C is for...Cupcake escrita por Myra


Capítulo 1
I. Unique


Notas iniciais do capítulo

Hello, hello ♥
Depois de mil e quinhentos anos aqui estou eu, novamente com uma fanfic muito especial para uma pessoa igualmente especial: a linda da minha twin (do bem) também conhecida como Isabella ♥ [/u/706746/]
Espero que goste da prenda, eu tentei colocar parte de si (e de mim) para criar esta oc ♥ Porque bem, você vai perceber que ela vai ter muito em comum com você (e outra parte comigo porque bem, o drama que a Isabella vai viver eu também já o vivi ahaha) Culpa do carma, mesmo ahah ♥
Desejo a todos vocês uma ótima leitura e bem... quem nunca sonhou com um baby Derek universitário? E ainda por cima NERD? É um sonho mesmo ahaha Não vou mentir, adoro essa ideia dele ahah
Boa leitura ♥



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C… is for cupcake – One-short

[02 de Abril, 04:36]

Isabella afundou novamente a cabeça no pesado livro azul que tinha em mãos, já desesperada por estar ali, aquela hora da noite (ou, mais propriamente manhã) e, principalmente, naquela situação. Tudo bem, ela havia deixado o trabalho um tanto quanto para a última da hora mas isso não era razão para ser castigada daquele jeito. Sim, ela havia preferido (mil e quinhentas vezes) assistir às suas séries ao invés de fazer o trabalho da faculdade e SIM, ela havia criado um plot (super intenso, diga-se de passagem) na sua cabeça depois de assistir as três temporadas e SIM, ela havia escrito uma nova fanfic, mesmo quando já tinha milhares para atualizar (e um trabalho da faculdade por fazer).

Mas, novamente, ela não merecia aquilo. Primeiro porque um plot para uma fanfic não se desperdiça, NUNCA! E depois porque ela havia deixado cerca de três dias para concluir o trabalho da faculdade. Só que, sendo o carma um ser maléfico como era, decidiu que justamente no dia em que ela iria concluir (ou, na verdade, começar) o trabalho, a luz iria faltar por dois longos dias, sem data para regressar.

Claro que, sendo Isabella como era (leia-se, viciada em séries, filmes e fanfics) não teria muita bateria de sobra no computador que, cerca de meia hora depois, decidiu sucumbir para o lado negro da força, a deixando sozinha no meio de velas e livros poeirentos que havia pedido na biblioteca.

Então, ali estava ela. Trancada naquele cubículo do quarto andar do maior e melhor campus universitário da Califórnia onde, a quatro andares do chão se fazia a maior festa de todas. Gemendo em protesto, Isabella levantou a cabeça do livro e, arrastando-se até à janela que possuía no quarto, observou as pessoas do outro lado: tão divertidas (mesmo pela falta de luz – porque bem, o importante ali era o álcool), sem-stress e claro, sem trabalho.

Não que ela as inveja-se pela festa porque, obviamente, esse não era o caso. Ela gostava de festas mas sabia definir prioridades. E, naquele momento, a sua prioridade era acabar o trabalho sobre “a História do Jornalismo” o mais cedo possível (ou seja, até ás duas da tarde daquele mesmo dia). Felizmente, havia conseguido requisitar alguns livros antes que, a fúria dos trezentos e setenta e seis alunos de jornalismo começa-se, rumo à biblioteca. Claro que ela achava as palavras da bibliotecária, Madame Prince, um tanto quanto exageradas mas, mesmo assim sabia que havia sido uma sorte conseguir seis dos sete livros que constavam na bibliografia que o professor havia pedido para a realização do trabalho. O sétimo livro, e último, já tinha sido levado faziam alguns dias e por muito que tentasse Isabella não o conseguia encontrar. E, infelizmente, esse era o seu grande problema. Para começar a desenvolver o trabalho, ela precisava daquele exemplar. Um dos pontos mais importantes do trabalho era sobre ele e Isabella não podia, aliás, nem conseguia encontrar nada sobre ele nos livros que lhe restavam.

Assim e rendendo-se a um ciclo de dor indeterminável, Isabella atirou-se para cima da cama, exausta por estar a trabalhar naquilo horas a fio, sem descansar. Tudo o que ela mais queria naquele momento era deitar-se ali, naquela cama fofa e confortável e iniciar o período de hibernação para acordar apenas e só no ano seguinte (ou no outro, porque ela realmente precisava de descansar).

— Adeus, mundo cruel. – Ela murmurou antes de fechar os olhos, criando na sua cabeça as mil-e-uma-hipóteses para tentar adiar o prazo de entrega do trabalho, até porque ela só precisava de mais uma semaninha ou simplesmente de internet – porque na impossibilidade de ter o livro nas suas mãos, ela contentava-se com a wikipédia.

Aliás, ela contentava-se com qualquer coisa que lhe pudesse ajudar a terminar aquele trabalho. Wikipédia, internet, o maldito livro ou até mesmo um simples montinho de apontamentos da aula.

Abrindo os olhos rapidamente, Isabella bateu com a mão na própria cabeça, enquanto se amaldiçoava mentalmente por não se ter lembrado daquilo primeiro. Afinal, ela tinha apontamentos sobre aquela maldita aula de História de Jornalismo. Saltando da cama com um pulo, Isabella remexeu a secretária, em busca dos malditos apontamentos.

Bufando irritada por não conseguir encontrar os papéis, Isabella sentou-se novamente na ponta da cama, amaldiçoando mentalmente o carma até à sua mais antiga geração. Seria aquilo um castigo por culpa da sua vida passada?

Tudo o que ela pedia era uma luzinha ao fundo do túnel até porque, naquele momento, ela já havia aprendido a lição. Nunca mais iria deixar um trabalho para a última da hora, NUNCA. Era como Derek Hale, o nerd de Jornalismo (e seu vizinho) dizia, antes uma tarefa…

— É isso! – Isabella disse, enquanto saltava da cama, dando pulinhos no seu lugar. – Sou um génio! – Murmurou, antes de abrir a porta do quarto, sem qualquer cerimónia, atravessando o pequeno corredor e inspirando fundo várias vezes, batendo depois na porta número 262.

Esperou alguns minutos, antes de voltar a bater (desta vez com mais força) na porta de madeira azul que estava à sua frente. Talvez fosse pelos litros de café que corriam no seu corpo aquela hora ou por estar, finalmente, prestes a acabar com aquele maldito trabalho.

Batendo novamente à porta (desta vez freneticamente), Isabella colocou o seu melhor sorriso, sabendo que aquele som iria, com certeza, acordar um cavalo sedado.

— Hey! – Ela disse docemente quando a porta do quarto foi aberta, revelando uma silhueta um tanto quanto sonolenta do outro lado.

— Isabella? – Derek perguntou, ensonado, piscando os olhos em seguida, provavelmente sem acreditar no que estava a ver. – Aconteceu alguma coisa?

— Não, bem sim, quer dizer talvez! – Isabella balbuciou enquanto atirava as mãos ao alto, sorrindo depois sem jeito.

Afinal era sorrir para não chorar.

— De certeza que está tudo bem? – Derek voltou a perguntar, dando um passo para a frente. – Você parece… estranha.

— Bem, não é nada que eu nunca tenha ouvido. – Ela disse, cada vez mais empolgada por estar tão perto de terminar o trabalho.

— Você bebeu? – Derek finalmente perguntou, enquanto passava as mãos pelo rosto.

— Não, claro que não! Quer dizer eu bebi… mas foi café! – Ela disse dando uma risada leve, um tanto quanto nervosa. – Eu estava ali, no meu quarto, pensando o quanto a vida era injusta porque o meu cachorro acabou mordendo o meu trabalho sobre a História do Jornalismo e o que eu tenho estava no computador, mas como não há rede, eu não posso usar ele e eu queria saber se você podia ajudar esta pobre donzela a terminar o seu trabalho contribuído com os seus lendários apontamentos. E ah, eu já disse que você é a pessoa mais inteligente que eu conheço? – Ela acrescentou, fazendo aquele típico sorriso eu-tenho-trinta-e-qualquer-coisa-dentes.

— Você não tem cachorro. – Derek constatou, alguns segundos depois, passando as mãos pelo rosto. – Andou a ver séries novamente? – Perguntou, fazendo com que Isabella bufa-se irritada.

— Não é como se eu pudesse resistir a episódios novos de The Originals. – Ela resmungou, um tanto quanto triste por ter sido apanhada na mentira. Afinal, ela tinha a certeza que, se ele soubesse da verdade, nunca lhe iria emprestar os apontamentos.

— Muito bem. – Ele disse, soltando um riso um tanto quanto fofo, antes de desaparecer no quarto e regressar algum tempo depois com papéis na mão. – Espero que ajude. – Disse, estendendo-os na direção dela.

— Eu já disse que você é um anjo? – Ela perguntou, sorrindo para a figura que estava à sua frente, antes de, finalmente, a examinar com atenção. E esse foi o seu pior erro. – Isso são boxers com patinhos? – Ela perguntou, corando até à cabeça ao perceber que, novamente, os seus pensamentos haviam saído boca para fora.

— Talvez. – Derek disse, sorrindo ao constatar que ela estava vermelha que nem um tomate. – Boa noite, Bells. – Ele disse, fechando a porta em seguida.

Tapando a cara com as folhas, ela deu meia volta, regressando ao seu próprio quarto enquanto tentava (sem sucesso) esquecer aqueles olhos verdes e aquele físico incrível e… ugh.

— E aquele trabalho de história do jornalismo! – Ela disse, completando os seus pensamentos enquanto abanava a cabeça, tentando tirar aqueles pensamentos impróprios da cabeça.

[25 de Abril, 23:52]

Isabella remexeu-se novamente na cama, sem qualquer vestígio de sono naquele momento. Se, a algumas noites atrás tudo o que ela queria era dormir, naquele momento, a sua mente parecia saltitar, a enchendo de pensamentos que não a deixavam dormir.

A razão? Esta a poucos minutos de completar mais um ano de vida e, para grande mal dos seus pecados não sabia muito bem como o processar. Não que ela fosse um Harry Potter da vida e odiasse todo o santo dia do seu aniversário mas, estar a milhares de quilómetros de casa e por isso da sua família era a pior coisa do mundo.

Tudo o que ela queria era passar aquele dia com eles e não ali, naquele pequeno cubículo fechada, no meio de um campus infestado de hormonas adolescentes e de aulas entediantes (talvez fosse um pouco exagerado, até porque ela amava aquilo que fazia e o lugar onde vivia) mas mesmo assim só queria ir para casa.

O relógio em cima da sua secretária vibrou, indicando que havia chegado a meia-noite. Suspirando profundamente, Isabella virou-se para o outro lado da cama, continuando a sua demanda em busca de uma boa noite de sono.

No entanto (e como sempre), a vida decidiu conspirar contra si e o som irritante de um bater na porta ecoou pelo quarto, a fazendo resmungar. Ignorando aquele pormenor, Bells voltou a fechar os olhos, contando carneirinhos na sua cabeça. Isso deveria ajudar com o sono, pensou.

O barulho voltou a ecoar pelo quarto, a fazendo pular da cama mal-humorada, antes de a abrir sem qualquer cerimónia, encontrando Derek Hale do outro lado.

— Hey. – Ele disse, sorrindo suavemente.

— Oi. – Isa respondeu, mal-humorada, cruzando os braços sobre o peito.

— Você poderia devolver os meus apontamentos sobre História do Jornalismo por favor? – Derek perguntou, sorrindo para ela.

— E você veio até aqui, à meia-noite em ponto pedir apontamentos? – Ela perguntou, arqueando uma sobrancelha. – Eu estava dormindo.

— A sério? Tenho a certeza que ouvi você bufar do outro lado da porta quando bati pela primeira vez. Além do mais, você acordou-me às quatro da manhã, duas semanas atrás para pedir apontamentos.

— Me desculpe. – Ela murmurou. – Só não estou com muita paciência hoje. – Acrescentou, enquanto procurava os papéis pela secretária. – Aqui. – Disse, estendo-os para ele. – Obrigada.

— Sem problemas.

— Boa noite. – Ela disse, enquanto se preparava para fechar a porta.

— Espere. – Derek falou, colocando a mão sobre a porta. – Tem mais uma coisa que eu lhe queria dizer, ou bem, pedir.

— Sim?

— Estive pensando, eu fui a razão de você concluir o trabalho a tempo então, acho que merecia uma recompensa. E talvez, sair comigo fosse uma boa recompensa.

— Sair? Quando?

— Agora, obviamente. – Derek disse, sorrindo para ela. – Porque outra razão eu estaria aqui a essa hora? Achou mesmo que era só para pedir apontamentos?

— Talvez, afinal você é o nerd de jornalismo.

— E o seu melhor amigo. – Ele afirmou, rindo baixo. – Ou achou que eu ia esquecer a data?

— Bem, não é você que diz que vai processar a faculdade pela falta de neurónios e cabelos brancos?

— Não Bells, foi você que disse isso. – Ele afirmou, levantando uma sobrancelha. – Agora, pare de agir de forma estranha como você tem feito nas últimas semanas e pegue um casaco, está frio.

( - )

— Já chegamos?

— Não.

— E agora?

— Também não. – Derek disse, bufando alto enquanto andava atrás de Isabella, com os seus dedos sobre os olhos dela.

— Você não me vai matar ou algo do tipo pois não?

— Você precisa urgentemente de parar de assistir tanto CSI, Bells. – Derek constatou, a fazendo rir.

— CSI nunca é demais. – Ela disse, enquanto colocava as mãos sobre as dele, tentando fazer força para que ele a soltasse. – Mesmo assim gostaria de saber para onde estou indo.

— Para uma surpresa. – Ele disse, a soltando alguns momentos depois. – Aqui está!

— Uau. – Foi tudo o que ela conseguiu dizer ao olhar para encontrar a enorme árvore do jardim do campus, toda decorada, com luzinhas. Na relva, ela pode ver uma toalha sobre a qual repousava comida, toda ela colorida. – Você fez isto? – Perguntou, olhando em volta e observando o quão bonita era a lua refletida no lago do campus.

— Obviamente. – Derek disse sorrindo enquanto pegava num pequeno cupcake e o esticava na direção dela. – Parabéns à melhor pessoa que esta vida me deu. Que os seus desejos se tornem realidade e que nunca deixe de ser assim. Irei tornar este o melhor dia da sua vida e irei faze-lo todos os anos. Não quero que você se sinta só, só porque está longe da sua família. Estarei aqui, sempre e para sempre, porque você é a melhor pessoa que a vida me podia ter dado.

Sorrindo involuntariamente, Isabella atirou-se para os braços do melhor amigo, apertando-o com força.

— Obrigada. – Murmurou, fechando os olhos enquanto inspirava fundo.

Talvez não fosse tão mau estar a quilómetros de casa naquele dia, afinal tinha uma das melhores companhias do mundo ao seu lado.


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Notas finais do capítulo

E assim como o Derek, eu desejo a você TUDO de bom ♥ Espero do fundo do coração que tenha gostado (todos vocês na verdade) ♥
Beijinhos a todos ♥