, mas sim das moças. O Leão de Ouro olhava-as passando por ele e dando piscadas e risadinhas, mas não estava com cabeça para paquerar, ele ainda estava com seus pensamentos em Atena e na reunião de horas atrás. E por mais que pensase não conseguia compreender o que havia ocorrido no coração de Atena, e nem o significado de tanta coisa que acontecera... aquele vácuo das memorias o incomodava, parecia que ali é que estava a resposta, mas ele não conseguia alcançar, como se faltassem peças para formar a figura de um quebra-cabeça.

Foi aí que o jovem viu Seiya e sua irmã Seika, conversando sentados em uma das escadarias próximas ao templo. Não pretendia se aproximar de Seiya ali; se o fizesse agora iria acabar com um patrimônio da humanidade, e também não iria travar combate na frente de centenas, milhares de civis. Eram duas regras que não estava disposto a quebrar. Mas como tirar todos aqueles turistas dali?

 Aiolia não precisou pensar muito. Afastou-se para um lugar onde o publico não o veria, e disparou um golpe no chão, que fez toda a terra a sua volta tremer inclusive a área onde Seiya estava. Vários turistas começaram a correr com medo, mas como Aiolia esperava, Seiya e sua irmã se mantiveram no mesmo lugar.

—Seiya que tremor é esse? - perguntou Seika assustada.

—E-eu não sei... – Subiu um arrepio na espinha. Seiya sabia exatamente de quem era o cosmo atrás dele.

O local já estava praticamente vazio quando Aiolia começou a se aproximar.

—Aiolia... foi você? Foi você que causou esse tremor? Mas por quê? Você podia ter destruído o templo ou ferido alguém. Você tá ficando maluco???

Aiolia não deu resposta. Simplesmente atacou Seiya com uma Cápsula do Poder, arremessando Seiya pra bem longe. Seika deu um grito, preocupada como irmão. Virou-se para Aiolia furiosa:

—Você está ficando maluco Aiolia?? O que está fazendo com o meu irmão???? Ele não te fez nenhum mal, então porque atacá-lo de forma tão agressiva??

—Afaste-se Seika. Meu problema não é com você ou com seu irmão. São minhas ordens e eu vou cumpri-las mesmo que elas não me agradem.

Nesse momento Seiya se ergue, e vem se aproximando bem devagar já bastante ferido. Seika correu até tenta ajudá-lo, mas ele recusa. Aiolia observa de testa franzida, expressão fechada.

 “Um golpe daqueles, sem estar de armadura deveria ter sido fatal, mas ele ainda se levanta”- pensou Aiolia- “esse é o verdadeiro Cavaleiro de Bronze da constelação de Pégaso! ’’

—Recebemos ordens de execução contra os cavaleiros de bronze. Os cinco devem ser caçados e executados e seus corpos levados ao santuário como prova do serviço. Sem perdão ou hesitação. – Aiolia falara isso com voz monocórdia ainda com a expressão fechada.

Seiya ficou horrorizado.

—Que conversa é essa Aiolia de que alguém mandou me executar? Você ta dizendo que alguém no Santuário quer minha cabeça em uma bandeja de prata? -  sua voz denotava sua descrença.

—Exatamente.

Seiya se enfureceu. Quem poderia mandar uma ordem dessas para os cavaleiros de ouro? Num flash a resposta veio como um raio na sua cabeça e sem acreditar sua boca perguntou antes mesmo dele controlar:

—Quem é Aiolia?

Aiolia não respondeu.

—Quem é Aiolia?

Silêncio.

—QUEM É AIOLIA???

A resposta foi outra Cápsula que mandou Seiya pra bem longe. Mas antes que ele aterrissase no solo Aiolia o apanhou no ar, e o segurou pela cabeça, apertando sua caixa craniana com seus dedos.

—Você deveria saber que está muito embaixo na hierarquia pra ter respostas como essas, e ainda ter a ousadia de gritar com seus superiores. Ou você já esqueceu que apesar de tudo ainda é um mero Cavaleiro de Bronze?- Aiolia gritou enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. Ele estava mesmo matando a sangue frio o cara que salvara a reputação de sua família, de seu irmão?

Seiya que parecia inconsciente, com muito esforço, conseguio agarrar o braço de Aiolia que suspendia sua cabeça e começou a fazer pressão pra que ele soltasse.

—Não Aiolia eu não esqueci... pelo contrário, eu sei muito bem quem eu sou, a minha classificação, e minha posição na hierarquia...mas eu achei que como eu vou ser executado, EU MERECIA UMA RSPOSTA!!!

O corpo de Seiya começou a esquentar tanto que Aiolia não teve opção, a não ser soltar Seiya, que caiu no chão. Aiolia assustou-se. O cosmo de Seiya estava aumentando rápido de intensidade, e naquele ritmo...

—Armadura de Leão venha a mim!!

—Meteoro de Pégaso!!!!!!!!!

Agora foi Aiolia que voou longe, debaixo de gritos de “Seiya não!” dados pela irmã do Cavaleiro de Pégaso. Seiya se aproximou de Aiolia que ele nem sentiu; atacando-o pelas costas com um chute fazendo o Leão quicar, Aiolia mal teve tempo de reagir; caiu no chão com a boca sangrando. Ergueu-se. Tinha esquecido que Seiya ficava muito forte quando estava furioso.

Aiolia olhou bem para Seiya; estava com o corpo cheio de escoriações, sangrando muito, com as pernas tremendo (culpa do Ácido Lático) de dor e cansaço, não iria render muito mais. E estava lutando sem armadura. Por que? Por que não invocara sua armadura como ele tinha feito? Acaso achava que iria vencer sem ela? Achava que Aiolia não estava levando a sério, ou ele é que não estava levando a ordem a sério?

—Seiya, por favor, desista. Você não tem condições de continuar então, por favor, pare de lutar.

Seiya tirou o sangue que escorria de cima dos olhos, inspirou fundo, e berrou:

—Eu não vou desistir!!! Nunca!!!! Não até você me dizer quem mandou você até aqui pra me matar. - e nesse momento Seiya caiu de joelhos. Aiolia sorriu por dentro enquanto limpava a boca. Seus golpes fizeram efeito. Aiolia desde primeiro golpe havia calculado que iria acertar Seiya, de forma que ele não agüentasse lutar por muito tempo, e caísse de joelhos antes de conseguir feri-lo seriamente. Anos de experiência tinham feito Aiolia aprender como anular um inimigo sem se esforçar muito; Seiya agora estava pronto para levar o golpe final. Aiolia caminhou devagar até Seiya que muito ferido, havia caído resfolegando nos braços de Seika, que tentava proteger o irmão com seu frágil corpo de humano. Ele ouviu  a discussão de forma longínqua quando Seiya pediu a irmã que não o defendesse, pois ser protegido por uma mulher, era o que ele não suportaria. Ela reclamou que por mais machista que fosse não iria deixa-lo sozinho. Ele rebateu dizendo que não era machismo, só não queria que seus atos respingassem sobre sua irmã.

Ver e ouvir aquilo doeu em Aiolia. Foi assim que seu irmão se sentira quando num ato impensado “traíra” o Santuário pra salvar Atena? Teria ele pensado nele, o pequeno Aiolia que a vida inteira ficara sem ele e ainda assim o defendia ?

O peso de tudo aquilo doía em Aiolia, mas ele tinha suas ordens. Era muita covardia atacar alguém que não tinha armadura pra lutar e nem condições de se defender. Ema muita covardia matar alguém a sangue frio sem nenhuma razão aparente. Afastou Seika da forma que pôde, e preparou o soco. Seiya quase sem forças perguntou mais uma vez num suspiro:

— Quem foi Aiolia...?

Aiolia baixou o punho. No ar ecoou um grito de Seika que ficaria horas nos ouvidos do Cavaleiro de Leão ao mesmo tempo em que Seiya fechou os olhos para não ver a face de seu executor; bastava-lhe apenas saber quem ele era.

O punho do Leão se moveu e... parou bem defronte a face de Seiya.

Pégaso abriu os olhos. O punho de Aiolia tremia parado no ar diante da face do Pégaso.

—Não... é injusto...essa ordem...não tem sentido...- Aiolia estava de punhos cerrados, olhos fixos em Seiya, resoluto. Caía uma lágrima do seu olho esquedo. A sua expressão era de dor e confusão.

Seiya reuniu suas forças pra se erguer, em seguida pergunta pra pela última vez à Aiolia.

—O que foi que aconteceu no Santuário Aiolia?  

Aiolia baixou o punho. Não tinha condições de atacar Seiya de uma forma tão desonrosa para um Cav. de Ouro. Respirou fundo antes de falar.

—É Atena Seiya. Atena mandou que todos os Cavaleiros de Ouro matassem os cinco Cavaleiros de Bronze caso eles se aproximassem do Santuário, e mandou que cinco de nós nos prontificassem a perseguir e matar vocês. Mas apesar de ser leal, e de ter que obedece-lá, eu vou descumprir minhas ordens, e deixar você vivo, desde que me prometa que vai descobrir o que aconteceu a Atena.

—Mas Aiolia...

Aiolia nem deixou Seiya terminar.

—Seiya eu sei das minhas consequências; sei que vou ser castigado, mas não ligo, desde que você faça o que eu estou lhe pedindo. Mas pra isso você não deve voltar ao Santuário, pois se o fizer eu terei de executar querendo ou não, as ordens que me foram dadas e eu... nós precisamos de sua ajuda. Da ajuda de todos vocês. Temos um novo inimigo e nem sabemos quem é. En-ten-deu Seiya?

Seiya fez que sim com a cabeça, e desmaiou em seguida. Aiolia ergueu-se e deu as costas ao casal de irmãos, mas deixou no ar outra pergunta: qual era o motivo de Atena querer os Cavaleiros de Bronze mortos?


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Notas finais do capítulo

Eu tenho pelo menos uns 10 capítulos já escritos, mas sempre sou obrigada a reescrever quando venho publicar porque acho que tá muito ruim.
Espero que gostem desse lado mais humano dos conflitos dos cavs pq ainda vai ter muito disso.



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