Através do Tempo escrita por Biax


Capítulo 6
3.2


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! EU PRECISO DE AJUDA, MINHA CABEÇA NÃO TÁ LEGAL.
Eu não sei o quê ou COMO eu fiz isso, mas eu consegui pular DOIS CAPÍTULOS (não me matem)
Eu fui ver isso agora, tipo, como?????????
Como eu não queria excluir, tive que editar. Então os capítulos "Caça ao livro" e "2.2" vocês não leram.
Eu peço encarecidamente que vocês leiam eles. Me desculpem, de verdade. Minha cabeça devia estar na lua -.-'
Eu vou postar até o último que eu postei antes, e vou postar o próximo como pedido de desculpas kkk Vocês têm 3 capítulos novos agora :p



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Aloys olhava tudo impressionado. Parecia tudo novidade. Quer dizer, era novidade para ele.

— O que é isso? — Apontou para um carro que estava parado no farol.

— Um carro. Ele transporta pessoas, sabe.

— Como uma carroça?

— É, mas sem cavalos.

— E como ele se move?

— Ele tem um motor que faz o carro andar sozinho.

— O que é um motor?

— Não faz pergunta difícil. Eu não sei explicar tudo.

— Ah, desculpe. — Sorriu, olhando para os lados. — O que você quer fazer aqui?

— Quero comprar algumas roupas, mas primeiro vamos em outro lugar. Preciso entregar essa sacola de roupas. — Parou para olhar uma vitrine. Segundos depois sentiu Aloys pegando seu braço.

— Olha, olha! Margareth!

— Quem?

— Margareth! Olha! — A puxou e apontou.

Rebeca olhou para onde ele apontava, e quando percebeu, Aloys estava atravessando a rua para chegar até a garota.

Ela era um pouco baixinha e magra. Seu cabelo era de um castanho claro, curtinho, pouco abaixo das orelhas, e usava um par de óculos ovais.

Ai, droga. É uma menina da minha escola.

Correu atrás dele.

Aloys se aproximou da garota e segurou seus ombros. — Margareth, você está aqui também!

A garota o olhou assustada. — Desculpe?

— Sou eu, Aloys! — falou animado. — ... não me diga que também não se lembra de mim.

Rebeca apareceu e puxou Aloys de perto de garota. — Desculpe, ele não tomou os remédios hoje.

— Rebeca, não é? — perguntou, apontando o dedo para ela.

— Sim... você me conhece?

— Só de vista. Todos descobriram seu nome quando chegou.

— Ah sim...

— Como chegou aqui, Margareth? — Aloys questionou interessado. — Amice também fez um feitiço para você?

Rebeca olhou para Aloys carrancuda. — Não liga para o que ele está dizendo — disse para a garota. — Qual seu nome mesmo?

— Maria... Por que ele está me chamando de Margareth?

— Porque seu nome é Marga...

Ela tapou a boca dele com a mão. — Ele não bate bem da cabeça. Acha que conhece todo mundo. Vamos, Aloys. — O puxou. — Até mais, Maria.

— Até. — Deu risada e acenou para os dois.

— Essa história está indo longe demais, Aloys, pare com isso.

— Parar com o quê? Era Margareth! E ela também não me reconheceu.

— Quem é Margareth?

— É sua melhor amiga! — exclamou, um pouco desesperado.

— ... — Rebeca o olhou e suspirou. — Vamos logo.

Minha melhor amiga? Nós nunca nos falamos antes.

Eles andaram um pouco mais e chegaram na pequena loja de roupas, um brechó. Haviam tanto roupas "velhas" quanto novas. Assim que entraram, o sino da porta tocou. Rebeca já foi dando umas olhadas nas roupas das araras.

— Olá, Rebeca! — Uma mulher apareceu.

— Cecília. — Rebeca a abraçou.

Cecilia devia estar na casa dos cinquenta. Desde que a mãe de Rebeca foi parar naquele brechó, Cecilia a ajudou a conhecer a pequena cidade. Então Maristela ia até lá as vezes levar roupas e comprar algumas também.

Ela era magra e seus cabelos eram bem curtos — provavelmente ela passara a maquininha para deixá-los daquele tamanho— e brancos.

— Faz tempo que você não vem aqui. — Cecilia sorriu. — O que aconteceu?

— Ah, nada. Eu só não estava com vontade de andar até aqui. Te trouxe mais roupas. — Estendeu a sacola.

— Obrigada. — A pegou. — E quem é ele? Seu namorado? — Apontou para Aloys, que estava olhando algumas roupas, afastado.

— Não, de jeito nenhum. — Rebeca falou rápido. — Ele é um colega da escola.

— Finalmente fez alguma amizade? Sua mãe falou que você está sempre sozinha. Deve ter sido difícil deixar seus amigos na outra cidade.

— Eu não tinha amigos lá, então não me fez diferença — Deu de ombros. — Vamos, olha as roupas. Se não quiser alguma eu levo para a igreja, sei lá.

— Ora, que isso. — Riu, levando a sacola até uma mesa ali perto. — Senta, fica à vontade. — Abriu a sacola e começou a olhar as roupas.

Antes de sentar, Rebeca foi até Aloys. — Gostou de alguma roupa?

— Não sei. São engraçadas.

— São normais. — Olhou as roupas rapidamente. — Você não tem educação? Nem foi dizer oi para a Cecilia.

— Sinto muito.

Rebeca voltou acompanhada de Aloys.

— Perdoe-me, senhora. Meu nome é Aloys. — Abaixou um pouco a cabeça, colocando a mão no peito, quase fazendo uma reverência.

— Oh, oi Aloys. Sou Cecilia. — Sorriu, e o olhou mais tempo que o necessário.

— O que foi? — Aloys ficou envergonhado.

Ela sorriu. — Nada, nada. — Voltou a olhar as roupas. — Fica à vontade.

Rebeca e ele se olharam, e ela deu de ombros. Enquanto Cecilia olhava as roupas, conversava sobre algumas coisas com Rebeca. Aloys ficou andando pela loja, olhando as roupas, às vezes dando risada sozinho, mas Rebeca tentava ignorar.

— Vou ligar a TV, se não se importa. Está na hora do jornal.

— Tudo bem, pode ligar.

Havia uma TV pequena em um suporte na parede. Cecilia pegou o controle e a ligou.

— Amice! — Aloys correu até ela. — Amice, o que é aquilo? — Apontou para a TV. — É igual aquela sua máquina de pesquisa?

Cecilia olhou para Aloys e depois para Rebeca, não sabendo se estranhava ou dava risada. Rebeca não sabia muito onde enfiar a cara e puxou Aloys para sentar na cadeira do seu lado.

— Não, é diferente — falou baixo. — E para de me chamar de Amice.

— Mas o que é aquilo? Como as pessoas cabem naquele espaço minúsculo?

Ai, caramba. — Não tem pessoas ali dentro. São imagens apenas. É como se fosse um livro com desenhos em movimento.

— Incrível. — Olhou fascinado para a TV.

— Ele nunca viu uma TV antes? — Cecilia perguntou baixinho.

Ela balançou a cabeça, sem saber mais o que falar dele.

Os três ficaram em silêncio, prestando atenção no jornal. Quer dizer, menos Rebeca, que não estava interessada. Ficou olhando as roupas nas araras próximas da mesa e pegando algumas que gostou.

— AH! — Aloys berrou levantando bruscamente. — Amice, olha! Seu livro!

Rebeca virou rapidamente e andou até ele, olhando para a TV. Estavam fazendo uma reportagem sobre o museu da cidade, e o repórter estava mostrando algumas peças do lugar.

Eu não consegui ver direito. — T-tem certeza?

— Sim, era ele! — Aloys a olhou. — Onde é esse lugar? Precisamos ir lá — disse desesperado.

O coração de Rebeca estava acelerado. Ela nem entendeu o porquê de estar tão elétrica. Aquela história já fazia parte da vida dela como se fosse real...

— E-esse museu é um pouco longe daqui. — Rebeca falou baixo.

Agora a Cecilia vai ter certeza que somos dois loucos falando de um livro que está em um museu.

— Precisamos ir lá. — Aloys começou a puxá-la.

— O museu está fechado. — Cecilia comentou os olhando. — Está em reforma. Vai reabrir semana que vem.

Eles se entreolharam. — Que dia vai abrir? — Rebeca perguntou.

— De acordo com a repórter, na sexta.

Daqui a uma semana. — Temos que esperar. — Rebeca voltou a sentar na cadeira.

Aloys sentou também, parecendo desanimado.

— Como vocês estão interessados nesse livro. — Cecilia comentou dobrando as roupas.

Rebeca engoliu seco. — É que... temos que fazer um trabalho sobre ele.

— Ah, bom. — Sorriu. — Obrigada pelas roupas, Beca, vou ficar com todas.

— Por nada. Vou pegar algumas. — Levantou e voltou a sua procura.

Rebeca deu uma olhada nas roupas masculinas e chamou Aloys para olhar. Pegava algumas e colocava na frente dele, vendo se ficaria legal. Então acabou comprando roupas para ele também, que estavam praticamente novas. Algumas até tinham etiquetas, como algumas cuecas e blusas, e até pegou um par de tênis e chinelos. Pegou as roupas para ela, e depois foi pagar tudo, fingindo que o dinheiro era de Aloys também.

Se despediram de Cecilia e saíram da loja, cheios de sacolas.


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