Através do Tempo escrita por Biax


Capítulo 11
Seção Espcial


Notas iniciais do capítulo

OLÁ! Hoje é dia de quê?? Isso mesmo, de ir trabalhar ;-;

Quero dar um agradecimento especial a Prongsnitch, que recomendou a história! ÊÊÊ! Muito obrigada, de coração ♥

Finalmente está chegando um pouco de ação xD
Boa leitura!



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Em todas as tardes, Rebeca e Aloys ficavam juntos, ora na casa dela, ora no lago atrás da floresta. E a cada dia, Rebeca sentia que conhecia Aloys melhor. Já não lembrava como seus dias eram antes dele chegar. Era como se ele estivesse lá desde sempre.

E até aconteceu algo diferente. Maria começou a puxar assunto com Rebeca. Graças a Aloys, ela ficou rindo bastante pelo acontecimento do centro.

Na sexta, Rebeca acordou agitada. Ela sabia muito bem qual seria a programação da tarde, e sentia o nervosismo até nos últimos fios de cabelo.

Acordara mais cedo do que o costume. Uma hora e meia antes do celular despertar.

Já pulou da cama, foi ao banheiro e se trocou, pensando se deveria ir para a escola ou não. Mas se não fosse, o tempo só iria se arrastar mais ainda. Pegou o café da manhã, o colocando na tigela de sempre e foi para o celeiro. Mesmo no escuro, sabia o caminho exato. Saberia até de olhos fechados.

Enquanto entrava, Aloys não apareceu no mezanino para a olhar. Ele devia estar dormindo ainda.

Já acostumada, Rebeca subiu a escada e chegou lá em cima. Deixou a tigela no chão próximo a "cama" de Aloys e ascendeu a lamparina elétrica. Ele estava dormindo de barriga para baixo, com um braço pendurado para fora da cama.

Era engraçado de se ver.

Rebeca havia dado mais edredons para ele colocar por cima do feno, afim de tentar deixar a cama mais macia. Parecia estar, pelo menos.

Sentou-se no chão, encostando as costas no feno e deitando a cabeça próximo ao braço de Aloys, olhando para o teto. Parecia que o céu estava preguiçoso, pois demorou anos até o azul escuro ir se transformando em tons mais claros. E Aloys não acordava nunca.

Com um sentimento de euforia crescendo, Rebeca começou a bater o calcanhar de leve no chão, com uma certa frequência. Claro que aquilo era uma técnica milenar de acordar alguém de uma forma leve, mas ela queria mesmo era chacoalhar Aloys.

Ele não acordaria com um barulhinho besta desses, já que tinha sono de pedra. Ou melhor, de mármore. Então Rebeca começou bater a cabeça no feno, o fazendo tremer. Logo sentiu ele se mexendo.

— O que você está fazendo aí? — Aloys perguntou com a voz rouca.

— Esperando você acordar.

— Que estranho você acordar tão cedo assim. — Esfregou os olhos, bocejando.

— Eu caí da cama.

— Sério? Você está bem? — Sentou-se.

— ... — Revirou os olhos. — É uma expressão. Quero dizer que acordei cedo, sem motivo.

— Ah. — Se espreguiçou. — Já comeu?

— Não, a tigela está ali.

Aloys levantou, pegou a tigela e a colocou na frente de Rebeca, sentando-se no chão em sua frente.

— Mas por que você acordou tão cedo? — questionou, pegando um pão.

— Não sei. Só acordei... — Pegou uma maçã e deu uma mordiscada.

— Você está bem? — Parou de comer, a analisando. — Está estranha.

— Estou nervosa.

— Por quê?

— Quero que a manhã passe logo para irmos para o museu.

— Ah...

— Você não está nervoso?

— Hm... Não muito. Com o que está preocupada?

— Sei lá. Tantas coisas.

— Como o quê?

— Eu não sei — disse meio impaciente. — Só sei que temos que ir lá para ver o lugar. Obviamente não temos como pegar o livro com tanta gente olhando.

— E quando vamos pegar?

— Acho que teremos que ir em um horário que o museu esteja vazio. Acho que teremos que ir de noite, ou de madrugada.

As sobrancelhas dele levantaram. — Não é perigoso?

— É o único jeito...

Então Rebeca percebeu que ela estava "colocando suas vidas em risco" por causa de um livro. Ela estava pensando isso mesmo? Talvez tivessem feito uma lavagem cerebral nela.

— Tudo bem. — Ele disse confiante.

— Tudo bem?

— Sim.

— Você não tem medo?

— Medo de quê?

— De... sei lá... ser pego, morrer, ficar preso. — Gesticulou com as mãos para os lados.

— Calma, vai dar tudo certo.

— E você é vidente por acaso?

— Vidente? — Colocou o dedo indicador no seu próprio dente.

— Não. — Revirou os olhos. — Vidente é alguém que vê o futuro.

— Ah... Não, eu só estou com um bom pressentimento. Vai dar certo.

Rebeca suspirou, sentindo seu estômago se agitar. Depois de comer, voltou para casa, terminou de se arrumar e foi para a escola, com a mente bem longe do corpo.

— Rebeca?

Acordou do seu transe, olhando para o lado. Percebeu que ficou rabiscando na folha do caderno desde o começo da primeira aula.

— Oi, Maria. — Deu um leve sorriso, meio sem graça.

— Você está bem?

Ela nem tinha percebido que Maria havia sentado na carteira do seu lado. — Ah, sim, estou. E você?

— Estou bem. Mas você não parece nada bem... Quer conversar?

Maria parece tão prestativa. Seria muito bom poder conversar com outra pessoa... se o assunto não me fizesse parecer uma tremenda louca.

— É meio complicado de explicar. — Voltou a rabiscar a folha. Olhou para Maria, que parecia um pouco desconfortável. — B-bom, basicamente estou ansiosa para ir logo para casa e ir ao museu.

— Ah, você vai? — Seu rosto se iluminou.

— Sim. E você?

— Hmm... — Maria encolheu os ombros e olhou rapidamente para seu grupo de amigos, na fileira ao lado dela. — Eu queria ir, mas meus amigos não querem.

— Por quê?

— Eles dizem que museu é coisa de velho, tanto é que só tem coisas velhas lá.

Rebeca lançou um olhar feio aos amigos dela. Não que eles tenham visto.

— Você não é grudada neles. Se você quer ir, vai. Ou... se quiser, podemos ir juntas.

— Sério? — Abriu um sorriso.

— Claro. Quer dizer, se você não ligar se meu amigo ficar te chamando de nomes estranhos.

Maria riu. — Eu não ligo. Ele é bem engraçado.

— Tudo bem, então. Vamos juntos.

— Podemos nos encontrar lá umas duas horas?

— Claro, está ótimo.

— Legal. — Sorriu.

No restante das aulas, elas continuaram conversando, e graças a isso, o tempo passou mais rápido. Rebeca correu para casa. Aloys estava sentado no sofá, olhando para a TV desligada.

— O que você está fazendo?

— Nada. Só pensando.

— Bom, lembra da Maria? Que você chamou de Margareth? Ela vai conosco no museu.

— Sério? Vocês estão conversando?

— Sim. Não sei como, mas sim.

— Por que não sabe como?

— Desde que eu cheguei na escola, poucas pessoas puxaram conversa comigo, mas ela não tinha sido uma delas.

— Mas agora vocês estão conversando. Isso é bom. Vocês sempre foram grudadas. É legal saber disso.

Rebeca sorriu e concordou.

Para o tempo passar mais rápido, Rebeca fez o almoço e limpou alguns cômodos da casa, com Aloys a ajudando.

Logo eles estavam se trocando para sair.


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Notas finais do capítulo

Ansiosos para o próximo capitulo? Eu tô xD

Obrigada a todos que estão acompanhando, e um muito obrigada a todos que tiraram um tempinho para comentar! Isso me deixa tãããooo felizzz

Até o próximo o/



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