Era um dia calmo sem nuvens de chuva. Em um pequeno barco se encontravam Naruto, Ruffy, Sanji e Yosaku navegando tranquilamente pelo East Blue. Enquanto Naruto pensava isso uma voz se fez presente.

— O clima está ótimo! Anunciou Ruffy sorridente dando voltas em toda a embarcação e se perguntando para onde fica a grande rota.

— Cala a boca...Você não pode ficar quieto um pouquinho? Perguntou Sanji de saco cheio de Ruffy andando por todo o barco.

— Foi mal, me desculpe. Nós finalmente temos um chef no nosso navio! Falou Ruffy animado. Agora temos que encontrar a Nami para finalmente irmos à grande rota.

— Nami-san! Só em pensar na sua beleza inexplicável me faz pular de alegria! Falou Sanji com uma cara que poderia dizer que tem más sugestões.

— Você ainda vai morrer por pensar dessa forma sobre as mulheres sabia? Comentou Naruto tomando uma garrafa de rum que tinha na embarcação.

— Cala a boca! Ordenou irritado para o outro loiro.

Ao ouvir Sanji decidiu apenas ignorar, já que ele não é exatamente da idade deles e não tinha motivos de revidar como se fosse, por isso apenas continuou bebendo. Foi tirado de seus pensamentos quando ouviu.

— Ei, Yosaku, nós estamos quase lá, certo? Exclamou Ruffy se sentando. A ilha onde Nami está, certo?

— Você é muito inocente! Inocente demais! Você não entende? Perguntou Yosaku com medo do destino da viagem. Estamos chegando cada vez mais perto da base do Arlong!

Enquanto Yosaku falava o quão perigoso era Arlong Naruto, Sanji e Ruffy conversavam sobre banalidades ao ponto até de bocejarem de tédio.

— Ei, Sanji não está na hora do almoço? Perguntou Ruffy com fome.

— Concordo! Estou com fome. Concordou Naruto.

— Sim. Sanji disse simplesmente ignorando o desabafo de Yosaku.

— Não me digam que vocês nunca ouviram falar de Arlong?! Exclamou incrédulo.

— Arlong? Quem é esse? Indagou o cozinheiro curioso.

— Nunca ouvi falar. Ditou Ruffy.

— Não faz a menor diferença quem ele é. Exclamou Naruto sério. Quando chegarmos lá vamos descobrir.

— Arlong é um tritão, que já esteve na grande rota. Disse Yosaku sério.

— Um tritão? Indagou Sanji confuso.

— Um tritão, hein? Perguntou Ruffy a ninguém em especial. Nunca vi um antes.

— Pensando melhor, eu já ouvi falar que há uma ilha de tritões na grande rota. Se lembrou de repente ao falarem sobre tritões. E que há muitas sereias maravilhosas por lá!

— Me deixem eu explicar de novo. pediu. A razão pela qual a grande rota é chamada de túmulos de piratas...É porque há três super poderes lá.

— Um deles é o Shichibukai. De maneira geral, eles são sete piratas que têm reconhecimento do governo. Retrucou sério.

— O que isso significa? Indagou Sanji confuso. Porque piratas teriam o reconhecimento do governo?

— Porque os Shichibukai dão uma porcentagem fixa dos tesouros...que eles obtêm para o governo. Para os outros piratas, eles são apenas cães do governo. Mas eles são poderosos!

— O homem que derrotou Zoro, Mihawk olhos de falcão, é um deles. Disse Yosaku com medo de entrar no território de Arlong.

— Uau! Isso é fantástico! Berrou Ruffy. Existem sete como ele? Os Shichibukai são demais! Gritou surpreso.

— Shichibukai é? Perguntou Naruto a ninguém em especial.

— EU QUERO CONHECER OS OUTROS SHICHIBUKAI! Declarou Ruffy animado.

— Vocês não entenderam o que eu estou tentando dizendo? Exclamou incrédulo com a calma que o trio levava aquela situação.

— Sim. Que eles são tritões muito fortes, certos? Ruffy fez uma pergunta retórica. Já entendi.

— Vocês não entenderam droga nenhuma! Eles são muito forte. Terminou desistindo de convencer o trio.

— Vamos descobrir quando chegarmos lá. Então não se preocupe. Pediu sério para acalmar Yosaku que estava com medo.

— Bem, vamos nos preparar para o almoço. Anunciou Sanji indo para a cozinha da pequena embarcação.  

— Certo, hora do almoço! Concordou o capitão.

— O que vocês vão querer? Perguntou o cozinheiro arregaçando as mangas.

— Eu quero carne servida no osso! Pediu Ruffy babando.

— Eu quero feijões fritos! Pediu Yosaku ignorando seu medo dos tritões.

— Eu quero um gratinado com curry! Pediu Naruto olhando o cozinheiro.

Ao ouvir o pedido dos passageiros disse.

— Bem, deixem comigo. Vai sair em um instante. Então é carne, feijões fritos e um gratinado. Falou Sanji a ninguém em especial.

— Ter um bom chef é muito bom! Admitiu Ruffy a Naruto que concordou com um aceno de cabeça.

Enquanto isso o navio dos chapéus de palhas navegava tranquilamente em direção a vila Cocoyashi. Sentada na beirada do navio, Nami pensava na vida enquanto o navio se aproximava da costa.

— Finalmente estou de volta...minha cidade natal. Falou a ninguém em especial vendo a enorme estrutura com os dizeres “Arlong Park” e em cima uma bandeira pirata balançando ao vento.

— Aqui está a quantia desse mês. Falou um tritão com um nariz de serra e que mais parecia um tubarão entregando uma quantia de dinheiro a um marinheiro.

— Arlong-kun, você pensa diferente se comparado ao piratas normais. Falou o marinheiro. Você realmente sabe como as coisas funcionam. Retrucou guardando a quantia no bolso.

Rindo Arlong respondeu.

— Isso vale para nós dois. Ditou. Enquanto você quiser ser meu camarada aqui no East Blue, você pode estar certo de que receberá muitas coisas em troca. Terminou voltando a rir.

— Tendo entendido isso, você é bem perspicaz para um capitão da marinha. Comentou Arlong divertido.

— Muito obrigado. Agradeceu o marinheiro sarcástico.

— Não seja modesto. Você só pode viver uma boa vida se tiver dinheiro. Divagou rindo sem parar. Dinheiro é o que há de melhor. Não há nada em que você possa confiar mais! você não acha? Arlong fez uma pergunta retórica ao marinheiro.

— É claro! Concordou o marinheiro temeroso.

— Mesmo que eu odeio humanos, os astutos como você são exceções.

— Bem, eu já vou indo. Anunciou se levantando.

— Porque não relaxa e toma um ou dois drinks antes de ir? Exclamou Arlong tentando convencer seu parceiro de “negócios”

— Não me parece certo um cruzador de patrulha da marinha estar parado em uma ilha pirata, principalmente a sua. Divagou se retirando.

— Eu vou matar qualquer um que tente te denunciar. Prometeu sério.

— Não, está tudo bem. Estou indo agora. Falou e saiu do Arlong Park.

Assim que o marinheiro se retirou uma pessoa se aproximava lentamente do Arlong Park. Era ninguém menos que Nami a navegadora dos chapéus de palhas. Quando Arlong percebeu a aproximação da garota disse.

— Oh, você voltou, Nami. Você esteve fora um bom tempo. Afirmou o homem-peixe. Como foi a viagem dessa vez? Perguntou a sua leal humana.

— Bem produtiva. Lucrei muito. Falou a garota. Não consigo acreditar que existem tantos idiotas lá fora. Olhe por você mesmo. disse batendo na mala que carregava cheia de dinheiro.

Voltando a rir Arlong ordenou.

— A Nami voltou! Vamos festejar!!!

Um pequeno bote se aproximava lentamente do Arlong Park com Zoro, Usopp e Jhonny na terra natal da navegadora.

— Finalmente chegamos...Arlong Park!! Falou Jhonny tremendo de medo.

— Então é essa? A base do pirata tritão, Arlong, que sobreviveu a grande rota. Retrucou Usopp com mais medo que Jhonny. A Nami está mesmo lá?

— Em primeiro lugar, se a Nami-aniki, estiver mesmo aqui, então vamos encontrar o Going Marry. Opinou o caçador de recompensas.

— Não deveríamos antes conferir se ele está ancorado nessa ilha? Indagou Jhonny curioso.

— Sim, deveríamos. Concordou Usopp.

Se levantando lentamente Zoro ordenou sério sacando a única espada que sobrou.

— Preparem-se para invadir!!!

— P-porque faríamos isso?!! berraram Usopp e Jhonny ao mesmo tempo incrédulos com a sugestão do espadachim.

— Seu idiota! Nós nem sabemos nada sobre esse lugar! Exclamou Usopp irritado com o mesmo.

— Nosso oponentes são tritões, aniki! Jhonny falou tentando colocar juízo no homem que considera um irmão.

— Deveríamos planejar tudo primeiro! Retrucou Usopp se acalmando.

— Desculpe-me mas eu não faço essa coisas covardes. O Ruffy me pediu para levar de volta aquela garota. Falou. Não importa quem são os oponentes, vou pegá-la de volta!

— Vamos! Ordenou se preparando para pular da embarcação, mas foi atingindo por dois pequenos martelos dados por Usopp e Jhonny.

Alguns minutos mais tarde Usopp achou o Going Marry através do binóculo que sempre carregava. Logo atrás dele Zoro reclamava com Jhonny para soltá-lo.

Depois de Usopp se gabar dizendo que ia trazer a Nami de volta e assim que viu tritões pulou junto com Jhonny deixando Zoro amarrado no barco. Quando os tritões chegaram para verificar a embarcação. Que assim que viram um homem amarrado o levaram para Arlong decidir o seu destino, enquanto os dois que pularam foram nadando tranquilamente.

Com Ruffy e os outros...

Sanji acabava de preparar os pratos que seus “clientes” pediram. Ruffy era cane com osso, Yosaku feijões fritos e Naruto gratinado com curry. Assim que ficou pronto colocou os pedidos na mesa do lado de fora.

No entanto o cheiro da comida atraiu um monstro perigoso. Um que iria se arrepender de atacar os chapéus de palhas.

— Não se podia esperar menos do Sanji. Está uma delícia! Comentou Yosaku.  

— Eu não importo com vocês. Eu só quero poder cozinhar para a Nami-san o mais rápido possível. Confessou sem rodeios.

— Seriam ótimo se todos pudéssemos jantar juntos novamente. Retrucou Yosaku pensando que Nami não voltaria aos chapéus de palhas.

Depois do comentário do caçador de recompensas começou uma discussão sobre o ultimo pedaço de carne no qual os dois queriam e começaram a correr pela barco em busca da carne. No qual na confusão balançava o barco sem parar. Naruto e Sanji irritados com a confusão gritaram dando cascudo na dupla.

— PAREM DE BALANÇAR O NAVIO!!!!

Assim com a dupla nocauteada Naruto e Sanji voltaram a apreciar o vinho que estavam bebendo, que por sinal é bem caro. Meia hora depois os dois acordaram e voltaram para a mesa para o segundo tempo.

Não demorou e um monstro apareceu de olho na comida, no balançar do navio o vinho se espatifou irritando os dois loiros do bando.

— Ah! É um monstro! Berrou Yosaku. Ele quer a comida, entreguem para ele! Pensou Yosaku, assim evitariam do monstro lhes atacar.

 - Entregar é? Indagaram Naruto e Sanji com o sangue fervendo.

— Claro! Vamos dar a comida para ele. Divagou o cozinheiro.

— Vem pegar bichinho! Falou Naruto incitando o bicho a se aproximar, o que assustou Yosaku. Aparentemente ele perceberam as intenções do trio.

— Sim. Uma comida deliciosa e quentinha! Comentou Ruffy tão irritado como a dupla loira do bando.

Quando o bicho se aproximou para pegar a carne na mão do cozinheiro levou um chute do mesmo, logo em seguida tomou um soco de Naruto quebrando cinco dentes e terminou voando longe. E para terminar com chave de ouro.

— GOMU GOMU NO MUCHI (CHOCITE DE BORRACHA) !! Berrou esticando o braço e trazendo o bicho para perto que tinha sido jogado longe por Naruto e atacou.

— GOMU GOMU NO PISTOL (PISTOLA DE BORRACHA) !!! Gritou Ruffy irritado com o monstro marinho querendo sua preciosa comida.

Depois do ocorrido Naruto, Sanji e Ruffy voltaram para a mesa para comer, enquanto Yosaku olhava incrédulo no canto com a demonstração de força exibida pela trio.

— Agora! Vamos continuar nossa refeição! Disse Sanji voltando a se sentar com Naruto e Ruffy.

— Esses caras são loucos. Murmurou Yosaku.

Com Zoro, Usopp e Jhonny.

Usopp e Jhonny que haviam deixado o barco com Zoro amarrado nadaram até a costa, uma vila chamada Gosa, que estava completamente destruída. Logo Usopp encontrou uma jovem chamada Nojiko que o impediu de atacar um tritão. Nesse momento ambos estavam na casa da jovem junto com um menino que queria vingança dos homens-peixes.

— Hã? Onde eu estou? Questionou Usopp confuso.

— Essa é minha casa. Se pronunciou uma voz. Acordado agora? Perguntou.

— Eu sou Nojiko. Eu planto laranjas aqui! Falou sem que o narigudo perguntasse o que ela fazia.

— Eu lembro! Foi você que me atacou mais cedo, certo? Perguntou o atirador indignado. E pensar que fui gentil o bastante para tentar te resgatar! Disse encabulado.    

— Foi eu quem acabou te resgatando. Respondeu. Se você fosse lutar contra o tritão na condição que estava, teria sido morto. Afirmou séria. Forasteiros não sabem nada do que acontece por aqui.

— Você é de Gosa, a cidade vizinha, não é? Exclamou Nojiko ao menino sentado à sua frente.

— Você deveria saber bem que acabaria morto se lutasse contra eles. Falou dando uma bronca no menino. Sabe muito bem, não sabe?

— Eu sei! Eu sei, mas foram eles que mataram meu pai! Gritou o menino.

— Eu quero vingança! Conjeturou o menino. Mas quando fui ao Arlong Park uma mulher do bando me impediu. Ela é uma bruxa.

— Então você quer morrer. Afirmou a jovem de cabelo azul-purpura. Graças a essa bruxa e a mim, sua vida foi salva duas vezes.

— Então me diga, o que eu devo fazer?! Perguntou o menino desesperado.

— E sua mãe? Indagou a jovem.

— Ela está viva! Respondeu chorando.

— Ela deve estar preocupada. Volte para sua mãe. Pediu sorrindo.

— Tudo bem. Concordou ainda chorando.

Depois de tomar o chá o menino voltou para casa.

— Você é uma mulher muito legal, mesmo com essas tatuagens. Comentou Usopp.

— Estereotipo. Falou sem se virar para o narigudo. Falando nisso, eu ainda não sei quem você é. Retrucou olhando para o rapaz.

— Claro, claro. Concordou. Eu sou capitão Usopp. Estou procurando uma mulher chamada Nami. Falou com orgulho.

— Nami? Indagou a jovem surpresa.

Vendo que a jovem reagiu ao nome perguntou.

— Você a conhece?

Alguns minutos mais tarde.

— O que?! A Nami é uma oficial daquela gangue?!

— Ei, pessoal!!! O Arlong está chegando!

Uma sensação ruim se apoderou dos moradores da vila cocoyashi com o alerta. A vila a oito anos estava sobre o poder de Arlong, um pirata cruel e impiedoso da raça dos homens-peixes. O fato era que, toda vez que o pirata infame e seu bando saiam de sua fortaleza e apareciam na vila, nada de bom acontecia.

— O que ele veio fazer aqui? Nós pagamos a taxa não faz uma semana. Falou uma moradora preocupada.

De repente um homem, que estava sentado em um banco abaixo de um sombreteiro com teto de palha, falou.

— Acho que sei porque ele está aqui. O homem tinha inúmeras cicatrizes pelo corpo e vestia uma espécie de uniforme preto, com uma boina preta na cabeça enfeitada por um cata-vento.

Percebendo que tinha a atenção dos outros moradores que se aglomeravam na estrada falou.

— Todos, entrem em suas casas. Ele provavelmente está aqui por causa da espada que eu encontrei alguns dias atrás.

Os moradores olharam preocupados para o homem com aquele pedaço de informação. Eles sabiam que Arlong não tolerava que os aldeões tivessem qualquer utensilio que pudesse ser usado como arma, ainda mais algo como uma espada.

— Ele está vindo! Murmurou um dos aldeões ao avistar a figura dos tritões.

Arlong era um tritão alto, beirando três metros de altura. Isso, aliado ao físico poderoso, sua pele arroxeada e seus dentes pontiagudos, certamente dava ao pirata um ar intimidador. Ao seu lado, vários de seus lacaios o acompanhavam, obviamente exibindo sorrisos maliciosos enquanto observavam os moradores da vila Cocoyashi tremerem de medo.

O temido pirata fez seu caminho e logo parou ao lado do homem que a pouco o alertara o motivo da presença do tritão na vila, assim falou.

— Então era você que estava com uma espada alguns dias atrás? Estava óbvio que não era uma pergunta.

O aldeão, cujo nome era Genzo e exercia a função de prefeito da pequena vila, não pareceu se intimidar com a presença do homem-peixe, mesmo sabendo que não teria chance alguma em uma luta se o pirata resolvesse atacar.

— Sim, sou eu. Falou sem expressão. Não posso mais ter minhas coisas? Eu gosto de colecionar armas.

Arlong sorriu debochado com a resposta do homem. Ele se deliciava quando os humanos tentavam mostrar um pouco de coragem perante seu poder, mesmo que no final tudo acabasse se mostrando inútil.

— Armas não são coisas legais, estão sempre causando caos e destruição. Disse o pirata. E podem levar essa vila tão pacífica a destruição.

Todos os moradores engoliram em seco, reconhecendo a ameaça implícita nas palavras do tritão.

— Que grande! Falou Usopp vendo o tritão junto com Nojiko atrás de uma casa. Então aquele é Arlong? Perguntou o narigudo a jovem.

— Compreende agora? Exclamou a garota. É impossível lutar contra os tritões. Admitiu séria.

— Eu tenho vinte vilas sobre meu domínio. Se uma delas começa a contrariar minha autoridade, ela pode bagunçar todo o sistema. Falou Arlong fazendo Usopp e Nojiko voltarem a ouvir a conversa. A vila Goza é um exemplo de ideias que contrariam nossa autoridade.

Se eles não pagam a “taxa” quer dizer que estão se rebelando contra mim. Ditou o homem-peixe.

Os tritões que acompanhavam Arlong riram divertidos ao verem as expressões de medo dos moradores se aprofundarem ao lembrar da vila Goza. Alguns aldeões não conseguiam juntar dinheiro necessário para pagar os piratas naquele mês, e por isso, toda a vila foi destruída.

— Escutem bem!!! O único dever de serem inferiores como vocês é nos pagarem a “taxa”. Vocês não precisam fazer nada além disso! Vocês são apenas a minha fonte de renda!!! Rugia Arlong, para que todos os moradores da vila ouvissem. Com o dinheiro de vocês eu vou construir o império Arlong!! Um império que vai dominar cada ilha do East Blue.

Genzo, que permaneceu em silêncio o tempo todo, grunhiu de dor ao sentir Arlong apertar seu ombro e iça-lo para o alto como se não precisasse de força alguma para aquilo.

— Possuir uma arma é um ato de rebeldia contra mim! E não posso ignorar esse tipo de atitude porque ela prejudica a “paz” no meu território! Arlong e os outro riam com a expressão de dor que Genzo fazia.

— Então para garantir que nenhum outro rebelde vai se levantar, você vai morrer como exemplo do que acontece com quem me desafia. Os moradores suspiraram em medo. Arlong ia matar Genzo por causa de uma espada? Quão cruel aquele monstro poderia ser? Foi quando todos escutaram alguém gritar em revolta.

— Espere Arlong! Você não pode fazer isso! já faz oito anos que pagamos a taxa sem falta todo mês! Não percebe que ninguém ousa o desafiar? Solte o Gen-san!! Implorou Nojiko aparecendo na frente do tritão.

— Nojiko!!! Gritou um dos aldeões preocupado com a explosão da garota. Não bastasse Arlong estar ameaçando Genzo, ele não que queria que sobrasse para a garota.

Arlong sorriu maldosamente e disse.

— Já avisei antes que possuir arma é um ato de rebeldia. Preciso matá-lo para manter a ordem no meu território. Ou vocês preferem que eu destrua a vila inteira? Façam sua escolha agora! Ordenou o tritão sério.

Os moradores estavam aterrorizados ao ouvirem aquilo, mesmo Nojiko, que a pouco exibiu coragem para desafiar o tritão, deu um passo para trás com medo de sua ira.

— Se alguns de vocês ousarem nos atacar, destruiremos a vila inteira! Ditou.

Genzo que até agora suportava a dor do aperto do Arlong falou.

— Vocês vão para suas casas! Pediu o prefeito. Se lutarem agora, tudo que fizemos nesses oito anos será em vão! Se queriam sacrificar suas vidas lutando deviam ter feito isso oito anos atrás! Disse Genzo obviamente tentando poupar a vida dos aldeões.

Depois de soltar uma risada Arlong falou.

— Seu discurso foi emocionante! Você está certo! Zombou aumentando o aperto em Genzo e fazendo-o grunhir de dor. Se contentem em viver! Viver é a melhor escolha!!

— Mero humanos vejam! Ordenou rindo. Essa pessoa que teve a ousadia de se rebelar contra nós, agora encontrará seu destino. Que isso sirva como alerta! Falou pronto para bater a cabeça do prefeito com força no chão. Mas foi interrompido quando alguém gritou.

— KAYAKABOSHI (ESTRELA EXPLOSIVA)! E uma nuvem de fumaça cobriu o torço do tritão momentaneamente.

— Ah? O que aconteceu? Perguntou um dos tritões. Olhem ali! Ordenou o mesmo que perguntou olhando para a teto de uma das casas.

— Quem é você?! exclamou um outro tritão.

— Eu sou o valente guerreiro do mar, capitão Usopp! Falou o atirador dos chapéus de palha com as pernas tremendo. Milhares de pessoas no mundo me temem e me chamam de rei Usopp, aquele que saiu do inferno. Mentiu para intimidar os inimigos. Eu terei misericórdia se fugirem agora!

— Milhares de pessoas não são nada para mim! Ditou. Eu levaria cada uma delas a morte! Falou furioso. O que um mero humano como você está tentando fazer comigo?! Exclamou em fúria absoluta.

Demonstrando uma incrível força Arlong pegou a casa no qual estava Usopp, a levantou e jogou-a em cima de outra a destruindo por completo.

— Ainda bem! Pensei que fosse morrer! Falou Usopp aliviado.

— Eu vou exterminá-lo!! Gritou Arlong furioso.

— Espere Arlong-san, se você destruir essa vila vamos perder mais uma fonte de renda. Falou um dos homens-peixes o segurando. Deixe que o pessoal vai capturá-lo!

—Nós vamos voltar! Prometeu um dos líderes dos tritões. Vocês têm sorte, não? Perguntou mais para si mesmo do que para os moradores da vila.

Depois que os tritões saíram da vista Genzo falou.

— Desculpe-me por trazer problemas para todos. Pediu cabisbaixo.

— Do que está falando? Perguntou o médico. Não é culpa sua! Falou o enfaixando.

Antes que alguém falasse mais alguma coisa ouviram.

— Pessoal! há quanto tempo. Falou Nami chegando na vila. Assim que chegou todos voltaram para suas casas ignorando a jovem, apenas o médico, Gen e Nojiko continuaram do lado de fora.

— O que foi? Indagou Nojiko. É raro você usar a estrada principal.

— Eu ouvi muito barulho. Foi o Arlong não é? Perguntou já sabendo a resposta.

Como ninguém respondeu à pergunta ela apenas supôs que sim, logo em seguida seguiu seu caminho até o túmulo de sua mãe. Assim que chegou se sentou e ficou em silêncio por alguns minutos e disse.

— Mais sete milhões de berries...e eu posso comprar a vila. Falou para si mesma.

— Sua reputação continua ruim como sempre. Uma voz se fez presente atrás da navegadora dos chapéus de palhas.

Depois de uma breve conversa as duas foram para casa descansar.

— Ela me disse para fugir, mas tudo que tenho que fazer está aqui. Falou Zoro sentado no trono de Arlong olhando todos os tritões que derrotou. Assim que fugiu da cela em que estava preso depois de ser capturado e com a ajuda de Nami conseguiu fugir.

— Eu prometi ao Ruffy que levaria ela de volta, não prometi? Perguntou a si mesmo. Bem, o que eu faço agora? As coisas estão ficando complicadas.

Com Ruffy e os outros....

Depois de espancar o monstro marinho, o trio obrigou a pobre criatura a puxar a embarcação até a vila Cocoyashi o mais rápido possível.

— Nós temos velocidade agora! Falou Ruffy sorrindo de orelha a orelha.

— Ruffy-aniki! O Arlong park foi avistado! Retrucou Yosaku vendo por um binóculo.

— Aí vamos nós! Arlong Park! Gritou levantando os braços.

— Então esse é o Arlong Park é? Exclamou Naruto não achando grande coisa.

— Bem, ainda estamos um pouco longe. Disse Sanji ao lado de Naruto. Mal posso esperar para a minha amada Nami-san! Falou com coração nos olhos.

De repente o monstro marinho começou a se cansar o que irritou Ruffy.

— Ei, não fique cansado touro! Ordenou sacudindo os braços.

— Bem ele tem que estar. O chute do Sanji está fazendo efeito. Argumentou Yosaku.

— Ei, está errado! É mais para a esquerda! Aquela é a base do Arlong! Falou apontando para o edifício um pouco mais à esquerda. Totalmente fora de controle o bicho bateu na costa fazendo o barco no qual estavam Ruffy, Naruto, Sanji e Yosaku literalmente voar pela ilha.

— É como voar no céu! Gritou Ruffy se divertindo.

— Não é bem voar...nós fomos arremessados...estamos caindo. Gritaram Sanji e Yosaku.

— Eu concordo com o Ruffy! Eu nunca vi um barco voar! Admitiu Naruto se divertindo tanto quanto Ruffy.

— Aterrisagem completa! Gritaram Ruffy e Naruto.

Antes do barco parar completamente atropelaram Zoro que estava no caminho e no final batendo com tudo em uma montanha.

— Nós chegamos! Falou Ruffy sorrindo olhando o lugar.

— Parece um lugar bem pacífico. Comentou Naruto ileso como Ruffy.

— Seus idiotas...o que diabos estavam fazendo?! Questionou Zoro irritado de forma animada por ser atropelado.

— Como assim? Perguntou Ruffy confuso. Nós viemos resgatar a Nami. Ainda não a encontrou? Questionou ainda mais confuso olhando seu companheiro.

— Ah, é mesmo! Onde estão Usopp e Jhonny? Perguntou sério.

— Usopp? Zoro lembrou de repente o que estava fazendo antes de ser atropelado. Isso mesmo? não tenho tempo a perder!

— O que aconteceu? Indagou Ruffy curioso.

— Aquele cara foi pego pelo Arlong! Gritou Zoro. Se não nos apressarmos, ele será morto! Retrucou mais sério que o normal.

— Ele está morto! Uma voz se fez presente. Vocês chegaram tarde...Usopp-aniki está morto. Confessou Jhonny. Ele foi morto...pela Nami-aniki!

— Ela se uniu ao Arlong! E, para esse propósito, ela o matou sem hesitar. Desabafou incrédulo com a situação. Ela é uma verme de coração podre!

— Canalha! Gritou Ruffy irritado. Fale isso mais uma vez e eu te mato! Prometeu com muita raiva de Jhonny.

— Pare com isso, Ruffy. Isso não tem nada a ver com o Jhonny. Falou Zoro.

— Você pode achar que eu estou mentindo, mas eu vi com meus próprios olhos! Confessou sério.

— Você está inventando esse lixo! A Nami não mataria o Usopp de forma alguma! Berrou Ruffy.

— Ele tem razão, Jhonny! Concordou Naruto.

Se acalmando e soltando Jhonny, Ruffy perguntou.

— Eu tenho? Como você sabe Naruto?

— Porque eu estou sentindo a energia vital do Usopp. Falou. Vendo a cara confusa de seus amigos explicou. Eu tenho a capacidade sentir todas as pessoas nesta ilha, e dentre elas é o Usopp. Relaxa ele está vivo.

— Incrível! Elogiou Ruffy com os olhos brilhando. Você tem uma habilidade tão legal!!!

Alguns minutos mais tarde Nami apareceu e disse palavras bem duras que não passaram de fingimento para Naruto. Como Ruffy se recusou a sair da ilha, no momento os chapéus de palhas estão descansando.

Vinte minutos mais tarde Zoro e Sanji começaram a discutir, chegando ao ponto de se atacarem, mas quando iam acertar um ao outro acabaram acertando Usopp que chegou de repente.

— Ele está vivo? Perguntou Zoro surpreso.

— Bem, acho que agora ele está morto. Comentou Sanji.

Dez minutos mais tarde Ruffy acordou desesperado ao ver o estado de Usopp.

— Usopp! A Nami fez isso com você? perguntou em um desespero cômico.

— Não, foram eles dois. Afirmou Naruto sério apontando para a dupla.

— Ora seu! Exclamou Zoro irritado com Naruto.

— Bem, eu acho que já entendi o que aconteceu nessa ilha!!! Ditou Naruto.

— Arlong!, Arlong!, Arlong!, Arlong!, Arlong. Gritava Nami em complete desespero.

Depois que deixou os chapéus de palhas ela foi direto para casa, apenas para descobrir que os marinheiros do décimo sexto esquadrão em sua casa buscando os cem milhões que ela tinha juntado.

Quando não conseguiu impedi-los, correu em direção ao Arlong Park para tirar satisfação com Arlong, que negou que tinha mandado a marinha.

Correndo para a vila percebeu todos os moradores pegarem em armas para acabar com a tirania de oito anos, ela até tentou impedir que eles fossem, mas no final não conseguiu, por isso, nesse momento estava ajoelhada cravando a faca na marca do pirata.

Enquanto fazia isso percebeu que alguém havia segurado seu pulso impedindo-a de continuar a se machucar.

— Ruffy...O que você quer?!! Perguntou segurando as lágrimas. Você não sabe de nada!! Conjeturou um pouco irritada. Você não sabe o que tem acontecido nessa ilha nos últimos oito anos.

— É. Eu não sei. Concordou sério.

— Não é da sua conta! Eu te falei para sair dessa ilha, não? Fez uma pergunta retórica.

— Sim, você disse. Voltou a concordar o homem-borracha.

— Então vá! Ordenou irritada. Você...Vá embora! Vá embora! Vá embora! Vá embora! Gritava com seu antigo capitão enquanto jogava terra no mesmo em desespero.

Parando de jogar terra, Ruffy percebeu a jovem chorando. Para tentar abafar o choro colocou a mão na boca com o intuito de não sair som. Mas foi inútil, o choro era alto e claro, fazendo até os outros chapéus de palhas ouvirem.

— Ruffy...me ajuda? Implorou Nami chorosa.

Em um ato que surpreendeu a garota Ruffy colocou seu chapéu na cabeça dela, se afastou um pouco dela e gritou.

— É PRA JÁ!!!

Andando para onde estavam seus companheiros falou sem parar.

https://www.youtube.com/watch?v=sKq56oOyRMA ( Pessoal, esse vídeo tem cinco trilhas sonoras, mas a que eu quero que ouçam é a primeira. Então ouçam enquanto leiam a partir daqui. Eu aviso quando acabar no próximo)

— Estamos indo para o Arlong Park. Ordenou sem mudar a expressão.

— Certo! Falaram Zoro, Sanji, Naruto e Usopp.