Aprendendo a ser um pirata escrita por zacfire


Capítulo 31
A ilha coberta de neve. De frente para as rochas Drum.


Notas iniciais do capítulo

Vamos continuar.



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— Vamos lá, Usopp-san! Acorde, Usopp-san! Pediu Vivi, enquanto segurava seu companheiro desmaiado pelo narigão e o arrastando pela neve.

 

A pouco, eles haviam sidos surpreendidos pela gigantesca avalanche, enquanto se dirigiam a Gyasta, na sua busca pelo único médico do reino. Felizmente, quando a avalanche lhes atingiu, eles estavam em cima de um trenó. Graças a isso, Usopp conseguiu manobrar os carneiros, os quais puxavam os meios de transporte, a tempo, assim eles puderam fugir em alta velocidade, até encontrarem um abrigo na forma de uma grande cadeia de rochas.

 

Quando a avalanche passou, Vivi teve a intenção de sugerir que eles continuassem a pequena viagem. Mas isso não foi possível, pois ela percebeu que o narigudo estava desacordado. Com seu bom coração, Vivi concluiu que havia sido atingido por algum destroço que estava no meio da avalanche, enquanto eles se escondiam atrás das grandes rochas. Mal ela sabia que o narigudo apenas desmaiou de medo, depois de passar pela experiência de ser quase soterrado por toneladas de neve.

 

Para piorar, devido à preocupação da princesa, ele sequer notou os carneiros presos ao trenó fugirem dali logo após o término da avalanche, assustados demais com os eventos anteriores para continuarem seu “trabalho”.

 

Agora, ela lutava para arrastar Usopp na neve, no intuito de chegar a alguma cidade para que recebesse tratamento médico. Mas isso estava se mostrando inútil, pois suas forças já estavam no final, e ela sequer estava havia ido muito longe até agora. Cansada, resolveu tentar acordá-lo novamente.

 

— Vamos, Usopp-san, acorde! Disse a garota dando alguns tapinhas no rosto do narigudo.

 

— Uhn? Porque está me acordando, Vivi? Eu estavam em um sonho maravilhoso...Vivi abriu um sorriso aliviado quando ouviu Usopp começar a falar, mas esse logo se desfez com o que escutou a seguir. Havia uma luz no fim do túnel, que acabava em um lindo campo florido...

 

— O que você está vendo é o paraíso!!! Exclama a princesa desesperada, aumentando a força dos tapas na cara de Usopp, numa tentativa desesperada de não deixá-lo ir para o “outro mundo”. Acorde, Usopp-san! Se dormir, você vai morrer!

 

Usopp de repente abriu os olhos e gritou. Nesse momento, Vivi realmente achou que ele iria acordar de vez. Mas novamente sua intuição mostrou-se errada, pois o narigudo voltou a fechar os olhos e começou a babar, enquanto murmurava algo sobre “piratas de Usopp”.

 

A princesa, achando que aquilo era uma espécie de delírio pré-morte, trocou os pequenos tapas por poderosas bofetadas, enquanto gritava a todo pulmão, pedindo a Usopp que ele resistisse e não cruzasse a linha para o outro mundo.

 

Algum tempo depois...

 

— Você me salvou, Vivi. Ainda bem que estou vivo. Comentou Usopp, enquanto caminhava pela neve. Só não entendo porque acordei com o rosto tão inchado assim...

 

Vivi sabendo muito bem quem foi o responsável por deixar o rosto de Usopp com três vezes o tamanho normal e bastante parecido com uma almondega, respondeu tentando disfarçar a própria culpa.

 

— D-Deve ser o frio...Sim! o frio!  Ele faz um mal para a pele! Andando exatamente como um robô, pois era péssima mentirosa, percebeu que a melhor forma para escapar das perguntas de Usopp era mudar de assunto. O-O importante agora é descobrir aonde estamos e o que aconteceu! Nós...!

 

Vivi estava prestes a dizer mais alguma coisa, mas devido ao susto que levou ao ver uma coisa coberta de neve emergir do chão a sua frente, calou-se imediatamente. Já, Usopp, teve uma reação totalmente contrária a da princesa. No momento em que ele assistiu o vulto coberto de neve aparecer, ele simplesmente gritou.

 

— Uhah! O que é isso?!

 

A pergunta de Usopp foi respondida segundos depois, quando a neve a qual cobria a “coisa” caiu no chão, revelando ninguém menos do que um Zoro sem camisa.

 

— Ohh, maldição. Como se já tivesse frio o suficiente, me aparece uma avalanche do nada! Zoro resmungou, tentando inutilmente diminuir o frio se auto abraçando. Bem...Pelo menos, acho que isso contribuiu com meu treinamento de nado no gelo.

 

Sim. O imbecil teve a brilhante ideia de nadar no rio quase congelado onde o Going Marry estava atracado, no intuito de treinar seu corpo. No meio desse ato ele não só se perdeu do navio, como também acabou sendo soterrado pela avalanche.

 

— Zoro?

 

Ouvindo seu nome ser chamado, o espadachim finalmente se deu conta das outras duas pessoas ao seu lado. Uma delas ele reconheceu como sendo de Vivi, a qual logo cumprimentou, mas a outra, seja lá se aquilo era uma pessoa, lhe era estranha. Reparando bem no meio de toda aquela carne inchada que era o rosto daquela “coisa”, Zoro finalmente reconheceu um nariz. E um narigão daqueles só poderia pertencer a uma pessoa.

 

— Usopp? Sim, só podia ser o Usopp, concluiu Zoro. O que vocês dois estão fazendo aqui?

 

Vivi e Usopp-almondega berraram, incrédulos, ao mesmo tempo.

 

— Nós é que perguntamos!! 

—______________________________________________________________________________________________________________________

Aonde a poucos minutos atrás era a vila de Big Horn, agora era um amontoado de neve. As casas estavam soterradas até os telhados, e nenhuma alma viva poderia ser vista por ali. Tudo graças a uma intensa e inesperada avalanche a qual recaiu sobre o pequeno acidente.

 

Ao meio daquele “campo branco”, um pequeno tremor começou a ser sentido. De repente, o que parecia uma boca gigante emergiu, ao mesmo tempo em que engolia uma grande porção de neve. Já não bastasse tamanha estranheza, instantes depois tal boca diminuiu, deixando para trás um buraco vazio, onde antes havia neve.

 

Olhando bem para dentro do buraco, podia-se ver um homem atarracado, vestido com um colete de metal e uma calça alaranjada. Por cima de tudo isso, trazia uma casaco de pele cinza, onde o capuz englobava sua cabeça exibia uma face de um animal.

 

O homem era ninguém menos do que o soberano de Drum, Wapol. E ele no momento mastigava algo como sua poderosa, e gigantesca, mandíbula. Ao sentir um gosto ruim, cuspiu o que estava em sua boca, trazendo-a de volta a um tamanho razoavelmente normal.

 

Inacreditável, o “cuspe” se tratava de dois homens e um grande animal.

 

— Então era vocês...E eu pensando que tinha comido algo estragado. Comentou o rei, olhando para seus dois subordinados e seu animal de estimação. Distraidamente, lembrou-se da conclusão que chegara quando ainda estava soterrado na neve, e isso virou seu humor totalmente. Foram eles!!!

 

Chess, já recomposto e limpo da baba, não entendeu muito bem o porquê da explosão repentina de seu rei, assim questionou-o.

 

— Do que está falando, meu lorde?

 

Wapol, completamente furioso, exclamou.

 

— Os moradores não disseram que aqueles piratas estavam subindo a montanha em direção ao castelo?! Foi isso!! virando-se para seus dois subordinados, completou seu raciocínio. Eles ficaram tão chateados com o que aconteceu antes, no navio deles, que armaram uma emboscada para nós?!

 

— Oh!! Sim!! Entendi!! Então essa avalanche foi culpa deles!!! Falou Kuromarino, não duvidando sequer uma vez da teoria conspiratória de seu rei.

 

Próximo de Wapol, em um amontoado de neve perto de uma das casas, de repente começou a se mexer. Os dois guardas de Wapol, ao perceberem o movimento, logo se colocaram em guarda, caso a “coisa” resolvesse atacar seu rei.

 

— Quem foi o filho da puta que se atreveu de me cobrir de neve?!! Exclama a princesa Kim furiosa com o responsável da avalanche. Kuromarino, eu lhe fiz uma pergunta!! Berra ela irritada com um dos subordinados.

 

— A culpa é dos piratas dos chapéus de palhas. Explicou Kuromarino.

 

— Eu vou fazer eles pagarem...! Fala Kim perigosamente. Com exceção daquele loiro gato!

 

— Chess, é verdade que todas as cordas para o castelo foram destruídas?!

 

Chess tratou de responder.

 

— Foi o que os moradores disseram, meu lorde.

 

— Então vamos atrás deles pela montanha!! Exclamou Wapol, olhando para o norte, onde localizaram as montanhas de Drum. Furioso completou. Darei a eles uma batalha da qual nunca esquecerão!! 

—________________________________________________________________________________________________________________________

 

Depois da enorme avalanche que decaiu sobre os chapéus de palhas, Luffy escapou das toneladas de neve se agarrando a um toco de árvore, assim impedindo que o mesmo afundasse como Sanji. Agora, estando de cabeça fria, Luffy começou sua busca pelo seu companheiro e o achou rapidamente, mas o estado dele era preocupante e ele necessitava de um médico, assim depois de colocá-lo em suas costas e o amarrar bem firme, rumou para o castelo de Drum.

 

Enquanto caminhava em direção ao topo, Luffy reparou no pequeno filhote de Lapahn cavando a neve onde havia uma mão enorme, que Luffy supôs ser de seu pai, mas ele estava soterrado e apenas a mão direita podia ser vista. O filhote tentava inutilmente cavar para libertá-lo, mas ele não tinha força suficiente para tal e apenas estava machucando suas mãos sem sair do lugar.

 

O filhote, ao notar a presença de Luffy e Sanji, se pôs à frente do pai a fim de intimidar seu suposto inimigo, mas Luffy continuou andando sem se importar com o filhote, mas parou quando viu o pai do filhote preso na neve. Aproximando a mão do filhote, ele ficou com medo achando que ele ia machucá-lo, entretanto surpreendendo o filhote, Luffy puxou o pai dele para cima, deixando-o feliz. Luffy seguiu seu caminho com Sanji nos ombros sem nada dizer.

 

— Eu vou levar você até lá em cima! Fala Luffy determinado. Por favor, não morra!

 

Luffy não falou mais nada, apenas continuou seu caminho determinado a chegar até a médica para que ela pudesse ajudar Sanji. Não muito longe deles, Wapol montado em seu hipopótamo das neves juntos com seus dois guarda-costas.

 

Eles ao avistar seus odiosos inimigos, Chess fala.

 

— Veja só! Wapol-sama! Lá estão eles!

 

— Espere, pirralho! Exigiu o rei de Drum furioso. Você já me humilhou de todas as formas possíveis! Vou fazê-lo pagar por isso!

 

Passando pelo capitão com Sanji nas costas, Wapol passou a encarar Luffy mortalmente, com seus dois subordinados nas costas e a princesa Kim ao seu lado.

 

— O que? Quem são vocês? Exclama Luffy curioso ao ver o enorme hipopótamo das neves a sua frente.

 

— Como ousa me humilhar de todas as formas possíveis?! Exclamou Wapol furiosamente. Eu vou te mastigar!

 

— Saia da frente. Exclama Luffy não dando bola para a raiva de Wapol, estando mais preocupado em levar Sanji para a médica.

 

— E porque eu deveria sair da frente?! Questiona Wapol irritado. Olhando para as costas de Luffy, Wapol notou Sanji escarado e logo comentou. O rapaz que você está segurando parece estar morto.

 

Luffy não diz uma palavra, apenas desvia seu de Wapol e seus seguidores e continua seu caminho em direção as rochas Drum. Wapol, ao perceber que foi ignorado se irritou e logo tratou de falar.

 

— Chess, acabei de pensar em uma nova lei. Exclama o rei se virando para seu subordinado. Escreva assim: qualquer um que me ignorar o rei será executado...no mesmo instante. Olhando para Luffy subindo a montanha, completou. Vou começar por aqueles que mais me ignoram. Comece matando os dentes e feridos.

 

Wapol ordena que seus subordinados ataquem Sanji, Luffy tentava de todos os jeitos não lutar e apenas seguir em frente, mas Wapol o emboscou e estava prestes a matar o cozinheiro quando um Lapahn o defendeu. Pousando no chão, Luffy virou de costas para ver quem o tinha ajudado, quando o fez percebeu que era o Lapahn que ele tinha tirado da neve, ao encará-lo, Luffy entendeu o porquê da ajuda, era quase como “você me ajudou uma vez e agora eu estou retribuindo o favor”. Luffy sorriu e agradeceu a ajuda do urso polar e logo seguiu em frente, Wapol até que tentou, mas ficou cercado por vários Lapahns, impedindo-os de atacar Luffy.

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Com Naruto...

 

Naruto encarava a “coisa” em sua frente curioso, uma parte de si queria descobrir o que era aquilo, mas outra parte estava mais preocupado com o estado da navegadora. E, em uma disputa mental, o lado preocupado com Nami ganhou e logo falou.

 

— Me desculpe se eu te ofendi. Pede Naruto baixando a cabeça para a “coisa”. Perdendo completamente a força nas pernas, Naruto desabou e acabou sentando no chão com Nami em seu colo. Por favor, ajude minha companheira! Pede Naruto tremendo e de cabeça baixa.

 

Naruto percebeu a “coisa” o olhar solidário, mas antes que ele pudesse falar alguma coisa, outra voz se fez presente.

 

— O que foi, Chopper? Pergunta a voz, parecendo ser uma pessoa mais velha.

 

— Doctorine! Tem duas pessoas aqui fora precisando de tratamento médico. Fala a “coisa” agora denominada Chopper.

 

— O que disse? Pergunta Doctorine surpresa olhando Nami nos braços de Naruto e depois voltou seu olhar para Naruto. O shinobi estava prestes a implorar novamente, mas foi interrompido bruscamente quando a médica tirou Nami facilmente de Naruto. Enquanto isso Chopper começou a analisar Naruto, vendo seu estado, assim deitou o loiro que aceitou sem pestanejar, mas sem tirar os olhos de Nami.

 

— Ele está hipotérmico e com geladuras (Corpo Gelado) pelo corpo. Fala Chopper depois de terminar sua análise.

 

— A garota está em pior estado. Afirma a médica virando a garrafa na boca. Ela está à beira da morte. Chopper, prepare fenicol, cardiotônicos e também chiashirin.

 

— Ela está com infecção? Pergunta Chopper curioso.

 

— Sim, porém não é uma infecção que se pega nessa ilha. Fala a doutora com Nami nos braços. Chopper, vamos começar o tratamento.

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Com Usopp, Vivi e Dalton...

 

— Natação de inverno? Questiona Usopp confuso.

 

— Sim. Concorda Zoro. Eu nadava pelo rio e não sabia mais onde estava. Então eu fui para a margem, depois perdi sinal do rio e me perdi no bosque.

 

— Sem roupas? Fala Usoop sem acreditar. Você é um grande idiota, sabia?

 

— E daí, Usopp. Fala Zoro dando de ombros. Me de seu casaco. Pede com uma cara nada convincente.

 

— Vai sonhando...Devolve o narigudo.

 

Vivi que apenas assistia a interação dos dois companheiros, estava com a cabeça longe.

 

— Será que a Nami-san resistiu ao cansaço mental? Pensou a princesa.

 

— Então, os sapatos? Apelou o espadachim.

 

Usopp estava prestes a responder a pergunta de Zoro, mas foi interrompido por Vivi.

 

— Olhem ali. Pediu a princesa. Há pessoas lá embaixo!

 

Zoro e Usopp voltaram sua atenção para a aglomeração de pessoas logo a frente. Não muito tempo depois eles descobriram estar em Bigohrn, no entanto ela também estava cheia de pessoas armadas.

 

— Para trás! Para trás! Ordena um dos homens armados. Dalton já está morto.

 

— Só aquilo não basta para matar o Dalton-san! Fala um dos moradores.

 

— Vocês já foram soldados do Dalton-san, não é? Pergunta um outro morador. Não sentem remorso?!

 

— Servimos ao nosso rei, Wapol! Respondeu o homem que parece ser o líder. Aqueles que vão contra o Wapol-sama não irão viver!

 

— Ei, qual o problema? Pergunta Zoro ao se aproximar.

 

— Você quer saber qual é o problema?Pergunta o homem de costas para Zoro, ao se virar questionou incrédulo. Qual o problema com você, vestido desse jeito?!

 

Depois de vários pedidos negados dos moradores aos soldados para que possam tirar Dalton da neve, Zoro se informando que eles são inimigos, atacou o homem que falava e roubou seu casaco.

 

— Mas que confortável! Vou ficar com isso! afirma dando pequenos tapas em si mesmo, agora aquecido.

 

— Você o atacou por causa disso?! Questiona Usopp incrédulo.

 

Depois de uma breve discussão, os soldados de Wapol atacaram Zoro ao reconhece-lo do navio dos chapéus de palhas, ele, por sua vez, roubou três espadas dos inimigos e os derrotaram com uma facilidade assustadora. Depois do ocorrido todos gritaram.

 

— Procurem o Dalton-san!


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem.



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