We Were Born to Die escrita por Erik SS


Capítulo 1
One


Notas iniciais do capítulo

" Mesmo se morresse hoje, Lana estaria feliz"



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O vento uivava, enquanto entrava pelos vidros abertos daquele Camaro 74. Sua cor preta bem encerada, refletia as luzes dos postes solitários naquela estrada longa e vazia. Nas laterais nenhuma placa, pelo retrovisor nenhum carro, e a escuridão de um sábado, só era quebrada pelas estrelas que cintilavam lá no alto, naquele céu infinito. À sua frente uma estrada interminável, e logo atrás um passado a se esquecer. A fuga repentina da casa de seus pais, somente para estar ao lado dele; Derick. O jovem rebelde que abandonara a sua vida cotidiana para fazer Lana feliz, ou tentar.

Ele tinha os cabelos longos, e em seu corpo magro muitas tatuagens. Vestia uma camiseta regata branca amarelada, as veias saltavam por seu braço, indo até as mãos. Uma conduzindo a direção e a outra apoiada na janela aberta. Em seus dedos ossudos, um cigarro de maconha aceso, ele queimava lentamente, espalhando seu cheiro inconfundível no interior do carro. Derick baforava imensas bolhas cinzas, e puxava com o nariz fino logo em seguida. Aquele imagem confortava Lana, não sabia se era a brisa da maconha, mas seus olhos castanhos claros fitavam aquele jovem rapaz, e ao som de Riders on the storm eles iam por um caminho que não conheciam e pareciam não querer.

Lana estava com os cabelos caramelos, soltos sobre os ombros, e eles dançavam ao ritmo do vento. Era tão bom sentir aquela sensação, o cheiro do asfalto, misturado com o solo árido. Ela jurava ter ouvido corujas piando, ou até mesmo os grunhidos dos coiotes. Ou seria paranoia da maconha!? Ela não sabia.

Estava com uma blue jeans bem apertada, que desenhava seu bumbum deixando qualquer homem louco. Derick já havia brigado várias vezes por causa deste jeans, mas a deixava mais linda, por isso não ligava. Lana estava com um top vermelho e sobre ele uma jaqueta jeans desbotada. Ela era linda e sabia disso. Seus lábios carnudos, eram macios, e Derick amava tocá-los. Os olhos sedutores estavam desenhados por um lápis preto, a deixando misteriosamente sexy.

Lana jurou de pés juntos que só havia transado com mais um antes dele, mas disso ele não acreditava. Ele nunca havia transado tanto com apenas uma garota. Lana realmente sabia como fazer, sua boca lhe proporcionou noites inesquecíveis de um sexo oral, que ele implorou para que durasse para sempre. Derick sorriu enquanto olhava para aquela doce boca bem ali perto dele. Lana pediu um trago, mas Derick lhe deu um beijou antes de passá-lo.

Um trago profundo naquele cigarro, que lhe davam dias de uma sensação incrível, mas uma paranoia sem controle. Como era bom se sentir livre. Era como se apenas os dois existissem, sozinhos num lugar solitário. O carro mau balançava no asfalto conservado, e os guiavam sem parada certa.

Lana o olhou com desejo no olhar, uma coisa acontecia quando ela fumava. Seu apetite sexual aumentava, a deixando uma mulher sedenta por sexo, era tanta a sua vontade que sua calcinha molhava ao pensar. Noite passada eles fumaram em um bar de terceira na beira da estrada. As bombas de combustível, estavam sozinhas e empoeiradas, e havia anúncios de jornais espalhados pela vitrine suja. Haviam senhores, homens e mulheres, na qual descansar era o que mais aspiravam. Muitos caminhoneiros também passavam por lá, apenas mais uma parada numa jornada longa e cansativa. Tomavam seus cafés mornos, em xícaras de porcelana, enquanto as rosquinhas já frias enfeitavam seus pratos. Sentados em bancos de madeira, tentavam assistir a pequena TV, que não conseguia fazer a sintonia, então chuviscos apareciam na tela.

Todos os olharam como esquisitos da cidade grande, o cara problemático e a esbelta e bela mulher. Os dois haviam acabado de dividir um cigarro de maconha e Lana estava a cada minuto mais sedenta por Derick. O banheiro estava logo ali, e esperar não tinha um por quê. O banheiro não cheirava bem, mas a pia aguentou firme o peso de Lana, com as pernas grossas abertas, apenas recebeu o membro rijo de Derick, que parecia não transar há dias. Ela estava tão molhada, que escorria por suas pernas, penetrá-la era a melhor sensação já sentida por ele. E seus beijos, eram como uma chuva de meteoros; era explosivo, insaciável, selvagem, mas de uma certa forma apaixonado. Eles permaneceram por quase dez minutos. Lana não segurou seus gemidos de prazer, permitindo que orgasmos múltiplos, a tomassem por completo, enquanto Derick puxava seus longos cabelos para trás. Realmente alucinante e viciante.

Agora ela o queria como naquele dia, e sua mão fina sobre a perna direita de Derick lhe mostrava isso. Suas longas unhas vermelhas, acariciavam levemente a sua perna, desenhando círculos imaginários em seu jeans rasgado nos joelhos. Lana tinha um olhar, tão penetrante, que lhe exitava no mesmo instante. Havia um volume de desejos em suas calças apertadas, e ela adoraria saciá-lo. Uma parada no acostamento, para uma transa inesperada seria ótima. Pois assim o fizeram.

Enquanto Lana sem calças já deitada no capô do Camaro, o esperava, ele admirava as estrelas por um segundo, este momento seria eterno com certeza, e os dois o guardariam para sempre. Disso não havia dúvida.

Lana era como uma pintura esotérica sobre o capô, o enfeitava com seus cabelos soltos, ela havia tirado sua calcinha e a deixado sobre uma das mãos. Respirava lentamente, embora estivesse exitada, os olhos iam de encontro ao céu escuro e as estrelas cintilantes. Uma brisa gélida soprou seu rosto. O efeito do baseado havia batido forte, e ela viajava enquanto admirava àquela infinidade, gotas de lágrimas brotaram no canto dos olhos. Derick então se virou, vislumbrando o corpo esbelto de sua bela amada. Ele a penetrava lentamente, suas pernas bem desenhadas se fechavam em sua cintura, e logo ele aumentava a intensidade, fazendo o carro se mover com os movimentos contínuos. Era apenas os dois e o céu estrelado.

 

 

De volta à estrada, Lana manteve os olhos sobre a imensidão das colinas. Os dias foram ótimos, desde a sua fuga da grande casa vitoriana, aonde seus pais moravam. Prometiam para ela um futuro promissor, casaria com um empresário bem sucedido, formaria uma família, e viveria a vida que seus pais tanto sonharam. Mas ninguém contou com um rapaz encrenqueiro do sul, que a tomara pela mão, antes mesmo dos 22. Fugir e não ter um paradeiro certo, era o que ela mais gostava, se perguntassem “Aonde vão?” não sabiam, e essa resposta improvável era a mais pura verdade.

Uma noite, eles passaram acordados, bebendo whisky de segunda em um motel de quinta. Mas a noite fora incrível. Os dois caindo de bêbados sobre a mobília velha, acabaram quebrando o telefone, e isso custou a Derick uma fuga, antes do amanhecer. Mas eles aproveitaram bem a estadia, ao som de i'm on fire eles pularam e dançaram, derramando whisky por todo canto, enquanto cantavam como Bruce Springsteen. Acabaram dormindo com as janelas abertas, sobre a luz do luar, e a cantoria dos gafanhotos. Face a face ele disse que a amava, e ela o respondeu sem nem mesmo piscar. Lana estava nua, e ele apenas de calças. Como seu corpo era perfeito, e sua anca tão volumosa, ele amava aquela parte. Se pudesse a beijaria a noite inteira. Com um ventilador solitário no  teto eles adormeceram.

— Eu te amo Derick! Mais que tudo, mais que a minha vida, e a daria se fosse preciso – Lana disse baixinho, aproximando-se de seu ouvido – Amei o dia em que você apareceu para mim, mudando a minha vida sem sentido. Se quando eu morrer, puder me lembrar desses nossos momentos, morrerei feliz. Obrigado Derick, por fazer parte da minha vida. - Seus olhos lacrimejaram, e aquele olhar sedutor foi substituído por olhos apaixonados. Lana lhe buscou um beijo, sua boca encontrou a dele, e suas línguas se tocaram, os unindo num amor carnal. Eles não viram, mas uma carreta gmc, perdia o controle, atravessando a faixa sobre eles. Os grande faróis foram as últimas coisas que eles puderam notar, seus corpos foram amassados, pelo peso da cabine de aço. Foi um choque realmente forte, Lana não viu nada, muito menos Derick. Seus corpos só serão descobertos oito horas mais tarde. Mas a visão daquele beijo ficaria para sempre em suas lembranças póstumas, disso você pode ter certeza.

 

 


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Notas finais do capítulo

Agradeço por ler até o fim!
(Esta fanfic é de minha autoria)



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