NARUTO ON

Tudo aconteceu muito rápido. Eu acabei de fazer minha primeira missão classe S, logo quando estou indo para casa vejo uma pessoa que há muito não via, ou melhor pensei que tinha morrido. De alguma forma usando magia ele me levou para um lugar que não fazia ideia de onde era.

“Então, agora que estamos a sós o que gostaria de me perguntar?” zeref se pronuncia com um amplo sorriso no rosto, quase como se não tivesse quatrocentos anos desde que se viram pela última vez.

“Tem um monte de coisas que eu gostaria de te perguntar, mas vou fazer uma bem importante”. Falei sério. “Você caiu de vez na escuridão, não é?”

“Aí depende do que é escuridão para você!” respondeu sorrindo sarcasticamente.

“Agora é a minha vez de perguntar!” Ditou com o rosto sério. “Uzumaki Naruto, una-se a mim, caso contrário não me atrapalhe!”

XXX

Naruto andava calmamente pelas ruas de magnólia. A conversa com Zeref não foi nada bem e agora o loiro estava muito deprimido, por isso foi para casa descansar enquanto pensava na conversa do “amigo”

O sol já estava se pondo quando Erza saiu da guilda e reparou em Naruto andando sem rumo aparente. Preocupada decidiu segui-lo. Naruto andou por toda magnólia, Erza não conseguia compreender o porquê, mas quando seus olhos se cruzaram, ela pode perceber uma enorme tristeza em suas belas safiras azuis-mar.

“Naruto”. Chama Erza preocupada. “O que houve? Porque parece tão triste?”

“Não é nada”. Responde Naruto sem expressão. “Me deixe sozinho, Erza”. Fala e some da frente dela.

Naruto correu para bem longe de Magnólia, o mais rápido que podia, tudo o que ele queria agora era sumir. Naruto correu sem saber um destino em mente, até que levou um tombo quando pisou no mar, assim caindo fortemente. Ele liberou Kurama de dentro de si, a raposa olhava para o amigo solidário sem saber o que dizer.

Naruto ficou atacando oceano por horas a fio com Kurama vendo tudo e não interferindo. Ele sabia que o loiro precisava descarregar a raiva em alguma coisa, enquanto Naruto descarregava todas as suas frustações começou a chover forte. Mesmo assim, ele não parou e debaixo de uma chuva forte ele continuou.

Três horas haviam se passado e enfim Naruto se cansou e desmaiou na água. Kurama suspirou e logo aumentou de tamanho e pegou ele com suas caudas tirando-os dali. Kurama encontrou uma caverna grande o suficiente para passar a noite, como já era tarde a raposa decidiu ficar ali mesmo e partir pela manhã.

Kurama começou tirando as roupas molhadas de Naruto o secando logo em seguida e criando novas com sua magia e vestindo-a nele. Com isso feito, saiu rapidamente para caçar algo para comer, não antes, é claro de colocar uma barreira ao redor da caverna. Caçou um veado pequeno, mas ele próprio não estava com fome, era só para caso Naruto estivesse com fome. Assim que voltou trouxe o veado e madeira consigo e ascendeu uma fogueira assando o veado até deixá-lo no ponto.

Naruto acordou duas horas depois de desmaiar. O gesso em seu braço molhou e desapareceu, mas considerando sua capacidade recuperativa isso não é um problema.

“Finalmente acordou”. Fala Kurama vendo Naruto se mover em sua caldas.

“Onde estamos?” Pergunta Naruto se levantando gemendo um pouco.

“Em uma caverna qualquer”. Responde a raposa. “Depois que você desmaiou, eu te trouxe para cá”.

Depois que Naruto se sentou ambos ficaram alguns segundos em silêncio, mas o loiro logo o quebrou.

“Kurama, porque as coisas tem que ser assim?” Pergunta Naruto chateado consigo mesmo e com a vida. “Qual o motivo de termos uma segunda chance só para termos viver assim novamente?"

“Eu não sei” Admite a raposa séria. “Nunca entendi os humanos até te conhecer, você me fez mudar de ideia, Naruto” ela não disse mais nada o resto da noite e assim com os sentimentos a flor da pele.

No dia seguinte, Naruto ainda se sentia horrível com a conversa de ontem, mas já estava muito melhor que antes. Kurama roncava enquanto dormia, o loiro se perguntou como não tinha acordado com tamanho barulho, mas deixou isso de lado e saiu da caverna. Saltou pelas árvores sentindo todos os músculos do corpo pronto para um novo dia, mas não sabia ao certo o que fazer. Não havia necessidade de fazer nenhuma missão, já que a que ele fez a pouco tinha lhe rendido muito dinheiro.

Voltou para a caverna e viu que o amigo estava comendo o veado que acabou caçando no dia anterior. Naruto não estava com fome, por isso não se importou em não comer. Ao tocar no corpo percebeu que usava roupas diferentes, ou seja, o casaco que usava havia sumido. Era o pano mágico que tinha ganhado.

“Onde está meu casaco, Kurama” pergunta o loiro a raposa que apenas grunhiu em resposta, mas apontou com a cauda onde estava o objeto. Naruto andou até ele e o pegou, logo em seguida colocou nos ombros e se sentou esperando Kurama terminar de comer. Vinte minutos mais tarde, ele havia terminado, assim perguntou. “Vamos voltar para a guilda?”

Kurama olhou nos olhos do amigo tentando decifrar o que se passava na cabeça do loiro, mas não teve sucesso. De toda forma, Naruto sempre o surpreendeu quando se via em uma situação complicada, assim acenou em concordância diminuindo de tamanho e entrando no loiro.

Naruto ficou realmente surpreso ao perceber a distância que havia percorrido. Duas horas depois de caminhar ainda não havia chegado em Magnólia. Já era quase hora do almoço quando o loiro viu sua amada guilda e sorriu. A Fairy Tail ainda seria um lugar no qual ele poderia sempre voltar. Ao abrir as portas da guilda tomou um soco tão forte da Erza que acabou batendo em Natsu, o novo membro da guilda, que colocou a culpa de Naruto cair em cima dele em Gray. Logicamente uma confusão generalizada começou, quando Naruto se tocou todos já estavam no meio do caos.

“Naruto, seu idiota!” gritava Erza irritada-preocupada com o loiro. Depois que viu o estado no qual se encontrava no dia anterior, mas antes que acertasse Naruto novamente, Akame se entrepôs entre os dois.

“Erza, você não vai bater mais no meu marido!” afirma a garota sacando sua espada (Vai saber onde ela arrumou isso).

“Ele não é seu marido, sua perua!” gritou Erza com várias veias na testa irritada com a insistência da garota em chamar Naruto de marido. As duas avançaram uma na outra com o intuito de acertar um soco (Akame é estranho sacou a espada para socar a Erza), mas Naruto apareceu na frente delas e acabou levando os socos das duas. Erza e Akame queriam parar o golpe quando Naruto apareceu, mas já era tarde demais, mesmo assim uma levou o soco da outra, rodaram três vezes antes de cair.

Mais tarde, Naruto tinha enormes marcas vermelhas de onde foi acertado pelas amigas, deixando isso de lado ouviu o mestre lhe chamar. Naruto deixou para lá seus problemas e foi até o velhinho.

“Está tudo bem com você?”. Pergunta o mestre calmamente enquanto toma sua cerveja, vez ou outra assediava uma funcionária que passava. “Erza disse que você parecia chateado ontem” continuou encarando o loiro.

“Nada demais” Naruto responde forçando um sorriso. “Eu apenas me lembrei de casa” mentiu para que ele não se preocupasse. “Mudando de assunto, acho que vou comprar uma casa com o dinheiro da missão” fala sentando no balcão com ele.

“Porque?” pergunta o mestre curioso. “Não gosta mais do seu apartamento?” Makarov não entendeu essa mudança subida de opinião.

“Não é isso” responde o loiro. “Eu só quero sair do aluguel e ter algo no meu nome” explica Naruto mesmo escondendo alguns dos motivos. “Como eu fiz uma missão classe S, eu tenho dinheiro de sobra”

“Entendo” fala Makarov entendendo os motivos de seu “filho” de sair do aluguel de vez. Laxus se aproximou do avô com um grande sorriso no rosto, Naruto já havia deixado a guilda. “Porque está tão feliz?” Makarov pergunta a Laxus.

“Eu acabei de conseguir um encontro” explica Laxus sorrindo de orelha a orelha. “Eu vou levar ela para jantar no “Gustot” essa noite” fala o loiro se achando o máximo.

“Responsabilidade, hein” Makarov avisa e Laxus logo pega o que ele quis dizer. “Eu não quero ser bisavô tão cedo”

“Relaxa, velhote” Pede Laxus fazendo cara de entediado. “Existe preservativo, sabia?” Laxus apenas ignorava todos os avisos do avô enquanto olha pela guilda. “Cadê o Naruto?”

“Ele disse que ia comprar uma casa para morar” explica o mestre da Fairy Tail. “Está cansando do aluguel” fala se levantando e começando a subir as escadas. “Eu tenho trabalho a fazer, se precisarem de mim estarei lá em cima” completa antes de sumir da vista.

Laxus deixou a guilda e foi até a casa de Naruto, ele ficou sabendo que ele estava chateado no dia anterior, já que Erza havia o avisado. Começou a andar por Magnólia e vez ou outra alguém o reconhecia como membro da Fairy Tail e mexia com ele, Laxus devolvia o gesto sem parar de andar em nenhum momento. Não demorou e ele já podia ver o prédio em que Naruto morava com Kurama.

Sem nenhuma cerimônia pulou até a janela do quarto e entrou. Naruto levou um susto com a chegada repentina de Laxus, mas logo se recuperou.

“Sabe, você podia usar a porta” Naruto fala sarcasticamente para o amigo. “Não é normal se entrar pela da casa dos outros”

“Qual o problema? Somos amigos” Laxus fala com um pequeno sorriso em seu rosto. Naruto por outro lado apenas suspirou cansado.

“Amigos não entram pela janela da casa do outro” Corta o loiro irritado voltando a sentar na mesa. Em cima dela havia vários anúncios de moradia em Magnólia.

“Vai mesmo comprar uma casa?” Pergunta Laxus sentando ao lado dele e pegando outra revista de anúncios. “Porque isso de repente?”

“Você sabe que eu gosto de ler, certo?” pergunta Naruto sem tirar os olhos dos anúncios. “Nesse apartamento não tenho espaço para guardar quase nada”

“Só por isso quer se mudar?” Laxus pergunta abaixando o anuncio que lia para encarar o amigo. “Você é bem estranho, sabia?”

“Cala a boca e procura casas com 400 metros!” Naruto responde irritado mostrando o dedo do meio para o amigo.

“Pode deixar!” Laxus responde mostrando o dedo do meio também com uma veia na testa. Os dois passaram a manhã toda procurando e nada de encontrarem algo útil e do tamanho no qual Naruto queria. Chegou a hora do almoço e nada de achar, assim perguntou.

“Está com fome?” pergunta Naruto a Laxus que ainda procurava.

“Estou sim, eu como qualquer coisa que você tiver” Laxus respondeu sem tirar os olhos dos anúncios. Naruto preparou uma refeição rápida e ambos comeram rapidamente e voltaram ao que fazia antes.

“Cinco horas procurando e nada” Naruto fala irritado jogando o anuncio da mesa por não ter encontrado nada em tanto tempo de procura.

“Sabe, já que quer se mudar para ter um lugar para guardar seus livros” Começa Laxus entretido em um anuncio. “Porque não compra uma biblioteca? Tem um anuncio dela aqui, mas é um mais para a floresta”

“Cadê?” Pergunta Naruto realmente interessado. Laxus lhe passou o anuncio e realmente o lugar era enorme e devia ter pelo menos uns duzentos mil metros quadrados. “Preço a combinar” leu o loiro. Com isso em mente, falou. “Beleza! Eu vou verificar esse lugar!” Naruto fala empolgado e levantando de onde estava.

“Eu vou com você” afirma Laxus sério o seguindo. “Kurama não vai?” pergunta o neto do mestre curioso.

“Não, deixa ele dormir, ele está muito cansado” responde o loiro saindo do apartamento. Trancando a porta do apartamento ao sair, os dois loiros caminharam até onde foi feito o anuncio e não demorou para chegarem conhecerem o dono do anuncio.

“É um prazer conhecer o mago mais rápido da Fairy Tail” cumprimenta o homem sorrindo e estendendo a mão para um aperto, que, foi facilmente atendido pelo loiro.

“O prazer é todo meu, meu nome é Naruto Uzumaki”. Naruto se apresenta sorrindo e logo sentando no sofá de frente para o homem. “Eu sou o Laxus” se apresenta sério se sentando também.

“Em que posso ser útil?”. Pergunta o homem depois de acenar com a cabeça para Laxus.

“Eu estou interessado no seu anuncio”. Responde o loiro mostrando o mesmo para ele. “Por quanto está vendendo este local?”.

“Vinte e cinco milhões”. Responde o velho e Naruto quase caiu do sofá.

“Vinte e cinco milhões?”. Naruto repete surpreso. “Você sabe que o local é um pouco afastado da cidade, não é?”. O homem concorda com um aceno de cabeça. “Não acha que está muito caro?”

“Eu estou levando em conta o tamanho da biblioteca”. Respondeu o velho calmamente. “Só uma dúvida, você quer montar uma biblioteca? Você não vai conseguir muita atenção com isso devido a distância”.

“Não, eu quero a biblioteca para ser minha casa”. Responde Naruto sorrindo deixando o velho com a boca aberta. “Pode me levar lá?”. O senhor prontamente atendeu o pedido de Naruto e levou os dois até o local.

Naruto não pode deixar de se surpreender com o tamanho da biblioteca, na frente dela tinha dois leão de pedra muito bem detalhados. Assim que os três entraram puderam notar como o lugar era maravilhoso, ele com certeza ficaria com o lugar.

“É uma pena que eu tenha que vender”. Fala o velho com um sorriso triste.

“Porque você tem que vender?”. Naruto pergunta curioso com a atitude do homem perante a venda do imóvel.

“Minha neta precisa fazer uma cirurgia muito cara e eu preciso vender meus imóveis mais valiosos para pagá-la”. Naruto se tocou que o homem é um amante do conhecimento e não era à toa sua chateação ao vender a biblioteca. “Porque não fazemos assim. Você me vende por vinte milhões e quando eu restaurá-la, eu vou deixar do jeito que era originalmente. O que acha?”

O velho que tinha ficado de cabeça baixa por algum tempo, levantou a cabeça às pressas com a proposta feita pelo loiro. Assim que assimilou o que ele disse, colocou a mão no queixo e começou a pensar bem. Quando enfim decidiu, falou.

“Tudo bem, negócio fechado!”. Fala o velho apertando a mão de Naruto. Três dias depois, Naruto já era oficialmente o dono da biblioteca. Agora surgiu outro problema, ele teria que pegar outra missão classe S para fazer a reforma na biblioteca. Como não era todo o lugar, seus pertences já tinham sido levados para lá. No segundo andar tinha um quarto, cozinha, banheiro relativamente maior de onde Naruto morava antes onde provavelmente o bibliotecário morava e em bom estado. No momento Naruto encarava os pedidos de missão classe S. Um pedido em lhe chamou a atenção. Se tratava de pegar um ovo de um pássaro chamado Karkus no topo da árvore do mundo. A recompensa era vinte e cinco milhões, curioso pegou o papel e desceu do segundo andar da guilda pelas escada.

“O que houve com o seu gesso?”. Pergunta Makarov curioso quando ele se aproximou do balcão da guilda.

“Eu me recupero rápido”. Responde Naruto com um sorriso no rosto. “Ei, mestre. O que é esse pássaro de Karkus? Aqui diz que a missão é pegar um desses ovos na árvore do mundo”

O mestre pareceu pensar a respeito com a mão no queixo, mas logo falou. “De acordo com os boatos é o pássaro mais antigo do mundo e o sabor de seus ovos é algo que não se encontra em nenhum lugar do mundo”. Explica o mestre. “Cada ovo custa vinte e cinco milhões ao que parece”.

“Isso é incrível!”. Naruto fala surpreso com os olhos arregalados. “Eu com certeza vou fazer essa missão!”.

“Posso ir junto?”. Erza pergunta se aproximando. Naruto estava prestes a responder, mas o mestre se adiantou.

“Não mesmo!”. Responde Makarov rapidamente. “Essa missão é para magos classe S”. Erza ficou fazendo bico em um canto, mas no fim aceitou o que o mestre disse.

“Erza, não se preocupe”. Pede o loiro com a mão na cabeça dela. “Quando eu voltar fazemos uma missão junto, ok?”. Mesmo a contragosto ela aceitou e ele saiu da guilda.

XxX

“Ela é muito alta”. Avisa um comerciante da feira de Sekirin. “Pessoas de todo mundo veem a nossa cidade em busca de descobrir o que tem no topo”.

“As pessoas não sabem que é o ninho do pássaro Karkus?”. Naruto questiona confuso. Há pouco mais de uma hora o loiro havia chegado na cidade. Foi uma longa viagem, trinta e seis horas de trem, doze horas de carruagem e mais oito horas a pé, só para ter que pegar um barco e navegar por mais de duas horas e, por fim, caminhar por quarenta minutos até a vila de Sekirin.

“Sim, elas sabem”.  Responde o vendedor sorrindo. “É uma lenda antiga em nossa vila. Ninguém sabe como ela surgiu e o que tem no topo, mas a única pessoa que chegou lá informou sobre os ovos e quando foi perguntado o que mais tinha ele disse: “descubram vocês mesmos”. Isso foi o suficiente para atiçar a curiosidade de muita gente”.

“De quão alto estamos falando?” Pergunta o loiro ainda mais curioso. Naruto estava usando uma calça preta com suas sandálias também pretas, usava uma camisa de manga cinza tendendo ao prata e para completar usava uma jaqueta de capuz laranja e preta.

“Ninguém sabe, com exceção do único homem que chegou no topo”. Fala o homem enquanto vendia para os outros. “Mas relatos de alguns que tentaram disseram que só subiram 2749 metros”. Naruto assobiou com a altura. Pegar um ovo desses é mais difícil do que parece.

“Você conhece alguma pousada que ainda tem quartos disponíveis?”. Naruto pergunta bocejando. A viagem foi cansativa.

“Nós temos a “pata do urso”. Você só precisa seguir em frente e procurar uma placa com a pata de um urso”. Explica o homem.

“Obrigado”. Fala o loiro seguindo seu caminho. Naruto não andou muito para achar o lugar indicado pelo homem. Como ele disse uma placa de uma pata de urso podia ser vista. “Acho que esse é o lugar”.

Mesmo do lado de fora podia se ouvir muito bem a barulho lá de dentro. Naruto chegou a pensar que estava entrando na Fairy Tail. “Parece bem animado lá dentro”. Pensa o loiro entrando e vendo a confusão do local. “Parece que tem vários magos”.

“Bem-vindo, meu filho! Você tá sozinho?”. Pergunta uma voz grossa atrás do loiro. Quando o mesmo se virou um homem que mais parecia um urso surgiu. “Qual o problema? Vamos entrando!”

“Ah, Er...Quem é você?”. Pergunta o loiro aguado com a aproximação do homem. “Você está muito próximo”. Pensa com medo.

“Eu? Eu sou o dono e o garoto propaganda daqui do “A toca do urso”, prazer Douma Bear!”. Se apresenta o homem.

“Você tá tentando ser uma garota propaganda?!”. Naruto pergunta com uma gota na cabeça.

“Oh? Essa foi boa moloque!”. Elogia um dos homens no bar.

“Não parem, continuem!”. Incentiva um segundo.

“Qual é, continuem!”. Pede um terceiro.

“Urg, será que eu não deveria procurar por um outro lugar?”. Pensa Naruto cansado. A viagem foi longa e ele não estava a fim de discussão, mas no fim ele nem precisou.

“Pai, quantas vezes eu tenho que te dizer pra parar com isso!”. Uma voz feminina se fez presente.

“Ah, não, veja bem-“. Ele foi cortado rapidamente.

— “Quieto!”. Ordena a garota. “Apenas vá e ajude a mãe na cozinha, eu cuido do salão!”. Ela fala firme, assim o homem obedeceu.

“Tá bem”. Fala ele chateado indo para a cozinha.

“Desculpe por isso”. Pede a garota se voltando para Naruto. “Aquilo deve ter sido uma vista bem estranha, eu me chamo Tsugumi. Você vai comer aqui? Ou vai passar a noite?”.

“Certo, eu vou passar a noite. O seu pai sempre faz aquilo?”. Naruto pergunta curioso.

“Bem..sim...A alegria das pessoas que vem aqui é contagiante, e ele é facilmente pego nessa bagunça”. Respondeu Tsugumi balançando o corpo sem jeito. “Para passar a noite com jantar e café da manhã vai custar 200 Jewels. Você pode descer pra tomar café da manhã a qualquer hora antes das 9 horas. Usar a banheira custa 40 Jewels por vez, apenas nos avise quando for usar”.

“Entendi. Eu vou pagar por três dias então. Eu me chamo Naruto.” Naruto fala com um sorriso. Depois que pagou, sentou em uma mesa e jantou rapidamente indo para seu quarto. Ao chegar lá cogitou a ideia de tomar um banho, mas quando caiu na cama perdeu completamente as forças e dormiu. A viagem foi realmente cansativa.

No dia seguinte, Naruto acordou meio atordoado, sem saber onde estava, mas bastou uma olhada no quarto e se lembrou.

“Essa é a toca do urso”. Naruto se levantou e deu uma esticada para despertar os músculos completamente. Naruto cheirou a si mesmo e não gostou do resultado, desceu rapidamente para avisar Tsugumi que iria usar a banheira. Quando voltou começou a se despir até ficar completamente nu. Para um rapaz de 15 anos, seu corpo era bem tonificado, músculos podiam ser vistos, mas nada exagerado, como muitos homens exibem. Liberou Kurama de dentro de si enquanto entrava na banheira.

“Você parece bem relaxado”. Comenta a raposa entrando na água também. “Não vai tomar nenhuma atitude depois do que ouviu do Zeref?”

“Eu realmente não quero falar disso a essa hora da manhã”. Naruto devolve frio, Kurama suspirou em resposta. “Mas não é como se eu não fosse fazer nada. Eu apenas não sei que atitude devo tomar”.

“Bom, de toda forma temos tempo para isso”. kurama fala relaxada na banheira. Meia hora depois eles saíram da banheira, Naruto colocou uma toalha na cintura e se sentou secando seu cabelo com a outra. Kurama pegou uma toalha e começou a secar suas caudas. “Sabe, você poderia ter convidado aquela garota para seu quarto ontem”. Kurama fala de repente, deixando Naruto vermelho.

“Cala a boca!”. Naruto devolve jogando um travesseiro nele.

“Porque está bravo? Você está na flor da idade, sexo deveria ser uma prioridade”. A raposa não tinha escrúpulos nenhum para sugerir isso. “Menininho ingênuo!” Brinca a raposa.

“Já mandei calar a boca! E a propósito, o que raposas entendem de sexo?!”. Naruto pergunta vermelho como um tomate, mas com uma veia na cabeça. Kurama sussurrou algo como “idiota”, mas Naruto não ouviu. Não demorou e Naruto desceu para o café da manhã, Kurama já havia voltado para o lugar que ficava geralmente.

“Bom dia, Naruto!”. Cumprimenta Tsugumi quando o viu descendo a escada. “Dormiu bem?”. Pergunta limpando a mesa onde o loiro sentou.

“Faz um tempinho desde que eu consegui dormir em uma cama tão boa”. Naruto responde sinceramente.

“Bom saber. Você quer o café da manhã?”. Pergunta antes de voltar para a cozinha.

“Com certeza”. Responde o loiro olhando ao redor.

“Beleza, só espera um pouquinho”. Pede ela sumindo na cozinha. Alguns minutos mais tarde, Tsugumi surgiu com uma bandeja com uma panela com refogado que dava água na boca, em outro prato tinha um enorme pão e para completar um copo grande de suco de laranja.

“Parece gostoso”. Naruto fala com água na boca. Naruto começou a comer o refogado e ficou encantado. “Isso é uma delícia! Grita a plenos pulmões. “Manda mais!”. Pede depois que terminou a primeira porção. No fim ele comeu três porções inteiras até que se sentisse satisfeito.

“Você comeu pra caramba, hein!”. Elogia Tsugumi surpresa.

“É que estava gostoso!”. Naruto responde com a barriga enorme e uma mão em cima dela. Naruto reparou que ela ficou sem jeito de repente, mas perguntou. “Então, quais são seus planos aqui?”

“Eu estou em uma missão para conseguir um ovo de Karkus”. Explica Naruto fazendo ela abrir um sorriso.

“Então, você também veio para escalar a árvore do mundo?”. Pergunta já sabendo a resposta. Ela chegou mais perto de Naruto e completou. “Eu posso te indicar um atalho para o topo”. Naruto fechou a cara, mas logo abre um sorriso.

“Não, obrigado”. Responde Naruto percebendo que essa família não era normal. “O lado bom de escalar a árvore é a aventura que é proporcionada”.

“A escolha é sua”. Responde Tsugumi com um sorriso e vendo sair pela porta. Quando ela voltou para a cozinha, seu pai a encarava sério.

“Ele recusou a ajuda”. Fala antes que o pai perguntasse. “Disse que prefere pegar o caminho mais difícil”.

“Como eu pensei”. Responde o pai com um sorriso e subindo para o segundo andar da casa. Parou bem em frente a um janela. “Eu vou cumprir a promessa que fiz com você, Namikaze Minato”.

Naruto encarava a árvore com a boca aberta. Nunca em sua vida viu uma árvore tão grande e por mais que ele olhasse para cima não conseguia ver um fim. O sorriso do loiro apenas aumentou quando assimilou que teria que escalar tudo para chegar ao topo.

“Bom, é melhor eu começar”. Naruto agarra a árvore com as duas mãos e começa a subir. Kurama em sua mente não entendeu o motivo dele querer escalar de mãos vazias.

“Porque não usa magia nos pés? É mais rápido desse jeito”. Kurama fala em seus pensamentos vendo observando ele subir.

“Sabe, desde que ouvi que tinha um atalho apenas aumentou a minha vontade de subir com as mãos nuas”. Naruto explica sorrindo.

“Você que sabe”. Kurama responde dando de ombros.

Naruto não sabia quanto tempo já estava escalando, mas chutou que já fazia umas duas horas, mesmo assim Naruto se sentia mais feliz do que nunca, adorava desafios. Depois de seis horas de escaladas o loiro fez uma pausa e olhou para cima.

“Ainda tenho muito chão pela frente”. Naruto analisa tirando o suor da testa e voltando a subir. Naruto ficou tão concentrado em subir que quase perdeu a vista deslumbrante atrás de si, o mar, a terra, tudo era deslumbrante daquela altura. “Está árvore é incrível. Confio nela com o meu corpo. Ao tocá-la com os meus dedos, percebo uma corrente de vida por dentro e me sinto conectado a toda ela.”

Naruto continuou subindo no seu próprio ritmo, sem pressa, aproveitando a vista e energia positiva que a árvore lhe passava. Naruto podia jurar que lhe passava a sensação do abraço de sua mãe. Algumas horas depois, ele ouviu alguém.

“Socorro....Socorro...Socorro”. Naruto olhou ao redor tentando descobrir de onde vinha. Um pouco mais acima, um homem jazia sem força deitado em uma palmeira. Naruto viu o estado dele e deu água do cantil que carregava, mas ele precisava de tratamento médico.

“Kage Bunshin no Justu”. Um clone surgiu pegando o homem e o amarrando nas costas, logo em seguida concentrou ckackra nos pés começou a descer. “Garanta que ele vá procurar um médico!”. Ele grita para o clone que acena em resposta.

O sol já estava se pondo quando Naruto pode identificar algo que possa ser o final da árvore. Mesmo sem saber o que é seguiu em frente.

“O topo é meio bizarro”. Pensa o shinobi dando de ombros. Quando Naruto enfim chegou no topo, a primeira coisa que viu foi uma boca, não um pássaro gigante. Ao olhar melhor era um ninho de filhotes gigantes, ou seja, os Karkus. “Que grandes! Levei um susto! Naruto fez um carinho em um deles e os outros ficaram com ciúmes e se aproximaram para receber carinho também.

“Um visitante? Que inesperado”. Fala uma voz que Naruto não reconheceu e logo entrou em guarda. O homem vendo isso, falou. “Relaxa, eu não sou seu inimigo”.

“Quem é você?”. Naruto podia sentir um poder mágico anormal vindo dele.

“Eu sou Ging”. Se apresenta o homem. “E você?”.

“Naruto. Naruto Uzumaki”. Se apresenta o loiro.

“Que tal conversar?”. Pergunta o homem de repente. Naruto relaxou um pouco. Ele não parecia um pessoa ruim.

“Claro, porque não”. Naruto concorda se sentando perto dele e admirando o pôr do sol da árvore do mundo.